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Grandes Vias
Aferentes e
Alterações Sensitivas
LUÍS FELIPE RAGAZZI QUIRINO CAVALCANTE
R1 NEUROLOGIA FAMEMA
Estímulo da periferia para SNC.
Receptores Periféricos  VIA AFERENTE  Centros nervosos Supressegmentares.
1. RECEPTOR: Terminação nervosa sensível ao estímulo que caracteriza a via.
2. TRAJETO PERIFÉRICO: Nervo espinhal ou craniano e um gânglio sensitivo anexo a
estes nervos.
3. TRAJETO CENTRAL: Fibras que se agrupam formando feixes.
4. ÁREA DE PROJEÇÃO CENTRAL: Córtex cerebral (consciente, distingue os diversos
tipos de sensibilidade), Córtex cerebelar (inconsciente, integração motora).
3. NEURÔNIO III: Tálamo, origina um axônio que chega ao córtex (exceção
olfatória)
2. NEURÔNIO II: Coluna posterior da medula ou núcleos nervos cranianos.
Geralmente cruzam plano mediano logo após a origem
1. NEURÔNIO I: Localiza-se fora do SNC, em um gânglio sensitivo. Prolongamento
periférico liga-se ao receptor, enquanto o central penetra o SNC atrás da raiz
dorsal ou por um nervo craniano
Cadeias neuronais
Dor e Temperatura
•Terminações Nervosas
Livres
Receptores da dor
•Neoespinotalâmica
•Paleoespinotalâmica
VIAS:
dividem-se
filogeneticamente:
Neoespinotalâmica
 Via clássica – Dor aguda – Pontada – Contra lateral
 Trato espinotalâmico lateral
Neurônio I: Gânglio espinhal. Prolongamento periférico liga-se ao
receptor, o central coluna posterior, onde faz sinapse com neurônio II
Neurônio II: CRUZAM plano medial. Ascendem via trato
ESPINOTALÂMICO LATERAL. Na altura da ponte unem se com o
ESPINOTALÂMICO ANTERIOR para formar o LEMNISCO ESPINHAL,
que termina no tálamo, fazendo sinapse com neurônio III
Neurônio III: Tálamo – Núcleo ventral posterolateral. Axônios
conectam ao córtex (área somestésica) passando pela cápsula
interna e coroa radiada.
Paleoespinotalâmica
 Maior número de neurônios – Dor crônica – Queimação –
Componente afetivo
Neurônio I: Gânglios espinhais e penetram na medula pelo corno
posterior
Neurônio II: Axônios dirigem-se ao funículo lateral do MESMO
LADO e DO LADO OPOSTO e ascendem via trato
espinoreticular. Ascende junto ao espinotalâmico lateral e
termina fazendo sinapse em vários níveis da Formação reticular
Neurônio III: Formação reticular, dá origem a fibras reticulo
talâmicas que terminam nos núcleos do grupo medial do
tálamo (neurônio IV), principalmente os intralaminares. Esses
projetam-se para diversas partes do córtex
 Exame neurológico:
 Palito de madeira com ponta, por exemplo. Ponta deve ser fina a
ponto de causar leve dor, porém não pode causar sangramento
 Evitar utilizar roda de Wartenberg
 Atenção a normas de biossegurança
 Paciente de olhos fechados
 Comparação de uma região com a outra
 Hipoalgesia  Normal
 Normal  Hiperalgesia
 Temperatura
 Tubos de ensaio quente ou frio ou materiais com condutividade
térmica diferente
 Frio 5-10 C, quente 40-45 C
 Tempo de latência é maior que outras sensibilidades
 Em geral há igual acometimento da SENSIBILIDADE TÉRMICA e ÁLGICA,
não sendo necessário testar as duas
Pressão e Tato Protopático
 Receptores: Corpúsculos de Ruffini e Meissner. Também as
ramificações ao redor dos folículos pilosos
Neurônio I: Gânglio espinhal, prolongamento periférico se liga ao
receptor.
