SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  48
ARQUITETURA DO FERRO
 Revolução Industrial, final do século
XVIII e início do XIX;
 Produção barateada e em grande
escala;
 A industrialização acelerou o
processo de urbanização:
 Impulsionando a construção de
novas edificações.
 Antes disso o ferro só era utilizado
como reforço em tirantes, correntes,
etc.
CONTEXTO
 As primeiras construções que se utilizaram do ferro foram os
pavilhões de exposições e estações ferroviárias, e também na
construção de pontes.
 Palácio de Cristal, Londres;
 Joseph Paxton;
 Exposição Universal de 1851.
CONTEXTO
 Mas apenas após a
construção da Torre
Eiffel que
disseminou-se a
utilização do ferro na
arquitetura;
 Torre Eiffel, Paris;
 Gustave Eiffel;
 Exposição Universal
de 1889.
CONTEXTO
 A arquitetura do ferro no Brasil está ligada diretamente a
ampliação das relações comerciais com a Europa.
 Vinda da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808.
“Abertura dos Portos às Nações Amigas”
 Importação de materiais de construção industrializados.
 Revogação do decreto que impedia a instalação de manufaturas
no Brasil.
ARQUITETURA DO FERRO NO BRASIL
 Ornamentos importados da
Europa para o emprego na
arquitetura.
 Com a utilização do ferro
fundido, tudo podia ser
reproduzido com igual
perfeição.
 Possibilidade de reproduzir
qualquer estilo com elegância e
leveza.
ARQUITETURA DO FERRO NO BRASIL
Casa Paris n’América – Centro de
Belém/Pará
 A chegada da Corte provocou rápidas e
intensas transformações urbana, no
comércio, criação de escolas e edifícios
importantes.
 Abandono gradual do empirismo nos
processos construtivos
 Racionalização de materiais.
 Missão francesa – profissionais
qualificados.
ARQUITETURA DO FERRO NO BRASIL
FERROVIAS
 Quando o ferro passou a ser
utilizado na construção das
ferrovias, locomotivas, maquinarias
o mercado deixou de ser somente
interno e passou a ser externo.
Exportação
 Garantindo a rentabilidade dos
investimentos.
ESTACOES E PAVILHOES
 A Estação Ferroviária Bananal
começou a ser construída em
1882.
 Com objetivo de facilitar o
transporte da produção de café da
região para o resto do país.
 Hoje é uma unidade pública e
patrimônio histórico.
ARQUITETURA DO FERRO NO BRASIL
 Localização: Ramal de Barra Mansa – Praça
D. Domiciana – São Paulo
 Inaugurada em 24 de dezembro de 1888.
 Projeto de complementação para as obras
da Companhia Estrada de Ferro de Bananal.
 Foi doada pelo Comendador Domingos
Moitinho
ESTACAO FERROVIARIA DE BANANAL
 Projetado e importado da Bélgica (único exemplar
no continente americano.).
 Estruturas desmontáveis e pré-fabricadas de ferro.
 Exceção das esquadrias em madeira e do piso do
2º pavimento, em pinho de Riga.
 Placas duplas almofadadas e ajustadas por
parafusos
 Tombado como patrimônio histórico pelo Estado
de São Paulo.
 Restaurado pelo Condephaat, em 1985.
ESTACAO FERROVIARIA DE BANANAL
 Localizado no bairro da luz na cidade de
São Paulo.
 Inaugurada em 1 de março de 1901
 Autor do projeto: Charles Henry Driver
(1832-1900).
• Composição retangular.
• Dois corpos:
• Administrativo e de acolhimento ao
público (alvenaria), e o das plataformas,
cobertas por estrutura metálica.
• Expressão das mais emblemáticas do
processo de industrialização.
ESTACAO DA LUZ - SP
 Estrutura projetada e fabricada na Grã-
Bretanha.
 Vão de aproximadamente 39 m de
altura e com comprimento de 150 m.
 Grande área coberta, sem pontos de
apoio que obstruem a circulação e
