SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  28
ANCILOSTOMIDEOS
E
LARVA MIGRANS CUTÂNEA
Prof° Marcos Gontijo da Silva
UNIRG UNIRG
OBJETIVO:
 Estudar a classificação, morfologia,
biologia, ações patogênicas, diagnóstico,
epidemiologia, profilaxia e tratamento.
Ancilostomose ou Ancilostomíase
ANCILOSTOMÍDEOS
 CLASSIFICAÇÃO
 CLASSE  Nematoda
 ORDEM  Strongylida
 FAMÍLIA  Ancylostomatidae
 SUBFAMÍLIA  Bunostominae (Possui laminas cortantes)
Gênero  Necator
Espécie N. americanus (origem na África)
 Ancylostomatinae (Apresenta dentes)
Gênero  Ancylostoma
Espécie A. duodenale, A. braziliensis
A. canimum, A. ceylanicum
ANCILOSTOMÍDEOS
MORFOLOGIA  Adultos machos e fêmeas
cilindriformes, com a extremidade encurvada dorsalmente;
cápsula bucal profunda, com dois pares de dentes e um par
de laminas cortantes; cor róseo-avermelhada.
N. americanus A. duodenale A. ceylanicum
Fêmea 09 a 11 mm 10 a 13 mm 10 mm
Macho 05 a 09 mm 09 a 11 mm 08 mm
Ovo 64 a 76 μm 56 a 60 μm 55 a 60 μm
Ovipoção/dia 06 a 11 mil 20 a 30 mil -
Cápsula bucal 1 par de placas 2 pares dentes 2 pares dentes
Larvas Rabditóides e larvas filarióides
ANSILOSTOMIDEOS
HÁBITAT  Vermes adultos vivem na mucosa do
intestino delgado. Duodeno (também
jejuno e íleo.
TRANSMISSÃO  Penetração das larvas filarióides
(L3 ou infectantes) por via
transcutânea ou oral.
ANCILOSTOMÍDEOS
CICLO EVOLUTIVO  É do tipo monoxênico.
 1ª No meio externo – vida livre  Ovo,
ovo embrionado, L1, L2 e L3
Duas fases
 2ª No hospedeiro definitivo – vida
parasitária  L3, L4, L5 e adulto.
ANCILOSTOMÍDEOS
 CICLO EXTERNO:
 Para o desenvolvimento do ciclo externo é
necessário um ambiente adequado
representado por um solo arenoargiloso, com
bastante matéria orgânica e umidade (acima de
90%), sob temperatura variando entre 20 e
30 graus centígrados além da ausência de luz
solar direta (vivem cerca de 6 meses).
ANCILOSTOMIDEOS
PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
 Grau de infecção  Carga parasitária, fase da infeccção,
localização, idade. etc.
 Fase aguda  Migração das larvas no tecido cutâneo e pulmonar
com instalação dos vermes adultos no I.D.
∗ Lesões cutâneas  Lesões traumáticas e fenômenos vasculares.
∗ Dermatite urticariforme  Prurido, edema e eritema (carreamento
de bactérias).
∗ Lesões pulmonares  Hemorragias petequiais, pneumonite difusa
e síndrome de Loeffer: febre, tosse
produtiva e eosinofilia sanguínea.
ANCILOSTOMÍDEOS
 Fase crônica: Sinais e sintomas  Primários  atividade dos
parasitas
 Secundários  anemia e hipo-
proteinemia
∗ Lesões da mucosa intestinal  * Dilaceração e maceração de
fragmentos da mucosa (formação
de úlceras hemorragicas).
* Edemaciada com infiltração
leucocitária (presença de bactérias)
∗ Expoliação sanguínea  Hematofagismo (por cada verme) :
N. americanus  0,01 a 0,04 ml/ sangue/dia
A. duodenale  0,05 a 0,3 ml/sangue/dia
ANCILOSTOMÍDEOS
∗ Anemia (microcítica e hipocrômica), leucocitose, eosinofilia,
hemoglobina baixa e hipotroteinemia.
∗ 0,1g de albumina ou 0,3 ML de plasma é ingerido por 100
N. americanus/dia.
 SINTOMATOLOGIA  Náuseas, vômitos, flatulência, cólica,
indigestão, diminuição do apetite e
geofagia, edema das pernas e
debilidade orgânica.
“A inteligência do amarelado atrofia-se
e a triste figura, incapaz de ação,
incapaz de vontade, incapaz de
progresso, torna-se escravo dos
vermes” (Monteiro Lobato, 1919,
Urupês).
ANCILOSTOMÍDEOS
IMUNOLOGIA
∗ Fase aguda  Eosinofilia e pequeno ↑ IgG e IgE
∗ Fase crônica  Eosinofilia com ↑ de IgE total e de
anticorpos específicos IgG, IgA e
IgM, detectados pela imunofluores-
cência, ELISA e hemaglutinação.
ANCILOSTOMÍDEOS
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
 Parasitológico
∗ Detecção de ovos na matéria fecal  Exame de fezes.
