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HIGIENE OCUPACIONAL
MANOEL AUGUSTO DE ANDRADE
TST 13.689
O QUE É HIGIENE OCUPACIONAL
O que é Higiene do Trabalho, Higiene Ocupacional? Nesse texto
traremos algumas respostas definitivas sobre o tema.
O primeiro pensamento que vem à cabeça quando ouvimos o termo
“Higiene do Trabalho” é limpeza no trabalho, não é? Porém, é importante
destacar que a Higiene do Trabalho, ou Ocupacional nada tem a ver com
limpeza no trabalho.
Higiene Ocupacional, também conhecida como Higiene do Trabalho e
Higiene Industrial, é a ciência e arte dedicada ao reconhecimento, avaliação e
controle de agentes ambientais que surgem no trabalho e que podem causar
doenças e prejuízos à saúde dos trabalhadores e até mesmo da comunidade
que circunda o trabalho.
O que é Higiene Ocupacional
Até meados século 19 a produtividade
era valorizada em detrimento da saúde e até
mesmo da vida do trabalhador. Isso vem
mudando ao longo dos anos.
A partir da década de 50/60 surgem as
primeiras tentativas sérias na área da Higiene
do Trabalho, bem como o surgimento legislações na área de segurança do
trabalho.
Aos poucos o homem foi descobrindo que para atuar sobre as fontes
de risco seria necessário quantificar o risco, e com isso a Higiene do Trabalho
veio tomando forma e se tornando indispensáveis nas práticas de Segurança
do Trabalho.
HIGIENE OCUPACIONAL OU SEGURANÇA DO TRABALHO?
A segurança do trabalho lida com a prevenção e controle dos riscos de
operação.
A higiene do trabalho lida com os riscos do ambiente na parte de
avaliação do risco. Principalmente os que podem originar doenças
ocupacionais.
EXPOSIÇÃO A PERIGO OU A RISCO?
PERIGO:
1 – Fonte ou situação com potencial para provocar danos em termos
de lesão, doença, dano à propriedade, meio ambiente, local de trabalho ou a
combinação destes.
2 – Perigo exposição ao risco.
RISCO:
1 – Combinação da probabilidade de ocorrência e da consequência de
um determinado evento perigoso.
2 – Situação com possibilidade de causar danos.
Resumindo:
Perigo é a fonte geradora e o risco é a exposição a esta fonte.
ÁREAS DE ATUAÇÃO DE HIGIENE OCUPACIONAL
A Higiene Ocupacional envolve:
1. Contaminantes (poluentes) do ambiente de trabalho.
2. Objetivo: prevenir as doenças profissionais
3. Engenharia: atua diretamente na quantificação dos riscos do trabalho.
Bem como, busca soluções para neutralizar os respectivos riscos da
atividade.
4. Medicina: pode atuar na quantificação, bem como no tratamento de
doença e quantificações e relatórios dos agravos à saúde do trabalhador.
5. Epidemiologia: é a ciência que estuda de forma quantitativa a
distribuição dos fenômenos de saúde e doença, bem como a eficácia dos
tratamentos no âmbito da saúde pública, além de estudar seus fatores
causadores e determinantes.
6. Toxicologia: é a ciência que estuda os efeitos dos nocivos das
substâncias químicas sobre o organismo.
7. Química: estuda as propriedades da matéria e ainda a forma como elas
se comportam mediante o manuseio no ambiente de trabalho.
8. Bioestatística: é a aplicação de ações estatísticas no campo biológico e
médico. Essa ciência teve origem na contagem de fenômenos vitais como
mortes, nascimentos, doentes, etc. Esse tipo de estatística sempre é feito de
forma quantitativa.
TIPOS DE AGENTES
O que é Higiene Ocupacional
UM POUCO MAIS SOBRE HIGIENE OCUPACIONAL
O objetivo final da Higiene do Trabalho é que após o levantamento
quantitativo dos riscos ambientais possamos proceder à eliminação dos
mesmos, nos locais de trabalho. Ou seja, que possamos eliminar tudo o que
pode afetar a saúde. Ter saúde é ter equilíbrio e bem estar, físico, mental e
social.
