6. • Os gregos ou helenos (de Hélade, antigo nome da
Grécia) são de origem indo-européia. Os indo-
europeus, começaram chegar à Grécia por volta
de 2.000 a.C.
• Primeiro vieram os aqueus, com seus rebanhos,
ocupando as melhores terras e tornando-se
sedentários, tendo assimilado povos mais
antigos, os pelágios, ou pelasgos, provavelmente
de origem mediterrânea, que ainda estavam
vivendo no período neolítico.
7. • Formaram centros urbanos como Micenas,
Tirinto e Argos. Os habitantes de Micenas
entraram em contato com a Ilha de Creta,
onde havia uma civilização avançada. Esses
dois povos se integraram e desenvolveram a
civilização creto-micênica.
9. • Por volta de 1.700 a.C., os núcleos arianos na
Grécia foram fortalecidos com a chegada de
novos grupos arianos: os jônios e os eólios. A
integração foi pacífica e nessa época, a
civilização creto-micênica chegava ao auge. Os
cretenses dominavam o Mar Egeu e os aqueus
aprenderam com eles técnicas agrícolas,
navais e valores religiosos.
10. • Acabaram superando os mestres, destruindo-
os por volta de 1.400 a.C., estendendo então
suas atividades comerciais e piratas até as
costas da Ásia Menor, na "Rota do Peixe Seco
e do Trigo", nas proximidades do Mar Negro.
13. • No início do século XII a.C., os Gregos destruíram
TRÓIA (Ílion, em Grego), cidade que ocupava posição
estratégica nos estreitos, entre o Egeu e o Negro. Isto
lhes deu o controle do tráfico marítimo na região. A
civilização micênica expandia-se em direção à Ásia,
quando chegaram os Dórios, último grupo de povos
indo-europeus a penetrar na Grécia. Mais guerreiros,
conhecedores de armas, os dórios arrasaram as
cidades gregas, e a população fugiu apavorada para o
interior ou para o exterior. Os gregos com isso
fundaram inúmeras colônias nas costas da Ásia Menor
(Turquia) e em outros lugares do Mediterrâneo.
16. Grécia: O Período Homérico
• O período se chama homérico porque seu estudo
se baseia em duas obras atribuídas a Homero: a
Ilíada e a Odisséia. A Ilíada marca a tomada de
Tróia pelos gregos, com a concentração do autor
no herói Aquiles, com sua cólera contra
Agamenon, que lhe roubou a escrava Briseida.
No início, Aquiles se nega a lutar, mas a morte
de seu primo Patroclo o faz mudar de idéia. Uma
parte importante da Ilíada descreve o cavalo de
madeira com o qual os gregos "presenteiam" os
troianos para tomar sua cidade.
23. • Quanto à Odisséia, sua maior parte descreve o
retorno do rei Odisseu (Ulisses) ao Reino de
Ítaca. Mas a obra ocupa-se de três temas
fundamentais: a viagem de Telêmaco, as
viagens de Odisseu e o massacre dos
pretendentes de sua mulher, Penélope. Ilíada
e Odisséia possuem diferenças claras no
vocabulário e no estilo, apesar de serem
atribuídas ao mesmo autor.
25. • Na Ilíada não se menciona o uso do ferro; na Odisséia
há referências constantes ao metal: calcula-se um
intervalo de 50 anos entre uma obra e outra: a Ilíada
no fim do século IX a.C.; a odisséia em meados do
século VIII a.C. Provavelmente aquela seria obra de um
poeta jônico e esta última, de um poeta das ilhas.
Além disso, as obras sofreram alterações dos aedos,
poetas que transmitiam os poemas oralmente, através
das gerações. Ambas as obras só ganharam forma
escrita no século VI a.C., em Atenas, durante o governo
de Psistrato.
•
27. O Sistema Gentílico
• Os genos, uma célula básica da sociedade grega
surgiram após o século XII a.C. e eram uma
grande família, com todos os descendentes de
um mesmo antepassado vivendo no mesmo lar.
Cada membro (gens) dependia da unidade da
família, que por sua vez era chefiada pelo homem
mais velho e era passado do pai para o filho mais
velho (pater-familae); tinham seu culto aos
antepassados; sua própria justiça, baseada no
costume. A economia consistia na administração
da casa, conforme indica a própria origem da
palavra: uma casa.
