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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
Tratamento do Diabetes Mellitus:
metas gerais e gestão prática
clínica
Aline Souza de Oliveira
Mariana Costa Mendes
Mariana de Fátima Albuquerque Pereira
Rafael Simó and Cristina Hernández
• Proposta principal: expor as metas gerais do
tratamento da doença nos dois tipos e rever a
conduta terapêutica do diabetes tipo 2.
Diabetes Mellitus
• Aspectos gerais
• Definição e tipos
• Sintomas e fatores de risco
• Metas de tratamento (evitar complicações)
• Princípios gerais do tratamento
Aspectos gerais
• Doença crônica com maior importância social e na saúde,
porque está relacionada de 3 a 4 vezes ao aumento da
morbidade e mortalidade cardiovascular, além de causar
retinopatias, nefropatias e neuropatias.
• O tratamento deve ser baseado na compreensão da
fisiopatologia, portanto vai depender do estágio da doença e
das características do paciente.
• Doença com prevalência e incidência cada vez mais altas.
Definição
• Diabetes: é uma doença do metabolismo da glicose causada
pela falta ou má absorção de insulina, hormônio produzido
pelo pâncreas,cuja função é quebrar as moléculas de glicose
para transformá-las em energia a fim de que seja aproveitada
por todas as células.
• Na verdade, não se trata de uma doença única, mas de um
conjunto de doenças com uma característica em comum:
aumento da concentração de glicose no sangue
(hiperglicemia).
Diabetes
• O diabetes tipo 1, anteriormente
conhecido como diabetes juvenil compreende
cerca de 10% do total de casos.
• O diabetes tipo 2, anteriormente conhecido
como diabetes do adulto compreende cerca
de 90% do total de casos.
Diabetes tipo I – o pâncreas produz pouca ou
nenhuma insulina. A instalação da doença ocorre
mais na infância e adolescência e é
insulinodependente, isto é, exige a aplicação de
injeções diárias de insulina necessária para prevenir
cetoacidose, coma e morte.
• Diabetes tipo II – as células são resistentes à ação
da insulina. A incidência da doença que pode não ser
insulinodependente, pode ser controlada por
medicamentos ministrados por via oral. Em
geral, acomete as pessoas depois dos 40 anos de
idade.
Sintomas + Fatores de risco
Metas do tratamento
• São feitas para evitar o aparecimento de complicações
futuras da doença, diminuir a mortalidade e manter uma
boa qualidade de vida.
• Principal meta: redução do controle glicêmico.
– Através da aproximação dos fatores de risco e
tratando-os.
• Avaliação inicial pós-diagnóstico:
– Hemoglobina Glicosilada (exame)
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Princípios gerais do tratamento
• Redução de peso
• Diminuição da glicemia
• Melhora o perfil lipídico
• Reduz a pressão arterial
• Melhora estado cardíaco
• Sensação de bem estar e
melhor qualidade de vida
Vantagens
Princípios gerais do tratamento
As recomendações dietéticas, redução de peso e as
calorias do conteúdo da dieta devem ser ajustadas
diferentemente para que cada indivíduo alcance os
objetivos do tratamento.
Desvantagens
•Hipoglicemia por várias horas
•Descompensação hiperglicêmica
•Cetose
Informação é fundamental para a prevenção de
complicações futuras , melhor administração e compreensão
do paciente pelo tratamento necessário, evitando
hospitalizações melhorando a qualidade de vida
Tratamento do Diabetes Mellitus tipo 2
Princípios gerais e tratamento apropriado
• A dieta de baixo teor calórico e um programa de exercícios
físicos são a base do tratamento do diabetes tipo 2.
• Quando o controle metabólico não é alcançado dessa
maneira, inicia-se o tratamento farmacológico.
Tratamento farmacológico
• Sulfoniluréias
• Biguanidas
• Tiazolidinedionas
• Inibidores da alfa- glicosidase
• Outras drogas secretoras:
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Sulfoniluréias (SUs)
• Primeiras em 1950: carbutamida e tolbutamida.
• Início de 1960: tolbutamida, aceto-hexamida, tolazamida e
clorpropamida (SUs de primeira geração).
• Final de 1960: glibenclamida, glipizida, gliquidona, e
gliclazida (SUs de segunda geração).
