2. Estímulo da periferia para SNC.
Receptores Periféricos VIA AFERENTE Centros nervosos Supressegmentares.
1. RECEPTOR: Terminação nervosa sensível ao estímulo que caracteriza a via.
2. TRAJETO PERIFÉRICO: Nervo espinhal ou craniano e um gânglio sensitivo anexo a
estes nervos.
3. TRAJETO CENTRAL: Fibras que se agrupam formando feixes.
4. ÁREA DE PROJEÇÃO CENTRAL: Córtex cerebral (consciente, distingue os diversos
tipos de sensibilidade), Córtex cerebelar (inconsciente, integração motora).
3. 3. NEURÔNIO III: Tálamo, origina um axônio que chega ao córtex (exceção
olfatória)
2. NEURÔNIO II: Coluna posterior da medula ou núcleos nervos cranianos.
Geralmente cruzam plano mediano logo após a origem
1. NEURÔNIO I: Localiza-se fora do SNC, em um gânglio sensitivo. Prolongamento
periférico liga-se ao receptor, enquanto o central penetra o SNC atrás da raiz
dorsal ou por um nervo craniano
Cadeias neuronais
4. Dor e Temperatura
•Terminações Nervosas
Livres
Receptores da dor
•Neoespinotalâmica
•Paleoespinotalâmica
VIAS:
dividem-se
filogeneticamente:
5. Neoespinotalâmica
Via clássica – Dor aguda – Pontada – Contra lateral
Trato espinotalâmico lateral
Neurônio I: Gânglio espinhal. Prolongamento periférico liga-se ao
receptor, o central coluna posterior, onde faz sinapse com neurônio II
Neurônio II: CRUZAM plano medial. Ascendem via trato
ESPINOTALÂMICO LATERAL. Na altura da ponte unem se com o
ESPINOTALÂMICO ANTERIOR para formar o LEMNISCO ESPINHAL,
que termina no tálamo, fazendo sinapse com neurônio III
Neurônio III: Tálamo – Núcleo ventral posterolateral. Axônios
conectam ao córtex (área somestésica) passando pela cápsula
interna e coroa radiada.
6.
7.
8.
9. Paleoespinotalâmica
Maior número de neurônios – Dor crônica – Queimação –
Componente afetivo
Neurônio I: Gânglios espinhais e penetram na medula pelo corno
posterior
Neurônio II: Axônios dirigem-se ao funículo lateral do MESMO
LADO e DO LADO OPOSTO e ascendem via trato
espinoreticular. Ascende junto ao espinotalâmico lateral e
termina fazendo sinapse em vários níveis da Formação reticular
Neurônio III: Formação reticular, dá origem a fibras reticulo
talâmicas que terminam nos núcleos do grupo medial do
tálamo (neurônio IV), principalmente os intralaminares. Esses
projetam-se para diversas partes do córtex
10.
11. Exame neurológico:
Palito de madeira com ponta, por exemplo. Ponta deve ser fina a
ponto de causar leve dor, porém não pode causar sangramento
Evitar utilizar roda de Wartenberg
Atenção a normas de biossegurança
Paciente de olhos fechados
Comparação de uma região com a outra
Hipoalgesia Normal
Normal Hiperalgesia
12. Temperatura
Tubos de ensaio quente ou frio ou materiais com condutividade
térmica diferente
Frio 5-10 C, quente 40-45 C
Tempo de latência é maior que outras sensibilidades
Em geral há igual acometimento da SENSIBILIDADE TÉRMICA e ÁLGICA,
não sendo necessário testar as duas
13. Pressão e Tato Protopático
Receptores: Corpúsculos de Ruffini e Meissner. Também as
ramificações ao redor dos folículos pilosos
Neurônio I: Gânglio espinhal, prolongamento periférico se liga ao
receptor.
Neurônio II: Coluna posterior da medula. Axônios cruzam o
plano mediano na comissura branca, atingem o funículo
anterior do lado oposto, ascendem formando o TRATO
ESPINOTALÂMICO ANTERIOR. Na altura da ponte, une-se ao
espinotalâmico lateral, formando o lemnisco espinhal.
Neurônio III: Núcleo ventral posterolateral do tálamo. Axônios
fazem conexão com o córtex.
14.
15.
16. Exame neurológico: Tato
Fiapo algodão, pano, ponta dedos, estesiômetro
Avaliar dois pontos
Evitar fazer pressão
Evitar área pilosa
17. Propriocepção Consciente, Tato
Epicrítico e Sensibilidade Vibratória
Tato: Ruffini e Meissner e ramificações dos axônios em torno dos
folículos pilosos.
Propriocepção consciente: Fusos neuromusculares e órgãos
neurotendinoso
Vibratória: corpúsculos de Vater Paccini
18. Neurônios I: Gânglios espinhais. Penetra na medula
pela divisão medial da raiz posterior da medula.