∗ Métodos  Stoll e Kato – Katz
∗ Métodos quantitativos  Willis, Hoffmann, Ricthie, etc.
 Imunológico  Precipitação, hemaglutinação,
difusão em gel, imufluorescência
e ELISA.
 Hemograma completo
ANCILOSTOMÍDEOS
EPIDEMIOLOGIA
 Solo arenoargiloso e permeável; temperaturas entre 25 e 30°C,
bastante materia orgânica, umidade acima de 90% são
ideais; preferência por locais temperados e tropicais.
 Falta de instalações sanitárias e o hábito de defecar no solo
(peridomicílio) e andar descalço.
 Classicamente:  A. duodenale Europa, África, Ásia ociden-
tal, China e Japão.
 N. americanus África, sul da China e da
Índia, Américas.
ANCILOSTOMÍDEOS
 No Brasil  A. duodenale  20 a 30 %
 N. americanus  70 a 80 %
 Em adultos  < 50 vermes  Benigna
 > 50 e < 200  significado clínico (anemia)
 > 200 e < 500  Infecção média
 > 1000  Infecção intensa
ANCILOSTOMIDEOS
PROFILAXIA:
A profilaxia dessa geoelmintose consta:
 Tratamento em massa da população
 Instalação de serviço de esgoto
 Educação sanitária, ambiental e cívica
ANCILOSTOMÍDEOS
 TRATAMENTO
 PAMOATO DE PIRANTEL  Inibe a colinesterase
(Piranver, Combantrin) causando a paralisia do verme.
(10-20mg/kg/3 dias)
 MEBENDAZOL  Age bloqueando a captação de glicose
(Pantelmin, sirben) e aminoácidos.
(100mg/2 vezes ao dia/3 dias)
 ALBENDAZOL  Larvicida
(Zentel) (400mg/dia, dose única)
∗ Suplemento alimentar  Rico em proteínas e Ferro
∗ Anemia  Sulfato ferroso
LARVA MIGRANS CUTÂNEA
Larva migrans cutânea  Também denominada de
dermatite serpiginosa e dermatite pruriginosa, apresenta distribuição
cosmopolita, porém ocorre com maior frequência nas regiões
tropicais e subtropicais.
 Agentes etiológicos  Ancilostoma braziliensis e Ancilostoma
caninum (parasitas do intestino delgado
de cães e gatos)
 Infecção no homem  As L3 desses ancilostomideos
penetram ativamente na pele do homem e migram através do tecido
subcutâneo durante semanas ou meses e então morrem.
LARVA MIGRANS CUTÂNEA
 Sintomas  As partes do corpo frequentemente atingidas
são os pés, pernas, nádegas, mãos e antebraços e mais
raramente boca, lábios e palato.
No local da penetração das L3, aparece lesão eritemo-
papulosa que evolui, assumindo um aspecto vesicular.
pruduzem intenso prurido
 Diagnóstico  Anamnese, sintomas e aspecto dermato-
lógico da lesão.
 Tratamento  Uso tópico  Cloretila e neve carbônica,
que mata a larva pelo frio.
 Tiabendazol pomada (4 x
ao dia)
LARVA MIGRANS CUTÂNEA
 USO ORAL:
 IVERMECTINA  150 μg/Kg, dose única, via oral.
 ALBENDAZOL  200 mg duas vezes ao dia, durante três dias.
 TIABENDAZOL  25 mg/Kg de peso corporal e por dia, dividido
em três tomadas, para ingerir depois das
refeições.
LARVA MIGRANS CUTÂNEA
EPIDEMIOLOGIA
 A larva migrans cutânea é encontrada por toda parte onde se
encontrem cães e gatos infectados com ancilostomídeos.
 O problema é mais frequente em praias e em terrenos arenosos,
onde esses animais poluem o meio com suas fezes.
 Em muitos lugares, são os gatos as principais fontes de infecção.
O hábito de enterrar os excrementos, tão característico desses
animais, e a preferência por faze-lo em lugares com areia,
favorecem a eclosão dos ovos e o desenvolvimento das larvas.
 As crianças contaminam-se ao brincar de areia em depósitos de
areia para construção, ou em tanques de areia dos locais
destinados para a sua recreação.
LARVA MIGRANS CUTÂNEA
PROFILAXIA
 Medidas isoladas, tomadas pelos proprietários de animais
domésticos.
 Tratamento dos animais de forma sistemática, com ou sem exame
parasitológico prévio.
 Impedir o acesso de animais aos tanques de areia de escolas e
parques com telagem adequada.
 Nas praias, procurar as áreas que são periodicamente cobertas pelas
cheias da maré.
FINISH

