O documento discute como as novas tecnologias estão mudando a sociedade e as pessoas, mas a escola continua a mesma. Argumenta que a escola precisa aproveitar os recursos tecnológicos para tornar o ensino mais dinâmico e relevante para os alunos, preparando-os para viver na sociedade moderna.
1. ENSINO DE HOJE Relação entre didática e recursos auxiliares do ensino especificamente, as novas tecnologias. A educação escolar não sofrerá as alterações estruturais e significativas, de que tanto precisa. Para algumas pessoas o principio de que a escola continuará seriada, disciplinar, com turmas razoavelmente grandes: professores e alunos interagindo em um mesmo ambiente físico, parece ser inalterável. Como se fosse inerente ao homem, à sociedade. O modelo de escola de aluno, de professor, de ensino, é relativamente recente, se consideramos a história da humanidade: e extremamente antigo e conservador, se considerarmos as transformações ocorridas nos conhecimentos e na sociedade.
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7. Estamos em uma fase transitória entre a concretude do texto impresso e a imaterialidade do texto eletrônico. Para que não ocorram perdas, devemos pensar no futuro – Quando o uso dos textos eletrônicos se generalizarem - e na preservação da forma impressa original com que os livros têm sido produzidos até este momento. A proposta de Babin é de que a escola seja o lugar onde se preserve a memória do passado e se posicione criticamente diante da atualidade, apresentada pelos jornais, revistas e documentos audiovisuais.
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9. Sua forma de raciocinar não é mais tão linear – introdução, desenvolvimento e conclusão – mas envolve aspectos globais em que se encontram o lado afetivo, o cognitivo, o intuitivo. Aprende fazendo uso de ambos os hemisférios cerebrais, o que significa que elabora processos mentais em que estão em ação tanto o lado lógico e analítico (hemisfério esquerdo) quanto os aspectos emocionais, intuitivos e criativos (hemisfério direito). Existe um interesse pleno, uma curiosidade inesgotável em descobrir, desvendar, aprender, por exemplo, as inúmeras possibilidades que os atuais recursos oferecidos pelos computadores, sons, imagens e de tecnologias virtuais.
10. Presa à estrutura burocrática conservadora a escola se fecha diante dos avanços da sociedade e se regulamenta por regras próprias que definam currículos, programas, conteúdos defasados e que raramente são questionados. Alunos e professores mudam seus comportamentos ao chegar à escola. Obedecem às regras e vivem um outro tipo de vida, cada vez mais estéril e defasado de suas outras vivências.
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12. A partir de imagens televisivas, de vivências concretamente presentes na interioridade dos sujeitos que habitam a escola é que se pode começar a pensar em procedimentos didáticos que aproveitem essa riqueza de conhecimentos, imagens, sons e emoções para tornar mais vivo e dinâmico o cotidiano das nossas salas de aula.
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14. A informação televisiva é apreendida livremente. Não há direções a seguir, não há passos comuns. Cada um interage de uma forma diferente. Retira para si um conhecimento e um comportamento pessoal, em uma velocidade própria. A escola precisa aproveitar essa riqueza de recursos, externos, não para reproduzi – los em sala de aula, mas para polarizar estas informações, orientar as discussões, preencher as lacunas do que não foi apreendido, ensinar os alunos a estabelecerem distancias criticas com o que é veiculado pelos meios de comunicação.
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16. É inegável que seria importantíssimo se todas as escolar e todos os professores – pudessem dispor dos recursos educacionais cada vez mais sofisticados que os avanços tecnológicos vem colocando a disposição da sociedade. Mas mesmo assim, o papel didático do professor para ser consistente precisaria ainda ser o de promover o dialogo entre os alunos e os conhecimentos, independente do local e do tipo de recurso utilizado na sua aquisição. Os cursos de formação de professores não os prepara para atuarem sintonizados com os pressupostos tradicionais da educação e com as inovações permanentes da sociedade tecnológica.
17. É preciso que as estruturas educacionais proporcionem aos seus professores condições de se atualizarem, não apenas em seus conteúdos, mas didaticamente. Nestes cursos não se vai aprender apenas a manipulação e utilização de tecnologias educacionais em sala de aula mas, e principalmente, ao aproveitamento didático dos efeitos das tecnológicas em seus alunos.