Slides de palestra ministrada no VII Fórum da Criança e do Adolescente, do INSAPECA/Dom Bosco, Porto Alegre, 2020.
Educação e cultura; digitalização da cultura; cultura digital, infância e adolescência; educação on-line; telas na educação; tempo em telas
1. Os desafios da educação
durante a pandemia
Dr. Marcelo Salcedo Gomes
Dra. Raquel Salcedo Gomes
VII Fórum da Criança e do Adolescente
21 de agosto de 2020
2. Um pouco sobre educação e cultura
Digitalização da cultura
Cultura digital, infância e adolescência
Educação online
3. Educação
Grécia Antiga - 900 a.C. - Paideia
Paidos (criança) + Agogé (condução)
Formação física, intelectual e moral
Ginástica, gramática, retórica, música,
matemática, geografia, história natural,
filosofia
Cidadão completo e perfeito
1a Physis e 2a Physis
4. Civilização Latina - 800 a.C.
Cultura: aquilo que se cultiva
Formação da pessoa humana
(desenvolvimento e aprendizagem)
Ex-Ducere (conduzir para fora)
Finalidade da Educação
7. Midiatização
[…] “bios midiático” (SODRÉ, 2002), cujos efeitos são
percebidos em todos os setores da sociedade de diferentes
maneiras…
Gomes, P. G. (2015), […] “novo modo de ser no mundo” […]
[…] complexificação do conjunto de relações entre os meios de
comunicação, instituições e indivíduos (VERÓN, 1997).
Configura uma reorganização socio-tecnico-discursiva
(FERREIRA, 2006) que vem alterando os modos de interação
humana (BRAGA, 2006).
9. Cultura Digital,
infância e adolescência
Pesquisa TIC KIDS ONLINE – Brasil (2018)
- 2964 famílias: entrevistas de crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos;
- 86% estão conectados, 94% e 95% nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e 75%
nas regiões Norte e Nordeste;
- Via telefone celular em 93%, com compartilhamento de mensagens instantâneas
80% (Sexo Feminino; SF) e 75% (Sexo Masculino; SM), uso de redes sociais 70% (SF) e
64% (SM), fotos e vídeos 53% (SF) e 44% (SM), jogos online 39% (SF) e 71% (SM) e
off-line 56% (SF) e 65% (SM), além de assistir vídeos, filmes e programas ou séries
na Internet 83%, tanto no SF como no SM;
- 82% possuem perfis em redes sociais;
- Relatos de riscos de conteúdos sensíveis sobre alimentação ou sono em 20%,
formas de machucar a si mesmo em 16%, formas de cometer suicídio em 14% e
experiências com o uso de drogas em 11%;
- Ao redor de 26% foram tratados de forma ofensiva (discriminação ou
cyberbullying) e 16% relataram acesso às imagens ou vídeos de conteúdo sexual;
- No total da amostra, 24% ficaram muito tempo na Internet e 25% não conseguiram
controlar o tempo de uso, mesmo tentando passar menos tempo na Internet.
11. Cultura Digital,
infância e adolescência
Pesquisa TIC KIDS ONLINE – Brasil (2018)
- 2964 famílias: entrevistas de crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos;
- 86% estão conectados, 94% e 95% nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e 75%
nas regiões Norte e Nordeste;
- Via telefone celular em 93%, com compartilhamento de mensagens instantâneas
80% (Sexo Feminino; SF) e 75% (Sexo Masculino; SM), uso de redes sociais 70% (SF) e
64% (SM), fotos e vídeos 53% (SF) e 44% (SM), jogos online 39% (SF) e 71% (SM) e
off-line 56% (SF) e 65% (SM), além de assistir vídeos, filmes e programas ou séries
na Internet 83%, tanto no SF como no SM;
- 82% possuem perfis em redes sociais;
- Relatos de riscos de conteúdos sensíveis sobre alimentação ou sono em 20%,
formas de machucar a si mesmo em 16%, formas de cometer suicídio em 14% e
experiências com o uso de drogas em 11%;
- Ao redor de 26% foram tratados de forma ofensiva (discriminação ou
cyberbullying) e 16% relataram acesso às imagens ou vídeos de conteúdo sexual;
- No total da amostra, 24% ficaram muito tempo na Internet e 25% não conseguiram
controlar o tempo de uso, mesmo tentando passar menos tempo na Internet.
