1. ROMANTISMO
I- INTRODUÇÃO:
Os responsáveis pela Revolução Francesa tinham , ao promovê-la, pelo
menos dois objetivos principais:
1) a expansão do Comércio através da implementação de novos meios de
produção que colocassem mais produtos no mercado em menor tempo ( e a
Revolução Industrial é conseqüência disso) para aumentar o consumo e, por
conseguinte, a riqueza dos comerciantes
(BURGUESIA), que até então estavam sufocados pelo Estado Absolutista, cujas
leis não permitiam tal expansão; em outras palavras: introduzir o
LIBERALISMO ECONÔMICO (CAPITALISMO);
2) a queda do poder absoluto, passando o exercício do poder ao povo através de
seus representantes políticos (DEMOCRACIA) e promover a República.
Com a Revolução Francesa, alguns dos ideais revolucionários se
concretizaram: a burguesia tornou-se mais rica, embora os integrantes dessa
classe se reduzissem a cada dia: a competição, a livre iniciativa, a liberdade de
mercado, etc, fizeram com que os mais ricos fossem, pouco a pouco, adquirindo
as riquezas dos não tão ricos.O aumento do capital deu à já não tão numerosa
classe burguesa PODER ECONÔMICO suficiente para que ela passasse a
comandar a "sociedade inteira", ou seja, o poder econômico deu à burguesia
PODER POLÍTICO e SOCIAL: a burguesia passa a ser, nessa época, a CLASSE
DOMINANTE na sociedade.
Napoleão Bonaparte é, na França e nos países de seu Império, quem melhor
garante à burguesia o lugar de classe dominante na sociedade. Apesar de rica e
poderosa, a burguesia da época não é culta (ao contrário); com seu dinheiro e
poder, essa classe passa a PATROCINAR uma literatura que substitui a
arcádica (principalmente por causa de seu preciosismo vocabular) e que tem
que ter os seguintes ingredientes:
. linguagem simples , de fácil entendimento;
. temas variados, desenvolvidos em textos repletos de ação, suspense e
emoção;
. personagens nobres, burguesas, caracterizadas através de dados positivos,
para que os leitores chegassem à conclusão de que a burguesia era a única
classe merecedora do poder , ou seja, uma obra literária veículo de uma
IDEOLOGIA que garantisse a manutenção da burguesia no poder.