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A Ditadura Militar no Brasil: 
1964 – 1985:
• A Ditadura Militar foi o período da política 
brasileira em que os militares governaram o 
Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985. 
Caracterizou-se pela falta de democracia, 
supressão de direitos constitucionais, censura, 
perseguição política e repressão aos que eram 
contra o regime militar.
O golpe militar de 1964: 
• A crise política se arrastava desde a renúncia de 
Jânio Quadros em 1961. O vice de Jânio era João 
Goulart, que assumiu a presidência num clima 
político adverso. O governo de João Goulart 
(1961-1964) foi marcado pela abertura às 
organizações sociais. Estudantes, organização 
populares e trabalhadores ganharam espaço, 
causando a preocupação das classes 
conservadoras como, por exemplo, os 
empresários, banqueiros, Igreja Católica, 
militares e classe média.
• Os partidos de oposição, como a União Democrática 
Nacional (UDN) e o Partido Social Democrático (PSD), 
acusavam Jango de estar planejando um golpe de 
esquerda e de ser o responsável pela carestia e pelo 
desabastecimento que o Brasil enfrentava. 
• No dia 13 de março de 1964, João Goulart realiza um 
grande comício na Central do Brasil ( Rio de Janeiro ), 
onde defende as Reformas de Base. Neste plano, Jango 
prometia mudanças radicais na estrutura agrária, 
econômica e educacional do país.
• Seis dias depois, em 19 de março, os 
conservadores organizam uma manifestação 
contra as intenções de João Goulart. Foi a 
Marcha da Família com Deus pela Liberdade, 
que reuniu milhares de pessoas pelas ruas do 
centro da cidade de São Paulo. O clima de 
crise política e as tensões sociais aumentavam 
a cada dia.
• No dia 31 de março de 1964, tropas de Minas 
Gerais e São Paulo saem às ruas. Para evitar 
uma guerra civil, Jango deixa o país 
refugiando-se no Uruguai. Os militares tomam 
o poder. Em 9 de abril, é decretado o Ato 
Institucional Número 1 (AI-1). Este cassa 
mandatos políticos de opositores ao regime 
militar e tira a estabilidade de funcionários 
públicos.
Humberto de Alencar Castello Branco:
O GOVERNO CASTELLO BRANCO 
(1964-1967): 
• O General Humberto de Alencar Castello Branco, foi 
eleito pelo Congresso Nacional presidente da 
República em 15 de abril de 1964. Em seu 
pronunciamento, declarou defender a democracia, 
porém ao começar seu governo, assume uma posição 
autoritária. Estabeleceu eleições indiretas para 
presidente, além de dissolver os partidos políticos. 
Vários parlamentares federais e estaduais tiveram seus 
mandatos cassados, cidadãos tiveram seus direitos 
políticos e constitucionais cancelados e os sindicatos 
receberam intervenção do governo militar.
• Em seu governo, foi instituído o bipartidarismo. 
Só estavam autorizados o funcionamento de dois 
partidos: Movimento Democrático Brasileiro 
(MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (ARENA). 
Enquanto o primeiro era de oposição, de certa 
forma controlada, o segundo representava os 
militares. O governo militar impõe, em janeiro de 
1967, uma nova Constituição para o país. 
Aprovada neste mesmo ano, a Constituição de 
1967 confirma e institucionaliza o regime militar 
e suas formas de atuação.
Arthur da Costa e Silva:
O GOVERNO COSTA E SILVA (1967- 
1969): 
• Em 1967, assume a presidência o general 
Arthur da Costa e Silva, após ser eleito 
indiretamente pelo Congresso Nacional. Seu 
governo é marcado por protestos e 
manifestações sociais. A oposição ao regime 
militar cresce no país. A UNE (União Nacional 
dos Estudantes) organiza, no Rio de Janeiro, a 
Passeata dos Cem Mil.
• Depois do impacto de 64, com aquela onda de 
prisões e fechamentos, as oposições ao 
regime voltaram a se articular. Até mesmo 
Lacerda tinha virado oposição. É que ele tivera 
esperança de se tornar presidente, mas 
aqueles a quem bajulara lhe viraram as costas. 
Magoado, procurou unir Juscelino e Jango, 
exilados, numa Frente Ampla. Pouco resultado 
daria. Longe do país, tinham pouca influência.
• Em Contagem (MG) e Osasco (SP), greves de 
operários paralisam fábricas em protesto ao 
regime militar. 
A guerrilha urbana começa a se organizar. 