Neurônio II: Coluna posterior da medula. Axônios cruzam o
plano mediano na comissura branca, atingem o funículo
anterior do lado oposto, ascendem formando o TRATO
ESPINOTALÂMICO ANTERIOR. Na altura da ponte, une-se ao
espinotalâmico lateral, formando o lemnisco espinhal.
Neurônio III: Núcleo ventral posterolateral do tálamo. Axônios
fazem conexão com o córtex.
 Exame neurológico: Tato
 Fiapo algodão, pano, ponta dedos, estesiômetro
 Avaliar dois pontos
 Evitar fazer pressão
 Evitar área pilosa
Propriocepção Consciente, Tato
Epicrítico e Sensibilidade Vibratória
 Tato: Ruffini e Meissner e ramificações dos axônios em torno dos
folículos pilosos.
 Propriocepção consciente: Fusos neuromusculares e órgãos
neurotendinoso
 Vibratória: corpúsculos de Vater Paccini
Neurônios I: Gânglios espinhais. Penetra na medula
pela divisão medial da raiz posterior da medula.
Ascende via fascículos Grácil e Cuneiforme,
terminando no bulbo, fazendo a sinapse com o
Neurônio II
Neurônios II: Núcleos Grácil e Cuneiforme do
bulbo. Os axônios cruzam plano mediano para
formar o lemnisco medial. Termina no tálamo
fazendo sinapse com neurônio III
Neurônio III: Núcleo ventral posterolateral do
tálamo cujo axônio constitue radiações para
córtex. Torna-se consciente apenas a nível
cortical
 Exame Neurológico:
 Toque firme sobre a pele ou por compressão de estruturas profundas
(massas musculares, tendões e nervos)
 Paciente deve localizar o estímulo
 Teste simultâneo da dor profunda
 Tabes dorsalis: perda da dor profunda é um sinal clássico
 Abadie: tendão do calcâneo
 Biernacki: nervo ulnar
 Pitres: testículos
 Movimento e posição
 Movimenta-se rapidamente um membro do paciente, com olhos
fechados
 Se houver alterações no hálux, por exemplo, articulações como
tornozelos, carpo, joelhos deverão ser avaliados. Se acometidas, são
acompanhadas de ataxia sensorial e outras anormalidades
neurológicas
 Piora expressiva com olhos fechados
 Sinal de Romberg
 Vibração
 Uso de diapasão 128 Hz
 Distal-proximal
 Proeminências ósseas
 Perda da sensibilidade do hálux com o passar da idade
 Membros inferiores sem alterações, dificilmente haverá nos superiores
Propriocepção Inconsciente
 Receptores: Fusos neuromusculares e órgãos neurotendinosos
 Levam impulso proprioceptivo até o cerebelo
Neurônio I: Gânglios espinhais. Faz
sinapse com o neurônio II na coluna
posterior
Neurônio II: Núcleo torácico(coluna
posterior): axônios que se dirigem
para o funículo lateral do mesmo
lado, ascendem para formar o trato
espinocerebelar posteriror. Penetra
pelo pedúnculo cerebelar inferior
Neurônio II: Base da coluna posterior
e substância cinzenta intermédia:
axônios que cruzam para o funículo
lateral do lado oposto, ascendo
formando o trato espinocerebelar
anterior. Penetra pelo pedúnculo
cerebelar superior
Sensibilidade Visceral
 Receptor: terminação nervosa livre e corpúsculo de Vater Paccini
na cápsula de alguns órgãos.
