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SEXUALIDADE
Secretaria Municipal de Saúde de São Joaquim
Setembro / 2007
Adolescência:
• Período de vida compreendido entre 10 e 20 anos;
• Transformações físicas e emocionais importantes;
• Criança passa a assumir um novo papel perante a família e a sociedade;
• Criança desenvolve-se, amadurece e fica apta para usufruir sua
sexualidade, firmando sua identidade sexual e buscando um par, já com
a possibilidade de gerar filhos.
Puberdade:
• Normalmente ocorre dos 10 aos 14 anos;
• Modificações no corpo;
• Menarca (primeira menstruação);
• Poluções (ejaculações espontâneas sem coito);
• Crescimento de pêlos no corpo;
• Mudança de voz nos rapazes;
• Amadurecimento da genitália...
Adolescente e a Sexualidade:
• Meninas: amadurece em média 2 anos antes do rapaz. Busca fortificar sua
feminilidade, prorrogar encontros sexuais e selecionar o parceiro adequado
para poder ter sua primeira relação sexual – ocorrendo de forma gradativa.
• Rapazes: buscam encontros sexuais com mais ansiedade, persuadindo as
garotas ao sexo com eles.
FICAR
Virgindade:
Marco importante
Rito de iniciação sexual
• ORGULHO
• CULPA
Educação e Tradição da família
1. Redescoberta do corpo: Inicialmente buscam envolvimento sexual,
testando suas capacidades e reações frente a sensações antes
desconhecidas ;
2. Só depois procuram o envolvimento afetivo complementar, passando a
conviver não apenas em bandos, mas também aos pares.
Masturbação:
Faz parte da vida das pessoas desde a infância, e na adolescência, se
intensifica com a redescoberta das sensações, tanto individualmente quanto
em dupla ou em grupo.
Os jovens podem apresentar algum tipo de atividade homossexual nessa
fase como: exposição da genitália, masturbação recíproca e comparação dos
seios e dos genitais em grupo, atividades estas consideradas NORMAIS.
Mídia:
Super informação, internet, globalização, pouca censura nos meios de
comunicação de massa
Apelo sexual freqüente e precoce, expondo os jovens a
situações ainda não bem compreendidas por eles.
Adolescentes falam como adultos, querem se portar como
tal e ter os privilégios da maturidade.
No entanto, falta-lhes experiência, responsabilidade e o
real significado de um envolvimento sexual.
SEXO: CONVERSANDO COM OS JOVENS
Dúvida freqüente: qual a idade mais propícia para iniciar o sexo?
• Começamos nossa vida sexual desde muito crianças.
• Bebês: ainda na gestação já descobrem sensações agradáveis se auto-
estimulando.
• Infância: entre 3 e 5 anos se intensifica a descoberta dos genitais e de
como são agradáveis serem tocados.
ISSO JÁ É SEXO
• O sexo compartilhado com outra pessoa normalmente ocorre mais
tarde;
• A 1ª relação sexual geralmente ocorre após a puberdade, quando o
corpo já está preparado para funcionar sexualmente;
• Brasil – a primeira relação sexual ocorre por volta de 14 a 15 anos, em
média.
Como saber se está na “HORA”?
• Não existe um momento exato, tipo manual;
• Sabe-se que as sensações sexuais, tão prazerosas, podem ser ainda mais
agradáveis se compartilhadas com alguém.
Conseqüências
Conseqüências
• Gravidez indesejada • Contágio de doenças via contato
sexual
IMPORTANTE
• Estar informado a respeito dos métodos contraceptivos,
• Métodos contra doenças
Influência da educação, tradição familiar e da sociedade
SEXUALIDADE E A ESCOLA
O melhor método anticoncepcional para as adolescentes é a ESCOLA –
quanto maior a escolaridade, menor a fecundidade e maior a proteção
contra doenças sexualmente transmissíveis. (Folha de São Paulo)
ESCOLA
• Apontada como importante instrumento
para veicular informações sobre formas de
evitar a gravidez e de se proteger das DST
FIOCRUZ
Em 2 anos - 32,5% das mães que
engravidaram na adolescência estudaram,
no máximo até a quarta-série do ensino
fundamental
• Falta de instrução
• Falta de expectativa de uma vida melhor
ESCOLA FAMÍLIA
Desenvolver uma ação crítica, reflexiva e educativa que
promova a saúde das crianças e dos adolescentes.