Formada por jovens idealistas de esquerda, 
assaltam bancos e sequestram embaixadores 
para obterem fundos para o movimento de 
oposição armada.
• No dia 13 de dezembro de 1968, o governo 
decreta o Ato Institucional Número 5 ( AI-5 ). 
Este foi o mais duro do governo militar, pois 
aposentou juízes, cassou mandatos, acabou 
com as garantias do habeas-corpus e 
aumentou a repressão militar e policial.
GOVERNO DA JUNTA MILITAR 
(31/8/1969-30/10/1969): 
• Doente, Costa e Silva foi substituído por uma 
junta militar formada pelos ministros Aurélio 
de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademaker 
(Marinha) e Márcio de Sousa e Melo 
(Aeronáutica). Dois grupos de esquerda, O 
MR-8 e a ALN sequestram o embaixador dos 
EUA Charles Elbrick. Os guerrilheiros exigem a 
libertação de 15 presos políticos, exigência 
conseguida com sucesso.
Charles Elbrick:
Presos Políticos trocados pelo 
Embaixador dos EUA:
Entrevista coletiva: Charles Elbrick:
• Para maiores informações sobre o sequestro 
de Charles Elbrick acessar o link: 
• http://super.abril.com.br/superarquivo/1994/conteudo_• Para o Manifesto dos sequestradores acessar 
o link: 
• http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/documentos/
Presos trocados pelo embaixador 
alemão:
• Em 18 de setembro, o governo decreta a Lei 
de Segurança Nacional. Esta lei decretava o 
exílio e a pena de morte em casos de "guerra 
psicológica adversa, ou revolucionária, ou 
subversiva". 
• No final de 1969, o líder da ALN, Carlos 
Marighella, foi morto pelas forças de 
repressão em São Paulo.
Carlos Marighella:
• Tinha também a VPR Vanguarda Popular 
Revolucionária. 
• Maiores informações no link: 
• http://www.brasilescola.com/historiab/carlos-lamarca-
Carlos Lamarca:
Lamarca e Zequinha Barreto:
O GOVERNO MÉDICI (1969-1974):
• Em 1969, a Junta Militar escolhe o novo 
presidente: o general Emílio Garrastazu 
Médici. Seu governo é considerado o mais 
duro e repressivo do período, conhecido 
como " anos de chumbo ". A repressão à luta 
armada cresce e uma severa política de 
censura é colocada em execução. Jornais, 
revistas, livros, peças de teatro, filmes, 
músicas e outras formas de expressão artística 
são censuradas.
• Muitos professores, políticos, músicos, artistas 
e escritores são investigados, presos, 
torturados ou exilados do país. O DOI-Codi 
(Destacamento de Operações e Informações e 
ao Centro de Operações de Defesa Interna ) 
atua como centro de investigação e repressão 
do governo militar. 
• http://www.infoescola.com/historia/censura-no-periodo-
DOI-CODI – SÃO PAULO:
Engenheiro Raul Amaro Ferreira:
Rubens Paiva – “desaparecido” em 
janeiro de 1971
• Durante a Ditadura Militar, vários partidos e 
organizações de esquerda optaram pelo caminho 
da luta armada. Tanto nas cidades como no 
campo, essa "oposição armada" ao regime 
marcou profundamente a história política 
recente do Brasil. No caso dos conflitos rurais, o 
mais importante - e até hoje mais controverso - 
foi a chamada Guerrilha do Araguaia.
• Ocorrida no início da década de 1970, a guerrilha 
levou este nome por ter sido travada em 
localidades próximas ao rio Araguaia, na divisa 
entre os atuais estados do Pará, Maranhão e 
Tocantins (na época, pertencente ao Estado de 
Goiás). A guerrilha foi organizada pelo Partido 
Comunista do Brasil (PC do B), que, desde 
meados dos anos 1960, já mantinha militantes na 
região do conflito.
• O conflito do Araguaia terminou com um trágico 
saldo: foram cerca de 76 mortos, sendo 59 
militantes do PC do B e 17 recrutados na região. 
Também por isso, acabou se transformando no 
principal confronto direto entre a ditadura militar 
e a esquerda armada. Ocorrida sob intensa 
censura, a guerrilha nem mesmo chegou ao 
conhecimento da população em geral, o que só 
ajudou a isolar ainda mais os militantes do PC do 
B.