propícia melhor funcionamento.
 Abriga o Museu da Língua Portuguesa.
(2006)
ESTACAO DA LUZ EM SP
ESTACAO DA LUZ EM SP
CORETO DE PRACAS
 Coreto pré-fabricado de Liverpool – Praça Dom
Pedro, em Manaus.
 Coreto na Praça da República, em Belém do Pará.
MERCADOS E ARMAZEM
RIO DE JANEIRO
(PRAÇA XV)
MERCADO MUNICIPAL
 O mercado municipal do rio de Janeiro foi o maior de
todos os edifícios de ferro montados no Brasil, de
origem europeia.
 Na década de 1950, o mercado municipal foi destruído
para a construção de um viaduto.
 A única parte poupada do mercado foi o restaurante,
ainda existente porém descaracterizados após diversas
reformas.
MERCADO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
 O Mercado Municipal da Praça XV
foi projetado pelo engenheiro
Alfredo Azevedo Marques no início
do Século XX
 Os edifícios que ocupavam uma
área de 12.500m².
 Contendo 24 pavilhões e mais um
pavilhão central ligados por um
sistema de 16 ruas radiais e
paralelas, possuindo
compartimentos voltados para o
exterior da quadra quanto para seu
interior.
MERCADO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
MERCADO MUNICIPAL DE MANAUS
(MERCADO ADOLPHO LISBOA)
 Foi o segundo a ser montado
no Brasil.
 A inauguração do primeiro
dos seus pavilhões de ferro foi
em 1883.
 A construção do edifício foi
arrematada em 6 de janeiro de
1882 e em 2 agosto do
mesmo ano as obras se
iniciaram e foram recebidas e
prontas em 14 de julho de
MERCADO MUNICIPAL DE MANAUS
 O edifício tem pouco mais de 45m de
comprimento e 42 de largura.
 Os parapeitos e as duas salas ao lado
da fachada principal são de alvenaria
de pedra e de tijolo; todo o resto é de
ferro, sendo sustentado por 28
colunas.
(MERCADO ADOLPHO LISBOA)
MERCADO MUNICIPAL DE MANAUS
 Em 15 de agosto o edifício foi inaugurado.
 Sua parte interna, com vinte
boxes destinados à exposição
e à venda de mercadorias
 Era calçado com pedras de
Lioz (tipo raro de calcário
originário de Portugal) e
paralelepípedos.
MERCADO MUNICIPAL DE MANAUS
(MERCADO ADOLPHO LISBOA)
 Tombado pelo IPHAN, no dia
1º de julho de 1987, o
Mercado Público Adolpho
Lisboa é um dos mais
significativos exemplares da
arquitetura de ferro do País.
MERCADO MUNICIPAL DE MANAUS
(MERCADO ADOLPHO LISBOA)
MERCADO SAO JOSE - RECIFE
 É o mais antigo edifício pré-fabricado
em ferro no Brasil, exportado da Europa
para o Recife, no final do século XIX.
 Foi projetado pelo engenheiro da
Câmara Municipal do Recife, J. Louis
Lieuthier, em 1871, que se inspirou no
Mercado de Grenelle, de Paris, e
construído pelo engenheiro francês
Louis Léger Vauthier.
MERCADO SAO JOSE - RECIFE
 O Mercado de São José foi
inaugurado no dia 7 de setembro de
1875 e assim chamado por ter sido
edificado no bairro de São José.
MERCADO SAO JOSE - RECIFE
 Em novembro de 1989, uma parte do Mercado foi destruída por um incêndio que danificou sua
estrutura.
 As obras de reconstrução só foram iniciadas quatro anos depois, em 1993, e sua reinauguração
MERCADO SAO JOSE - RECIFE
• Atualmente, com seus
46 pavilhões, 561 boxes
cobertos e 80
compartimentos na sua
área externa, além de 24
outros destinados a
peixes, 12 a crustáceos e
80 para carnes e frutas,
o Mercado de São José é
um local onde se
encontra o melhor do
artesanato regional,
comidas típicas, folhetos
de cordel, ervas
medicinais, artigos para
cultos afro-brasileiros,
sendo também um
importante centro de
abastecimento do bairro
de São José e um ponto
de atração turística na
cidade do Recife.