 Geralmente percorrem os nervos simpáticos, com exceção da
sensibilidade pélvica, inervada pela parte parassimpática sacral
 Ascendem maioria pelo funículo posterior e minoria trato
espinotalâmico
 Varias vias e redundâncias, a localização da dor não é precisa
 Convergência das sensações somáticas e viscerais na mesma
população neuronal = dor relatada
 Não é avaliada de maneira satisfatória no exame clínico de rotina
 Espinotalâmico anterior = Tato grosseiro, pressão e dor profunda
 Espinotalâmico lateral = Temperatura e dor aguda
 Cuneiforme e Grácil = Vibração, propriocepção e tátil fino
Funções Sensoriais Cerebrais
Primárias:
Reconhecimento
Secundárias:
Interpretação
Avalia-se as funções primárias e depois as secundárias
Funções CORTICAIS
• Estereognosia
• Grafestesia
• Discriminação de dois pontos
• Atenção sensorial
Localização Sensorial – Síndromes
Sensitivas
 Nervo periférico/raiz nervosa/SNC
 Perda sensorial DISSOCIADA = quando uma ou outra alteração da
sensibilidade é diferente
 Nervo periférico, raiz espinal ou tálamo = fibras convergem =
alteração geral da sensibilidade
 Síndrome de Wallenberg
 Infarto bulbar lateral (PICA)
 Poupa tato leve (poupa lemnisco medial)
 Perca sensibilidade dolorosa e térmica abrange ipsilateral da face em
virtude do acometimento do trato espinal do V par, e metade
contralateral do corpo, por causa da lesão do espinotalâmico lateral
 Siringomielia
 Causa rara
 Evolução crônica
 Perca sensibilidade dolorosa e térmica (cruzam medial)
 Mantida tato leve (lateral)
 Isquemia da artéria espinal anterior
 Irriga 2/3 anteriores da medula
 Alteração sensitiva e motora
 Térmica e dolorosa são perdida
 Propriocepção, vibração, tato leve são mantidas
 Lesão da Coluna Dorsal
 Tabes dorsalis
 Sífilis terciária
 Perda da sensibilidade vibratória e proprioceptiva
 Marcha talonante
 Articulação de Charcot
 Tabetic crises: dor tipo cãibra abdome, laringe e outras vísceras
 Síndrome Brown Séquard
 Lesão traumática ou tumores
 Dissociação extrema das modalidades
 Perda sensibilidade térmica e dolorosa de um lado
 Perda tato, pressão, posição, vibração do outro
 Tumor em raiz sensitiva
 Neurofibroma
 Pode causar dor e perda sensitiva
 Não há perda motora
 Tumor da meninge ou do osso
 Compressão das fibras ascendentes e descendentes
 Hérnia de disco pode comprimir também
 Deve ser tratada precocemente
 Receptores sensoriais
 Geralmente decorrentes de outras patologias
 Raramente patologias primárias
 Dor e prurido por irritação cutânea, desnudamentos traumáticos,
calosidades
 Neuropatias periféricas focais
 Anormalidade corresponde a área de distribuição do nervo
 Todas as modalidades sensitivas são alteradas em graus variados
 Alodinia ou hiperpatia na área da perda
 Neuropatias periféricas generalizadas
 Vibratória geralmente é a primeira a alterar
 Sensitiva, motora ou sensório motora (maioria)
 Dependem do tamanho do nervo
 Segmentos distais – meia e luva
 Margens mal definidas
 Abolição de reflexos
 Aquileu  reflexos mais proximais
 Tátil e vibratória: fibras largas e grande mielinizadas
 Dor e temperatura: fibras finas e curtas mielinizadas e amielínicas
 Autonômico: fibras curtas mielinizadas
•Uremia
•Sjögren
•Deficiência B12
•Toxinas (piridoxina, cisplatina, metronidazol)
•DM (pseudotabes)
Fibras Grossas –
perda de reflexos,
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•DM (pseudossiringomielia)
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queimação, sem
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 Gânglios sensoriais de nervo espinal (GSNE) ou gânglios dos nervos
cranianos
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 Início subagudo de DOR, parestesia e perda sensorial
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sensibilidade do lado oposto, sem anestesia completa
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• Perda da capacidade de
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sensibilidade preservada pode ser o
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 Descargas espontâneas do córtex parietal causam parestesia
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 Raramente descargas espontâneas do córtex causam dor
Perda sensorial não orgânica
 Factícia
 Geralmente áreas de diminuição da sensibilidade
 Não acompanham distribuição anatômica
 Luva e meia cano curto
 Cruzar os braços: hesitação ao responder
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Grandes vias aferentes e Síndromes Sensoriais

  • 1. Grandes Vias Aferentes e Alterações Sensitivas LUÍS FELIPE RAGAZZI QUIRINO CAVALCANTE R1 NEUROLOGIA FAMEMA
  • 2. Estímulo da periferia para SNC. Receptores Periféricos  VIA AFERENTE  Centros nervosos Supressegmentares. 1. RECEPTOR: Terminação nervosa sensível ao estímulo que caracteriza a via. 2. TRAJETO PERIFÉRICO: Nervo espinhal ou craniano e um gânglio sensitivo anexo a estes nervos. 3. TRAJETO CENTRAL: Fibras que se agrupam formando feixes. 4. ÁREA DE PROJEÇÃO CENTRAL: Córtex cerebral (consciente, distingue os diversos tipos de sensibilidade), Córtex cerebelar (inconsciente, integração motora).