Saúde física: Funcionamento adequado das diferentes partes do
corpo, órgãos, tecidos, células.
Saúde mental: Equilíbrio intelectual e emocional.
Saúde social: Bem estar na relação com os outros.
Para atingir seus objetivos, a Higiene Ocupacional usa de técnicas e
ações, porém, isso é assunto para a próxima quinta feira. Não perca!
EQUIPAMENTOS DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL
Qualitativo ou quantitativo – Veja a diferença!
EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Na área de segurança do trabalho várias ferramentas servem de apoio e
nos garantem medir as condições para poder agir no foco do risco.
Nesse artigo veremos os principais equipamentos de medição de
segurança do trabalho. Na maioria das vezes são usados na elaboração de
programas tipo PPRA e PCMAT, más, podem ser usados também em laudos
de insalubridade, perícias, etc.
EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO
ANEMÔMETROS
São equipamentos medem a velocidade do ar, no início eram usados
apenas nos serviços de meteorologia, hoje são usados também na segurança
do trabalho.
Quando e hélice do equipamento gira consegue registrar a velocidade do
ar/vento.
BOMBA PARA AMOSTRAGEM DE GASES E POEIRA
Possibilita a coleta de gases, vapores, névoas, neblinas, poeiras de uma
forma geral, incluindo fumos metálicos. As amostras coletadas são
encaminhadas aos laboratórios para análises químicas, com base em métodos
analíticos, para quantificação para respectivas concentrações.
DETECTORES DE GÁS
São equipamentos usados para medir diferentes tipos de gases e
vapores no ambiente de trabalho. Normalmente são usadas para medir gases
ou vapores como propano, metano, sulfeto de hidrogênio, combustíveis,
explosivos, oxigênio, etc. Cada gás ou vapor tem necessidade de ser medido
com sensor específico e com calibração específica.
DECIBELÍMETRO OU MEDIDOR DE NÍVEL DE PRESSÃO SONORA
Os aparelhos mais modernos possuem memória com armazenamento
de dados, os modelos mais simples ou antigos oferecem apenas a opção de
leitura imediata dos níveis de ruído no visor.
O microfone é peça vital na composição do equipamento, sua função é a
de transformar o sinal de pressão mecânica em sinal elétrico. Normalmente os
decibelímetros usados comercializados no Brasil operam entre 30 a 140
Decibéis.
Conforme regulamentação dada pela NR 15 o ruído deve ser controlado no
ambiente de trabalho.
DOSÍMETRO
É usado para avaliar o ruído no qual o trabalhador está submetido
durante determinado período no ambiente de trabalho. Com o equipamento
fixado no trabalhador ele permite a medição do ruído com o cálculo automático
da dose de ruído. O interessante desse equipamento é que ele oferece o
percentual de ruído no qual o trabalhador está exposto. Tudo depende da
configuração previamente programada no aparelho.
O dosímetro é considerado o aparelho mais eficiente e detalhista para as
medições de ruído, sendo por isso, preferência entre muitos profissionais.
MONITOR DE IBUTG (ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO E TERMÔMETRO DE
GLOBO)
Popularmente conhecido como medidor de stress térmico o IBTUG permite a
avaliação das condições do ambiente no que se refere ao calor. Para exibir as
informações podemos trabalhar diretamente através de gráficos e relatórios.
O equipamento é largamente usado em trabalhos a céu aberto e em
siderúrgicas ou locais com calor intenso.
O uso do IBUTG no Brasil é fundamentado para atender as exigências da NR
15 e NHO 6 (Norma de Higiene Ocupacional – Fundacentro) que determinam
os limites de exposição máxima.
MEDIDORES DE VIBRAÇÃO HUMANA
São usados para medir as vibrações nos braços, mãos e corpo inteiro.
Dentre os equipamentos que geram vibração estão compactadores (sapinho),
marteletes, lixadeiras, etc. O equipamento mede tanto as vibrações localizadas
como em grandes equipamentos como tratores e máquinas de tão ou maior
porte.
