1. Teologia do Corpo
para jovens
sersimesmo.blogspot.com Maria Célia dos Reis Silva
mariaceliareis@yahoo.com.br Psicóloga Clínica
2. O que seria TdC?
• 129 Catequeses sobre o amor humano entre 79 a 84.
• Por que não é uma antropologia do corpo, ou uma psicologia?
• Se é teologia o que o corpo tem haver com Deus?
• Base Bíblica: Qual analogia é mais utilizada para representar o amor de Deus pelo
homem?
• O ser humano se define pelo Amor. Criado pelo Amor (I Jo 4,8S) e para o Amor.
• Duas vocações ao amor: Celibato e Matrimônio.
• CIC 2336 – A concupiscência não diz a ultima palavra, pois Jesus veio para redimir
nosso corpo, e nós dar uma vida nova.
• “Deus contemplou sua obra e viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31). A Beleza do
corpo sai do registro da proibição para o registro da Exaltação.
• Vocação inscrita no corpo: Ser Dom para o outro!
• Por que Jesus diz que no céu não nós daremos em casamento? Por que a eternidade
vai ser marcada pela nossa união intima com Deus, como diz São João da Cruz: “Ele
será o Amado de nossa alma”.
3. Sexualidade e o Cristianismo
• Sexualidade e a cultura atual
• Por que eu tenho que me preocupar tanto assim com a minha forma de amar? Por
que eu não posso amar do jeito que eu quiser? Que mal tem isso?
• Nossa forma de amar altera as bases da nossa sociedade.
• Qual é a base da sociedade? A família. De onde nasce as famílias? Dos casais de
namorados.
• Se quer saber o que há de mais sagrado no mundo, basta observar o que está
sendo mais violentamente profanado.
• No batismo o sacramental é a água, na Crisma o óleo, e no matrimonio?
• Corpo está no centro do Cristianismo: “O verbo se fez carne”.
• Corpo “espiritualizado” e espírito “encarnado”. (Carta as famílias, 1994)
• “A Igreja é perita em humanidade’ (Concilio Vaticano II)
4. Ciclos
1. “O princípio”
2. “A Redenção do coração”
3. “A Ressurreição da carne”
4. “Celibato”
5. “Matrimônio”
6. “Amor e fecundidade”
• Três momentos na História da Salvação
– Principio: antes do pecado original.
– História: momento atual em que a nossa natureza está doente.
– Ressurreição: Como será nosso corpo na vida Eterna.
5. Parte I - Principio
• O relacionamento entre o homem e a mulher é marcado pela cultura e época.
• Como Deus pensou o relacionamento entre homem e mulher antes do pecado original?
• Jesus evoca o princípio (Mt 19,3-8).
• Genesis = Genital = Origem
• A sexualidade está desde a origem dentro do plano de Deus para nós santificar.
• Gn 1, 26-28 -> Eloísta
• Gn 2, 7-23 -> Javista
• Solidão original: Homem se sente sozinho no mundo, diferente dos animais.
• Nudez Original– Auto defesa na presença do outro, para defender sua dignidade. “Os dois estavam nus,
o homem e sua mulher, mas não sentiam vergonha” (Gn 2,25)
• Em hebraico Costela = metade.
• Hesser = ajuda adequada= socorro de Deus.
• Ossos= sustentáculo da Vida
• Carne= Self = Eu
6. Parte II – Redenção do coração
• O pecado original deixou no coração do homem um campo de batalha
entre a concupiscência e o sentido esponsal do corpo.
• Quem é a mulher para o homem? E quem é o homem para a mulher?
• Como se avaliar nossos desejos? (Mt 5,26-27).
• Mesmo marido e esposa podem “adulterar em seu coração” quando se
utiliza do outro como objeto.
• Somos inclinados para dois extremos: puritanismo e permissivismo.
• O corpo sai do lugar de proibição e entra na exaltação.
• O chamado do Sermão da Montanha é ser “homem novo”.
• Ética da redenção se realiza no autodomínio.
• Carne nas cartas de São Paulo é igual ao Homem guiado pela
concupiscência.
7. Parte III - A Ressurreição da carne
• Mt 12,25 Atualmente vivemos uma prefiguração do que
será plenamente no céu “núpcias do cordeiro”.
• Espiritismo acredita que no céu seremos só espírito, nós
acreditamos que na eternidade nosso corpo será
glorioso.
• I Cor 2,9 – Envolto no mistério da Ressurreição.
• Esponsalidade do corpo – capacidade de expressar amor
pelo corpo permanecerá, e terá sua plenitude realizada
através da nossa comunhão com a Trindade.
8. Parte IV - Celibato
• “É preciso ter consciência realista não só do valor daquilo que se escolhe,
mas também do valor daquilo que se renuncia” (TdC).