• SUs de ação prolongada: glimepirida
Mecanismo de ação das Sulfoniluréias
• Estimulam a secreção na segunda fase de
secreção da insulina pelas células beta do
pâncreas, ou seja, a liberação da insulina pré-
formada.
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• Farmacologia clínica:
– Absorção no aparelho digestivo;
– Pico plasmático 2- 4 hrs após a ingestão;
– Metabolismo hepático;
– Eliminação na urina e em menor quantidade na bile.
• Efeitos indesejáveis:
– Hipoglicemia;
– Insuficiência renal e hepática;
Indicações, seleção da droga
e contra indicações
• As SUs são consideradas drogas de primeira escolha para
o tratamento de diabetes mellitus tipo 2;
• Tolbutamida e glimepirida são recomendadas para
pessoas mais velhas;
• Início do tratamento: pequenas doses;
• SUs são contra-indicadas em pacientes alérgicos a
sulfonamidas e diabéticos do tipo 1.
Drogas Secretoras: repaglinida e
nateglinida
• Repaglinida: O efeito inicia
30 minutos após a ingestão e
começa a desaparecer após 4
horas. É metabolizado pelo
fígado e 90% é excretado na
bile
• Nateglinida: Semelhante a
Repaglinida, porém, tanto o
aparecimento quanto o
desaparecimento da
resposta, é mais rápida do que
o da Repaglinida.
Biguanidas
• Fenformina, buformina e metformina
Foi proibida nos EUA
devido a sua relação
com a acidose láctica
Mais utilizada para fins
terapêuticos da tipo II.
• Reduzem a produção hepática de
glicose, diminuindo a gliconeogênese
e glicogenólise. Elas também
aumentam a captação de glicose pelo
músculo esquelético.
1. Outros efeitos das biguanidas:
– Reduz a concentração de triglicerídeos e colesterol LDL;
– Aumenta discretamente o HDL;
– Diminui a agregação plaquetária e diminui a viscosidade
do sangue;
– Ajuda na perda de peso.
2. Farmacologia:
– absorção no intestino delgado;
– a fenformina sofre metabolização hepática parcial;
– Buformina e metformina são eliminadas
inalteradas pelo rim.
Tiazolidinedionas
Aumenta a sensibilidade à insulina.
• A eficácia de TZDs é superior quando utilizadas em
combinação com SUs ou metformina do que quando são
utilizadas em monoterapia.
• Produz efeitos de redução na evolução de aterosclerose.
• Contra indicado em pessoas anêmicas ou com doenças
cardíacas.
Tratamento da Diabetes Mellitus –
Tipo 1
• Ocorre ausência total da produção de insulina pelo
pâncreas. Pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais
comum em indivíduos com menos de 35 anos.
• Tratamento: é a administração diária de injeções de
insulina, para que o metabolismo de açúcar seja
regularizado.
• Sintomas: vontade de urinar várias
vezes, fome, sede, fraqueza, fadiga, perda de
peso, náuseas, vômitos, nervosismo.
• A administração de insulina é o tratamento
básico de diabetes mellitus tipo 1.
• A ação contínua do tratamento com insulina é
aplicável a pacientes com o tipo 1 e tipo 2.
• O aparelho medidor de glicemia, que inclui
auto-modificação de dose de insulina com o
acompanhamento de um endocrinologista,
permite uma maior flexibilidade nos hábitos
dos pacientes e, certamente, melhora a sua
qualidade de vida.
Tipos de insulina e vias de
administração
• Atualmente são usadas insulina humana
biossintética, obtida por meio de técnicas de
recombinação genética de culturas de bactérias
(Escherichia coli) ou leveduras.
• É administrada por via subcutânea usando seringas, em
situações de descompensação metabólica grave, podem
ser administrada por via intramuscular ou por via
intravenosa.
• Recentemente começaram a utilizar os análogos de
insulina de ação rápida, obtidas por alteração de um
aminoácido na sequência de insulina.
• Estes análogos têm de hipoglicemia potência idêntica à
insulina regular, mas mais rapidamente absorvida,
apresenta um pico insulinêmico anterior a 1 hora, sendo
mais alta e mais curta do que o observado com a
insulina regular e, portanto, podem ser administrados
imediatamente antes da ingestão.