  • 3. 3. NEURÔNIO III: Tálamo, origina um axônio que chega ao córtex (exceção olfatória) 2. NEURÔNIO II: Coluna posterior da medula ou núcleos nervos cranianos. Geralmente cruzam plano mediano logo após a origem 1. NEURÔNIO I: Localiza-se fora do SNC, em um gânglio sensitivo. Prolongamento periférico liga-se ao receptor, enquanto o central penetra o SNC atrás da raiz dorsal ou por um nervo craniano Cadeias neuronais
  • 4. Dor e Temperatura •Terminações Nervosas Livres Receptores da dor •Neoespinotalâmica •Paleoespinotalâmica VIAS: dividem-se filogeneticamente:
  • 5. Neoespinotalâmica  Via clássica – Dor aguda – Pontada – Contra lateral  Trato espinotalâmico lateral Neurônio I: Gânglio espinhal. Prolongamento periférico liga-se ao receptor, o central coluna posterior, onde faz sinapse com neurônio II Neurônio II: CRUZAM plano medial. Ascendem via trato ESPINOTALÂMICO LATERAL. Na altura da ponte unem se com o ESPINOTALÂMICO ANTERIOR para formar o LEMNISCO ESPINHAL, que termina no tálamo, fazendo sinapse com neurônio III Neurônio III: Tálamo – Núcleo ventral posterolateral. Axônios conectam ao córtex (área somestésica) passando pela cápsula interna e coroa radiada.
  • 6.
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  • 9. Paleoespinotalâmica  Maior número de neurônios – Dor crônica – Queimação – Componente afetivo Neurônio I: Gânglios espinhais e penetram na medula pelo corno posterior Neurônio II: Axônios dirigem-se ao funículo lateral do MESMO LADO e DO LADO OPOSTO e ascendem via trato espinoreticular. Ascende junto ao espinotalâmico lateral e termina fazendo sinapse em vários níveis da Formação reticular Neurônio III: Formação reticular, dá origem a fibras reticulo talâmicas que terminam nos núcleos do grupo medial do tálamo (neurônio IV), principalmente os intralaminares. Esses projetam-se para diversas partes do córtex
  • 10.