MERCADO SAO JOSE - RECIFE
MANAUS
ARMAZEM DO PORTO
 O Armazém 15 é uma das mais
antigas construções que integram
o complexo do porto de Manaus.
 Tombado em 1987, juntamente
com as outras edificações que
compõem o conjunto que se
encontra distribuído pela área de
ocupação mais antiga da cidade de
Manaus.
ARMAZEM DO PORTO - MANAUS
 O edifício do Armazém do Porto foi construído em 1888,
está localizado à margem esquerda do Rio Negro
 Durante muito tempo conhecido como “trapiche 15 de
novembro”.
ARMAZEM DO PORTO - MANAUS
 Em 1900, o porto
passou a ser
explorado pela
Manaus Harbour
Limited.
 Ainda que seja apenas um armazém em ferro,
com a aparência singela de um galpão, trata-
se de um relevante exemplar da arquitetura de
ferro no Brasil, não somente por ser uma das
primeiras construções no gênero.
 Em 1900, o porto passou a ser explorado pela
Manaus Harbour Limited.
ARMAZEM DO PORTO - MANAUS
 Os armazéns construídos por essa
empresa, de 1903 a 1910, são todos
em ferro corrugado, tanto paredes
como cobertura, e sua origem estão
gravadas nos próprios edifícios.
 Onde se lê: P & W. Maclellan Ltd Clutha
Works, Glasgow, em pequeninas placas
metálicas soldadas aos perfis da
estrutura vertical portante.
 Iphan restaura armazém de ferro e
edifício do Conjunto Portuário de
Manaus que vai funcionar com
Biblioteca e Casa de Leitura Thiago de
Mello.
ARMAZEM DO PORTO - MANAUS
TEATROS E PALACIOS
 Fortaleza - Ceará
 Inaugurado dia 17 de junho de 1910;
 Arquitetura eclética / sala de espetáculo Art Nouveau;
 Projeto arquitetônico do Tenente Bernardo José de Melo;
 Estrutura metálica desenhada por arquitetos e engenheiros escoceses;
 Estrutura de ferro fundido;
 Complexo: auditório, espaço cênico a céu aberto, prédio anexo (centro de artes
cênicas), teatro Morro do Ouro, biblioteca e galerias;
 Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico.
TEATRO JOSE DE ALENCAR
TEATRO JOSE DE ALENCAR
TEATRO JOSE DE ALENCAR
 Teatro em Curitiba - Paraná
 Nome deriva do estilo construtivo
(lembra a fragilidade de uma construção em arame)
 Arquiteto Domingos Bongestabs – professor de Arquitetura e Urbanismo da UFPR
 A construção demorou 75 dias. Inaugurada no dia 18 de março de 1992
OPERA DE ARAME
OPERA DE ARAME
 Jardim Botânico;
 Inaugurado 5 de outubro de 1991;
 Inspirado no Palácio de Cristal de Londres
do século XIX;
 Projeto do arquiteto Abrão Assad;
 Estufa de ferro e vidro, as 3 abóbodas no
estilo Art Nouveau.
PALACIO DE CRISTAL
CURITIBA
PALACIO DE CRISTAL DE
CURITIBA
 Localizado na cidade de Petrópolis - Rio
de Janeiro;
 Inaugurado em 1884;
 Encomendado pelo Conde d’Eu
 Estrutura feita na França;
PALACIO DE CRISTAL PETROPOLIS
 Inspirado no Palácio de Cristal de
Londres e do Porto;
 Espaço para exposição de flores, frutos,
pássaros e foi um presente para a
Princesa Isabel
 1957 tombado pelo IPHAN.
PALACIO DE CRISTAL DE PETROPOLIS
 Belém – Pará;
 Pertenceu ao Álvaro Adlpho
– deputado de Pará;
 Já funcionou a faculdade de
Arquitetura e Urbanismo;
 Planta simples;
 Complexidade no telhado;
 Piso em madeira apoiado em
perfis de Ferro
 Forro interno de ferro, com
pequenas chapas
estampadas;
 Paredes duplas, ocas e de
painéis também
CASA DA AVENIDA GENERALISSIMO DEODORO
CASA DA AV GENERALISSIMO DEODORO, 152
REFERENCIAS
 Arquitetura do Ferro no Brasil. SILVA, Geraldo Gomes da. 1986 Editora Nobel.
 Arquitetura do Ferro e Arquitetura Ferroviária em São Paulo. KUHL, Beatriz Mugayar.
São Paulo: Atelie Editorial. 1998

