O documento discute como as redes sociais globalizaram as relações sociais e afetivas através de conexões virtuais, levando ao surgimento de um novo tipo de relacionamento online. Por um lado, as redes sociais permitem novas conexões em todo o mundo, mas também podem isolar as pessoas no mundo virtual e tornar as relações descartáveis como um interruptor de luz. A linha entre a vida real e virtual está cada vez mais tênue, com ambas caminhando para se tornarem uma só experiência mista na vida das pessoas.
1. A Globalização dos relacionamentos
A interação social está cada vez mais virtual. As portas de madeira foram
substituídas pelas telas digitais dos nossos PC’s com um simples click. A comunicação
laboral e pessoal foram aceleradas e as informações globalizadas.
Estes atalhos alteraram a sociabilidade e a afetividade. Fomentam sentimentos de
proteção e de menor sobrecarga de expectativas, produzem um sentimento de
proximidade perante os outros. Deste modo, as redes sociais abrem espaço a um novo
tipo de relacionamentos: os relacionamentos virtuais.
Todos parecem viver na casa ao lado e com as janelas abertas e escancaradas à
nossa frente. Isto é, com os “tentáculos” das redes sociais alcançaram-se inúmeras
conexões, conhecimentos do outro lado do mundo, algo que antes nos era impossibilitado
e a possibilidade de desligar o interruptor do chat quando nos cansamos da conversa ou
ela nos é desconfortável.
Assim sendo, serão as redes sociais somente promotoras da nossa socialização? Ou
também nos levarão a viver num mundo antissocial onde as ligações relacionais podem
ser equiparadas a um interruptor de luz: que liga e desliga consoante o que queremos
integrar ou expulsar da nossa vida?
Será que a emancipação de relacionamentos virtuais rompem na totalidade o padrao social
dos relacionamentos presenciais?
A interatividade que se perde no mundo real sobra no virtual, como acontece com os
constantes convites para jogar em comunidade e pelo phubbing, isto é, pelo hábito
antissocial crescente de mexer no telemóvel durante jantares com amigos ou de
continuamente fotografar a vida quotidiana e espalhá-la nas redes sociais.
Assim, a tendência é que cada vez mais não possa haver limiares definidos entre
uma vida real e outra virtual. Elas caminham a passos largos para se tornarem uma só e
os mecanismos móveis tornaram-se elementos complementares do nosso eu, das relações
que desencadeamos, do modo como trabalhamos e dos momentos de lazer.
2. A vida é mix – virtual-real.
Texto baseado no artigo online da Visão: http://visao.sapo.pt/facebook-dez-anos-a-influenciar-o-mundo-de-dez-maneiras=
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