Contenu connexe

Tendances

Ascaridíase,ascaridiose,ascaris
Ascaridíase,ascaridiose,ascarisAscaridíase,ascaridiose,ascaris
Ascaridíase,ascaridiose,ascaris
Mara Farias
 
Assistência de enfermagem aos paciente portadores de doenças infecciosas aula...
Assistência de enfermagem aos paciente portadores de doenças infecciosas aula...Assistência de enfermagem aos paciente portadores de doenças infecciosas aula...
Assistência de enfermagem aos paciente portadores de doenças infecciosas aula...
Clebson Reinaldo
 
Micoses subcutâneas
Micoses subcutâneas Micoses subcutâneas
Micoses subcutâneas
dapab
 
Strongyloides stercoralis
Strongyloides stercoralisStrongyloides stercoralis
Strongyloides stercoralis
Beatriz Henkels
 

Tendances (20)

Helmintos (1)
Helmintos (1)Helmintos (1)
Helmintos (1)
 
Plasmodium
PlasmodiumPlasmodium
Plasmodium
 
Ascaridíase,ascaridiose,ascaris
Ascaridíase,ascaridiose,ascarisAscaridíase,ascaridiose,ascaris
Ascaridíase,ascaridiose,ascaris
 
Ascaris lumbricoides
Ascaris lumbricoidesAscaris lumbricoides
Ascaris lumbricoides
 
Aula 3 Giardia Lamblia
Aula 3   Giardia LambliaAula 3   Giardia Lamblia
Aula 3 Giardia Lamblia
 
Assistência de enfermagem aos paciente portadores de doenças infecciosas aula...
Assistência de enfermagem aos paciente portadores de doenças infecciosas aula...Assistência de enfermagem aos paciente portadores de doenças infecciosas aula...
Assistência de enfermagem aos paciente portadores de doenças infecciosas aula...
 
Micoses subcutâneas
Micoses subcutâneas Micoses subcutâneas
Micoses subcutâneas
 
Parasitas
ParasitasParasitas
Parasitas
 
Leptospirose
LeptospiroseLeptospirose
Leptospirose
 
Ancilostomose
AncilostomoseAncilostomose
Ancilostomose
 
Strongyloides stercoralis
Strongyloides stercoralisStrongyloides stercoralis
Strongyloides stercoralis
 
Ordem Siphonaptera
Ordem SiphonapteraOrdem Siphonaptera
Ordem Siphonaptera
 
Toxoplasmose
ToxoplasmoseToxoplasmose
Toxoplasmose
 
Aula 11 fungos
Aula   11 fungosAula   11 fungos
Aula 11 fungos
 
Aula de Parasitologia Básica
Aula de Parasitologia BásicaAula de Parasitologia Básica
Aula de Parasitologia Básica
 
Leishmaniose
LeishmanioseLeishmaniose
Leishmaniose
 
Biologia e controle de carrapatos e ácaros
Biologia e controle de carrapatos e ácarosBiologia e controle de carrapatos e ácaros
Biologia e controle de carrapatos e ácaros
 
Leishmaniose visceral
Leishmaniose visceralLeishmaniose visceral
Leishmaniose visceral
 