Contenu connexe

Tendances

Aula 05 as cidades renascentistas e as utopias [revisado em 20160921]
Aula 05 as cidades renascentistas e as utopias [revisado em 20160921]Aula 05 as cidades renascentistas e as utopias [revisado em 20160921]
Aula 05 as cidades renascentistas e as utopias [revisado em 20160921]glauci coelho
 
A Arquitectura do Ferro no século XIX
A Arquitectura do Ferro no século XIXA Arquitectura do Ferro no século XIX
A Arquitectura do Ferro no século XIXJorge Almeida
 
As artes na atualidade
As artes na atualidadeAs artes na atualidade
As artes na atualidadeAna Barreiros
 
Módulo 8 - Romantismo
Módulo 8 - RomantismoMódulo 8 - Romantismo
Módulo 8 - RomantismoCarla Freitas
 
Arte ao redor de 1900
Arte ao redor de 1900Arte ao redor de 1900
Arte ao redor de 1900Ana Barreiros
 
Pintura e escultura do romantismo
Pintura e escultura do romantismoPintura e escultura do romantismo
Pintura e escultura do romantismoAna Barreiros
 
Palácio da Pena - caso prático
Palácio da Pena - caso práticoPalácio da Pena - caso prático
Palácio da Pena - caso práticoHca Faro
 
O romantismo na arquitetura e na pintura
O romantismo na arquitetura e na pinturaO romantismo na arquitetura e na pintura
O romantismo na arquitetura e na pinturaCarlos Pinheiro
 
Baixa Pombalina
Baixa PombalinaBaixa Pombalina
Baixa Pombalinahcaslides
 
Módulo 8 contextualização histórica
Módulo 8   contextualização históricaMódulo 8   contextualização histórica
Módulo 8 contextualização históricaCarla Freitas
 
Estilo Internacional
Estilo InternacionalEstilo Internacional
Estilo InternacionalCarlos Vieira
 
A cultura da gare contexto
A cultura da gare contextoA cultura da gare contexto
A cultura da gare contextocattonia
 
A arquitectura do ferro
A arquitectura do ferroA arquitectura do ferro
A arquitectura do ferrobecresforte
 
A arquitetura gótica
A arquitetura góticaA arquitetura gótica
A arquitetura góticaAna Barreiros
 
Módulo 7 a arte rococó
Módulo 7   a arte rococóMódulo 7   a arte rococó
Módulo 7 a arte rococóCarla Freitas
 
Thau arq 1 aula 1 - principios arquitetura moderna
Thau arq 1  aula 1 - principios arquitetura modernaThau arq 1  aula 1 - principios arquitetura moderna
Thau arq 1 aula 1 - principios arquitetura modernaCristiane Kröhling Bernardi
 
Panteão de Paris
Panteão de ParisPanteão de Paris
Panteão de Parishcaslides
 

Tendances (20)

Aula 05 as cidades renascentistas e as utopias [revisado em 20160921]
Aula 05 as cidades renascentistas e as utopias [revisado em 20160921]Aula 05 as cidades renascentistas e as utopias [revisado em 20160921]
Aula 05 as cidades renascentistas e as utopias [revisado em 20160921]
 
A Arquitectura do Ferro no século XIX
A Arquitectura do Ferro no século XIXA Arquitectura do Ferro no século XIX
A Arquitectura do Ferro no século XIX
 
Rococó
RococóRococó
Rococó
 
História do Design
História do DesignHistória do Design
História do Design
 
As artes na atualidade
As artes na atualidadeAs artes na atualidade
As artes na atualidade
 
Módulo 8 - Romantismo
Módulo 8 - RomantismoMódulo 8 - Romantismo
Módulo 8 - Romantismo
 
Arte ao redor de 1900
Arte ao redor de 1900Arte ao redor de 1900
Arte ao redor de 1900
 
Pintura e escultura do romantismo
Pintura e escultura do romantismoPintura e escultura do romantismo
Pintura e escultura do romantismo
 
Palácio da Pena - caso prático
Palácio da Pena - caso práticoPalácio da Pena - caso prático
Palácio da Pena - caso prático
 
O romantismo na arquitetura e na pintura
O romantismo na arquitetura e na pinturaO romantismo na arquitetura e na pintura
O romantismo na arquitetura e na pintura
 
Baixa Pombalina
Baixa PombalinaBaixa Pombalina
Baixa Pombalina
 
Módulo 8 contextualização histórica
Módulo 8   contextualização históricaMódulo 8   contextualização histórica
Módulo 8 contextualização histórica
 
O romantismo
O romantismoO romantismo
O romantismo
 
Estilo Internacional
Estilo InternacionalEstilo Internacional
Estilo Internacional
 