28. • Os bens produzidos, assim como os instrumentos
e a propriedade, eram coletivos e não podiam ser
vendidos, transferidos ou divididos. O trabalho
também era coletivo e a família expulsava quem
se recusasse a trabalhar. A produção era
distribuída igualmente, o que impedia a
diferenciação econômica entre os membros dos
genos. Ocasionalmente, sendo a família pouco
numerosa ou inábil para algumas tarefas, usavam
o trabalho de escravos ou artesãos em certas
atividades.
29. • De economia predominantemente
agropastoril, coletivista social e
economicamente, o genos não deixava de
apresentar diferenciações individuais, pois a
posição da pessoa na família dependia de seu
parentesco com o pater-familias. No plano
político, o poder – patriarcal – se baseava no
monopólio de fórmulas secretas, que
permitiam ao chefe o contato com os deuses
protetores da família.
30. A desintegração dos Genos:
• O sistema gentílico estava fadado a durar
pouco. O genos começou a enfrentar
dificuldades de mão-de-obra, de produtos que
só podiam ser cultivados em certos tipos de
solo. A transformação devia-se a dois fatores:
• I. A produção não crescia proporcionalmente
à população, devido às técnicas rudimentares,
causando a queda da renda familiar,
provocando descontentamento;
31. • II. O genos passou a dividir-se em famílias
menores, enfraquecendo-se; filhos mais novos
protestavam contra a vida difícil; cada um
trabalhava com menos estímulo e mais exigência
na divisão dos produtos. Desenvolveu-se o gosto
por luxo e conforto, fortalecendo-se assim o
individualismo, que trouxe a necessidade de
dividir a propriedade coletiva. Em muitas
famílias, os lotes foram divididos por sorteio e,
mais tarde, em razão de herança, poderiam ser
novamente divididos. Começava a luta, cada vez
mais violenta, pela posse da terra.
32. • Porém, o novo regime ainda não era
completo, havendo exceções: nas reservas
coletivas, particulares só podiam possuir as
terras mais férteis; em muitas propriedades
conservava-se o sistema de rodízio do lote
entre os antigos membros do genos; em
certas regiões, os lotes podiam ser divididos,
mas não repassados para quem não tivesse
pertencido ao antigo genos.
33. Consequências da Desintegração
dos Genos:
• No plano social, aumentaram as diferenças, com
grandes proprietários de terras férteis e
pequenos proprietários de terras pouco férteis,
além de grande número de indivíduos que
perderam a propriedade, inclusive descendentes
de proprietários que, depois de muitas divisões
por herança, ficaram com lotes insignificantes.
Estes últimos formaram uma camada marginal,
errante, que vivia de míseros salários ou de
esmolas. Outros se lançaram à aventura da
pirataria, iniciando o comércio marítimo.
34. • Poucos tiveram sucesso nesta última atividade; eles
em geral se integraram com a aristocracia proprietária
através do casamento. Coexistiam grupos de tipo
patriarcal, famílias pequenas e indivíduos isolados. No
plano político, a desintegração gerou a passagem do
poder do pater-familias para os parentes mais
próximos, os eupátridas (filhos do pai), que
monopolizavam os equipamentos de guerra, a justiça,
o poder religioso, todo o poder político enfim. Esta
camada deu origem à aristocracia grega, cujo poder
resultava da posse da riqueza fundamental: a terra.
37. O Desenvolvimento Urbano:
• Da união de várias tribos surgiu a organização política
típica da antiga Grécia: a cidade-estado (pólis).
• Para isso foi fundamental o rompimento da unidade
do genos, do contrário, as cidades não teriam passado
de associações políticas temporárias. Com a pólis,
passaram a construir a base da sociedade e seu
elemento de união. Apresentavam características
próprias: a ACRÓPLE, templo construído sobre uma
elevação; a ÁGORA, praça central; e o ASTI, mercado
de trocas. Ocorria a passagem da economia gentílica
para a urbana, ainda cheia de elementos da economia
familiar, mas já trazendo os sinais da futura economia
internacional grega.