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2 Trabalho e sociedade
Os seres humanos trabalham para satisfazer
suas necessidades, desde as mais simples,
como as de alimento, vestimenta e abrigo,
até as mais complexas, como as de lazer,
crença e fantasia.
Capítulo
5
O trabalho na sociedade
moderna capitalista
O pensamento de dois autores
clássicos, Karl Marx e Émile
Durkheim, marca perspectivas
distintas sobre a divisão do
trabalho nas sociedades
modernas.
Para Marx, a divisão social do
trabalho, realizada no
processo de desenvolvimento
das sociedades, gera a divisão
em classes.
Karl Marx e a divisão social do trabalho
Oficina de manutenção de máquinas nos Estados Unidos em 1965.
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Capítulo
5
O trabalho na sociedade
moderna capitalista
Nas sociedades modernas, com o surgimento
das fábricas, duas classes foram definidas pela
divisão social do trabalho: a dos proprietários
das máquinas e a de seus operadores.
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Capítulo
5
O trabalho na sociedade
moderna capitalista
Subordinado à máquina e
ao proprietário dela, o
trabalhador só tem,
segundo Marx, sua força
para vender. Ao pagar
pela força de trabalho,
o capitalista passa a ter
o direito de utilizá-la
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Capítulo
5
O trabalho na sociedade
moderna capitalista
O operário trabalha mais horas por dia
do que o necessário para produzir o
referente ao valor de seu salário. O que
ele produz nessas horas a mais é o que
Marx chama de mais-valia.
O valor das horas trabalhadas e não
pagas é acumulado e reaplicado na
produção, o que enriquece o
capitalista. Esse processo é
denominado acumulação de capital.
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5
O trabalho na sociedade
moderna capitalista
Quando os trabalhadores verificam que
trabalham muito e estão cada dia mais
miseráveis, entram em conflito com os
capitalistas.
Diversos tipos de enfrentamento
entre classes sociais marcaram o
desenvolvimento do capitalismo.
Capítulo
5
O trabalho na sociedade
moderna capitalista
Émile Durkheim e a coesão social
SherwinCrasto/Reuters//Latinstock
Para Durkheim, a
crescente especialização
do trabalho promovida
pela produção industrial
moderna trouxe uma
forma superior de
solidariedade,
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Centro de atendimento ao cliente na Índia,
em 2004. Para Durkheim, a especialização e
divisão do trabalho geram a coesão social.
Capítulo
5
O trabalho na sociedade
moderna capitalista
Para Durkhein, há duas formas de solidariedade:
Solidariedade mecânica  o que une as pessoas não
é o fato de uma depender do trabalho da outra, mas
a aceitação de um conjunto de crenças, tradições e
costumes comuns.
Solidariedade orgânica  o que une as pessoas é a
necessidade que umas têm das outras, em virtude
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Capítulo
5
O trabalho na sociedade
moderna capitalista
A interdependência em razão da crescente divisão do
trabalho gera solidariedade, pois faz a sociedade
funcionar e lhe dá coesão.
Se a divisão do trabalho
não produz
solidariedade, as
relações entre os
diversos setores da
sociedade não são
regulamentadas pelas
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Capítulo
5
O trabalho na sociedade
moderna capitalista
Fordismo-taylorismo: uma nova forma de organização do trabalho
No fim do século XIX, Frederick Taylor (1865-1915)
propôs a aplicação de princípios científicos na
organização do trabalho, buscando maior
racionalização do processo produtivo.
No século XX, o aperfeiçoamento contínuo dos
sistemas produtivos deu origem a uma forma de
divisão do trabalho que se tornou conhecida como
fordismo, numa referência a Henry Ford (1863-1947),
o inventor de um modelo de produção em série.
Capítulo
5
O trabalho na sociedade
moderna capitalista
As expressões taylorismo e
fordismo passaram a ser
usadas para designar um
processo de trabalho com as
seguintes características:
aumento da produtividade
com o controle das
atividades dos trabalhadores;
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O trabalho na sociedade
moderna capitalista
Esse processo disseminou-se, dando início à era do
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em larga escala.
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divisão do trabalho passou a vir
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Capítulo
5
O trabalho na sociedade
moderna capitalista
A partir de 1930, Elton Mayo (1880-1949)
buscou medidas para promover o equilíbrio
e a colaboração no interior das empresas.
Taylor, Ford e Mayo foram influenciados pelas
formulações de Durkheim, de acordo com as
quais uma consciência coletiva define as
ações dos indivíduos, submetendo-os às
ordens estabelecidas.
As empresas devem dar continuidade a isso,
definindo o lugar e as atividades de cada um.
Capítulo
5
O trabalho na sociedade
moderna capitalista
Para a crítica marxista, as formas de regulamentação
da força de trabalho propostas por Elton Mayo seriam
indiretas, pois o operário seria manipulado por
especialistas em resolver conflitos.