12. Cultura Digital,
infância e adolescência
Pesquisa TIC KIDS ONLINE – Brasil (2018)
- 2964 famílias: entrevistas de crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos;
- 86% estão conectados, 94% e 95% nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e 75%
nas regiões Norte e Nordeste;
- Via telefone celular em 93%, com compartilhamento de mensagens instantâneas
80% (Sexo Feminino; SF) e 75% (Sexo Masculino; SM), uso de redes sociais 70% (SF) e
64% (SM), fotos e vídeos 53% (SF) e 44% (SM), jogos online 39% (SF) e 71% (SM) e
off-line 56% (SF) e 65% (SM), além de assistir vídeos, filmes e programas ou séries
na Internet 83%, tanto no SF como no SM;
- 82% possuem perfis em redes sociais;
- Relatos de riscos de conteúdos sensíveis sobre alimentação ou sono em 20%,
formas de machucar a si mesmo em 16%, formas de cometer suicídio em 14% e
experiências com o uso de drogas em 11%;
- Ao redor de 26% foram tratados de forma ofensiva (discriminação ou
cyberbullying) e 16% relataram acesso às imagens ou vídeos de conteúdo sexual;
- No total da amostra, 24% ficaram muito tempo na Internet e 25% não conseguiram
controlar o tempo de uso, mesmo tentando passar menos tempo na Internet.
13. Cultura Digital,
infância e adolescência
Pesquisa TIC KIDS ONLINE – Brasil (2018)
- 2964 famílias: entrevistas de crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos;
- 86% estão conectados, 94% e 95% nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e 75%
nas regiões Norte e Nordeste;
- Via telefone celular em 93%, com compartilhamento de mensagens instantâneas
80% (Sexo Feminino; SF) e 75% (Sexo Masculino; SM), uso de redes sociais 70% (SF) e
64% (SM), fotos e vídeos 53% (SF) e 44% (SM), jogos online 39% (SF) e 71% (SM) e
off-line 56% (SF) e 65% (SM), além de assistir vídeos, filmes e programas ou séries
na Internet 83%, tanto no SF como no SM;
- 82% possuem perfis em redes sociais;
- Relatos de riscos de conteúdos sensíveis sobre alimentação ou sono em 20%,
formas de machucar a si mesmo em 16%, formas de cometer suicídio em 14% e
experiências com o uso de drogas em 11%;
- Ao redor de 26% foram tratados de forma ofensiva (discriminação ou
cyberbullying) e 16% relataram acesso às imagens ou vídeos de conteúdo sexual;
- No total da amostra, 24% ficaram muito tempo na Internet e 25% não conseguiram
controlar o tempo de uso, mesmo tentando passar menos tempo na Internet.
14. Cultura Digital,
infância e adolescência
Pesquisa TIC KIDS ONLINE – Brasil (2018)
- 2964 famílias: entrevistas de crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos;
- 86% estão conectados, 94% e 95% nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e 75%
nas regiões Norte e Nordeste;
- Via telefone celular em 93%, com compartilhamento de mensagens instantâneas
80% (Sexo Feminino; SF) e 75% (Sexo Masculino; SM), uso de redes sociais 70% (SF) e
64% (SM), fotos e vídeos 53% (SF) e 44% (SM), jogos online 39% (SF) e 71% (SM) e
off-line 56% (SF) e 65% (SM), além de assistir vídeos, filmes e programas ou séries
na Internet 83%, tanto no SF como no SM;
- 82% possuem perfis em redes sociais;
- Relatos de riscos de conteúdos sensíveis sobre alimentação ou sono em 20%,
formas de machucar a si mesmo em 16%, formas de cometer suicídio em 14% e
experiências com o uso de drogas em 11%;
- Ao redor de 26% foram tratados de forma ofensiva (discriminação ou
cyberbullying) e 16% relataram acesso às imagens ou vídeos de conteúdo sexual;
- No total da amostra, 24% ficaram muito tempo na Internet e 25% não conseguiram
controlar o tempo de uso, mesmo tentando passar menos tempo na Internet.