Orientação
Sexual
PCNs –
Parâmetros
Curriculares
Nacionais
Alguns questionamentos:
• Por que a sexualidade tornou-se um problema em franca expansão por
todo o campo pedagógico, atravessando fronteiras de diversas disciplinas?
• Por que o poder público busca construir políticas para gerir esta questão?
• O que explica o fato de a sexualidade ter se constituído como importante
foco de investimento político e excepcional instrumento de tecnologias de
governo?
SEXUALIDADE
• Ela está inserida entre as disciplinas do corpo,
• Participa da regulação das populações,
• É um negócio de Estado – tema de interesse público, pois a conduta sexual
da população diz respeito à saúde pública,
• Relacionada a natalidade, à vitalidade das descendências e da espécie,
• Que por sua vez está relacionado a produção de riquezas, à capacidade de
trabalho, ao povoamento, e a força de uma sociedade.
Orientação Sexual nos Currículos Escolares
• 1930 – discussão sobre educação sexual nas escolas devido ao grande
número de casos de sífilis;
•1968 – algumas escolas públicas desenvolveram experiências de
Educação Sexual ;
• 1970 – pronunciamento da Comissão Nacional de Moral e Civismo
dando parecer contrário ao projeto de lei que propunha a inclusão
obrigatória da Educação Sexual nos currículos escolares;
• 1976 – posição oficial brasileira afirma ser a família principal
responsável pela educação sexual, podendo as escolas, porém, inserir ou
não a educação sexual em programas de saúde;
• Atualmente estas expectativas mudaram – 82% dos adultos que têm
filhos aprovam a orientação sexual nas escolas.
O currículo não pode ser visto simplesmente como um espaço de
transmissão de conhecimentos. O currículo está centralmente envolvido
naquilo que somos, naquilo que nos tornamos, naquilo que nos
tornaremos. O currículo produz, o currículo nos produz.
• HOJE: Orientação sexual nas escolas
• Proliferação de casos de DST/AIDS;
• Aumento de casos de gravidez entre adolescentes
ORIENTAÇÃO SEXUAL COMO TEMA TRANSVERSAL
Reinserção da orientação sexual nas escolas, está relacionado a:
• Dimensão epidêmica;
• Mudanças nos padrões de comportamento sexual
PCNs
Pretende ser um referencial fomentador da
reflexão sobre os currículos escolares, uma
proposta aberta e flexível, que pode ou não
ser utilizada pelas escolas na elaboração de
suas propostas curriculares.
PCNs • O tema transversal deve impregnar toda a área
educativa do ensino fundamental e ser tratado por
diversas áreas do conhecimento;
• O trabalho de orientação sexual deve ocorrer de 2
formas:
Dentro da programação, através de
conteúdos transversalizados nas
diferentes áreas do currículo
Extraprogramação, sempre que surgirem
questões relacionadas ao tema
Este tema deve ser tratado ao longo de todos os ciclos de
escolarização, todavia, a partir da quinta série, além da
transversalização, a Orientação Sexual comporta também uma
sistematização e um espaço específico. Isso indica uma
intensificação dos trabalhos de orientação sexual na escola a partir
deste ciclo.
Os programas de orientação sexual devem ser organizados em torno de 3
eixos norteadores:
• Corpo: matriz da sexualidade,
• Relações de gênero,
• Prevenção de DST/AIDS.
Concepção de Sexualidade nos PCNs
• A potencialidade erótica do corpo a partir da puberdade é concebida como
centrada na região genital,
• Na infância, só é admitido um caráter exploratório pré-genital.
Os conteúdos devem favorecer a compreensão de que o ato sexual, bem
como as carícias genitais, só têm pertinência quando manifestadas entre
jovens e adultos.
• Alunos devem ser estimulados nas disciplinas e atividades sobre
Orientação Sexual, através de uma metodologia participativa, envolvendo:
- Dinâmicas grupais,
- Técnicas de sensibilização e facilitação de debates,
- Utilização de materiais didáticos que problematizem em
vez de “fechar” a questão, possibilitando a discussão dos valores (sociais e
particulares) associados a cada temática da sexualidade.
• Através da colocação do sexo em discurso na escola, há um complexo
aumento do controle exercido sobre os indivíduos, o qual exerce não através
de proibições / punições, mas através de mecanismos positivos de poder
que visam produzir indivíduos auto-disciplinados na maneira de viver sua
sexualidade.