Foi com os procedimentos
propostos por Mayo que o fordismo-
taylorismo penetrou em todas as
organizações sociais.
Essa forma de organizar o trabalho
foi marcante até a década de 1970 e
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O trabalho na sociedade
moderna capitalista
As transformações recentes no mundo do trabalho
Novas transformações aconteceram na sociedade
capitalista, principalmente depois da década de
1970, e todas têm que ver com a busca desenfreada
por mais lucros. Surgiram, por exemplo, formas de
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Capítulo
5
O trabalho na sociedade
moderna capitalista
Flexibilização dos processo de trabalho e de produção 
automação e consequente eliminação do controle
manual por parte do trabalhador.
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O trabalho na sociedade
moderna capitalista
Interior de fábrica automatizada na
Alemanha, em 2005.Com o
processo de automação, não existe
mais trabalhador específico para
uma tarefa específica. O
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O trabalho na sociedade
moderna capitalista
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sociólogo francês Robert Castel, no livro A metamorfose
da questão social: uma crônica do salário, destaca quatro
aspectos que parecem estar se generalizando no mundo:
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Capítulo
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O trabalho na sociedade
moderna capitalista
Diante desses aspectos, os indivíduos tornam-se
estranhos à sociedade, pois não conseguem integrar-
se a ela, desqualificando-se do ponto de vista cívico e
político.
Ocorre praticamente uma perda de identidade,
já que o trabalho é uma espécie de “passaporte”
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Capítulo
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O trabalho na sociedade
moderna capitalista
1. Releia o texto do boxe da página 50, que trata da
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Trabalho Sociedade Capitalista

  • 1. 2 Trabalho e sociedade Os seres humanos trabalham para satisfazer suas necessidades, desde as mais simples, como as de alimento, vestimenta e abrigo, até as mais complexas, como as de lazer, crença e fantasia.
  • 2. Capítulo 5 O trabalho na sociedade moderna capitalista O pensamento de dois autores clássicos, Karl Marx e Émile Durkheim, marca perspectivas distintas sobre a divisão do trabalho nas sociedades modernas. Para Marx, a divisão social do trabalho, realizada no processo de desenvolvimento das sociedades, gera a divisão em classes. Karl Marx e a divisão social do trabalho Oficina de manutenção de máquinas nos Estados Unidos em 1965. AmericanStock/ArchivePhotos/GettyImages
  • 3. Capítulo 5 O trabalho na sociedade moderna capitalista Nas sociedades modernas, com o surgimento das fábricas, duas classes foram definidas pela divisão social do trabalho: a dos proprietários das máquinas e a de seus operadores. Thinkstock/Getty Images
  • 4. Capítulo 5 O trabalho na sociedade moderna capitalista Subordinado à máquina e ao proprietário dela, o trabalhador só tem, segundo Marx, sua força para vender. Ao pagar pela força de trabalho, o capitalista passa a ter o direito de utilizá-la na fábrica. Thinkstock/GettyImages
  • 5. Capítulo 5 O trabalho na sociedade moderna capitalista O operário trabalha mais horas por dia do que o necessário para produzir o referente ao valor de seu salário. O que ele produz nessas horas a mais é o que Marx chama de mais-valia. O valor das horas trabalhadas e não pagas é acumulado e reaplicado na produção, o que enriquece o capitalista. Esse processo é denominado acumulação de capital. Thinkstock/GettyImages Thinkstock/GettyImages
  • 6. Capítulo 5 O trabalho na sociedade moderna capitalista Quando os trabalhadores verificam que trabalham muito e estão cada dia mais miseráveis, entram em conflito com os capitalistas. Diversos tipos de enfrentamento entre classes sociais marcaram o desenvolvimento do capitalismo.
  • 7. Capítulo 5 O trabalho na sociedade moderna capitalista Émile Durkheim e a coesão social SherwinCrasto/Reuters//Latinstock Para Durkheim, a crescente especialização do trabalho promovida pela produção industrial moderna trouxe uma forma superior de solidariedade, e não de conflito. Centro de atendimento ao cliente na Índia, em 2004. Para Durkheim, a especialização e divisão do trabalho geram a coesão social.
  • 8. Capítulo 5 O trabalho na sociedade moderna capitalista Para Durkhein, há duas formas de solidariedade: Solidariedade mecânica  o que une as pessoas não é o fato de uma depender do trabalho da outra, mas a aceitação de um conjunto de crenças, tradições e costumes comuns. Solidariedade orgânica  o que une as pessoas é a necessidade que umas têm das outras, em virtude da divisão social do trabalho.