Ascende via fascículos Grácil e Cuneiforme,
terminando no bulbo, fazendo a sinapse com o
Neurônio II
Neurônios II: Núcleos Grácil e Cuneiforme do
bulbo. Os axônios cruzam plano mediano para
formar o lemnisco medial. Termina no tálamo
fazendo sinapse com neurônio III
Neurônio III: Núcleo ventral posterolateral do
tálamo cujo axônio constitue radiações para
córtex. Torna-se consciente apenas a nível
cortical
19.
20.
21.
22. Exame Neurológico:
Toque firme sobre a pele ou por compressão de estruturas profundas
(massas musculares, tendões e nervos)
Paciente deve localizar o estímulo
Teste simultâneo da dor profunda
Tabes dorsalis: perda da dor profunda é um sinal clássico
Abadie: tendão do calcâneo
Biernacki: nervo ulnar
Pitres: testículos
23. Movimento e posição
Movimenta-se rapidamente um membro do paciente, com olhos
fechados
Se houver alterações no hálux, por exemplo, articulações como
tornozelos, carpo, joelhos deverão ser avaliados. Se acometidas, são
acompanhadas de ataxia sensorial e outras anormalidades
neurológicas
Piora expressiva com olhos fechados
Sinal de Romberg
24. Vibração
Uso de diapasão 128 Hz
Distal-proximal
Proeminências ósseas
Perda da sensibilidade do hálux com o passar da idade
Membros inferiores sem alterações, dificilmente haverá nos superiores
25. Propriocepção Inconsciente
Receptores: Fusos neuromusculares e órgãos neurotendinosos
Levam impulso proprioceptivo até o cerebelo
Neurônio I: Gânglios espinhais. Faz
sinapse com o neurônio II na coluna
posterior
Neurônio II: Núcleo torácico(coluna
posterior): axônios que se dirigem
para o funículo lateral do mesmo
lado, ascendem para formar o trato
espinocerebelar posteriror. Penetra
pelo pedúnculo cerebelar inferior
Neurônio II: Base da coluna posterior
e substância cinzenta intermédia:
axônios que cruzam para o funículo
lateral do lado oposto, ascendo
formando o trato espinocerebelar
anterior. Penetra pelo pedúnculo
cerebelar superior
26.
27. Sensibilidade Visceral
Receptor: terminação nervosa livre e corpúsculo de Vater Paccini
na cápsula de alguns órgãos.
Geralmente percorrem os nervos simpáticos, com exceção da
sensibilidade pélvica, inervada pela parte parassimpática sacral
Ascendem maioria pelo funículo posterior e minoria trato
espinotalâmico
Varias vias e redundâncias, a localização da dor não é precisa
Convergência das sensações somáticas e viscerais na mesma
população neuronal = dor relatada
Não é avaliada de maneira satisfatória no exame clínico de rotina
28. Espinotalâmico anterior = Tato grosseiro, pressão e dor profunda
Espinotalâmico lateral = Temperatura e dor aguda
Cuneiforme e Grácil = Vibração, propriocepção e tátil fino
30. Localização Sensorial – Síndromes
Sensitivas
Nervo periférico/raiz nervosa/SNC
Perda sensorial DISSOCIADA = quando uma ou outra alteração da
sensibilidade é diferente
Nervo periférico, raiz espinal ou tálamo = fibras convergem =
alteração geral da sensibilidade
31.
32.
33. Síndrome de Wallenberg
Infarto bulbar lateral (PICA)
Poupa tato leve (poupa lemnisco medial)
Perca sensibilidade dolorosa e térmica abrange ipsilateral da face em
virtude do acometimento do trato espinal do V par, e metade
contralateral do corpo, por causa da lesão do espinotalâmico lateral
34.
35. Siringomielia
Causa rara
Evolução crônica
Perca sensibilidade dolorosa e térmica (cruzam medial)
Mantida tato leve (lateral)
36. Isquemia da artéria espinal anterior
Irriga 2/3 anteriores da medula
Alteração sensitiva e motora
Térmica e dolorosa são perdida
Propriocepção, vibração, tato leve são mantidas
37. Lesão da Coluna Dorsal
Tabes dorsalis
Sífilis terciária
Perda da sensibilidade vibratória e proprioceptiva
Marcha talonante
Articulação de Charcot
Tabetic crises: dor tipo cãibra abdome, laringe e outras vísceras
38. Síndrome Brown Séquard
Lesão traumática ou tumores
Dissociação extrema das modalidades
Perda sensibilidade térmica e dolorosa de um lado
Perda tato, pressão, posição, vibração do outro
39.
40.
41. Tumor em raiz sensitiva
Neurofibroma
Pode causar dor e perda sensitiva
Não há perda motora
Tumor da meninge ou do osso
Compressão das fibras ascendentes e descendentes
Hérnia de disco pode comprimir também
Deve ser tratada precocemente
42. Receptores sensoriais
Geralmente decorrentes de outras patologias
Raramente patologias primárias
Dor e prurido por irritação cutânea, desnudamentos traumáticos,
calosidades
43.
