3. • A Guerra Fria entrou em crise durante a
década de 1980. Em 1989, a queda do muro
de Berlim foi o ato simbólico que decretou o
fim de décadas de disputas econômicas,
ideológicas e militares entre o bloco
capitalista, comandado por Estados Unidos e o
socialista, dirigido pela União das
4. • Repúblicas Socialistas Soviéticas URSS). Depois disso,
houve a reunificação da Alemanha Ocidental e
Oriental.
• A crise nos países socialistas contribuiu para o fim da
Guerra Fria. Os países do bloco socialista, incluindo a
União Soviética, passavam por uma grave crise
econômica na década de 1980.
9. • A falta de concorrência, os baixos salários e a falta de
produtos causaram uma grave crise econômica. A
falta de democracia também gerava uma grande
insatisfação popular.
• No começo da década de 1990, o presidente da
União Soviética Mikhail Gorbachev começou a
implementar a Glasnost (reformas políticas
priorizando a liberdade) e a Perestroika
(reestruturação econômica).
10.
11. • As reformas que eram encaminhadas por Gorbachev,
e eventualmente aprovadas pelo Congresso, não
surtiam efeito. Aumentava a insatisfação popular. Na
véspera da votação de um nova lei sobre a estrutura
da federação, membros conservadores do Partido
Comunista promovem um golpe contra Mikhail
Gorbachev.
13. • Ele foi preso em uma casa de campo,
enquanto os golpistas falavam na televisão
sobre um retorno aos antigos princípios
comunistas da URSS. Os golpistas conclamam
o povo e as Forças Armadas a apoiá-los.
Entretanto não há reação, nem do povo, nem
do Exército.
14. • Isso dá oportunidade para os grupos que
haviam conseguido destaque durante os
tempos de glasnost promovessem um
contragolpe. Liderados por Boris Yeltsin e com
o apoio dos presidentes de outras repúblicas,
eles libertaram Gorbachev e prenderam os
líderes reacionários do Partido Comunista.
16. • Gorbachev tentou retomar a liderança da
URSS, mas era tarde demais. O golpe
conservador havia acabado com a força moral
do Partido Comunista. Foi proibida a atuação
do Partido Comunista, e os presidentes da
Rússia, Ucrânia e Bielorrússia decidem pelo
fim da URSS.
17. • Em 25 de dezembro de 1991 tem fim a URSS,
fazendo surgir 15 novos países. Além dos
bálticos, ganharam a independência Rússia,
Ucrânia, Bielorrússia, Moldávia, Geórgia,
Armênia, Azerbaijão, Casaquistão,
Turcomenistão, Tajiquistão, Uzbequistão e
Quirguistão.
18. • Assim a URSS, cuja criação e história no século
XX resultou na morte de milhões de pessoas, é
extinta praticamente sem grandes violências.
19.
20. • A década de 1990 marcou o fim da Guerra Fria
e da divisão do mundo em dois blocos
ideológicos. O medo de uma guerra nuclear e
as disputas armamentistas e ideológicas
também foram sepultadas.
21. • Na década de 1990, sem a pressão soviética,
os outros países socialistas (Polônia, Hungria,
Romênia, Bulgária, entre outros) também
foram implementando mudanças políticas e
econômicas para o retorno da democracia e
engajamento na economia de mercado.
22. Fragmentação da URSS
• Começa em Setembro de 1991 com a
independência das Repúblicas Bálticas
(Lituânia, Letônia e Estônia). Após este
acontecimento a URSS passou a ser formada
por 12 repúblicas. Em 08 de Dezembro de
1991, foi assinado o Acordo de Minsk por
Rússia, Ucrânia e Bielorússia formado a CEI
(Comunidade dos Estados Independentes).
23. • Com isso, os Estados Unidos, vencedores da
Guerra Fria, tornaram-se a única
superpotência mundial e encontraram novos
inimigos contra os quais lutar, como os
fanáticos do Islã, de um lado, e os
narcotraficantes, de outro lado.
27. A Guerra Fria na África:
• Havia um motivo peculiar para o interesse dos
países desenvolvidos pela África: as ditaduras
africanas, miseráveis e violentas, eram
excelentes compradoras de armas. Só por
esse fato o continente ganhou destaque no
panorama global do período. Na África, houve
várias guerras de independência,
principalmente das colônias portuguesas em
1975: Angola e Moçambique.
28.
29.
30.
31. • A saída de Portugal abriu caminho para o surgimento
de regimes comunistas em Angola e Moçambique, e
para a deflagração de conflitos tribais em diversos
países do continente. As disputas internas e
regionais estimularam os governantes a investir em
armas poderosas, apesar da situação de miséria de
suas populações.
32. • O fim da Guerra Fria não mudou a situação no
continente africano. O único fato de grande
importância nos anos 90 foi o fim do regime
racista da África do Sul e a ascensão ao poder
do líder negro Nelson Mandela, em 1994. No
aspecto político e econômico, a África não
exercia influência no cenário internacional.
36. • A Guerra Fria envolveu o Oriente Médio. Esta região
se destaca por três razões. Do ponto de vista
econômico, é a mais rica em reservas de petróleo.
Do ponto de vista geopolítico, serve de passagem
entre Ásia e Europa. E no aspecto cultural, é o berço
das três principais religiões monoteístas: o judaísmo,
o cristianismo e o islamismo.
37.
38. • Com todas essas características, o Oriente Médio
tornou-se um dos centros problemáticos da Guerra
Fria. O interesse pela região já era visível nos anos
40, quando as principais potências mundiais
negociaram a criação do Estado de Israel, em 1948.
Havia muitos interesses geopolíticos em jogo no
Oriente Médio. A União Soviética, de um lado, e os
Estados Unidos, de outro lado, acreditavam que
Israel poderia se tornar um importante parceiro
político na região.
39. • Os palestinos e os países árabes vizinhos, no
entanto, nunca aceitaram a criação de Israel.
A primeira guerra árabe-israelense, vencida
por Israel em 1949, teve como conseqüência o
fim do Estado árabe-palestino. Foi dividido
entre Israel, Jordânia e Egito. Nas décadas
seguintes, outras três guerras modificariam o
panorama geopolítico do Oriente Médio.
45. • Por trás de cada conflito estava um jogo de alianças
internacionais que evidenciava o interesse das
superpotências na região. Somente em 1993,
quando Israel e a OLP assinaram um acordo de paz, é
que se acendeu uma pequena luz de esperança na
região.
46. • Em outra parte do Oriente Médio, no entanto,
havia um elemento complicador: em 1979, o
Irã converteu-se ao islamismo xiita, com
pretensões de levar o mundo na direção da fé
muçulmana.
50. • Uma situação que fugia à lógica da Guerra
Fria. O aiatolá Khomeini tratava Estados
Unidos e União Soviética como o Grande Satã,
como inimigos que deveriam ser combatidos
em nome do Islã. A revolução iraniana era um
fato novo no cenário internacional no fim dos
anos 70. Até hoje, terminada a Guerra Fria, o
Islã continua sendo um grande enigma
contemporâneo.
51. A Guerra Fria na América Latina:
• Na verdade, no chamado Terceiro Mundo era
a América Latina o principal foco de atenção
das superpotências. Esse interesse, natural
por causa da proximidade geográfica dos
Estados Unidos, aumentou bastante a partir
de 1959, quando Fidel Castro chegou ao poder
em Cuba.
56. • "O que me preocupa não é nem o grito dos
corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos
sem caráter, dos sem ética... O que me
preocupa é o silêncio dos bons."
• Martin Luther King
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