LUXÍMETRO
Mede os níveis de iluminamento ou a iluminância (em lux), ou seja, a luz
distribuída em uma superfície ou área.
De acordo com as normas técnica cada ambiente tem um nível de
iluminação adequado, e no trabalho não é diferente. A monitoração tem a
função de que a partir da medição possamos adequar a iluminação do
ambiente.
O aparelho funciona transformando a luz natural ou artificial recebida em
corrente elétrica, a partir desse ponto é mostrado no visor à quantidade de lux
do ambiente.
HIGRÔMETRO
É o nome dado a um equipamento usado para medir a umidade relativa do ar.
São usados para medir o clima de ambientes fechados onde o excesso de
umidade poderia causar danos como museus, documentos de bibliotecas.
Também são usados para medir a umidade a que trabalhadores estão
expostos.
EXPLOSÍMETRO
É usado para testar na atmosfera a presença de misturas inflamáveis ou
explosivas. Para realizar o teste o equipamento suga os gases do ambiente e
submete-os a um filamento aquecido. A partir da tentativa de queima é possível
determinar a presença ou não de gases inflamáveis no ambiente.
O uso dos explosímetros possibilita a obtenção de resultados
quantitativos e não qualitativos. Isso significa que é possível detectar a
presença e a concentração de um gás ou vapor inflamável em uma
composição de gases. Porém, não é possível diferenciar um determinado gás
dentre as várias substâncias presentes nessa composição.
O explosímetro mede vapores de combustíveis presentes no ar, más,
não é capaz de medir a porcentagem de vapor em fumaça ou atmosfera inerte,
por causa da ausência de oxigênio necessário à combustão na unidade
detetora do instrumento.
Bibliografia:
José Carlos Marques – Centro de Química da Madeira – Departamento de
Química – Universidade da Madeira
http://www.areaseg.com/im/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Epidemiologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Toxicologia
http://pgcsiamspe.org/aula1_bio_060308.pdf
http://www.cetesb.sp.gov.br/emergencia/aspectos/equipamentos/alarme.htm

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Higiene Ocupacional: agentes e equipamentos

  • 1. HIGIENE OCUPACIONAL MANOEL AUGUSTO DE ANDRADE TST 13.689
  • 2. O QUE É HIGIENE OCUPACIONAL O que é Higiene do Trabalho, Higiene Ocupacional? Nesse texto traremos algumas respostas definitivas sobre o tema. O primeiro pensamento que vem à cabeça quando ouvimos o termo “Higiene do Trabalho” é limpeza no trabalho, não é? Porém, é importante destacar que a Higiene do Trabalho, ou Ocupacional nada tem a ver com limpeza no trabalho. Higiene Ocupacional, também conhecida como Higiene do Trabalho e Higiene Industrial, é a ciência e arte dedicada ao reconhecimento, avaliação e controle de agentes ambientais que surgem no trabalho e que podem causar doenças e prejuízos à saúde dos trabalhadores e até mesmo da comunidade que circunda o trabalho. O que é Higiene Ocupacional Até meados século 19 a produtividade era valorizada em detrimento da saúde e até mesmo da vida do trabalhador. Isso vem mudando ao longo dos anos. A partir da década de 50/60 surgem as primeiras tentativas sérias na área da Higiene do Trabalho, bem como o surgimento legislações na área de segurança do trabalho. Aos poucos o homem foi descobrindo que para atuar sobre as fontes de risco seria necessário quantificar o risco, e com isso a Higiene do Trabalho veio tomando forma e se tornando indispensáveis nas práticas de Segurança do Trabalho. HIGIENE OCUPACIONAL OU SEGURANÇA DO TRABALHO? A segurança do trabalho lida com a prevenção e controle dos riscos de operação. A higiene do trabalho lida com os riscos do ambiente na parte de avaliação do risco. Principalmente os que podem originar doenças ocupacionais. EXPOSIÇÃO A PERIGO OU A RISCO?