ATENÇÃO
• Professores não devem acentuar a ligação entre
“sexualidade e doença ou morte”,
• Devem fornecer informações sobre doenças tendo
como foco a “promoção da saúde e de condutas
preventivas”.
Orientação Sexual na Educação Física
Educação Física
• Aparece como um espaço privilegiado, devido a
seus conteúdos e dinâmica de aula;
• Pela relação que se estabelece entre professores e
alunos nestas aulas;
• Propicia experiência de aprendizagem peculiar ao
mobilizar aspectos afetivos, sociais, éticos e de
sexualidade de forma intensa e explícita – fazendo
com que os professores tenham um conhecimento
abrangente de seus alunos.
• Anatomia – estrutura óssea e muscular
• Fisiologia – a fim de compreender as alterações que ocorrem durante as
atividades físicas
• Bioquímica – processos metabólicos de produção de energia, eliminação
e reposição de nutrientes
• Relações de gênero – diferenças entre meninos e meninas determinadas
social e culturalmente.
Considerações Finais
•Orientação Sexual não tem apenas um caráter informativo, mas sobretudo
um efeito de intervenção no interior do espaço escolar.
• Concebido como tendo uma função transversal – atravessando fronteiras
disciplinares.
• Dissemina-se por todo o campo pedagógico e funciona de forma a
expandir seus efeitos em domínios dos mais heterogêneos.
• PCNs incitam que a ESCOLA – deve através de práticas pedagógicas
diversas, construir e mediar a relação do sujeito consigo mesmo, de modo a
fazer com que o indivíduo tome a si mesmo como objeto de cuidados,
alterando comportamentos.
• Através da colocação do sexo em discurso, há um aumento do controle
sobre os indivíduos, o qual se exerce não tanto através de proibições e
punições, mas através de mecanismos, metodologias e práticas que visam a
produzir sujeitos autodisciplinados no que se refere a maneira de viver sua
sexualidade.
• O dispositivo da sexualidade perpassa espaços escolares, instaura regras e
normas, estabelece mudanças no modo pelo qual os indivíduos dão sentido
e valor a sua conduta, desejos, prazeres, sentimentos e sonhos.
Obrigada
Contatos:
alessandra1306@hotmail.com
(49) 3233 0900 / 9102 1967

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Orientação Sexual na Escola

  • 1. SEXUALIDADE Secretaria Municipal de Saúde de São Joaquim Setembro / 2007
  • 2. Adolescência: • Período de vida compreendido entre 10 e 20 anos; • Transformações físicas e emocionais importantes; • Criança passa a assumir um novo papel perante a família e a sociedade; • Criança desenvolve-se, amadurece e fica apta para usufruir sua sexualidade, firmando sua identidade sexual e buscando um par, já com a possibilidade de gerar filhos. Puberdade: • Normalmente ocorre dos 10 aos 14 anos; • Modificações no corpo; • Menarca (primeira menstruação); • Poluções (ejaculações espontâneas sem coito); • Crescimento de pêlos no corpo; • Mudança de voz nos rapazes; • Amadurecimento da genitália...
  • 3. Adolescente e a Sexualidade: • Meninas: amadurece em média 2 anos antes do rapaz. Busca fortificar sua feminilidade, prorrogar encontros sexuais e selecionar o parceiro adequado para poder ter sua primeira relação sexual – ocorrendo de forma gradativa. • Rapazes: buscam encontros sexuais com mais ansiedade, persuadindo as garotas ao sexo com eles. FICAR
  • 4. Virgindade: Marco importante Rito de iniciação sexual • ORGULHO • CULPA Educação e Tradição da família 1. Redescoberta do corpo: Inicialmente buscam envolvimento sexual, testando suas capacidades e reações frente a sensações antes desconhecidas ; 2. Só depois procuram o envolvimento afetivo complementar, passando a conviver não apenas em bandos, mas também aos pares.