• A confirmação da existência da guerrilha na 
região por parte do governo só veio tempos 
depois de encerrado o conflito. A perseguição 
aos guerrilheiros, segundo testemunhos de 
militares que participaram da operação, 
moradores do local e sobreviventes, teve 
requintes de crueldade, como decapitação e 
fuzilamento.
O Milagre Econômico: 
• Na área econômica o país crescia rapidamente. 
Este período que vai de 1969 a 1973 ficou 
conhecido com a época do Milagre Econômico. O 
PIB brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% ao 
ano, enquanto a inflação beirava os 18%. Com 
investimentos internos e empréstimos do 
exterior, o país avançou e estruturou uma base 
de infra-estrutura. Todos estes investimentos 
geraram milhões de empregos pelo país. Algumas 
obras, consideradas faraônicas, foram 
executadas, como a Rodovia Transamazônica e a 
Ponte Rio-Niteroi.
Ponte Rio – Niterói:
• Porém, todo esse crescimento teve um custo 
altíssimo e a conta deveria ser paga no futuro. 
Os empréstimos estrangeiros geraram uma 
dívida externa elevada para os padrões 
econômicos do Brasil.
O GOVERNO GEISEL (1974-1979): 
• Em 1974 assume a presidência o general 
Ernesto Geisel que começa um lento processo 
de transição rumo à democracia. Seu governo 
coincide com o fim do milagre econômico e 
com a insatisfação popular em altas taxas. A 
crise do petróleo e a recessão mundial 
interferem na economia brasileira, no 
momento em que os créditos e empréstimos 
internacionais diminuem.
Ernesto Geisel:
• Geisel anuncia a abertura política lenta, 
gradual e segura. A oposição política começa a 
ganhar espaço. Nas eleições de 1974, o MDB 
conquista 59% dos votos para o Senado, 48% 
da Câmara dos Deputados e ganha a 
prefeitura da maioria das grandes cidades.
• Os militares de linha dura, não contentes com 
os caminhos do governo Geisel, começam a 
promover ataques clandestinos aos membros 
da esquerda. Em 1975, o jornalista Vladimir 
Herzog é assassinado nas dependências do 
DOI-Codi em São Paulo.
Vladimir Herzog:
• O jornalista Vladimir Herzog de 38 anos, casado, 
pai de dois filhos e diretor de jornalismo da TV 
Cultura de São Paulo, foi encontrado morto, 
supostamente enforcado, nas dependências do 
2ª Exército, em São Paulo, em 25 de outubro de 
1975. No dia seguinte à morte, o comando do 
Departamento de Operações de Informações e 
Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), 
órgão de repressão do exército brasileiro, 
divulgou nota oficial informando que Herzog 
havia cometido suicídio na cela em que estava 
preso.
• Como Herzog era judeu, o Shevra Kadish (comitê 
funerário judaico) recebeu o corpo e, ao prepará-lo 
para o funeral, o rabino percebeu que havia 
marcas de tortura no corpo do jornalista, prova 
de que o suicídio tinha sido forjado. A morte de 
Herzog foi um marco na ditadura militar (1964 - 
1985). O triste episódio paralisou as redações de 
todos os jornais, rádios, televisões e revistas de 
São Paulo.
Sepultamento de Herzog:
• Os donos dos veículos de comunicação fizeram um 
acordo com os jornalistas. Todos trabalhariam apenas 
uma hora, para que os jornais e revistas não deixassem 
de circular, e as emissoras de rádio e televisão 
continuassem com suas programações. No dia 31 de 
outubro de 1975, foi realizado um culto ecumênico em 
memória de Herzog na Catedral da Sé, do qual 
participaram 8.000 pessoas, num protesto silencioso 
contra o regime. O Culto foi celebrado pelo Cardeal 
Arcebispo de São Paulo, D. Paulo Evaristo Arns; pelo 
reverendo Jaime Wright e pelo Rabino Henry Sobel.
• Em janeiro de 1976, o operário Manoel Fiel Filho 
aparece morto em situação semelhante. Foi preso 
no dia 16 de janeiro de 1976, às 12:00 h, por dois 
homens que se diziam agentes do DOI-CODI/SP, 
sob a acusação de pertencer ao (PCB).Levado 
para a sede do DOI/CODI, Manoel Fiel Filho foi 
torturado e, no dia seguinte, acareado com 
Sebastião de Almeida, preso sob a mesma 
acusação.
• Os órgãos de segurança emitiram nota 
oficial afirmando que Manoel havia se 
enforcado em sua cela com as próprias 
meias, naquele mesmo dia 17, por volta 
das 13 horas.