• Também disponível no mercado as insulinas pré-
misturadas;
• Percentagens fixas de insulina de ação rápida e
intermediária, que são especialmente úteis e
confortáveis para os pacientes com diabetes tipo 2,
em geral, não se adaptam às necessidades de
mudança de insulina de pacientes com diabetes tipo 1.
Insulinoterapia
• Terapia de insulina convencional e intensiva.
• A terapia com insulina convencional envolve a
utilização de uma ou duas injeções de insulina
(por vezes mais) autoaplicada em quadro
glicêmico baixo, esporádico e modificação da
dose de insulina para o paciente, com base na
glicemia, ou por alterações na dieta ou atividade
fisica .
• A insulinoterapia intensiva inclui um programa de dieta e
exercício físico individualizado, múltiplas injeções diárias
(3-4 injeções / dia).
– Ocorre grande motivação por parte do paciente, um bom nível
de educação em diabetes e da possibilidade de contato
frequente com a equipe de saúde;
– Este tipo de tratamento seria indicado especialmente em
pacientes com diabetes tipo 1, sem complicações de diabetes
muito avançada e durante a gravidez ;
• O estrito controle glicêmico está associado a uma maior
frequência de hipoglicemia, mas, apesar disso, o esforço
dedicado ao controle metabólico,a qualidade de vida
parece ser igual ou superior em pacientes tratados
intensivamente do que em indivíduos submetido a
tratamento convencional.
• A dose média de insulina a ser utilizada é muito variável
(0,2-1 U / kg / dia) e que irá depender da secreção da
insulina endógena (insignificante em pacientes com
diabetes tipo 1 e tipo variável em pacientes 2) e a
presença de resistência à insulina.
• Em pacientes com diabetes tipo 1 são recomendados
desde o início um padrão de injeções 3-4 / dia
combinando insulina de ação rápida e intermediária.
Tratamento em situações especiais
• Como consequência da resposta metabólica ao
estresse, com aumento de hormônios catabólicos como
por exemplo, o cortisol, catecolaminas, que ocorre
imediatamente após um IAM, ocorrem frequentemente
uma descompensação hiperglicêmica.
•Tratamento em infarto agudo do miocárdio
• Em um estudo em animais (DIGAMI Study Group)
mostrou que o controle energético da infusão de glicose
e insulina no período imediatamente após o IAM,
fornece melhora significativa e sobrevivência a longo
prazo.
• Os ácidos graxos livres, que são o substrato de escolha
para o miocárdio normal, são tóxicos para o miocárdio
isquêmico, porque podem danificar a membrana das
células do coração.
• A insulina iria reduzir os níveis circulantes de ácidos
graxos livres e facilitam a captação de glicose do
miocárdio, diminuindo a degradação das proteínas do
miocárdio e coagulação através da redução da produção
quimiotoxinas. Evidentemente, tudo isto seria benéfico
para o miocárdio e pode explicar a melhoria do
desempenho de pacientes tratados com a infusão
intravenosa de insulina.
O tratamento durante a cirurgia
• O regime de tratamento a ser aplicado durante o período
pré – operatório:
– Pacientes com tratamento prévio de insulina deve
sempre receber glicose e insulina de ação rápida.
– Em grande cirurgia, quando a terapia com insulina é
necessária, o regime mais recomendado é a
administração de insulina via intravenosa contínua, o
que permite um ajuste mais preciso e rápido de
glicose no sangue.
Dicas de Nutrição


• A prática de exercícios
físicos traz benefícios
como:
• A melhor utilização do
oxigênio pelo organismo;
• Aumento da captação da
glicose pelo músculo;
• Aumento da sensibilidade
celular à insulina a partir
das primeiras semanas e
que duram enquanto eles
estiverem sendo
regularmente utilizados.
• Com a insulina sendo
usada de forma mais
eficaz o portador de
diabetes passa a precisar
de doses menores para
queimar a glicose extra.


Evitar:

• Gordura saturada: (pele de
aves, carnes gorda bovina e
suína, creme de
leite, bacon, manteiga, toucinho
, leite integral).

• Açúcares:
(sacarose, mel, melado, rapadu
ra, sorvetes, gelatinas).