  • 5. Masturbação: Faz parte da vida das pessoas desde a infância, e na adolescência, se intensifica com a redescoberta das sensações, tanto individualmente quanto em dupla ou em grupo. Os jovens podem apresentar algum tipo de atividade homossexual nessa fase como: exposição da genitália, masturbação recíproca e comparação dos seios e dos genitais em grupo, atividades estas consideradas NORMAIS. Mídia: Super informação, internet, globalização, pouca censura nos meios de comunicação de massa Apelo sexual freqüente e precoce, expondo os jovens a situações ainda não bem compreendidas por eles. Adolescentes falam como adultos, querem se portar como tal e ter os privilégios da maturidade. No entanto, falta-lhes experiência, responsabilidade e o real significado de um envolvimento sexual.
  • 6. SEXO: CONVERSANDO COM OS JOVENS Dúvida freqüente: qual a idade mais propícia para iniciar o sexo? • Começamos nossa vida sexual desde muito crianças. • Bebês: ainda na gestação já descobrem sensações agradáveis se auto- estimulando. • Infância: entre 3 e 5 anos se intensifica a descoberta dos genitais e de como são agradáveis serem tocados. ISSO JÁ É SEXO • O sexo compartilhado com outra pessoa normalmente ocorre mais tarde; • A 1ª relação sexual geralmente ocorre após a puberdade, quando o corpo já está preparado para funcionar sexualmente; • Brasil – a primeira relação sexual ocorre por volta de 14 a 15 anos, em média.
  • 7. Como saber se está na “HORA”? • Não existe um momento exato, tipo manual; • Sabe-se que as sensações sexuais, tão prazerosas, podem ser ainda mais agradáveis se compartilhadas com alguém. Conseqüências Conseqüências • Gravidez indesejada • Contágio de doenças via contato sexual IMPORTANTE • Estar informado a respeito dos métodos contraceptivos, • Métodos contra doenças Influência da educação, tradição familiar e da sociedade
  • 8. SEXUALIDADE E A ESCOLA O melhor método anticoncepcional para as adolescentes é a ESCOLA – quanto maior a escolaridade, menor a fecundidade e maior a proteção contra doenças sexualmente transmissíveis. (Folha de São Paulo) ESCOLA • Apontada como importante instrumento para veicular informações sobre formas de evitar a gravidez e de se proteger das DST FIOCRUZ Em 2 anos - 32,5% das mães que engravidaram na adolescência estudaram, no máximo até a quarta-série do ensino fundamental • Falta de instrução • Falta de expectativa de uma vida melhor
  • 9. ESCOLA FAMÍLIA Desenvolver uma ação crítica, reflexiva e educativa que promova a saúde das crianças e dos adolescentes. Orientação Sexual PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais Alguns questionamentos: • Por que a sexualidade tornou-se um problema em franca expansão por todo o campo pedagógico, atravessando fronteiras de diversas disciplinas? • Por que o poder público busca construir políticas para gerir esta questão? • O que explica o fato de a sexualidade ter se constituído como importante foco de investimento político e excepcional instrumento de tecnologias de governo?
  • 10. SEXUALIDADE • Ela está inserida entre as disciplinas do corpo, • Participa da regulação das populações, • É um negócio de Estado – tema de interesse público, pois a conduta sexual da população diz respeito à saúde pública, • Relacionada a natalidade, à vitalidade das descendências e da espécie, • Que por sua vez está relacionado a produção de riquezas, à capacidade de trabalho, ao povoamento, e a força de uma sociedade.
  • 11. Orientação Sexual nos Currículos Escolares • 1930 – discussão sobre educação sexual nas escolas devido ao grande número de casos de sífilis; •1968 – algumas escolas públicas desenvolveram experiências de Educação Sexual ; • 1970 – pronunciamento da Comissão Nacional de Moral e Civismo dando parecer contrário ao projeto de lei que propunha a inclusão obrigatória da Educação Sexual nos currículos escolares; • 1976 – posição oficial brasileira afirma ser a família principal responsável pela educação sexual, podendo as escolas, porém, inserir ou não a educação sexual em programas de saúde; • Atualmente estas expectativas mudaram – 82% dos adultos que têm filhos aprovam a orientação sexual nas escolas. O currículo não pode ser visto simplesmente como um espaço de transmissão de conhecimentos. O currículo está centralmente envolvido naquilo que somos, naquilo que nos tornamos, naquilo que nos tornaremos. O currículo produz, o currículo nos produz.