• Entretanto, segundo os depoimentos dos 
companheiros de fábrica de Manoel, onde 
ele foi preso, o calçado que usava eram 
chinelos, sem meias, contrariando a 
versão oficial. 
•
• As circunstâncias da sua morte são 
idênticas as de José Ferreira de Almeida, 
Pedro Jerônimo de Souza e Wladimir 
Herzog, ocorridas no ano anterior. O 
corpo apresentava sinais evidentes de 
torturas, em especial hematomas 
generalizados, principalmente na região 
da testa, pulsos e pescoço.
Manoel Fiel Filho:
22/08/1976:
• Na área política, Geisel previu dificuldades crescentes 
e custos políticos altíssimos para a corporação militar e 
para o país, caso os militares permanecessem no 
poder indefinidamente. Ademais, o MDB conseguiu 
expressiva vitória nas eleições gerais de novembro de 
1974, conquistando 59% dos votos para o Senado, 48% 
da Câmara dos Deputados e as prefeituras da maioria 
das grandes cidades. Por essa razão, o presidente 
iniciou o processo de distensão lenta e gradual em 
direção à abertura e à redemocratização.
• O conflito interno nas Forças Armadas, 
decorrente de divergências com relação à 
condução do Estado brasileiro, esteve presente 
desde a tomada do poder pelos militares até o 
fim da ditadura. 
No entanto, Geisel conseguiu superar todas as 
tentativas de desestabilização do seu governo. O 
golpe final contra os militares radicais foi dado 
com a exoneração do ministro do Exército, 
general Sílvio Frota.
General Sylvio Frota:
• No fim do mandato de Geisel, a sociedade 
brasileira tinha sofrido muitas 
transformações. A repressão havia diminuído 
significativamente; as oposições políticas, o 
movimento estudantil e os movimentos 
sociais começaram a se reorganizar. Em 1978, 
o presidente revogou o AI-5 e restaurou o 
habeas corpus.
• No dia 24 de agosto de 1977, o então 
presidente da república Ernesto Geisel 
enviava a Mensagem n. 91, de 1977-CN, com 
o projeto de lei complementar de criação do 
novo Estado. No dia 11 de outubro seguinte, o 
mesmo presidente assinava, em solenidade 
histórica, a Lei Complementar n. 31
• “criando o Estado de Mato Grosso do Sul pelo 
desmembramento de área do Estado de Mato 
Grosso”, com a capital em Campo Grande.
Geisel assina a Lei que divide o MT:
• Geisel conseguiu impor a candidatura do 
general João Batista Figueiredo para a 
sucessão presidencial.
O Governo Figueiredo (março de 1979 
a março de 1985):
• João Baptista de Oliveira Figueiredo foi o 
último general presidente, encerrando o 
período da ditadura militar, que durou 21 
anos. Figueiredo acelerou o processo de 
liberalização política e o grande marco foi a 
aprovação da Lei de Anistia, que permitiu o 
retorno ao país de milhares de exilados 
políticos e concedeu perdão para aqueles que 
cometeram crimes políticos.
• A anistia foi mútua, ou seja, a lei também livrou 
da justiça os militares envolvidos em ações 
repressivas que provocaram torturas, mortes e o 
desaparecimento de cidadãos. O 
pluripartidarismo foi restabelecido. A Arena 
muda a sua denominação e passa a ser PDS; o 
MDB passa a ser PMDB. Surgem outros partidos, 
como o Partido dos Trabalhadores (PT) e o 
Partido Democrático Trabalhista (PDT).
• O governo também enfrentou a resistência de 
militares radicais, que não aceitavam o fim da 
ditadura. Essa resistência tomou a forma de 
atos terroristas. Cartas-bomba eram deixadas 
em bancas de jornal, editoras e entidades da 
sociedade civil (Igreja Católica, Ordem dos 
Advogados do Brasil, Associação Brasileira de 
Imprensa, entre outras).
Carta Bomba – OAB:
• O caso mais grave e de maior repercussão 
ocorreu no dia 30 abril de 1981, quando uma 
bomba explodiu durante um show em 
homenagem ao Dia do Trabalho, no centro de 
convenções do Rio Centro. O governo, porém, 
não investigou devidamente o episódio.
• Na área econômica, a atuação do governo foi 
medíocre, os índices de inflação e a recessão 
aumentaram drasticamente. 