  • 3. PERIGO: 1 – Fonte ou situação com potencial para provocar danos em termos de lesão, doença, dano à propriedade, meio ambiente, local de trabalho ou a combinação destes. 2 – Perigo exposição ao risco. RISCO: 1 – Combinação da probabilidade de ocorrência e da consequência de um determinado evento perigoso. 2 – Situação com possibilidade de causar danos. Resumindo: Perigo é a fonte geradora e o risco é a exposição a esta fonte. ÁREAS DE ATUAÇÃO DE HIGIENE OCUPACIONAL A Higiene Ocupacional envolve: 1. Contaminantes (poluentes) do ambiente de trabalho. 2. Objetivo: prevenir as doenças profissionais 3. Engenharia: atua diretamente na quantificação dos riscos do trabalho. Bem como, busca soluções para neutralizar os respectivos riscos da atividade.
  • 4. 4. Medicina: pode atuar na quantificação, bem como no tratamento de doença e quantificações e relatórios dos agravos à saúde do trabalhador. 5. Epidemiologia: é a ciência que estuda de forma quantitativa a distribuição dos fenômenos de saúde e doença, bem como a eficácia dos tratamentos no âmbito da saúde pública, além de estudar seus fatores causadores e determinantes. 6. Toxicologia: é a ciência que estuda os efeitos dos nocivos das substâncias químicas sobre o organismo. 7. Química: estuda as propriedades da matéria e ainda a forma como elas se comportam mediante o manuseio no ambiente de trabalho. 8. Bioestatística: é a aplicação de ações estatísticas no campo biológico e médico. Essa ciência teve origem na contagem de fenômenos vitais como mortes, nascimentos, doentes, etc. Esse tipo de estatística sempre é feito de forma quantitativa. TIPOS DE AGENTES O que é Higiene Ocupacional
  • 5. UM POUCO MAIS SOBRE HIGIENE OCUPACIONAL O objetivo final da Higiene do Trabalho é que após o levantamento quantitativo dos riscos ambientais possamos proceder à eliminação dos mesmos, nos locais de trabalho. Ou seja, que possamos eliminar tudo o que pode afetar a saúde. Ter saúde é ter equilíbrio e bem estar, físico, mental e social. Saúde física: Funcionamento adequado das diferentes partes do corpo, órgãos, tecidos, células. Saúde mental: Equilíbrio intelectual e emocional. Saúde social: Bem estar na relação com os outros. Para atingir seus objetivos, a Higiene Ocupacional usa de técnicas e ações, porém, isso é assunto para a próxima quinta feira. Não perca! EQUIPAMENTOS DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL Qualitativo ou quantitativo – Veja a diferença! EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO Na área de segurança do trabalho várias ferramentas servem de apoio e nos garantem medir as condições para poder agir no foco do risco. Nesse artigo veremos os principais equipamentos de medição de segurança do trabalho. Na maioria das vezes são usados na elaboração de programas tipo PPRA e PCMAT, más, podem ser usados também em laudos de insalubridade, perícias, etc. EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO ANEMÔMETROS São equipamentos medem a velocidade do ar, no início eram usados apenas nos serviços de meteorologia, hoje são usados também na segurança do trabalho. Quando e hélice do equipamento gira consegue registrar a velocidade do ar/vento.
  • 6. BOMBA PARA AMOSTRAGEM DE GASES E POEIRA Possibilita a coleta de gases, vapores, névoas, neblinas, poeiras de uma forma geral, incluindo fumos metálicos. As amostras coletadas são encaminhadas aos laboratórios para análises químicas, com base em métodos analíticos, para quantificação para respectivas concentrações. DETECTORES DE GÁS São equipamentos usados para medir diferentes tipos de gases e vapores no ambiente de trabalho. Normalmente são usadas para medir gases ou vapores como propano, metano, sulfeto de hidrogênio, combustíveis, explosivos, oxigênio, etc. Cada gás ou vapor tem necessidade de ser medido com sensor específico e com calibração específica.