  • 12. • HOJE: Orientação sexual nas escolas • Proliferação de casos de DST/AIDS; • Aumento de casos de gravidez entre adolescentes ORIENTAÇÃO SEXUAL COMO TEMA TRANSVERSAL Reinserção da orientação sexual nas escolas, está relacionado a: • Dimensão epidêmica; • Mudanças nos padrões de comportamento sexual PCNs Pretende ser um referencial fomentador da reflexão sobre os currículos escolares, uma proposta aberta e flexível, que pode ou não ser utilizada pelas escolas na elaboração de suas propostas curriculares.
  • 13. PCNs • O tema transversal deve impregnar toda a área educativa do ensino fundamental e ser tratado por diversas áreas do conhecimento; • O trabalho de orientação sexual deve ocorrer de 2 formas: Dentro da programação, através de conteúdos transversalizados nas diferentes áreas do currículo Extraprogramação, sempre que surgirem questões relacionadas ao tema Este tema deve ser tratado ao longo de todos os ciclos de escolarização, todavia, a partir da quinta série, além da transversalização, a Orientação Sexual comporta também uma sistematização e um espaço específico. Isso indica uma intensificação dos trabalhos de orientação sexual na escola a partir deste ciclo.
  • 14. Os programas de orientação sexual devem ser organizados em torno de 3 eixos norteadores: • Corpo: matriz da sexualidade, • Relações de gênero, • Prevenção de DST/AIDS. Concepção de Sexualidade nos PCNs • A potencialidade erótica do corpo a partir da puberdade é concebida como centrada na região genital, • Na infância, só é admitido um caráter exploratório pré-genital. Os conteúdos devem favorecer a compreensão de que o ato sexual, bem como as carícias genitais, só têm pertinência quando manifestadas entre jovens e adultos.
  • 15. • Alunos devem ser estimulados nas disciplinas e atividades sobre Orientação Sexual, através de uma metodologia participativa, envolvendo: - Dinâmicas grupais, - Técnicas de sensibilização e facilitação de debates, - Utilização de materiais didáticos que problematizem em vez de “fechar” a questão, possibilitando a discussão dos valores (sociais e particulares) associados a cada temática da sexualidade. • Através da colocação do sexo em discurso na escola, há um complexo aumento do controle exercido sobre os indivíduos, o qual exerce não através de proibições / punições, mas através de mecanismos positivos de poder que visam produzir indivíduos auto-disciplinados na maneira de viver sua sexualidade. ATENÇÃO • Professores não devem acentuar a ligação entre “sexualidade e doença ou morte”, • Devem fornecer informações sobre doenças tendo como foco a “promoção da saúde e de condutas preventivas”.
  • 16. Orientação Sexual na Educação Física Educação Física • Aparece como um espaço privilegiado, devido a seus conteúdos e dinâmica de aula; • Pela relação que se estabelece entre professores e alunos nestas aulas; • Propicia experiência de aprendizagem peculiar ao mobilizar aspectos afetivos, sociais, éticos e de sexualidade de forma intensa e explícita – fazendo com que os professores tenham um conhecimento abrangente de seus alunos. • Anatomia – estrutura óssea e muscular • Fisiologia – a fim de compreender as alterações que ocorrem durante as atividades físicas • Bioquímica – processos metabólicos de produção de energia, eliminação e reposição de nutrientes • Relações de gênero – diferenças entre meninos e meninas determinadas social e culturalmente.
  • 17. Considerações Finais •Orientação Sexual não tem apenas um caráter informativo, mas sobretudo um efeito de intervenção no interior do espaço escolar. • Concebido como tendo uma função transversal – atravessando fronteiras disciplinares. • Dissemina-se por todo o campo pedagógico e funciona de forma a expandir seus efeitos em domínios dos mais heterogêneos. • PCNs incitam que a ESCOLA – deve através de práticas pedagógicas diversas, construir e mediar a relação do sujeito consigo mesmo, de modo a fazer com que o indivíduo tome a si mesmo como objeto de cuidados, alterando comportamentos. • Através da colocação do sexo em discurso, há um aumento do controle sobre os indivíduos, o qual se exerce não tanto através de proibições e punições, mas através de mecanismos, metodologias e práticas que visam a produzir sujeitos autodisciplinados no que se refere a maneira de viver sua sexualidade. • O dispositivo da sexualidade perpassa espaços escolares, instaura regras e normas, estabelece mudanças no modo pelo qual os indivíduos dão sentido e valor a sua conduta, desejos, prazeres, sentimentos e sonhos.