• Adoçante: à base de frutose,
• Refinados:
(arroz, pão, biscoito, bolo e
preparações feitas com farinha
de trigo refinada).
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Tratamento do Diabetes Mellitus: metas gerais e gestão prática clínica

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO Tratamento do Diabetes Mellitus: metas gerais e gestão prática clínica Aline Souza de Oliveira Mariana Costa Mendes Mariana de Fátima Albuquerque Pereira Rafael Simó and Cristina Hernández
  • 2. • Proposta principal: expor as metas gerais do tratamento da doença nos dois tipos e rever a conduta terapêutica do diabetes tipo 2.
  • 3. Diabetes Mellitus • Aspectos gerais • Definição e tipos • Sintomas e fatores de risco • Metas de tratamento (evitar complicações) • Princípios gerais do tratamento
  • 4. Aspectos gerais • Doença crônica com maior importância social e na saúde, porque está relacionada de 3 a 4 vezes ao aumento da morbidade e mortalidade cardiovascular, além de causar retinopatias, nefropatias e neuropatias. • O tratamento deve ser baseado na compreensão da fisiopatologia, portanto vai depender do estágio da doença e das características do paciente. • Doença com prevalência e incidência cada vez mais altas.
  • 5. Definição • Diabetes: é uma doença do metabolismo da glicose causada pela falta ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas,cuja função é quebrar as moléculas de glicose para transformá-las em energia a fim de que seja aproveitada por todas as células. • Na verdade, não se trata de uma doença única, mas de um conjunto de doenças com uma característica em comum: aumento da concentração de glicose no sangue (hiperglicemia).
  • 6. Diabetes • O diabetes tipo 1, anteriormente conhecido como diabetes juvenil compreende cerca de 10% do total de casos. • O diabetes tipo 2, anteriormente conhecido como diabetes do adulto compreende cerca de 90% do total de casos. Diabetes tipo I – o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. A instalação da doença ocorre mais na infância e adolescência e é insulinodependente, isto é, exige a aplicação de injeções diárias de insulina necessária para prevenir cetoacidose, coma e morte. • Diabetes tipo II – as células são resistentes à ação da insulina. A incidência da doença que pode não ser insulinodependente, pode ser controlada por medicamentos ministrados por via oral. Em geral, acomete as pessoas depois dos 40 anos de idade.
  • 8. Metas do tratamento • São feitas para evitar o aparecimento de complicações futuras da doença, diminuir a mortalidade e manter uma boa qualidade de vida. • Principal meta: redução do controle glicêmico. – Através da aproximação dos fatores de risco e tratando-os. • Avaliação inicial pós-diagnóstico: – Hemoglobina Glicosilada (exame) – Perfil lipídico e pressão arterial
  • 9. Princípios gerais do tratamento • Redução de peso • Diminuição da glicemia • Melhora o perfil lipídico • Reduz a pressão arterial • Melhora estado cardíaco • Sensação de bem estar e melhor qualidade de vida Vantagens
  • 10. Princípios gerais do tratamento As recomendações dietéticas, redução de peso e as calorias do conteúdo da dieta devem ser ajustadas diferentemente para que cada indivíduo alcance os objetivos do tratamento. Desvantagens •Hipoglicemia por várias horas •Descompensação hiperglicêmica •Cetose Informação é fundamental para a prevenção de complicações futuras , melhor administração e compreensão do paciente pelo tratamento necessário, evitando hospitalizações melhorando a qualidade de vida
  • 11. Tratamento do Diabetes Mellitus tipo 2 Princípios gerais e tratamento apropriado • A dieta de baixo teor calórico e um programa de exercícios físicos são a base do tratamento do diabetes tipo 2. • Quando o controle metabólico não é alcançado dessa maneira, inicia-se o tratamento farmacológico.
