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BREVE HISTÓRICO DAS
RELAÇÕES DE PODER
Faculdade Maurício de Nassau
Desenvolvimento Pessoal e Empregabilidade
Graduação em Engenharia Civil, Mecânica e de
Produção
Prof. Dra. Marcela Montalvão Teti
INÍCIO DA ERA MODERNA
 Final da Idade Média.
 A partir do século XVI:
◦ Estado de Justiça – Sociedade de tipo
feudal.
◦ Estado Administrativo – Sociedade
disciplinar.
◦ Estado de Governo – Sociedade de
Controle.
Estado de Justiça
 Estado de Soberania:
 A partir do século XVI.
 Paralelo à Sociedade Feudal.
 Simbólica do sangue.
◦ Em voga a relação plebeu x sangue azul.
◦ Sistema de aliança.
 O exercício do poder era visível.
 Espetacular, destrutível, por confisco.
 Causava a morte.
Estado Administrativo
 Por volta de século XVII.
 Nascimento do Biopoder:
 Paralelo à Sociedade Disciplinar.
 Entrada dos fenômenos próprios à
Vida
◦ Vida como objeto político.
◦ Formação de Corpos Dóceis.
Estado Administrativo
 O exercício do poder passa a ser
invisível.
 Humanização das práticas, evidencia o
corpo dos indivíduos, individualiza os
sujeitos.
 Produz vida, administra corpos, produz a
gestão calculista da vida.
O que são disciplinas?
 Se formam a partir do século XVII
 A partir de dois polos:
◦ Anatomopolítico: Tem o corpo como
alvo.
◦ Biopolítico: Reguladora dos fenômenos
de população.
O problema das Disciplinas
 Tecnologia Multiforme:
◦ Para produção de corpos aptos ao
trabalho.
◦ Corpos úteis e ao mesmo tempo dóceis.
◦ Importantes para o desenvolvimento do
capitalismo.
◦ Investidos de potência produtiva.
◦ Capazes de se submeter às condições
de trabalho.
O problema das Disciplinas
 Amplamente Aplicáveis:
◦ Aplicam-se a corpos individuais e
sociais.
◦ Separam, organizam e especializam
espaços, fracionam, cronometram e
organizam tempos e ritmos.
◦ Especializam e mecanizam atividades.
◦ Serializam, articulam e acoplam corpos e
processos.
O problema das Disciplinas
 Estrutura Física e Institucional.
◦ Atravessa para a Modernidade.
◦ Passará a ser Objeto de Gestão:
 - escolas, fábricas, hospitais, manicômios,
prisões.
◦ Início do século XVIII:
 Grande Internação.
Sociedade Disciplinar
 “A sociedade disciplinar é a
sociedade das disciplinas em amplo
sentido: é sociedade que
disciplinariza os indivíduos,
separando, marcando e comparando-
os, e é sociedade que está se
disciplinarizando em termos físicos,
legais, morais, políticos, sociais,
administrativos, institucionais,
econômico-produtivo-comerciais
(...)”.
Disciplinas-Mecanismo
 A partir do século XVIII
 A disciplina dos corpos se dissemina.
 Sai das instituições:
◦ Escolas, manicômios, fábrica, prisões.
◦ Se espalha pela sociedade.
 A disciplina passa a ser exercida por
nós mesmos.
Surgimento das Populações
 Início do século XIX.
 Acontecimento decisivo para a
expansão das disciplinas.
 Passam a ser objetos de poder.
 Passam a existir as biopolíticas
reguladoras das populações.
 “[...] as disciplinas envolvem todo
um conjunto de saberes
instrumentais relativos à produção
dos gestos e corpos dos
indivíduos: medidas, potências,
destrezas, ritmos”.
 (Prado Filho, 2006, p. 50).
Surgimento da Sociedade de
Governo
 Por volta do século XVI até o século
XVIII
 Fim da sociedade feudal.
 Emergem as Artes de Governar.
◦ Múltiplas.
◦ Envolvia o Monarca, Príncipes,
Magistrados, Juízes.
◦ Governavam Almas, Condutas, Crianças,
Casa, Família, o Estado.
