3. PARTICULARIZANDO O CASO
NORDESTINO
• O Nordeste é a economia Regional mais antiga do país.
• Desenvolvimento da economia açucareira acontece no início
do séc. XX
• Em geral, destaca-se duas fases do desenvolvimento
regional:
• Uma diz respeito ao isolamento regional e letargia.
• Tem relação com a herança de recorrentes e prolongadas crises do
setor primário-exportador.
• Outra tem relação com a crescente articulação regional,
especialmente com o Sudeste.
• Nas décadas de 1940 e 1950, caracterizada por uma etapa
concorrencial.
• Depois, um período de integração da estrutura produtiva inter-
regional, mediante a transferência de capitais, das regiões mais
desenvolvidas do país para o Nordeste brasileiro.
4. DESENVOLVIMENTO DO
MERCADO INTERNO
• Até 1930 – Desenvolvimento do mercado interno com a
economia volta à produção açucareira.
• Os maiores mercados do açúcar nordestino eram estados do
Sudeste.
• A partir de 1930 há uma queda na produção.
• Após a 2ª Guerra Mundial, os produtores do Sudeste passam a
vender açúcar para o mercado nacional, tornando-se
concorrência do Nordeste.
• Principais estados concorrentes: São Paulo, Rio de Janeiro,
Minas.
5. INDÚSTRIA TEXTIL
• Início do séc. XX apresentava incipiente desenvolvimento.
• Características dos estados da Bahia e Pernambuco.
• Juntamente com o setor agrícola, tipificou o
desenvolvimento regional até o final da década de 1950.
• Atravessou uma crise dos anos 1950, por causa da abertura
de rodovias e a integração do mercado nacional.
• Depois da Guerra, o parque têxtil do Sudeste se moderniza,
por meio de subsídios cambiais à importação de
equipamentos.
• Na segunda metade do séc. XX, a indústria textil se debilita
entrando em um estado de obsolência.
• Há, então, uma ecessidade de ajustamento da economia
nordestina.
6. SEC. XX - INDUSTRIALIZAR
• Até a década de 1950 – A economia nordestina procurava se
adaptar às mudanças na economia brasileira.
• A partir da década de 1950 – há um período de vigoroso
dinamismo.
• Mudança que está relacionada à transferência de capitais
produtivos na região por meio de ações de estado.
• Principal objetivo: Industrializar a região, implantar
atividades industriais; promover modernização das mesmas.
• Mudanças nos Modos de Produção:
• Superação do quadro de letargia e atraso.
• Produzem a expansão do produto regional, com taxas de
crescimento superiores ao resto do país.
• Potencial capacidade de acumulação nos períodos de 1965-1979.
7. MUDANÇAS NO REGIME DE
PRODUÇÃO
• Tal crescimento da economia nordestina resulta numa
mudança da estrutura produtiva.
• Novos processos de trabalho foram introduzidos.
• Houve redução da mão-de-obra em determinados
subsetores.
• Ao mesmo tempo que houve expansão de mão-de-obra em
atividades industriais antes não existentes.
• Mudanças na competividade inter-regional.
• Redefinição dos limites de interdependência regional.
• Mudanças na composição da oferta e da procura.
• A mudança reflete o período de 3 décadas de intenso
crescimento da economia brasileira.
• Até a década de 1980.
8. HISTÓRIA RECENTE
• Década de 1980: Crise financeira aguda.
• Interrupção abrupta de fontes de financiamento externas.
• Incapacidade do Estado de gerar fontes alternativas de poupança.
• Tentativas frustradas de planos de estabilização.
• Manutenção considerável do nível de desemprego.
• Elevado crescimento da informalização do mercado de
trabalho.
• Resultado da política macroeconômica e das mudanças
tecnológicas, do processo de reestruturação produtiva.
• Incapacidade do estado de gerar mecanismos incentivadores
de formalização das relações de trabalho.
9. PECULIARIDADES DO
NORDESTE
• O sistema da monocultura manufatureira, se ajustava às
crises mantendo intacta sua estrutura.
• Tinha, em geral, financiamento público, mantendo dívidas
adiadas ou perdoadas.
• Herança escravocrata:
• Regime de trabalho assalariado, mas com
• Estrutura fundiária.
• Dominância oligárquica.
• Atraso cultural.
• Baixos salários.
• O ajuste do sistemas às crises sempre envolveu custos salariais.
• Por isso, a rentabilidade se mantinha.
10. RITMOS DE CRESCIMENTO
• Paraíba, Sergipe e
Rio Grande do Norte
têm uma base
econômica
relativamente
reduzida.
• Bahia, Pernambuco e
Ceará são as maiores
economias do
Nordeste.
11. ATIVIDADES EM
CRESCIMENTO
• Agricultura Irrigada e
fruticultura no Vale do
São Francisco.
• Fruticultura do oeste do
Rio Grande do Norte.
• Complexo Petroquímico
de Camaçari.
• Agricultura de Grãos no
oeste da Bahia.
• Atividade Petrolífera no
Rio Grande do Norte,
Bahia e Sergipe.
12. POPULAÇÃO NORDESTINA
• Baixa capacidade de
retenção da população,
especialmente na
década de 1970.
• As vezes, a migração é
considerada benéfica
por diminuir a pressão
sobre a infraestrutura,
serviços urbanos e
mercado de trabalho
• O Nordeste concentra
1/3 das 21 cidades
brasileiras com mais de
500 mil habitantes.
13. CRESCIMENTO DESORDENADO
NO NORDESTE
• A taxa de urbanização é
inferior a do Brasil.
• Grande pressão sobre a
infraestrutura urbana.
• Maranhão tem taxa de
ocupação urbana de
40%.
• Pernambuco tem mais
de 70%.
• A da Bahia é menor que
20,9%.
• Alagoas tem 85,3%.
• Sergipe está entre os
estados mais
densamente povoados.
14. PROBLEMAS ECONOMICO-
SOCIAIS
• Economia canavieira
ainda constitui a mais
importante atividade.
• Há graves problemas de
desemprego.
• A distribuição de
rendimentos é muito
desigual.
• Juntamente com o
Norte, a distribuição de
renda no Nordeste
influencia o atual perfil
da distribuição de renda
nacional.
15. DESEMPREGO
• O Nordeste possui as
maiores taxas de
desemprego do país.
• As maiores estão em
Recife e Salvador.
• Influem para isso, a
economia das famílias e
os mecanismos de
acesso educacionais.
• Recife tem destaque
também pelos altos
índices de criminalidade
e pobreza.
16. CRESCIMENTO DO SETOR DE
SERVIÇOS
• Aos poucos
desenvolve-se uma
vocação terciária.
• Englobam atividades
comerciais e de
serviços.
• Pólos médicos, de
informática,
implantação de
shopping centers,
lojas de departamento
e mini-shopping
centers.
17. PROBLEMAS ESTRUTURAIS
QUE AINDA PERSISTEM
• Baixa qualificação da
mão-de-obra.
• Poucos profissionais com
alto nível de escolaridade.
• Alta proporção das
relações informais.
• Somente 15,6% no
Nordeste tem carteira
assinada.
• Grande importância do
setor público.
• Sucessão de governos de
competência
administrativa
questionável.
18. REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
• Araújo, T. P.; Souza, A. do V.; Lima, R. A. (1997). Nordeste:
Economia e mercado de trabalho. Estudos Avançado, 11 (29),
pp. 55-77.