• É um anuncio do mundo que há de vir (Escatologia do homem).
• “Meu amado existe para mim e eu para o meu Amado!” (Cântico dos
Cânticos).
• Trata-se de escolher, uma particular participação no mistério da redenção
do corpo, que marca a semelhança com Cristo.
• “Na ressurreição do corpo nada mais acontecerá no homem que não seja
ato do homem”, ou seja “um outro sistema de forças interiores” JPII.
• O celibato é um testemunho de que cremos na ressurreição do corpo.
• O celibato anuncia a segunda vinda, a comunhão em Deus.
9. Parte V - Matrimônio
• O que é um sacramento? São realidade terrenas que apontam para a eternidade.
• Ef 5,31-32
• Analogia esponsal: relação homem-mulher deve ser de amor e entrega total
como Cristo e a Igreja, deste modo o sacramento age para a salvação dos
cônjuges.
• As diferença é que fecundam o amor oblativo.
• O Matrimonio humano aponta para Mistério do Único grande casamento: Cristo e
sua Igreja.
• Amor que vence a concupiscência.
• A linguagem do corpo e a liturgia dos corpos
• O profetismo do corpo: somos verdadeiros profetas ou contamos verdadeiras
metiras?
10. Parte VI - Amor e fecundidade
• Humanae Vitae (Sobre a vida humana) Paulo VI.
• Dentro da Igreja existe uma grande oposição.
• Significado Unitivo e procriativo do ato sexual.
• Somos livres para escolher ter uma relação sexual ou não,
mas podemos mudar seu sentido ultimo?
• Planejar o nascimentos dos filhos nada mais é do que reler
a linguagem do corpo na verdade.
• A virtude da castidade, como espiritualidade que preserva
o amor do egoísmo, não empobrece as manifestações
afetivas, pelo contrario enriquece.
11. Oração
Como se poderia falar corretamente do amor, se Tu fosses esquecido, ó Deus do Amor, de
quem provém tudo o amor no céu e na terra; Tu, que nada poupaste, mas tudo
entregastes em amor; Tu que és amor, de modo que o que ama só é aquilo que é por
permanecer em Ti!
Como se poderia falar corretamente do amor, se Tu fosses esquecido, Tu que revelastes o
que é o amor; Tu, nosso Salvador e reconciliador, que deste a Ti mesmo para libertar a
todos!
Como se poderia falar corretamente do amor, se Tu fosses esquecido, Espírito de Amor,
que não reclamas nada do que é próprio Teu, mas recordas aquele sacrifício do Amor,
recordas ao crente que deve amar como ele é amado, e amar ao próximo como a si
mesmo!
Ó, Amor Eterno, Tu que estás presente em toda parte e nunca deixas sem testemunho
aquilo que aqui deve ser dito sobre o amor, ou sobre as obras do amor.
Pois decerto há poucas obras que a linguagem humana, específica e mesquinha,
denomina obras do amor; mas no Céu é diferente, aí nenhuma obra pode agradar se
não for uma obra de amor: sincera na abnegação, uma necessidade do amor, e
justamente por isso sem a pretensão de ser meritória!
(S.Kierkegaard . Obras do Amor)
12. Cântico de Francisco de Assis
Chorando, Francisco, disse um dia a Jesus: “Amo o
sol, amo as estrelas, amo Clara e as irmãs, amo o
coração do homem, amo todas as coisas belas...
Oh, meu Senhor, me deves perdoar, Pois só a Ti
eu deveria amar!”.
Sorrindo, Jesus, respondeu-lhe assim: “Amo o sol,
amo as estrelas, amo Clara e as irmãs, amo o
coração do homem, amo todas as coisas belas...
Oh, meu Francisco, não deves mais chorar, porque
eu amo aquilo que tu amas!”
13. Casamento – Adelia Prado
Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como “esse foi difícil”,
“prateou no ar dando rabanadas” e faz o gesto com a mão.
O Silêncio de quando nos vimos a primeira vez atravessa a cozinha
com um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa, vamos dormir.
Coisas prateados espocam: somos noivo e noiva.
14. Referencias Bibliográficas
• Teologia do Corpo para Principiantes. Christopher West. Ed. Myrian. 2008 (e-mail:
editoramyrian@terra.com.br)
• TdC – Teologia do corpo: Catequeses sobre o amor humano, JPII. Homem e
mulher o criou.
• Sexualidade humana: Verdade e significado. Doc. Do conselho pontifício para a
família.
• CIC – Catecismo da Igreja Católica.
• Bíblia
• Sede Fecundo. Pe. Léo
• Exortação apostólica: Familiaris Consortio.
• Humanea Vitae . Paulo VI.
• João Paulo II, Carta as famílias, 1994.
• Amor e responsabilidade: livro de JPII.