A cultura da gare contexto
A cultura da gare contextoA cultura da gare contexto
A cultura da gare contexto
 
A arquitectura do ferro
A arquitectura do ferroA arquitectura do ferro
A arquitectura do ferro
 
A arquitetura gótica
A arquitetura góticaA arquitetura gótica
A arquitetura gótica
 
Módulo 7 a arte rococó
Módulo 7   a arte rococóMódulo 7   a arte rococó
Módulo 7 a arte rococó
 
Thau arq 1 aula 1 - principios arquitetura moderna
Thau arq 1  aula 1 - principios arquitetura modernaThau arq 1  aula 1 - principios arquitetura moderna
Thau arq 1 aula 1 - principios arquitetura moderna
 
Panteão de Paris
Panteão de ParisPanteão de Paris
Panteão de Paris
 

Similaire à Arquitetura do Ferro

Similaire à Arquitetura do Ferro (20)

História da cidade e dos monumentos portuenses estaçao de s. bento 2
História da cidade e dos monumentos portuenses estaçao de s. bento 2História da cidade e dos monumentos portuenses estaçao de s. bento 2
História da cidade e dos monumentos portuenses estaçao de s. bento 2
 
Cidade do porto em 1914
Cidade do porto em 1914Cidade do porto em 1914
Cidade do porto em 1914
 
Cidade do Porto em 1914
Cidade do Porto em 1914Cidade do Porto em 1914
Cidade do Porto em 1914
 
Mercado Municipal Adopho Lisboa
Mercado Municipal Adopho LisboaMercado Municipal Adopho Lisboa
Mercado Municipal Adopho Lisboa
 
Porto 1914
Porto 1914Porto 1914
Porto 1914
 
Porto 1914
Porto 1914Porto 1914
Porto 1914
 
Porto 1914
Porto 1914Porto 1914
Porto 1914
 
Cidade do Porto-I
Cidade do Porto-I Cidade do Porto-I
Cidade do Porto-I
 
Cidade do porto em 1914
Cidade do porto em 1914Cidade do porto em 1914
Cidade do porto em 1914
 
Arquitetura Eclética
Arquitetura EcléticaArquitetura Eclética
Arquitetura Eclética
 
3.2 lev edif_ferro
3.2 lev edif_ferro3.2 lev edif_ferro
3.2 lev edif_ferro
 
Porto 1914
Porto 1914Porto 1914
Porto 1914
 
S-T-C-6
S-T-C-6S-T-C-6
S-T-C-6
 
Campo Pequeno
Campo PequenoCampo Pequeno
Campo Pequeno
 
Padypaper
PadypaperPadypaper
Padypaper
 
História da cidade e dos monumentos portuenses arqu. mrques da silva 3 Prof...
História da cidade e dos monumentos portuenses   arqu. mrques da silva 3 Prof...História da cidade e dos monumentos portuenses   arqu. mrques da silva 3 Prof...
História da cidade e dos monumentos portuenses arqu. mrques da silva 3 Prof...
 
Artur Filipe dos Santos - História da cidade e dos monumentos portuenses ar...
Artur Filipe dos Santos - História da cidade e dos monumentos portuenses   ar...Artur Filipe dos Santos - História da cidade e dos monumentos portuenses   ar...
Artur Filipe dos Santos - História da cidade e dos monumentos portuenses ar...
 
Cinelândia
CinelândiaCinelândia
Cinelândia
 
Monumentos de lisboa
Monumentos de lisboaMonumentos de lisboa
Monumentos de lisboa
 
Monumentos de lisboa
Monumentos de lisboaMonumentos de lisboa
Monumentos de lisboa
 

Plus de Marcia Rodrigues

Eero Saarinen - Vida e Obra
Eero Saarinen - Vida e ObraEero Saarinen - Vida e Obra
Eero Saarinen - Vida e ObraMarcia Rodrigues
 
Rem Koolhaas e a cidade genérica
Rem Koolhaas e a cidade genéricaRem Koolhaas e a cidade genérica
Rem Koolhaas e a cidade genéricaMarcia Rodrigues
 
Tony garnier e a cidade industrial
Tony garnier e a cidade industrialTony garnier e a cidade industrial
Tony garnier e a cidade industrialMarcia Rodrigues
 

Plus de Marcia Rodrigues (6)