Leishmaniose
LeishmanioseLeishmaniose
Leishmaniose
 
Aula 01
Aula 01Aula 01
Aula 01
 

En vedette

Larva Migratoria
Larva MigratoriaLarva Migratoria
Larva Migratoria
hpao
 
Strongyloides Stercoralis E Estrongiloidiase
Strongyloides Stercoralis E EstrongiloidiaseStrongyloides Stercoralis E Estrongiloidiase
Strongyloides Stercoralis E Estrongiloidiase
Eliane Quintais
 
Larva migrans cutánea y visceral
Larva migrans cutánea y visceralLarva migrans cutánea y visceral
Larva migrans cutánea y visceral
Natalia Gomez
 
Strongyloides stercoralis hyperinfection in a patient with aids
Strongyloides stercoralis hyperinfection in a patient with aidsStrongyloides stercoralis hyperinfection in a patient with aids
Strongyloides stercoralis hyperinfection in a patient with aids
Denise Selegato
 
Bicho geográfico
Bicho geográficoBicho geográfico
Bicho geográfico
Jainny F.
 
Enterobius vermicularis
Enterobius vermicularisEnterobius vermicularis
Enterobius vermicularis
denizecardoso
 

En vedette (20)

Aula 5 Ancylostomidae E Larva Migrans Cutanea
Aula 5   Ancylostomidae E Larva Migrans CutaneaAula 5   Ancylostomidae E Larva Migrans Cutanea
Aula 5 Ancylostomidae E Larva Migrans Cutanea
 
Larva migrans
Larva  migransLarva  migrans
Larva migrans
 
Visceral Larva Migrans
Visceral Larva MigransVisceral Larva Migrans
Visceral Larva Migrans
 
LARVA MIGRANS CUTANEA (LMC)
LARVA MIGRANS CUTANEA (LMC)LARVA MIGRANS CUTANEA (LMC)
LARVA MIGRANS CUTANEA (LMC)
 
Larva Migratoria
Larva MigratoriaLarva Migratoria
Larva Migratoria
 
Larva migrans visceral y cutanea
Larva migrans visceral y cutaneaLarva migrans visceral y cutanea
Larva migrans visceral y cutanea
 
Strongyloides Stercoralis E Estrongiloidiase
Strongyloides Stercoralis E EstrongiloidiaseStrongyloides Stercoralis E Estrongiloidiase
Strongyloides Stercoralis E Estrongiloidiase
 
Larva migrans cutánea y visceral
Larva migrans cutánea y visceralLarva migrans cutánea y visceral
Larva migrans cutánea y visceral
 
Aula de enterobius vermicularis
Aula de  enterobius vermicularisAula de  enterobius vermicularis
Aula de enterobius vermicularis
 
Trichuris trichiura
Trichuris trichiuraTrichuris trichiura
Trichuris trichiura
 
Parasitosis cutanea
Parasitosis cutaneaParasitosis cutanea
Parasitosis cutanea
 
Strongyloides stercoralis hyperinfection in a patient with aids
Strongyloides stercoralis hyperinfection in a patient with aidsStrongyloides stercoralis hyperinfection in a patient with aids
Strongyloides stercoralis hyperinfection in a patient with aids
 
Bicho geográfico
Bicho geográficoBicho geográfico
Bicho geográfico
 
Parasitologia
ParasitologiaParasitologia
Parasitologia
 
Bicho geográfico
Bicho geográficoBicho geográfico
Bicho geográfico
 
Enterobius vermicularis
Enterobius vermicularisEnterobius vermicularis
Enterobius vermicularis
 
CUTANEUS LARVA MIGRAN / CREEPING ERUPTION
CUTANEUS LARVA MIGRAN / CREEPING ERUPTIONCUTANEUS LARVA MIGRAN / CREEPING ERUPTION
CUTANEUS LARVA MIGRAN / CREEPING ERUPTION
 
Cutaneous Larva Migrans
Cutaneous Larva MigransCutaneous Larva Migrans
Cutaneous Larva Migrans
 
Oxiurose
OxiuroseOxiurose
Oxiurose
 
EMERGING CHALLENGES IN DIAGNOSTIC MICROBIOLOGY (Overcoming with Newer Approac...
EMERGING CHALLENGES IN DIAGNOSTIC MICROBIOLOGY(Overcoming with Newer Approac...EMERGING CHALLENGES IN DIAGNOSTIC MICROBIOLOGY(Overcoming with Newer Approac...
EMERGING CHALLENGES IN DIAGNOSTIC MICROBIOLOGY (Overcoming with Newer Approac...
 