No último ano do governo Figueiredo surgiu o 
movimento das Diretas Já, que mobilizou toda 
a população em defesa de eleições diretas 
para a escolha do próximo presidente da 
República.
Chico Buarque de Holanda:
Ulysses Guimarães:
Fafá de Belém:
Christiane Torloni
Votação da Lei Dante de Oliveira
• O governo, porém, resistiu e conseguiu barrar 
a Lei Dante de Oliveira, 112 deputados não 
compareceram à sessão. Desse modo, o 
sucessor de Figueiredo foi escolhido 
indiretamente pelo Colégio Eleitoral, formado 
pela Câmara dos Deputados e pelo Senado 
Federal.
• Em 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral 
escolheu o deputado Tancredo Neves como 
novo presidente da República. Tancredo 
derrotou o deputado Paulo Maluf. Tancredo 
Neves, no entanto, adoeceu e morreu. Em seu 
lugar, assumiu o vice-presidente, José Sarney.
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A ditadura militar no brasil

  • 1. A Ditadura Militar no Brasil: 1964 – 1985:
  • 2.
  • 3. • A Ditadura Militar foi o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar.
  • 4. O golpe militar de 1964: • A crise política se arrastava desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961. O vice de Jânio era João Goulart, que assumiu a presidência num clima político adverso. O governo de João Goulart (1961-1964) foi marcado pela abertura às organizações sociais. Estudantes, organização populares e trabalhadores ganharam espaço, causando a preocupação das classes conservadoras como, por exemplo, os empresários, banqueiros, Igreja Católica, militares e classe média.
  • 5. • Os partidos de oposição, como a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Social Democrático (PSD), acusavam Jango de estar planejando um golpe de esquerda e de ser o responsável pela carestia e pelo desabastecimento que o Brasil enfrentava. • No dia 13 de março de 1964, João Goulart realiza um grande comício na Central do Brasil ( Rio de Janeiro ), onde defende as Reformas de Base. Neste plano, Jango prometia mudanças radicais na estrutura agrária, econômica e educacional do país.
  • 6. • Seis dias depois, em 19 de março, os conservadores organizam uma manifestação contra as intenções de João Goulart. Foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu milhares de pessoas pelas ruas do centro da cidade de São Paulo. O clima de crise política e as tensões sociais aumentavam a cada dia.
  • 7. • No dia 31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. Para evitar uma guerra civil, Jango deixa o país refugiando-se no Uruguai. Os militares tomam o poder. Em 9 de abril, é decretado o Ato Institucional Número 1 (AI-1). Este cassa mandatos políticos de opositores ao regime militar e tira a estabilidade de funcionários públicos.
  • 8. Humberto de Alencar Castello Branco:
  • 9. O GOVERNO CASTELLO BRANCO (1964-1967): • O General Humberto de Alencar Castello Branco, foi eleito pelo Congresso Nacional presidente da República em 15 de abril de 1964. Em seu pronunciamento, declarou defender a democracia, porém ao começar seu governo, assume uma posição autoritária. Estabeleceu eleições indiretas para presidente, além de dissolver os partidos políticos. Vários parlamentares federais e estaduais tiveram seus mandatos cassados, cidadãos tiveram seus direitos políticos e constitucionais cancelados e os sindicatos receberam intervenção do governo militar.
  • 10.
  • 11. • Em seu governo, foi instituído o bipartidarismo. Só estavam autorizados o funcionamento de dois partidos: Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Enquanto o primeiro era de oposição, de certa forma controlada, o segundo representava os militares. O governo militar impõe, em janeiro de 1967, uma nova Constituição para o país. Aprovada neste mesmo ano, a Constituição de 1967 confirma e institucionaliza o regime militar e suas formas de atuação.
  • 12. Arthur da Costa e Silva:
  • 13. O GOVERNO COSTA E SILVA (1967- 1969): • Em 1967, assume a presidência o general Arthur da Costa e Silva, após ser eleito indiretamente pelo Congresso Nacional. Seu governo é marcado por protestos e manifestações sociais. A oposição ao regime militar cresce no país. A UNE (União Nacional dos Estudantes) organiza, no Rio de Janeiro, a Passeata dos Cem Mil.
  • 14.
  • 15.