Centro Georges Pompidou
Centro Georges PompidouCentro Georges Pompidou
Centro Georges Pompidou
 
Eero Saarinen - Vida e Obra
Eero Saarinen - Vida e ObraEero Saarinen - Vida e Obra
Eero Saarinen - Vida e Obra
 
Lina Bo Bardi Arquitetura
Lina Bo Bardi ArquiteturaLina Bo Bardi Arquitetura
Lina Bo Bardi Arquitetura
 
Rem Koolhaas e a cidade genérica
Rem Koolhaas e a cidade genéricaRem Koolhaas e a cidade genérica
Rem Koolhaas e a cidade genérica
 
Walter gropius
Walter gropiusWalter gropius
Walter gropius
 
Tony garnier e a cidade industrial
Tony garnier e a cidade industrialTony garnier e a cidade industrial
Tony garnier e a cidade industrial
 

Arquitetura do Ferro

  • 2.  Revolução Industrial, final do século XVIII e início do XIX;  Produção barateada e em grande escala;  A industrialização acelerou o processo de urbanização:  Impulsionando a construção de novas edificações.  Antes disso o ferro só era utilizado como reforço em tirantes, correntes, etc. CONTEXTO
  • 3.  As primeiras construções que se utilizaram do ferro foram os pavilhões de exposições e estações ferroviárias, e também na construção de pontes.  Palácio de Cristal, Londres;  Joseph Paxton;  Exposição Universal de 1851. CONTEXTO
  • 4.  Mas apenas após a construção da Torre Eiffel que disseminou-se a utilização do ferro na arquitetura;  Torre Eiffel, Paris;  Gustave Eiffel;  Exposição Universal de 1889. CONTEXTO
  • 5.  A arquitetura do ferro no Brasil está ligada diretamente a ampliação das relações comerciais com a Europa.  Vinda da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808. “Abertura dos Portos às Nações Amigas”  Importação de materiais de construção industrializados.  Revogação do decreto que impedia a instalação de manufaturas no Brasil. ARQUITETURA DO FERRO NO BRASIL
  • 6.  Ornamentos importados da Europa para o emprego na arquitetura.  Com a utilização do ferro fundido, tudo podia ser reproduzido com igual perfeição.  Possibilidade de reproduzir qualquer estilo com elegância e leveza. ARQUITETURA DO FERRO NO BRASIL Casa Paris n’América – Centro de Belém/Pará
  • 7.  A chegada da Corte provocou rápidas e intensas transformações urbana, no comércio, criação de escolas e edifícios importantes.  Abandono gradual do empirismo nos processos construtivos  Racionalização de materiais.  Missão francesa – profissionais qualificados. ARQUITETURA DO FERRO NO BRASIL
  • 8. FERROVIAS  Quando o ferro passou a ser utilizado na construção das ferrovias, locomotivas, maquinarias o mercado deixou de ser somente interno e passou a ser externo. Exportação  Garantindo a rentabilidade dos investimentos.
  • 10.  A Estação Ferroviária Bananal começou a ser construída em 1882.  Com objetivo de facilitar o transporte da produção de café da região para o resto do país.  Hoje é uma unidade pública e patrimônio histórico. ARQUITETURA DO FERRO NO BRASIL
  • 11.  Localização: Ramal de Barra Mansa – Praça D. Domiciana – São Paulo  Inaugurada em 24 de dezembro de 1888.  Projeto de complementação para as obras da Companhia Estrada de Ferro de Bananal.  Foi doada pelo Comendador Domingos Moitinho ESTACAO FERROVIARIA DE BANANAL
  • 12.  Projetado e importado da Bélgica (único exemplar no continente americano.).  Estruturas desmontáveis e pré-fabricadas de ferro.  Exceção das esquadrias em madeira e do piso do 2º pavimento, em pinho de Riga.  Placas duplas almofadadas e ajustadas por parafusos  Tombado como patrimônio histórico pelo Estado de São Paulo.  Restaurado pelo Condephaat, em 1985. ESTACAO FERROVIARIA DE BANANAL