Similaire à slides Larva migrans

7º ano cap 7 reino protoctistas
7º ano cap 7  reino protoctistas7º ano cap 7  reino protoctistas
7º ano cap 7 reino protoctistas
ISJ
 
Correção do estudo dirigido protozoários
Correção do estudo dirigido protozoáriosCorreção do estudo dirigido protozoários
Correção do estudo dirigido protozoários
Raquel Freiry
 

Similaire à slides Larva migrans (20)

Microbio reino protista_doenças_protozoários
Microbio reino protista_doenças_protozoáriosMicrobio reino protista_doenças_protozoários
Microbio reino protista_doenças_protozoários
 
Parasitologia
ParasitologiaParasitologia
Parasitologia
 
Reino monera, protista
Reino monera, protistaReino monera, protista
Reino monera, protista
 
micologia Profa. Ana Cristina.pptx
micologia Profa. Ana Cristina.pptxmicologia Profa. Ana Cristina.pptx
micologia Profa. Ana Cristina.pptx
 
micologia Profa. Ana Cristina.pptx
micologia Profa. Ana Cristina.pptxmicologia Profa. Ana Cristina.pptx
micologia Profa. Ana Cristina.pptx
 
Reino protista
Reino protistaReino protista
Reino protista
 
Doenças mais comuns em Moluscos
Doenças mais comuns em MoluscosDoenças mais comuns em Moluscos
Doenças mais comuns em Moluscos
 
AMEBIASE E GIARDIASE (AULA 1).ppt
AMEBIASE E GIARDIASE (AULA 1).pptAMEBIASE E GIARDIASE (AULA 1).ppt
AMEBIASE E GIARDIASE (AULA 1).ppt
 
7º ano cap 7 reino protoctistas
7º ano cap 7  reino protoctistas7º ano cap 7  reino protoctistas
7º ano cap 7 reino protoctistas
 
Ascaris Lumbricoides, Trichuris, Enterobios
Ascaris Lumbricoides, Trichuris, EnterobiosAscaris Lumbricoides, Trichuris, Enterobios
Ascaris Lumbricoides, Trichuris, Enterobios
 
Correção do estudo dirigido protozoários
Correção do estudo dirigido protozoáriosCorreção do estudo dirigido protozoários
Correção do estudo dirigido protozoários
 
ISC V - ITPAC PORTO
ISC V - ITPAC PORTOISC V - ITPAC PORTO
ISC V - ITPAC PORTO
 
Parasitoses maila
Parasitoses mailaParasitoses maila
Parasitoses maila
 
Protistas
ProtistasProtistas
Protistas
 
Ascaridíase
Ascaridíase Ascaridíase
Ascaridíase
 
Aula n° 2
Aula n° 2  Aula n° 2
Aula n° 2
 
Quitridiomicose
Quitridiomicose Quitridiomicose
Quitridiomicose
 
Nematoides_2012.pdf
Nematoides_2012.pdfNematoides_2012.pdf
Nematoides_2012.pdf
 
Doenças-Biologia-COTUCA
Doenças-Biologia-COTUCADoenças-Biologia-COTUCA
Doenças-Biologia-COTUCA
 
Aula 6 nematelmintes
Aula 6 nematelmintesAula 6 nematelmintes
Aula 6 nematelmintes
 