  • 11.  Exame neurológico:  Palito de madeira com ponta, por exemplo. Ponta deve ser fina a ponto de causar leve dor, porém não pode causar sangramento  Evitar utilizar roda de Wartenberg  Atenção a normas de biossegurança  Paciente de olhos fechados  Comparação de uma região com a outra  Hipoalgesia  Normal  Normal  Hiperalgesia
  • 12.  Temperatura  Tubos de ensaio quente ou frio ou materiais com condutividade térmica diferente  Frio 5-10 C, quente 40-45 C  Tempo de latência é maior que outras sensibilidades  Em geral há igual acometimento da SENSIBILIDADE TÉRMICA e ÁLGICA, não sendo necessário testar as duas
  • 13. Pressão e Tato Protopático  Receptores: Corpúsculos de Ruffini e Meissner. Também as ramificações ao redor dos folículos pilosos Neurônio I: Gânglio espinhal, prolongamento periférico se liga ao receptor. Neurônio II: Coluna posterior da medula. Axônios cruzam o plano mediano na comissura branca, atingem o funículo anterior do lado oposto, ascendem formando o TRATO ESPINOTALÂMICO ANTERIOR. Na altura da ponte, une-se ao espinotalâmico lateral, formando o lemnisco espinhal. Neurônio III: Núcleo ventral posterolateral do tálamo. Axônios fazem conexão com o córtex.
  • 14.
  • 15.
  • 16.  Exame neurológico: Tato  Fiapo algodão, pano, ponta dedos, estesiômetro  Avaliar dois pontos  Evitar fazer pressão  Evitar área pilosa
  • 17. Propriocepção Consciente, Tato Epicrítico e Sensibilidade Vibratória  Tato: Ruffini e Meissner e ramificações dos axônios em torno dos folículos pilosos.  Propriocepção consciente: Fusos neuromusculares e órgãos neurotendinoso  Vibratória: corpúsculos de Vater Paccini
  • 18. Neurônios I: Gânglios espinhais. Penetra na medula pela divisão medial da raiz posterior da medula. Ascende via fascículos Grácil e Cuneiforme, terminando no bulbo, fazendo a sinapse com o Neurônio II Neurônios II: Núcleos Grácil e Cuneiforme do bulbo. Os axônios cruzam plano mediano para formar o lemnisco medial. Termina no tálamo fazendo sinapse com neurônio III Neurônio III: Núcleo ventral posterolateral do tálamo cujo axônio constitue radiações para córtex. Torna-se consciente apenas a nível cortical
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22.  Exame Neurológico:  Toque firme sobre a pele ou por compressão de estruturas profundas (massas musculares, tendões e nervos)  Paciente deve localizar o estímulo  Teste simultâneo da dor profunda  Tabes dorsalis: perda da dor profunda é um sinal clássico  Abadie: tendão do calcâneo  Biernacki: nervo ulnar  Pitres: testículos
  • 23.  Movimento e posição  Movimenta-se rapidamente um membro do paciente, com olhos fechados  Se houver alterações no hálux, por exemplo, articulações como tornozelos, carpo, joelhos deverão ser avaliados. Se acometidas, são acompanhadas de ataxia sensorial e outras anormalidades neurológicas  Piora expressiva com olhos fechados  Sinal de Romberg
  • 24.  Vibração  Uso de diapasão 128 Hz  Distal-proximal  Proeminências ósseas  Perda da sensibilidade do hálux com o passar da idade  Membros inferiores sem alterações, dificilmente haverá nos superiores
  • 25. Propriocepção Inconsciente  Receptores: Fusos neuromusculares e órgãos neurotendinosos  Levam impulso proprioceptivo até o cerebelo Neurônio I: Gânglios espinhais. Faz sinapse com o neurônio II na coluna posterior Neurônio II: Núcleo torácico(coluna posterior): axônios que se dirigem para o funículo lateral do mesmo lado, ascendem para formar o trato espinocerebelar posteriror. Penetra pelo pedúnculo cerebelar inferior Neurônio II: Base da coluna posterior e substância cinzenta intermédia: axônios que cruzam para o funículo lateral do lado oposto, ascendo formando o trato espinocerebelar anterior. Penetra pelo pedúnculo cerebelar superior
  • 26.