  • 16. • Depois do impacto de 64, com aquela onda de prisões e fechamentos, as oposições ao regime voltaram a se articular. Até mesmo Lacerda tinha virado oposição. É que ele tivera esperança de se tornar presidente, mas aqueles a quem bajulara lhe viraram as costas. Magoado, procurou unir Juscelino e Jango, exilados, numa Frente Ampla. Pouco resultado daria. Longe do país, tinham pouca influência.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20. • Em Contagem (MG) e Osasco (SP), greves de operários paralisam fábricas em protesto ao regime militar. A guerrilha urbana começa a se organizar. Formada por jovens idealistas de esquerda, assaltam bancos e sequestram embaixadores para obterem fundos para o movimento de oposição armada.
  • 21. • No dia 13 de dezembro de 1968, o governo decreta o Ato Institucional Número 5 ( AI-5 ). Este foi o mais duro do governo militar, pois aposentou juízes, cassou mandatos, acabou com as garantias do habeas-corpus e aumentou a repressão militar e policial.
  • 22.
  • 23.
  • 24. GOVERNO DA JUNTA MILITAR (31/8/1969-30/10/1969): • Doente, Costa e Silva foi substituído por uma junta militar formada pelos ministros Aurélio de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica). Dois grupos de esquerda, O MR-8 e a ALN sequestram o embaixador dos EUA Charles Elbrick. Os guerrilheiros exigem a libertação de 15 presos políticos, exigência conseguida com sucesso.
  • 25.
  • 27. Presos Políticos trocados pelo Embaixador dos EUA:
  • 29. • Para maiores informações sobre o sequestro de Charles Elbrick acessar o link: • http://super.abril.com.br/superarquivo/1994/conteudo_• Para o Manifesto dos sequestradores acessar o link: • http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/documentos/
  • 30.
  • 31. Presos trocados pelo embaixador alemão:
  • 32.
  • 33. • Em 18 de setembro, o governo decreta a Lei de Segurança Nacional. Esta lei decretava o exílio e a pena de morte em casos de "guerra psicológica adversa, ou revolucionária, ou subversiva". • No final de 1969, o líder da ALN, Carlos Marighella, foi morto pelas forças de repressão em São Paulo.
  • 34.
  • 35.
  • 37.
  • 38.
  • 39. • Tinha também a VPR Vanguarda Popular Revolucionária. • Maiores informações no link: • http://www.brasilescola.com/historiab/carlos-lamarca-
  • 41.
  • 42. Lamarca e Zequinha Barreto:
  • 43. O GOVERNO MÉDICI (1969-1974):
  • 44. • Em 1969, a Junta Militar escolhe o novo presidente: o general Emílio Garrastazu Médici. Seu governo é considerado o mais duro e repressivo do período, conhecido como " anos de chumbo ". A repressão à luta armada cresce e uma severa política de censura é colocada em execução. Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão artística são censuradas.
  • 45. • Muitos professores, políticos, músicos, artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou exilados do país. O DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações e ao Centro de Operações de Defesa Interna ) atua como centro de investigação e repressão do governo militar. • http://www.infoescola.com/historia/censura-no-periodo-
  • 48.
  • 49. Rubens Paiva – “desaparecido” em janeiro de 1971
  • 50. • Durante a Ditadura Militar, vários partidos e organizações de esquerda optaram pelo caminho da luta armada. Tanto nas cidades como no campo, essa "oposição armada" ao regime marcou profundamente a história política recente do Brasil. No caso dos conflitos rurais, o mais importante - e até hoje mais controverso - foi a chamada Guerrilha do Araguaia.
  • 51.
  • 52. • Ocorrida no início da década de 1970, a guerrilha levou este nome por ter sido travada em localidades próximas ao rio Araguaia, na divisa entre os atuais estados do Pará, Maranhão e Tocantins (na época, pertencente ao Estado de Goiás). A guerrilha foi organizada pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B), que, desde meados dos anos 1960, já mantinha militantes na região do conflito.
  • 53. • O conflito do Araguaia terminou com um trágico saldo: foram cerca de 76 mortos, sendo 59 militantes do PC do B e 17 recrutados na região. Também por isso, acabou se transformando no principal confronto direto entre a ditadura militar e a esquerda armada. Ocorrida sob intensa censura, a guerrilha nem mesmo chegou ao conhecimento da população em geral, o que só ajudou a isolar ainda mais os militantes do PC do B.
  • 54. • A confirmação da existência da guerrilha na região por parte do governo só veio tempos depois de encerrado o conflito. A perseguição aos guerrilheiros, segundo testemunhos de militares que participaram da operação, moradores do local e sobreviventes, teve requintes de crueldade, como decapitação e fuzilamento.
  • 55.
  • 56.
  • 57.