slides Larva migrans

  • 1. ANCILOSTOMIDEOS E LARVA MIGRANS CUTÂNEA Prof° Marcos Gontijo da Silva UNIRG UNIRG
  • 2. OBJETIVO:  Estudar a classificação, morfologia, biologia, ações patogênicas, diagnóstico, epidemiologia, profilaxia e tratamento.
  • 4. ANCILOSTOMÍDEOS  CLASSIFICAÇÃO  CLASSE  Nematoda  ORDEM  Strongylida  FAMÍLIA  Ancylostomatidae  SUBFAMÍLIA  Bunostominae (Possui laminas cortantes) Gênero  Necator Espécie N. americanus (origem na África)  Ancylostomatinae (Apresenta dentes) Gênero  Ancylostoma Espécie A. duodenale, A. braziliensis A. canimum, A. ceylanicum
  • 5. ANCILOSTOMÍDEOS MORFOLOGIA  Adultos machos e fêmeas cilindriformes, com a extremidade encurvada dorsalmente; cápsula bucal profunda, com dois pares de dentes e um par de laminas cortantes; cor róseo-avermelhada. N. americanus A. duodenale A. ceylanicum Fêmea 09 a 11 mm 10 a 13 mm 10 mm Macho 05 a 09 mm 09 a 11 mm 08 mm Ovo 64 a 76 μm 56 a 60 μm 55 a 60 μm Ovipoção/dia 06 a 11 mil 20 a 30 mil - Cápsula bucal 1 par de placas 2 pares dentes 2 pares dentes Larvas Rabditóides e larvas filarióides
  • 6.
  • 7.
  • 8. ANSILOSTOMIDEOS HÁBITAT  Vermes adultos vivem na mucosa do intestino delgado. Duodeno (também jejuno e íleo. TRANSMISSÃO  Penetração das larvas filarióides (L3 ou infectantes) por via transcutânea ou oral.
  • 9. ANCILOSTOMÍDEOS CICLO EVOLUTIVO  É do tipo monoxênico.  1ª No meio externo – vida livre  Ovo, ovo embrionado, L1, L2 e L3 Duas fases  2ª No hospedeiro definitivo – vida parasitária  L3, L4, L5 e adulto.
  • 10. ANCILOSTOMÍDEOS  CICLO EXTERNO:  Para o desenvolvimento do ciclo externo é necessário um ambiente adequado representado por um solo arenoargiloso, com bastante matéria orgânica e umidade (acima de 90%), sob temperatura variando entre 20 e 30 graus centígrados além da ausência de luz solar direta (vivem cerca de 6 meses).
  • 11.
  • 12.
  • 13. ANCILOSTOMIDEOS PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA  Grau de infecção  Carga parasitária, fase da infeccção, localização, idade. etc.  Fase aguda  Migração das larvas no tecido cutâneo e pulmonar com instalação dos vermes adultos no I.D. ∗ Lesões cutâneas  Lesões traumáticas e fenômenos vasculares. ∗ Dermatite urticariforme  Prurido, edema e eritema (carreamento de bactérias). ∗ Lesões pulmonares  Hemorragias petequiais, pneumonite difusa e síndrome de Loeffer: febre, tosse produtiva e eosinofilia sanguínea.
  • 14. ANCILOSTOMÍDEOS  Fase crônica: Sinais e sintomas  Primários  atividade dos parasitas  Secundários  anemia e hipo- proteinemia ∗ Lesões da mucosa intestinal  * Dilaceração e maceração de fragmentos da mucosa (formação de úlceras hemorragicas). * Edemaciada com infiltração leucocitária (presença de bactérias) ∗ Expoliação sanguínea  Hematofagismo (por cada verme) : N. americanus  0,01 a 0,04 ml/ sangue/dia A. duodenale  0,05 a 0,3 ml/sangue/dia
  • 15. ANCILOSTOMÍDEOS ∗ Anemia (microcítica e hipocrômica), leucocitose, eosinofilia, hemoglobina baixa e hipotroteinemia. ∗ 0,1g de albumina ou 0,3 ML de plasma é ingerido por 100 N. americanus/dia.  SINTOMATOLOGIA  Náuseas, vômitos, flatulência, cólica, indigestão, diminuição do apetite e geofagia, edema das pernas e debilidade orgânica.
  • 16. “A inteligência do amarelado atrofia-se e a triste figura, incapaz de ação, incapaz de vontade, incapaz de progresso, torna-se escravo dos vermes” (Monteiro Lobato, 1919, Urupês).
  • 17. ANCILOSTOMÍDEOS IMUNOLOGIA ∗ Fase aguda  Eosinofilia e pequeno ↑ IgG e IgE ∗ Fase crônica  Eosinofilia com ↑ de IgE total e de anticorpos específicos IgG, IgA e IgM, detectados pela imunofluores- cência, ELISA e hemaglutinação.