  • 13.  Localizado no bairro da luz na cidade de São Paulo.  Inaugurada em 1 de março de 1901  Autor do projeto: Charles Henry Driver (1832-1900). • Composição retangular. • Dois corpos: • Administrativo e de acolhimento ao público (alvenaria), e o das plataformas, cobertas por estrutura metálica. • Expressão das mais emblemáticas do processo de industrialização. ESTACAO DA LUZ - SP
  • 14.  Estrutura projetada e fabricada na Grã- Bretanha.  Vão de aproximadamente 39 m de altura e com comprimento de 150 m.  Grande área coberta, sem pontos de apoio que obstruem a circulação e propícia melhor funcionamento.  Abriga o Museu da Língua Portuguesa. (2006) ESTACAO DA LUZ EM SP
  • 15. ESTACAO DA LUZ EM SP
  • 16. CORETO DE PRACAS  Coreto pré-fabricado de Liverpool – Praça Dom Pedro, em Manaus.  Coreto na Praça da República, em Belém do Pará.
  • 18. RIO DE JANEIRO (PRAÇA XV) MERCADO MUNICIPAL
  • 19.  O mercado municipal do rio de Janeiro foi o maior de todos os edifícios de ferro montados no Brasil, de origem europeia.  Na década de 1950, o mercado municipal foi destruído para a construção de um viaduto.  A única parte poupada do mercado foi o restaurante, ainda existente porém descaracterizados após diversas reformas. MERCADO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
  • 20.  O Mercado Municipal da Praça XV foi projetado pelo engenheiro Alfredo Azevedo Marques no início do Século XX  Os edifícios que ocupavam uma área de 12.500m².  Contendo 24 pavilhões e mais um pavilhão central ligados por um sistema de 16 ruas radiais e paralelas, possuindo compartimentos voltados para o exterior da quadra quanto para seu interior. MERCADO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
  • 22. (MERCADO ADOLPHO LISBOA)  Foi o segundo a ser montado no Brasil.  A inauguração do primeiro dos seus pavilhões de ferro foi em 1883.  A construção do edifício foi arrematada em 6 de janeiro de 1882 e em 2 agosto do mesmo ano as obras se iniciaram e foram recebidas e prontas em 14 de julho de MERCADO MUNICIPAL DE MANAUS
  • 23.  O edifício tem pouco mais de 45m de comprimento e 42 de largura.  Os parapeitos e as duas salas ao lado da fachada principal são de alvenaria de pedra e de tijolo; todo o resto é de ferro, sendo sustentado por 28 colunas. (MERCADO ADOLPHO LISBOA) MERCADO MUNICIPAL DE MANAUS  Em 15 de agosto o edifício foi inaugurado.
  • 24.  Sua parte interna, com vinte boxes destinados à exposição e à venda de mercadorias  Era calçado com pedras de Lioz (tipo raro de calcário originário de Portugal) e paralelepípedos. MERCADO MUNICIPAL DE MANAUS (MERCADO ADOLPHO LISBOA)
  • 25.  Tombado pelo IPHAN, no dia 1º de julho de 1987, o Mercado Público Adolpho Lisboa é um dos mais significativos exemplares da arquitetura de ferro do País. MERCADO MUNICIPAL DE MANAUS (MERCADO ADOLPHO LISBOA)
  • 26. MERCADO SAO JOSE - RECIFE
  • 27.  É o mais antigo edifício pré-fabricado em ferro no Brasil, exportado da Europa para o Recife, no final do século XIX.  Foi projetado pelo engenheiro da Câmara Municipal do Recife, J. Louis Lieuthier, em 1871, que se inspirou no Mercado de Grenelle, de Paris, e construído pelo engenheiro francês Louis Léger Vauthier. MERCADO SAO JOSE - RECIFE
  • 28.  O Mercado de São José foi inaugurado no dia 7 de setembro de 1875 e assim chamado por ter sido edificado no bairro de São José. MERCADO SAO JOSE - RECIFE
  • 29.  Em novembro de 1989, uma parte do Mercado foi destruída por um incêndio que danificou sua estrutura.  As obras de reconstrução só foram iniciadas quatro anos depois, em 1993, e sua reinauguração MERCADO SAO JOSE - RECIFE
  • 30. • Atualmente, com seus 46 pavilhões, 561 boxes cobertos e 80 compartimentos na sua área externa, além de 24 outros destinados a peixes, 12 a crustáceos e 80 para carnes e frutas, o Mercado de São José é um local onde se encontra o melhor do artesanato regional, comidas típicas, folhetos de cordel, ervas medicinais, artigos para cultos afro-brasileiros, sendo também um importante centro de abastecimento do bairro de São José e um ponto de atração turística na cidade do Recife. MERCADO SAO JOSE - RECIFE