  • 58. O Milagre Econômico: • Na área econômica o país crescia rapidamente. Este período que vai de 1969 a 1973 ficou conhecido com a época do Milagre Econômico. O PIB brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% ao ano, enquanto a inflação beirava os 18%. Com investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de infra-estrutura. Todos estes investimentos geraram milhões de empregos pelo país. Algumas obras, consideradas faraônicas, foram executadas, como a Rodovia Transamazônica e a Ponte Rio-Niteroi.
  • 59. Ponte Rio – Niterói:
  • 60.
  • 61. • Porém, todo esse crescimento teve um custo altíssimo e a conta deveria ser paga no futuro. Os empréstimos estrangeiros geraram uma dívida externa elevada para os padrões econômicos do Brasil.
  • 62.
  • 63.
  • 64. O GOVERNO GEISEL (1974-1979): • Em 1974 assume a presidência o general Ernesto Geisel que começa um lento processo de transição rumo à democracia. Seu governo coincide com o fim do milagre econômico e com a insatisfação popular em altas taxas. A crise do petróleo e a recessão mundial interferem na economia brasileira, no momento em que os créditos e empréstimos internacionais diminuem.
  • 66. • Geisel anuncia a abertura política lenta, gradual e segura. A oposição política começa a ganhar espaço. Nas eleições de 1974, o MDB conquista 59% dos votos para o Senado, 48% da Câmara dos Deputados e ganha a prefeitura da maioria das grandes cidades.
  • 67. • Os militares de linha dura, não contentes com os caminhos do governo Geisel, começam a promover ataques clandestinos aos membros da esquerda. Em 1975, o jornalista Vladimir Herzog é assassinado nas dependências do DOI-Codi em São Paulo.
  • 69. • O jornalista Vladimir Herzog de 38 anos, casado, pai de dois filhos e diretor de jornalismo da TV Cultura de São Paulo, foi encontrado morto, supostamente enforcado, nas dependências do 2ª Exército, em São Paulo, em 25 de outubro de 1975. No dia seguinte à morte, o comando do Departamento de Operações de Informações e Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), órgão de repressão do exército brasileiro, divulgou nota oficial informando que Herzog havia cometido suicídio na cela em que estava preso.
  • 70.
  • 71. • Como Herzog era judeu, o Shevra Kadish (comitê funerário judaico) recebeu o corpo e, ao prepará-lo para o funeral, o rabino percebeu que havia marcas de tortura no corpo do jornalista, prova de que o suicídio tinha sido forjado. A morte de Herzog foi um marco na ditadura militar (1964 - 1985). O triste episódio paralisou as redações de todos os jornais, rádios, televisões e revistas de São Paulo.
  • 73. • Os donos dos veículos de comunicação fizeram um acordo com os jornalistas. Todos trabalhariam apenas uma hora, para que os jornais e revistas não deixassem de circular, e as emissoras de rádio e televisão continuassem com suas programações. No dia 31 de outubro de 1975, foi realizado um culto ecumênico em memória de Herzog na Catedral da Sé, do qual participaram 8.000 pessoas, num protesto silencioso contra o regime. O Culto foi celebrado pelo Cardeal Arcebispo de São Paulo, D. Paulo Evaristo Arns; pelo reverendo Jaime Wright e pelo Rabino Henry Sobel.
  • 74.
  • 75.
  • 76.
  • 77.
  • 78.
  • 79. • Em janeiro de 1976, o operário Manoel Fiel Filho aparece morto em situação semelhante. Foi preso no dia 16 de janeiro de 1976, às 12:00 h, por dois homens que se diziam agentes do DOI-CODI/SP, sob a acusação de pertencer ao (PCB).Levado para a sede do DOI/CODI, Manoel Fiel Filho foi torturado e, no dia seguinte, acareado com Sebastião de Almeida, preso sob a mesma acusação.
  • 80. • Os órgãos de segurança emitiram nota oficial afirmando que Manoel havia se enforcado em sua cela com as próprias meias, naquele mesmo dia 17, por volta das 13 horas.
  • 81. • Entretanto, segundo os depoimentos dos companheiros de fábrica de Manoel, onde ele foi preso, o calçado que usava eram chinelos, sem meias, contrariando a versão oficial. •
  • 82. • As circunstâncias da sua morte são idênticas as de José Ferreira de Almeida, Pedro Jerônimo de Souza e Wladimir Herzog, ocorridas no ano anterior. O corpo apresentava sinais evidentes de torturas, em especial hematomas generalizados, principalmente na região da testa, pulsos e pescoço.