44. Neuropatias periféricas focais
Anormalidade corresponde a área de distribuição do nervo
Todas as modalidades sensitivas são alteradas em graus variados
Alodinia ou hiperpatia na área da perda
45.
46.
47. Neuropatias periféricas generalizadas
Vibratória geralmente é a primeira a alterar
Sensitiva, motora ou sensório motora (maioria)
Dependem do tamanho do nervo
Segmentos distais – meia e luva
Margens mal definidas
Abolição de reflexos
Aquileu reflexos mais proximais
48. Tátil e vibratória: fibras largas e grande mielinizadas
Dor e temperatura: fibras finas e curtas mielinizadas e amielínicas
Autonômico: fibras curtas mielinizadas
49. •Uremia
•Sjögren
•Deficiência B12
•Toxinas (piridoxina, cisplatina, metronidazol)
•DM (pseudotabes)
Fibras Grossas –
perda de reflexos,
quando grave,
alteração motora
•Amiloidose
•Neuropatia autônoma sensorial hereditária
•DM (pseudossiringomielia)
Fibras Finas – dor em
queimação, sem
alteração motora e
perda reflexos. Dor a
palpação
50. Gânglios sensoriais de nervo espinal (GSNE) ou gânglios dos nervos
cranianos
Processos autoimunes
Início subagudo de DOR, parestesia e perda sensorial
Afeta mais fibras grossas
Força preservada, reflexos desaparecem
Ataxia sensorial incapacitante
LCR: aumento de nível proteico
Causas: síndrome paraneoplásica (pequenas células pulmonares),
intoxicação piridoxina, Sjögren, linfoma, H. Zoster e tabes dorsalis
51. Raiz nervosa
Compressão nervosa
Diminuição ou perda da sensibilidade + dor ou parestesia
Distribuição dermátomos
Dor aguda, intermitente, piora tosse, esforço ou movimento
Superposição de dermátomos pode impossibilitar de esclarecer ao
certo a raiz nervosa
52.
53.
54.
55.
56. Tálamo
Estação terminal da sensibilidade grosseira e não crítica
Lesões alteram lado oposto
Geralmente associadas a perversões da sensibilidade: parestesia e
hiperparestesia, hiperpatia dolorosa e alodinia
•Diminuição ou elevação do limiar de todis os tipos de
sensibilidade do lado oposto, sem anestesia completa
•Latência para detecção pode ser elevada
•Alodinia ou hiperalgesia
•Anestesia dolorosa
•Associado, geralmente: hemiparesia, hemianopsia, menor
frequência, hemiataxia, coreoatetose e apatia
•Dor central = dor talâmica
Síndrome
de Dor
Talâmica =
Dejerine-
Roussy
57. Radiações sensoriais no ramo posterior da cápsula interna
Lado oposto
Fibras sensoriais muito próximas perda mais intensa que no córtex
Dor rara
58. Córtex parietal
Raramente cursam com perda total da sensibilidade
Aumento do limiar
Mais expressiva em membros superiores que inferiores
Mão e face mais intenso (homúnculo)
Lesões pequenas podem simular lesões de nervos periféricos ou raízes
nervosas
Causam distúrbios da sensibilidade discriminativa
• Estereognosia
• Grafestesia
• Discriminação de dois pontos
• Atenção sensorial
• Desatenção
• Autotopagnosia
59. Estereognosia:
Capacidade de
perceber, identificar
o formato, a
natureza de objetos
pelo tato
Astereognosia
• Atraso na identificação
• Diminuição dos movimentos de
exploração
• Comparação duas mãos
• Déficit unilateral
61. Discriminação de
dois pontos
Capacidade de
identificar , com
olhos fechados, um
ou dois pontos após
estimulação cutânea
• Perda da capacidade de
discriminação com restante da
sensibilidade preservada pode ser o
sinal mais sutil de lesão do lobo
parietal oposto
62. Extinção,
desatenção ou
negligência
sensorial
Perda da
capacidade de
perceber dois
estímulos sensoriais
simultâneos
Autotopagnosia
Incapacidade de
identificar partes do
corpo, orientar ou
compreender a
relação entre as
partes
Agnosia do
hemicorpo: falta de
consciência da
metade do corpo
64. Descargas espontâneas do córtex parietal causam parestesia
contra lateral que pode configurar uma crise epiléptica sensorial
focal ou uma aura sensorial que precede uma convulsão motora
Raramente descargas espontâneas do córtex causam dor
65. Perda sensorial não orgânica
Factícia
Geralmente áreas de diminuição da sensibilidade
Não acompanham distribuição anatômica
Luva e meia cano curto
Cruzar os braços: hesitação ao responder
Limites muito bem definidos na linha mediana ou que ultrapassam
Responde não com olhos fechados onde não está sentindo