  • 18. ANCILOSTOMÍDEOS DIAGNÓSTICO LABORATORIAL  Parasitológico ∗ Detecção de ovos na matéria fecal  Exame de fezes. ∗ Métodos  Stoll e Kato – Katz ∗ Métodos quantitativos  Willis, Hoffmann, Ricthie, etc.  Imunológico  Precipitação, hemaglutinação, difusão em gel, imufluorescência e ELISA.  Hemograma completo
  • 19. ANCILOSTOMÍDEOS EPIDEMIOLOGIA  Solo arenoargiloso e permeável; temperaturas entre 25 e 30°C, bastante materia orgânica, umidade acima de 90% são ideais; preferência por locais temperados e tropicais.  Falta de instalações sanitárias e o hábito de defecar no solo (peridomicílio) e andar descalço.  Classicamente:  A. duodenale Europa, África, Ásia ociden- tal, China e Japão.  N. americanus África, sul da China e da Índia, Américas.
  • 20. ANCILOSTOMÍDEOS  No Brasil  A. duodenale  20 a 30 %  N. americanus  70 a 80 %  Em adultos  < 50 vermes  Benigna  > 50 e < 200  significado clínico (anemia)  > 200 e < 500  Infecção média  > 1000  Infecção intensa
  • 21. ANCILOSTOMIDEOS PROFILAXIA: A profilaxia dessa geoelmintose consta:  Tratamento em massa da população  Instalação de serviço de esgoto  Educação sanitária, ambiental e cívica
  • 22. ANCILOSTOMÍDEOS  TRATAMENTO  PAMOATO DE PIRANTEL  Inibe a colinesterase (Piranver, Combantrin) causando a paralisia do verme. (10-20mg/kg/3 dias)  MEBENDAZOL  Age bloqueando a captação de glicose (Pantelmin, sirben) e aminoácidos. (100mg/2 vezes ao dia/3 dias)  ALBENDAZOL  Larvicida (Zentel) (400mg/dia, dose única) ∗ Suplemento alimentar  Rico em proteínas e Ferro ∗ Anemia  Sulfato ferroso
  • 23. LARVA MIGRANS CUTÂNEA Larva migrans cutânea  Também denominada de dermatite serpiginosa e dermatite pruriginosa, apresenta distribuição cosmopolita, porém ocorre com maior frequência nas regiões tropicais e subtropicais.  Agentes etiológicos  Ancilostoma braziliensis e Ancilostoma caninum (parasitas do intestino delgado de cães e gatos)  Infecção no homem  As L3 desses ancilostomideos penetram ativamente na pele do homem e migram através do tecido subcutâneo durante semanas ou meses e então morrem.
  • 24. LARVA MIGRANS CUTÂNEA  Sintomas  As partes do corpo frequentemente atingidas são os pés, pernas, nádegas, mãos e antebraços e mais raramente boca, lábios e palato. No local da penetração das L3, aparece lesão eritemo- papulosa que evolui, assumindo um aspecto vesicular. pruduzem intenso prurido  Diagnóstico  Anamnese, sintomas e aspecto dermato- lógico da lesão.  Tratamento  Uso tópico  Cloretila e neve carbônica, que mata a larva pelo frio.  Tiabendazol pomada (4 x ao dia)
  • 25. LARVA MIGRANS CUTÂNEA  USO ORAL:  IVERMECTINA  150 μg/Kg, dose única, via oral.  ALBENDAZOL  200 mg duas vezes ao dia, durante três dias.  TIABENDAZOL  25 mg/Kg de peso corporal e por dia, dividido em três tomadas, para ingerir depois das refeições.
  • 26. LARVA MIGRANS CUTÂNEA EPIDEMIOLOGIA  A larva migrans cutânea é encontrada por toda parte onde se encontrem cães e gatos infectados com ancilostomídeos.  O problema é mais frequente em praias e em terrenos arenosos, onde esses animais poluem o meio com suas fezes.  Em muitos lugares, são os gatos as principais fontes de infecção. O hábito de enterrar os excrementos, tão característico desses animais, e a preferência por faze-lo em lugares com areia, favorecem a eclosão dos ovos e o desenvolvimento das larvas.  As crianças contaminam-se ao brincar de areia em depósitos de areia para construção, ou em tanques de areia dos locais destinados para a sua recreação.
  • 27. LARVA MIGRANS CUTÂNEA PROFILAXIA  Medidas isoladas, tomadas pelos proprietários de animais domésticos.  Tratamento dos animais de forma sistemática, com ou sem exame parasitológico prévio.  Impedir o acesso de animais aos tanques de areia de escolas e parques com telagem adequada.  Nas praias, procurar as áreas que são periodicamente cobertas pelas cheias da maré.