  • 32.  O Armazém 15 é uma das mais antigas construções que integram o complexo do porto de Manaus.  Tombado em 1987, juntamente com as outras edificações que compõem o conjunto que se encontra distribuído pela área de ocupação mais antiga da cidade de Manaus. ARMAZEM DO PORTO - MANAUS  O edifício do Armazém do Porto foi construído em 1888, está localizado à margem esquerda do Rio Negro  Durante muito tempo conhecido como “trapiche 15 de novembro”.
  • 33. ARMAZEM DO PORTO - MANAUS  Em 1900, o porto passou a ser explorado pela Manaus Harbour Limited.
  • 34.  Ainda que seja apenas um armazém em ferro, com a aparência singela de um galpão, trata- se de um relevante exemplar da arquitetura de ferro no Brasil, não somente por ser uma das primeiras construções no gênero.  Em 1900, o porto passou a ser explorado pela Manaus Harbour Limited. ARMAZEM DO PORTO - MANAUS
  • 35.  Os armazéns construídos por essa empresa, de 1903 a 1910, são todos em ferro corrugado, tanto paredes como cobertura, e sua origem estão gravadas nos próprios edifícios.  Onde se lê: P & W. Maclellan Ltd Clutha Works, Glasgow, em pequeninas placas metálicas soldadas aos perfis da estrutura vertical portante.  Iphan restaura armazém de ferro e edifício do Conjunto Portuário de Manaus que vai funcionar com Biblioteca e Casa de Leitura Thiago de Mello. ARMAZEM DO PORTO - MANAUS
  • 37.  Fortaleza - Ceará  Inaugurado dia 17 de junho de 1910;  Arquitetura eclética / sala de espetáculo Art Nouveau;  Projeto arquitetônico do Tenente Bernardo José de Melo;  Estrutura metálica desenhada por arquitetos e engenheiros escoceses;  Estrutura de ferro fundido;  Complexo: auditório, espaço cênico a céu aberto, prédio anexo (centro de artes cênicas), teatro Morro do Ouro, biblioteca e galerias;  Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico. TEATRO JOSE DE ALENCAR
  • 38. TEATRO JOSE DE ALENCAR
  • 39. TEATRO JOSE DE ALENCAR
  • 40.  Teatro em Curitiba - Paraná  Nome deriva do estilo construtivo (lembra a fragilidade de uma construção em arame)  Arquiteto Domingos Bongestabs – professor de Arquitetura e Urbanismo da UFPR  A construção demorou 75 dias. Inaugurada no dia 18 de março de 1992 OPERA DE ARAME
  • 42.  Jardim Botânico;  Inaugurado 5 de outubro de 1991;  Inspirado no Palácio de Cristal de Londres do século XIX;  Projeto do arquiteto Abrão Assad;  Estufa de ferro e vidro, as 3 abóbodas no estilo Art Nouveau. PALACIO DE CRISTAL CURITIBA
  • 43. PALACIO DE CRISTAL DE CURITIBA
  • 44.  Localizado na cidade de Petrópolis - Rio de Janeiro;  Inaugurado em 1884;  Encomendado pelo Conde d’Eu  Estrutura feita na França; PALACIO DE CRISTAL PETROPOLIS  Inspirado no Palácio de Cristal de Londres e do Porto;  Espaço para exposição de flores, frutos, pássaros e foi um presente para a Princesa Isabel  1957 tombado pelo IPHAN.
  • 45. PALACIO DE CRISTAL DE PETROPOLIS
  • 46.  Belém – Pará;  Pertenceu ao Álvaro Adlpho – deputado de Pará;  Já funcionou a faculdade de Arquitetura e Urbanismo;  Planta simples;  Complexidade no telhado;  Piso em madeira apoiado em perfis de Ferro  Forro interno de ferro, com pequenas chapas estampadas;  Paredes duplas, ocas e de painéis também CASA DA AVENIDA GENERALISSIMO DEODORO
  • 47. CASA DA AV GENERALISSIMO DEODORO, 152
  • 48. REFERENCIAS  Arquitetura do Ferro no Brasil. SILVA, Geraldo Gomes da. 1986 Editora Nobel.  Arquitetura do Ferro e Arquitetura Ferroviária em São Paulo. KUHL, Beatriz Mugayar. São Paulo: Atelie Editorial. 1998