◦ Governo de coisas e não de corpos.
◦ Governo das coisas para fins
convenientes.
Sociedade de Governo
 Governar homens e coisas.
 “Estas coisas, de que o governo deve se
encarregar, são os homens, mas em suas
relações com as coisas que são as riquezas,
os recursos, os meios de subsistência, o
território em suas fronteiras, com suas
qualidades, clima, seca, fertilidade etc; os
homens em suas relações com outras coisas
que são os costumes, os hábitos, as formas
de agir ou de pensar etc; finalmente, os
homens em suas relações com outras coisas
ainda que pode ser os acidentes ou as
desgraças como a forme, a epidemia, a
morte, etc”.
Artes de Governo
 Surgem no século XVI.
◦ Contemporâneo do sistema feudal
cristão.
◦ Tem formas bastante diversificadas.
◦ Até o final do século XVII.
 Problema do Governo Geral:
◦ Governo dos estados pelos príncipes.
◦ Formação dos Estados Administrativos.
◦ Rui a estrutura política feudal.
◦ Movimentos de Reforma e Contra-
Reforma.
Artes de Governo
 Até o século XVIII
◦ As artes de Governo estavam
bloqueadas.
◦ Estavam restritas às famílias, as
instituições católicas, ao Monarca.
 A partir do século XVIII.
◦ As artes de Governo são desbloqueadas.
◦ Surgimento das Populações.
◦ Elas passam a ser objetos de governo.
Populações
 Centrado em técnicas de
investimento:
◦ Na vida.
◦ As disciplinas continuam em cena.
◦ Estão difusas em pequenas vigilâncias
◦ Em pequenas regulações da vida.
 O poder em ação:
◦ É positivo, produtivo.
◦ Cuidar da forma e esplendor da cidade.
Referências Bibliográficas
 Foucault, M. (2002). Vigiar e punir:
Nascimento da prisão. Petrópolis:
Vozes, 25ª Ed.
 Prado Filho, K. (2006). Michel
Foucault: Um história da
Governamentalidade. Florianópolis:
Editora Insular/Rio de Janeiro:
Robson Achiamé Editor.

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  • 1. BREVE HISTÓRICO DAS RELAÇÕES DE PODER Faculdade Maurício de Nassau Desenvolvimento Pessoal e Empregabilidade Graduação em Engenharia Civil, Mecânica e de Produção Prof. Dra. Marcela Montalvão Teti
  • 2. INÍCIO DA ERA MODERNA  Final da Idade Média.  A partir do século XVI: ◦ Estado de Justiça – Sociedade de tipo feudal. ◦ Estado Administrativo – Sociedade disciplinar. ◦ Estado de Governo – Sociedade de Controle.
  • 3. Estado de Justiça  Estado de Soberania:  A partir do século XVI.  Paralelo à Sociedade Feudal.  Simbólica do sangue. ◦ Em voga a relação plebeu x sangue azul. ◦ Sistema de aliança.  O exercício do poder era visível.  Espetacular, destrutível, por confisco.  Causava a morte.
  • 4. Estado Administrativo  Por volta de século XVII.  Nascimento do Biopoder:  Paralelo à Sociedade Disciplinar.  Entrada dos fenômenos próprios à Vida ◦ Vida como objeto político. ◦ Formação de Corpos Dóceis.
  • 5. Estado Administrativo  O exercício do poder passa a ser invisível.  Humanização das práticas, evidencia o corpo dos indivíduos, individualiza os sujeitos.  Produz vida, administra corpos, produz a gestão calculista da vida.
  • 6. O que são disciplinas?  Se formam a partir do século XVII  A partir de dois polos: ◦ Anatomopolítico: Tem o corpo como alvo. ◦ Biopolítico: Reguladora dos fenômenos de população.
  • 7. O problema das Disciplinas  Tecnologia Multiforme: ◦ Para produção de corpos aptos ao trabalho. ◦ Corpos úteis e ao mesmo tempo dóceis. ◦ Importantes para o desenvolvimento do capitalismo. ◦ Investidos de potência produtiva. ◦ Capazes de se submeter às condições de trabalho.