  • 9. Capítulo 5 O trabalho na sociedade moderna capitalista A interdependência em razão da crescente divisão do trabalho gera solidariedade, pois faz a sociedade funcionar e lhe dá coesão. Se a divisão do trabalho não produz solidariedade, as relações entre os diversos setores da sociedade não são regulamentadas pelas instituições existentes. Thinkstock/GettyImages
  • 10. Capítulo 5 O trabalho na sociedade moderna capitalista Fordismo-taylorismo: uma nova forma de organização do trabalho No fim do século XIX, Frederick Taylor (1865-1915) propôs a aplicação de princípios científicos na organização do trabalho, buscando maior racionalização do processo produtivo. No século XX, o aperfeiçoamento contínuo dos sistemas produtivos deu origem a uma forma de divisão do trabalho que se tornou conhecida como fordismo, numa referência a Henry Ford (1863-1947), o inventor de um modelo de produção em série.
  • 11. Capítulo 5 O trabalho na sociedade moderna capitalista As expressões taylorismo e fordismo passaram a ser usadas para designar um processo de trabalho com as seguintes características: aumento da produtividade com o controle das atividades dos trabalhadores; divisão e parcelamento das tarefas; mecanização de parte das atividades; sistema de recompensas e punições conforme o comportamento dos operários na fábrica. Linha de produção da Ford em 1928 nos Estados Unidos. Hulton-Deutsch/GettyImages
  • 12. Capítulo 5 O trabalho na sociedade moderna capitalista Esse processo disseminou-se, dando início à era do consumismo, definida pela produção e pelo consumo em larga escala. Com Ford eTaylor, o planejamento da divisão do trabalho passou a vir “de cima”, sem levar em conta a opinião dos operários. Thinkstock/GettyImages
  • 13. Capítulo 5 O trabalho na sociedade moderna capitalista A partir de 1930, Elton Mayo (1880-1949) buscou medidas para promover o equilíbrio e a colaboração no interior das empresas. Taylor, Ford e Mayo foram influenciados pelas formulações de Durkheim, de acordo com as quais uma consciência coletiva define as ações dos indivíduos, submetendo-os às ordens estabelecidas. As empresas devem dar continuidade a isso, definindo o lugar e as atividades de cada um.
  • 14. Capítulo 5 O trabalho na sociedade moderna capitalista Para a crítica marxista, as formas de regulamentação da força de trabalho propostas por Elton Mayo seriam indiretas, pois o operário seria manipulado por especialistas em resolver conflitos. Foi com os procedimentos propostos por Mayo que o fordismo- taylorismo penetrou em todas as organizações sociais. Essa forma de organizar o trabalho foi marcante até a década de 1970 e ainda prevalece em muitos locais.Thinkstock/Getty Images
  • 15. Capítulo 5 O trabalho na sociedade moderna capitalista As transformações recentes no mundo do trabalho Novas transformações aconteceram na sociedade capitalista, principalmente depois da década de 1970, e todas têm que ver com a busca desenfreada por mais lucros. Surgiram, por exemplo, formas de flexibilização do trabalho e do mercado. Thinkstock/GettyImages
  • 16. Capítulo 5 O trabalho na sociedade moderna capitalista Flexibilização dos processo de trabalho e de produção  automação e consequente eliminação do controle manual por parte do trabalhador. Flexibilização e mobilidade dos mercados de trabalho  utilização pelo empregador das mais diferentes formas de trabalho, substituindo a forma clássica do emprego regular, sob contrato.
  • 17. Capítulo 5 O trabalho na sociedade moderna capitalista Interior de fábrica automatizada na Alemanha, em 2005.Com o processo de automação, não existe mais trabalhador específico para uma tarefa específica. O trabalhador deve estar disponível para adaptar-se às diversas funções existentes na empresa. © Frithjof Hirdes/Corbis/Latin Stock
  • 18. Capítulo 5 O trabalho na sociedade moderna capitalista A sociedade salarial está no fim? Em relação ao chamado posto fixo de trabalho, o sociólogo francês Robert Castel, no livro A metamorfose da questão social: uma crônica do salário, destaca quatro aspectos que parecem estar se generalizando no mundo: desestabilização dos estáveis; precariedade do trabalho; deficit de lugares; qualificação do emprego. JeanGalvão,2004
  • 19. Capítulo 5 O trabalho na sociedade moderna capitalista Diante desses aspectos, os indivíduos tornam-se estranhos à sociedade, pois não conseguem integrar- se a ela, desqualificando-se do ponto de vista cívico e político. Ocorre praticamente uma perda de identidade, já que o trabalho é uma espécie de “passaporte” para alguém fazer parte da sociedade.
  • 20. Capítulo 5 O trabalho na sociedade moderna capitalista 1. Releia o texto do boxe da página 50, que trata da condição operária na fábrica taylorista. Com base no texto, escreva uma legenda para a imagem abaixo. Exercícios Images.com/Corbis/Latinstock
  • 21. Capítulo 5 O trabalho na sociedade moderna capitalista 2. Use sua imaginação e faça um desenho que represente a situação dos trabalhadores nos dias de hoje.