  • 27. Sensibilidade Visceral  Receptor: terminação nervosa livre e corpúsculo de Vater Paccini na cápsula de alguns órgãos.  Geralmente percorrem os nervos simpáticos, com exceção da sensibilidade pélvica, inervada pela parte parassimpática sacral  Ascendem maioria pelo funículo posterior e minoria trato espinotalâmico  Varias vias e redundâncias, a localização da dor não é precisa  Convergência das sensações somáticas e viscerais na mesma população neuronal = dor relatada  Não é avaliada de maneira satisfatória no exame clínico de rotina
  • 28.  Espinotalâmico anterior = Tato grosseiro, pressão e dor profunda  Espinotalâmico lateral = Temperatura e dor aguda  Cuneiforme e Grácil = Vibração, propriocepção e tátil fino
  • 29. Funções Sensoriais Cerebrais Primárias: Reconhecimento Secundárias: Interpretação Avalia-se as funções primárias e depois as secundárias Funções CORTICAIS • Estereognosia • Grafestesia • Discriminação de dois pontos • Atenção sensorial
  • 30. Localização Sensorial – Síndromes Sensitivas  Nervo periférico/raiz nervosa/SNC  Perda sensorial DISSOCIADA = quando uma ou outra alteração da sensibilidade é diferente  Nervo periférico, raiz espinal ou tálamo = fibras convergem = alteração geral da sensibilidade
  • 31.
  • 32.
  • 33.  Síndrome de Wallenberg  Infarto bulbar lateral (PICA)  Poupa tato leve (poupa lemnisco medial)  Perca sensibilidade dolorosa e térmica abrange ipsilateral da face em virtude do acometimento do trato espinal do V par, e metade contralateral do corpo, por causa da lesão do espinotalâmico lateral
  • 34.
  • 35.  Siringomielia  Causa rara  Evolução crônica  Perca sensibilidade dolorosa e térmica (cruzam medial)  Mantida tato leve (lateral)
  • 36.  Isquemia da artéria espinal anterior  Irriga 2/3 anteriores da medula  Alteração sensitiva e motora  Térmica e dolorosa são perdida  Propriocepção, vibração, tato leve são mantidas
  • 37.  Lesão da Coluna Dorsal  Tabes dorsalis  Sífilis terciária  Perda da sensibilidade vibratória e proprioceptiva  Marcha talonante  Articulação de Charcot  Tabetic crises: dor tipo cãibra abdome, laringe e outras vísceras
  • 38.  Síndrome Brown Séquard  Lesão traumática ou tumores  Dissociação extrema das modalidades  Perda sensibilidade térmica e dolorosa de um lado  Perda tato, pressão, posição, vibração do outro
  • 39.
  • 40.
  • 41.  Tumor em raiz sensitiva  Neurofibroma  Pode causar dor e perda sensitiva  Não há perda motora  Tumor da meninge ou do osso  Compressão das fibras ascendentes e descendentes  Hérnia de disco pode comprimir também  Deve ser tratada precocemente
  • 42.  Receptores sensoriais  Geralmente decorrentes de outras patologias  Raramente patologias primárias  Dor e prurido por irritação cutânea, desnudamentos traumáticos, calosidades
  • 43.
  • 44.  Neuropatias periféricas focais  Anormalidade corresponde a área de distribuição do nervo  Todas as modalidades sensitivas são alteradas em graus variados  Alodinia ou hiperpatia na área da perda
  • 45.
  • 46.
  • 47.  Neuropatias periféricas generalizadas  Vibratória geralmente é a primeira a alterar  Sensitiva, motora ou sensório motora (maioria)  Dependem do tamanho do nervo  Segmentos distais – meia e luva  Margens mal definidas  Abolição de reflexos  Aquileu  reflexos mais proximais
  • 48.  Tátil e vibratória: fibras largas e grande mielinizadas  Dor e temperatura: fibras finas e curtas mielinizadas e amielínicas  Autonômico: fibras curtas mielinizadas
  • 49. •Uremia •Sjögren •Deficiência B12 •Toxinas (piridoxina, cisplatina, metronidazol) •DM (pseudotabes) Fibras Grossas – perda de reflexos, quando grave, alteração motora •Amiloidose •Neuropatia autônoma sensorial hereditária •DM (pseudossiringomielia) Fibras Finas – dor em queimação, sem alteração motora e perda reflexos. Dor a palpação
  • 50.  Gânglios sensoriais de nervo espinal (GSNE) ou gânglios dos nervos cranianos  Processos autoimunes  Início subagudo de DOR, parestesia e perda sensorial  Afeta mais fibras grossas  Força preservada, reflexos desaparecem  Ataxia sensorial incapacitante  LCR: aumento de nível proteico  Causas: síndrome paraneoplásica (pequenas células pulmonares), intoxicação piridoxina, Sjögren, linfoma, H. Zoster e tabes dorsalis
  • 51.  Raiz nervosa  Compressão nervosa  Diminuição ou perda da sensibilidade + dor ou parestesia  Distribuição dermátomos  Dor aguda, intermitente, piora tosse, esforço ou movimento  Superposição de dermátomos pode impossibilitar de esclarecer ao certo a raiz nervosa
  • 52.