  • 8. O problema das Disciplinas  Amplamente Aplicáveis: ◦ Aplicam-se a corpos individuais e sociais. ◦ Separam, organizam e especializam espaços, fracionam, cronometram e organizam tempos e ritmos. ◦ Especializam e mecanizam atividades. ◦ Serializam, articulam e acoplam corpos e processos.
  • 9. O problema das Disciplinas  Estrutura Física e Institucional. ◦ Atravessa para a Modernidade. ◦ Passará a ser Objeto de Gestão:  - escolas, fábricas, hospitais, manicômios, prisões. ◦ Início do século XVIII:  Grande Internação.
  • 10. Sociedade Disciplinar  “A sociedade disciplinar é a sociedade das disciplinas em amplo sentido: é sociedade que disciplinariza os indivíduos, separando, marcando e comparando- os, e é sociedade que está se disciplinarizando em termos físicos, legais, morais, políticos, sociais, administrativos, institucionais, econômico-produtivo-comerciais (...)”.
  • 11. Disciplinas-Mecanismo  A partir do século XVIII  A disciplina dos corpos se dissemina.  Sai das instituições: ◦ Escolas, manicômios, fábrica, prisões. ◦ Se espalha pela sociedade.  A disciplina passa a ser exercida por nós mesmos.
  • 12. Surgimento das Populações  Início do século XIX.  Acontecimento decisivo para a expansão das disciplinas.  Passam a ser objetos de poder.  Passam a existir as biopolíticas reguladoras das populações.
  • 13.  “[...] as disciplinas envolvem todo um conjunto de saberes instrumentais relativos à produção dos gestos e corpos dos indivíduos: medidas, potências, destrezas, ritmos”.  (Prado Filho, 2006, p. 50).
  • 14. Surgimento da Sociedade de Governo  Por volta do século XVI até o século XVIII  Fim da sociedade feudal.  Emergem as Artes de Governar. ◦ Múltiplas. ◦ Envolvia o Monarca, Príncipes, Magistrados, Juízes. ◦ Governavam Almas, Condutas, Crianças, Casa, Família, o Estado. ◦ Governo de coisas e não de corpos. ◦ Governo das coisas para fins convenientes.
  • 15. Sociedade de Governo  Governar homens e coisas.  “Estas coisas, de que o governo deve se encarregar, são os homens, mas em suas relações com as coisas que são as riquezas, os recursos, os meios de subsistência, o território em suas fronteiras, com suas qualidades, clima, seca, fertilidade etc; os homens em suas relações com outras coisas que são os costumes, os hábitos, as formas de agir ou de pensar etc; finalmente, os homens em suas relações com outras coisas ainda que pode ser os acidentes ou as desgraças como a forme, a epidemia, a morte, etc”.
  • 16. Artes de Governo  Surgem no século XVI. ◦ Contemporâneo do sistema feudal cristão. ◦ Tem formas bastante diversificadas. ◦ Até o final do século XVII.  Problema do Governo Geral: ◦ Governo dos estados pelos príncipes. ◦ Formação dos Estados Administrativos. ◦ Rui a estrutura política feudal. ◦ Movimentos de Reforma e Contra- Reforma.
  • 17. Artes de Governo  Até o século XVIII ◦ As artes de Governo estavam bloqueadas. ◦ Estavam restritas às famílias, as instituições católicas, ao Monarca.  A partir do século XVIII. ◦ As artes de Governo são desbloqueadas. ◦ Surgimento das Populações. ◦ Elas passam a ser objetos de governo.
  • 18. Populações  Centrado em técnicas de investimento: ◦ Na vida. ◦ As disciplinas continuam em cena. ◦ Estão difusas em pequenas vigilâncias ◦ Em pequenas regulações da vida.  O poder em ação: ◦ É positivo, produtivo. ◦ Cuidar da forma e esplendor da cidade.
  • 19. Referências Bibliográficas  Foucault, M. (2002). Vigiar e punir: Nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 25ª Ed.  Prado Filho, K. (2006). Michel Foucault: Um história da Governamentalidade. Florianópolis: Editora Insular/Rio de Janeiro: Robson Achiamé Editor.