  • 85.
  • 86.
  • 87. • Na área política, Geisel previu dificuldades crescentes e custos políticos altíssimos para a corporação militar e para o país, caso os militares permanecessem no poder indefinidamente. Ademais, o MDB conseguiu expressiva vitória nas eleições gerais de novembro de 1974, conquistando 59% dos votos para o Senado, 48% da Câmara dos Deputados e as prefeituras da maioria das grandes cidades. Por essa razão, o presidente iniciou o processo de distensão lenta e gradual em direção à abertura e à redemocratização.
  • 88. • O conflito interno nas Forças Armadas, decorrente de divergências com relação à condução do Estado brasileiro, esteve presente desde a tomada do poder pelos militares até o fim da ditadura. No entanto, Geisel conseguiu superar todas as tentativas de desestabilização do seu governo. O golpe final contra os militares radicais foi dado com a exoneração do ministro do Exército, general Sílvio Frota.
  • 89.
  • 91. • No fim do mandato de Geisel, a sociedade brasileira tinha sofrido muitas transformações. A repressão havia diminuído significativamente; as oposições políticas, o movimento estudantil e os movimentos sociais começaram a se reorganizar. Em 1978, o presidente revogou o AI-5 e restaurou o habeas corpus.
  • 92. • No dia 24 de agosto de 1977, o então presidente da república Ernesto Geisel enviava a Mensagem n. 91, de 1977-CN, com o projeto de lei complementar de criação do novo Estado. No dia 11 de outubro seguinte, o mesmo presidente assinava, em solenidade histórica, a Lei Complementar n. 31
  • 93. • “criando o Estado de Mato Grosso do Sul pelo desmembramento de área do Estado de Mato Grosso”, com a capital em Campo Grande.
  • 94. Geisel assina a Lei que divide o MT:
  • 95.
  • 96.
  • 97. • Geisel conseguiu impor a candidatura do general João Batista Figueiredo para a sucessão presidencial.
  • 98. O Governo Figueiredo (março de 1979 a março de 1985):
  • 99. • João Baptista de Oliveira Figueiredo foi o último general presidente, encerrando o período da ditadura militar, que durou 21 anos. Figueiredo acelerou o processo de liberalização política e o grande marco foi a aprovação da Lei de Anistia, que permitiu o retorno ao país de milhares de exilados políticos e concedeu perdão para aqueles que cometeram crimes políticos.
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  • 106. • A anistia foi mútua, ou seja, a lei também livrou da justiça os militares envolvidos em ações repressivas que provocaram torturas, mortes e o desaparecimento de cidadãos. O pluripartidarismo foi restabelecido. A Arena muda a sua denominação e passa a ser PDS; o MDB passa a ser PMDB. Surgem outros partidos, como o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT).
  • 107. • O governo também enfrentou a resistência de militares radicais, que não aceitavam o fim da ditadura. Essa resistência tomou a forma de atos terroristas. Cartas-bomba eram deixadas em bancas de jornal, editoras e entidades da sociedade civil (Igreja Católica, Ordem dos Advogados do Brasil, Associação Brasileira de Imprensa, entre outras).
  • 109. • O caso mais grave e de maior repercussão ocorreu no dia 30 abril de 1981, quando uma bomba explodiu durante um show em homenagem ao Dia do Trabalho, no centro de convenções do Rio Centro. O governo, porém, não investigou devidamente o episódio.
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  • 111.
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  • 113. • Na área econômica, a atuação do governo foi medíocre, os índices de inflação e a recessão aumentaram drasticamente. No último ano do governo Figueiredo surgiu o movimento das Diretas Já, que mobilizou toda a população em defesa de eleições diretas para a escolha do próximo presidente da República.
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  • 117. Chico Buarque de Holanda:
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  • 126. Votação da Lei Dante de Oliveira
  • 127. • O governo, porém, resistiu e conseguiu barrar a Lei Dante de Oliveira, 112 deputados não compareceram à sessão. Desse modo, o sucessor de Figueiredo foi escolhido indiretamente pelo Colégio Eleitoral, formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.
  • 128. • Em 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolheu o deputado Tancredo Neves como novo presidente da República. Tancredo derrotou o deputado Paulo Maluf. Tancredo Neves, no entanto, adoeceu e morreu. Em seu lugar, assumiu o vice-presidente, José Sarney.
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  • 140. Essa foto é apenas uma representação