  • 12. Tratamento farmacológico • Sulfoniluréias • Biguanidas • Tiazolidinedionas • Inibidores da alfa- glicosidase • Outras drogas secretoras: – repaglinida e nateglinida
  • 13. Sulfoniluréias (SUs) • Primeiras em 1950: carbutamida e tolbutamida. • Início de 1960: tolbutamida, aceto-hexamida, tolazamida e clorpropamida (SUs de primeira geração). • Final de 1960: glibenclamida, glipizida, gliquidona, e gliclazida (SUs de segunda geração). • SUs de ação prolongada: glimepirida
  • 14. Mecanismo de ação das Sulfoniluréias • Estimulam a secreção na segunda fase de secreção da insulina pelas células beta do pâncreas, ou seja, a liberação da insulina pré- formada. Carbutamida Gliquidona
  • 15. • Farmacologia clínica: – Absorção no aparelho digestivo; – Pico plasmático 2- 4 hrs após a ingestão; – Metabolismo hepático; – Eliminação na urina e em menor quantidade na bile. • Efeitos indesejáveis: – Hipoglicemia; – Insuficiência renal e hepática;
  • 16. Indicações, seleção da droga e contra indicações • As SUs são consideradas drogas de primeira escolha para o tratamento de diabetes mellitus tipo 2; • Tolbutamida e glimepirida são recomendadas para pessoas mais velhas; • Início do tratamento: pequenas doses; • SUs são contra-indicadas em pacientes alérgicos a sulfonamidas e diabéticos do tipo 1.
  • 17. Drogas Secretoras: repaglinida e nateglinida • Repaglinida: O efeito inicia 30 minutos após a ingestão e começa a desaparecer após 4 horas. É metabolizado pelo fígado e 90% é excretado na bile • Nateglinida: Semelhante a Repaglinida, porém, tanto o aparecimento quanto o desaparecimento da resposta, é mais rápida do que o da Repaglinida.
  • 18. Biguanidas • Fenformina, buformina e metformina Foi proibida nos EUA devido a sua relação com a acidose láctica Mais utilizada para fins terapêuticos da tipo II. • Reduzem a produção hepática de glicose, diminuindo a gliconeogênese e glicogenólise. Elas também aumentam a captação de glicose pelo músculo esquelético.
  • 19. 1. Outros efeitos das biguanidas: – Reduz a concentração de triglicerídeos e colesterol LDL; – Aumenta discretamente o HDL; – Diminui a agregação plaquetária e diminui a viscosidade do sangue; – Ajuda na perda de peso. 2. Farmacologia: – absorção no intestino delgado; – a fenformina sofre metabolização hepática parcial; – Buformina e metformina são eliminadas inalteradas pelo rim.
  • 20. Tiazolidinedionas Aumenta a sensibilidade à insulina. • A eficácia de TZDs é superior quando utilizadas em combinação com SUs ou metformina do que quando são utilizadas em monoterapia. • Produz efeitos de redução na evolução de aterosclerose. • Contra indicado em pessoas anêmicas ou com doenças cardíacas.
  • 21. Tratamento da Diabetes Mellitus – Tipo 1
  • 22. • Ocorre ausência total da produção de insulina pelo pâncreas. Pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em indivíduos com menos de 35 anos. • Tratamento: é a administração diária de injeções de insulina, para que o metabolismo de açúcar seja regularizado. • Sintomas: vontade de urinar várias vezes, fome, sede, fraqueza, fadiga, perda de peso, náuseas, vômitos, nervosismo.
  • 23. • A administração de insulina é o tratamento básico de diabetes mellitus tipo 1. • A ação contínua do tratamento com insulina é aplicável a pacientes com o tipo 1 e tipo 2.
  • 24. • O aparelho medidor de glicemia, que inclui auto-modificação de dose de insulina com o acompanhamento de um endocrinologista, permite uma maior flexibilidade nos hábitos dos pacientes e, certamente, melhora a sua qualidade de vida.
  • 25. Tipos de insulina e vias de administração • Atualmente são usadas insulina humana biossintética, obtida por meio de técnicas de recombinação genética de culturas de bactérias (Escherichia coli) ou leveduras. • É administrada por via subcutânea usando seringas, em situações de descompensação metabólica grave, podem ser administrada por via intramuscular ou por via intravenosa.
  • 26. • Recentemente começaram a utilizar os análogos de insulina de ação rápida, obtidas por alteração de um aminoácido na sequência de insulina. • Estes análogos têm de hipoglicemia potência idêntica à insulina regular, mas mais rapidamente absorvida, apresenta um pico insulinêmico anterior a 1 hora, sendo mais alta e mais curta do que o observado com a insulina regular e, portanto, podem ser administrados imediatamente antes da ingestão.