15. Principais Problemas Médicos e Alertas de Saúde
de Crianças e Adolescentes na Era Digital -
Sociedade Brasileira de Pediatria
- Dependência Digital e Uso Problemático das Mídias Interativas
- Problemas de saúde mental: irritabilidade, ansiedade e depressão
- Transtornos do déficit de atenção e hiperatividade
- Transtornos do sono
- Transtornos de alimentação
- Sedentarismo e falta da prática de exercícios
- Bullying e cyberbullying
- Transtornos da imagem corporal e da auto-estima
- Riscos da sexualidade, nudez, sexting, sextorsão, abuso sexual
- Comportamentos auto-lesivos, indução e riscos de suicídio
- Aumento da violência, abusos e fatalidades
- Problemas visuais, miopia e síndrome visual do computador
- Problemas auditivos e PAIR (perda auditiva induzida pelo ruído)
- Transtornos posturais e músculo-esqueléticos
- Uso de nicotina, vaping, álcool, maconha, anabolizantes e outras drogas
16. Principais Fatores de Risco e Fatores de Proteção no
Contexto Familiar de Crianças e Adolescentes na
Era Digital da SBP
17. Recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP):
- Evitar a exposição de crianças menores de 2 anos às telas
- Entre 2 e 5 anos, limitar o tempo de telas ao máximo de 1
hora/dia, sempre com supervisão
- Entre 6 e 10 anos, limitar o tempo de telas ao máximo de 1-2
horas/dia, sempre com supervisão
- Entre 11 e 18 anos, limitar o tempo de telas e jogos de
videogames a 2-3 horas/dia, e nunca deixar “virar a noite”
jogando
- Não permitir que as crianças e adolescentes fiquem isolados
nos quartos com televisão, computador, tablet, celular,
smartphones ou com uso de webcam; estimular o uso nos
locais comuns da casa.
- Para todas as idades: nada de telas durante as refeições e
desconectar 1-2 horas antes de dormir
18. Recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP):
- Oferecer alternativas para atividades esportivas, exercícios ao ar
livre ou em contato direto com a natureza, sempre com supervisão
responsável
- Nunca postar fotos de crianças e adolescentes em redes sociais
públicas, por quaisquer motivos.
- Criar regras saudáveis para o uso de equipamentos e aplicativos
digitais, além das regras de segurança, senhas e filtros apropriados
para toda família
- Evitar encontros com desconhecidos online ou off-line
- Estimular a mediação parental das famílias e a alfabetização
digital nas escolas com regras éticas de convivência e
respeito
- Identificar, avaliar e diagnosticar o uso inadequado precoce,
excessivo, prolongado, problemático ou tóxico de crianças e
adolescentes para tratamento e intervenções imediatas
19. Educação (online)
Educadores e alunos co-
operam, visando à
aprendizagem e ao
desenvolvimento, para
continuidade e renovação
da cultura.
21. Objetivos educacionais claros
Avaliação formativa e somativa
sistemática
Ambientes e materiais adequados para
organização, interação e colaboração
Parceria entre escola e família
Como?
27. “A persistência é a irmã gêmea da
excelência. Uma é a mãe da qualidade, a
outra é a mãe do tempo.“
Marabel Morgan
salcedogomes@gmail.com
28. Referências
ARGÔLO, E. S. Trajetórias conceituais intencionais de ensino e aprendizagem: investigação em fluxo
temporal em espaços e contextos nos processos educacionais em EaD. Tese. PGIE-UFRGS, 2016.
BLOOM, B. Taxonomy of educational objectives: the classification of educational goals. London:
Longman’s, Green and Co, LTD., 1956.
_______. HASTINGS, J. T.; MADAUS, G. F. Handbook On Formative and Summative Evaluation of Student
Learning. New York: McGraw-Hill, 1971.
CANTO FILHO, A. B. et al. Trajetórias de Aprendizagem. In: HANNEL, K.; ZUNGUZE, M. C.; NUNES, F. B.;
LIMA, J. V. (Orgs.) Trajetórias de Aprendizagem: teoria e prática. Create Space, 2016.
GOMES, M. S. A rosticidade da tecnocultura na galáxia National Geographic. Tese de Doutorado.
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação. UNISINOS, 2017.
KARPICKE, J.; ROEDIGER, H. The Critical Importance of Retrieval for Learning. Science 319, 966, 2008.
Disponível em: <http:/
/psychnet.wustl.edu/memory/wp-content/uploads/2018/04/Karpicke-
Roediger-2008_Sci.pdf>.
KRATHWOHL, D. A Revision of Bloom’s Taxonomy: An Overview. Theory Into Practice, Volume 41, Number
4, Autumn, 2002. Disponível em: <https:/
/www.depauw.edu/files/resources/krathwohl.pdf>.
MARROU, H-I. História da educação na antiguidade. Campinas: Kírion, 2017.
SBP, Manual de Orientação, #MenosTelas#MaisSaúde. Dez. 2019. Disponível em: <https:/
/www.sbp.com.br/
fileadmin/user_upload/_22246c-ManOrient_-__MenosTelas__MaisSaude.pdf>.
TIC KIDS ONLINE BRASIL, pesquisa da CETIC/BR, 2019. Disponível em: <https:/
/cetic.br/pt/pesquisa/kids-
online/>.