  • 7. DECIBELÍMETRO OU MEDIDOR DE NÍVEL DE PRESSÃO SONORA Os aparelhos mais modernos possuem memória com armazenamento de dados, os modelos mais simples ou antigos oferecem apenas a opção de leitura imediata dos níveis de ruído no visor. O microfone é peça vital na composição do equipamento, sua função é a de transformar o sinal de pressão mecânica em sinal elétrico. Normalmente os decibelímetros usados comercializados no Brasil operam entre 30 a 140 Decibéis. Conforme regulamentação dada pela NR 15 o ruído deve ser controlado no ambiente de trabalho. DOSÍMETRO É usado para avaliar o ruído no qual o trabalhador está submetido durante determinado período no ambiente de trabalho. Com o equipamento fixado no trabalhador ele permite a medição do ruído com o cálculo automático da dose de ruído. O interessante desse equipamento é que ele oferece o percentual de ruído no qual o trabalhador está exposto. Tudo depende da configuração previamente programada no aparelho. O dosímetro é considerado o aparelho mais eficiente e detalhista para as medições de ruído, sendo por isso, preferência entre muitos profissionais.
  • 8. MONITOR DE IBUTG (ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO E TERMÔMETRO DE GLOBO) Popularmente conhecido como medidor de stress térmico o IBTUG permite a avaliação das condições do ambiente no que se refere ao calor. Para exibir as informações podemos trabalhar diretamente através de gráficos e relatórios. O equipamento é largamente usado em trabalhos a céu aberto e em siderúrgicas ou locais com calor intenso. O uso do IBUTG no Brasil é fundamentado para atender as exigências da NR 15 e NHO 6 (Norma de Higiene Ocupacional – Fundacentro) que determinam os limites de exposição máxima. MEDIDORES DE VIBRAÇÃO HUMANA São usados para medir as vibrações nos braços, mãos e corpo inteiro. Dentre os equipamentos que geram vibração estão compactadores (sapinho), marteletes, lixadeiras, etc. O equipamento mede tanto as vibrações localizadas como em grandes equipamentos como tratores e máquinas de tão ou maior porte.
  • 9. LUXÍMETRO Mede os níveis de iluminamento ou a iluminância (em lux), ou seja, a luz distribuída em uma superfície ou área. De acordo com as normas técnica cada ambiente tem um nível de iluminação adequado, e no trabalho não é diferente. A monitoração tem a função de que a partir da medição possamos adequar a iluminação do ambiente. O aparelho funciona transformando a luz natural ou artificial recebida em corrente elétrica, a partir desse ponto é mostrado no visor à quantidade de lux do ambiente. HIGRÔMETRO É o nome dado a um equipamento usado para medir a umidade relativa do ar. São usados para medir o clima de ambientes fechados onde o excesso de umidade poderia causar danos como museus, documentos de bibliotecas. Também são usados para medir a umidade a que trabalhadores estão expostos. EXPLOSÍMETRO É usado para testar na atmosfera a presença de misturas inflamáveis ou explosivas. Para realizar o teste o equipamento suga os gases do ambiente e submete-os a um filamento aquecido. A partir da tentativa de queima é possível determinar a presença ou não de gases inflamáveis no ambiente.
  • 10. O uso dos explosímetros possibilita a obtenção de resultados quantitativos e não qualitativos. Isso significa que é possível detectar a presença e a concentração de um gás ou vapor inflamável em uma composição de gases. Porém, não é possível diferenciar um determinado gás dentre as várias substâncias presentes nessa composição. O explosímetro mede vapores de combustíveis presentes no ar, más, não é capaz de medir a porcentagem de vapor em fumaça ou atmosfera inerte, por causa da ausência de oxigênio necessário à combustão na unidade detetora do instrumento. Bibliografia: José Carlos Marques – Centro de Química da Madeira – Departamento de Química – Universidade da Madeira http://www.areaseg.com/im/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Epidemiologia http://pt.wikipedia.org/wiki/Toxicologia http://pgcsiamspe.org/aula1_bio_060308.pdf http://www.cetesb.sp.gov.br/emergencia/aspectos/equipamentos/alarme.htm