  • 27. • Também disponível no mercado as insulinas pré- misturadas; • Percentagens fixas de insulina de ação rápida e intermediária, que são especialmente úteis e confortáveis para os pacientes com diabetes tipo 2, em geral, não se adaptam às necessidades de mudança de insulina de pacientes com diabetes tipo 1.
  • 28. Insulinoterapia • Terapia de insulina convencional e intensiva. • A terapia com insulina convencional envolve a utilização de uma ou duas injeções de insulina (por vezes mais) autoaplicada em quadro glicêmico baixo, esporádico e modificação da dose de insulina para o paciente, com base na glicemia, ou por alterações na dieta ou atividade fisica .
  • 29. • A insulinoterapia intensiva inclui um programa de dieta e exercício físico individualizado, múltiplas injeções diárias (3-4 injeções / dia). – Ocorre grande motivação por parte do paciente, um bom nível de educação em diabetes e da possibilidade de contato frequente com a equipe de saúde; – Este tipo de tratamento seria indicado especialmente em pacientes com diabetes tipo 1, sem complicações de diabetes muito avançada e durante a gravidez ; • O estrito controle glicêmico está associado a uma maior frequência de hipoglicemia, mas, apesar disso, o esforço dedicado ao controle metabólico,a qualidade de vida parece ser igual ou superior em pacientes tratados intensivamente do que em indivíduos submetido a tratamento convencional.
  • 30. • A dose média de insulina a ser utilizada é muito variável (0,2-1 U / kg / dia) e que irá depender da secreção da insulina endógena (insignificante em pacientes com diabetes tipo 1 e tipo variável em pacientes 2) e a presença de resistência à insulina. • Em pacientes com diabetes tipo 1 são recomendados desde o início um padrão de injeções 3-4 / dia combinando insulina de ação rápida e intermediária.
  • 31. Tratamento em situações especiais • Como consequência da resposta metabólica ao estresse, com aumento de hormônios catabólicos como por exemplo, o cortisol, catecolaminas, que ocorre imediatamente após um IAM, ocorrem frequentemente uma descompensação hiperglicêmica. •Tratamento em infarto agudo do miocárdio
  • 32. • Em um estudo em animais (DIGAMI Study Group) mostrou que o controle energético da infusão de glicose e insulina no período imediatamente após o IAM, fornece melhora significativa e sobrevivência a longo prazo.
  • 33. • Os ácidos graxos livres, que são o substrato de escolha para o miocárdio normal, são tóxicos para o miocárdio isquêmico, porque podem danificar a membrana das células do coração. • A insulina iria reduzir os níveis circulantes de ácidos graxos livres e facilitam a captação de glicose do miocárdio, diminuindo a degradação das proteínas do miocárdio e coagulação através da redução da produção quimiotoxinas. Evidentemente, tudo isto seria benéfico para o miocárdio e pode explicar a melhoria do desempenho de pacientes tratados com a infusão intravenosa de insulina.
  • 34. O tratamento durante a cirurgia • O regime de tratamento a ser aplicado durante o período pré – operatório: – Pacientes com tratamento prévio de insulina deve sempre receber glicose e insulina de ação rápida. – Em grande cirurgia, quando a terapia com insulina é necessária, o regime mais recomendado é a administração de insulina via intravenosa contínua, o que permite um ajuste mais preciso e rápido de glicose no sangue.
  • 36. 
 • A prática de exercícios físicos traz benefícios como: • A melhor utilização do oxigênio pelo organismo; • Aumento da captação da glicose pelo músculo; • Aumento da sensibilidade celular à insulina a partir das primeiras semanas e que duram enquanto eles estiverem sendo regularmente utilizados. • Com a insulina sendo usada de forma mais eficaz o portador de diabetes passa a precisar de doses menores para queimar a glicose extra. 
 Evitar:
 • Gordura saturada: (pele de aves, carnes gorda bovina e suína, creme de leite, bacon, manteiga, toucinho , leite integral).
 • Açúcares: (sacarose, mel, melado, rapadu ra, sorvetes, gelatinas).
 • Adoçante: à base de frutose, • Refinados: (arroz, pão, biscoito, bolo e preparações feitas com farinha de trigo refinada). • Refrigerantes • Frituras
 • Bebidas alcoólicas
 • Jejum prolongado ou excesso de alimentação