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  • 56.  Tálamo  Estação terminal da sensibilidade grosseira e não crítica  Lesões alteram lado oposto  Geralmente associadas a perversões da sensibilidade: parestesia e hiperparestesia, hiperpatia dolorosa e alodinia •Diminuição ou elevação do limiar de todis os tipos de sensibilidade do lado oposto, sem anestesia completa •Latência para detecção pode ser elevada •Alodinia ou hiperalgesia •Anestesia dolorosa •Associado, geralmente: hemiparesia, hemianopsia, menor frequência, hemiataxia, coreoatetose e apatia •Dor central = dor talâmica Síndrome de Dor Talâmica = Dejerine- Roussy
  • 57.  Radiações sensoriais no ramo posterior da cápsula interna  Lado oposto  Fibras sensoriais muito próximas  perda mais intensa que no córtex  Dor rara
  • 58.  Córtex parietal  Raramente cursam com perda total da sensibilidade  Aumento do limiar  Mais expressiva em membros superiores que inferiores  Mão e face mais intenso (homúnculo)  Lesões pequenas podem simular lesões de nervos periféricos ou raízes nervosas  Causam distúrbios da sensibilidade discriminativa • Estereognosia • Grafestesia • Discriminação de dois pontos • Atenção sensorial • Desatenção • Autotopagnosia
  • 59. Estereognosia: Capacidade de perceber, identificar o formato, a natureza de objetos pelo tato Astereognosia • Atraso na identificação • Diminuição dos movimentos de exploração • Comparação duas mãos • Déficit unilateral
  • 60. Grafestesia Capacidade de reconhecer números, letras traçados sobre a pele Agrafestesia • Palma das mãos, ponta dos dedos • Números distintos, fáceis de identificar
  • 61. Discriminação de dois pontos Capacidade de identificar , com olhos fechados, um ou dois pontos após estimulação cutânea • Perda da capacidade de discriminação com restante da sensibilidade preservada pode ser o sinal mais sutil de lesão do lobo parietal oposto
  • 62. Extinção, desatenção ou negligência sensorial Perda da capacidade de perceber dois estímulos sensoriais simultâneos Autotopagnosia Incapacidade de identificar partes do corpo, orientar ou compreender a relação entre as partes Agnosia do hemicorpo: falta de consciência da metade do corpo
  • 63. Anosognosia Incapacidade de reconhecer a doença Síndrome de Gerstmann Giro angular esquerdo Agnosia digital Dissociação direita- esquerda Acalculia Agrafia
  • 64.  Descargas espontâneas do córtex parietal causam parestesia contra lateral que pode configurar uma crise epiléptica sensorial focal ou uma aura sensorial que precede uma convulsão motora  Raramente descargas espontâneas do córtex causam dor
  • 65. Perda sensorial não orgânica  Factícia  Geralmente áreas de diminuição da sensibilidade  Não acompanham distribuição anatômica  Luva e meia cano curto  Cruzar os braços: hesitação ao responder  Limites muito bem definidos na linha mediana ou que ultrapassam  Responde não com olhos fechados onde não está sentindo