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Comunidades Quilombolas em
MS
• Existem comunidades quilombolas em pelo
menos 24 estados do Brasil: Amazonas,
Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo,
Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso
do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba,
Pernambuco, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio
Grande do Norte, Rio Grande do Sul,
Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe
e Tocantins.
• Antigamente uma comunidade quilombola
seria o ajuntamento de mais de 05 negros
fugitivos no meio da mata. Atualmente, um
decreto de 4.887/2003 considera como
Comunidade Quilombola: “Conforme o artigo
2º do Decreto, consideram-se remanescentes
das comunidades dos quilombos, para fins
deste Decreto, os grupos étnico-raciais,
seguindo critérios de
• autoafirmação, com a trajetória histórica
própria, dotados de relações territoriais
especificas, com presunção de ancestralidade
negra relacionada com a resistência à
opressão histórica sofrida (BRASIL, 2008).”
Mato Grosso do Sul:
• Mato Grosso do Sul também possui
ajuntamentos populacionais que podem ser
considerados Quilombos, isso analisado
dentro do contexto da luta pela liberdade e
pela terra por parte dos negros .
Furnas do Dionísio – Jaraguari:
• A Comunidade Furna de Dionísio foi fundada
em 1901 por Dionísio Antônio Vieira, ex-
escravo, oriundo de Minas Gerais, que
deslocou-se com sua família na expectativa de
encontrar solo produtivo no qual pudesse
garantir a subsistência de seus familiares e se
estabeleceu na região que pertence ao
município de Jaraguari atrás. As Furnas do
Dionísio ficam a 40 Km de Campo Grande.
• A Comunidade Quilombola Furnas do Dionísio
é composta por 89 famílias. São cerca de 400
pessoas que descendem diretamente de
Dionísio. Possui agroindústria- Produtos da
Cana-de-açúcar (açúcar mascavo, rapadura,
mel de cana), além de vários tipos de queijos,
farinha de mandioca e artesanato em geral.
Escola Estadual Zumbi dos
Palmares:
• Através da preservação das raízes e costumes
herdados de seus fundadores, os moradores
conseguem ter uma rotina muito parecida
com a que tinham nos tempos de Dionísio.
Comunidade São Benedito – Tia Eva –
Campo grande
Igreja de São Benedito:
Michel e Narzira: Bisnetos de Tia
Eva
• Eva Maria de Jesus conseguiu a sua carta de
alforria em 1887 e veio de Mineiros (GO),
procurando um lugar para morar com sua
família; chegou em Campos de Vacaria no
Estado do Mato Grosso (atual MS). Ela morreu
no dia 11 de novembro de 1926, com 88 anos.
Ela era benzedeira e tinha por volta de 45 e
três filhas anos quando formou o quilombo.
• Ela sabia ler e escrever. Para quem foi escrava,
não era pouca coisa. Em 1910, Tia Eva decide
pagar a promessa que tinha feito a São
Benedito por ter sido curada de uma ferida na
perna. Ela constrói uma capela em
agradecimento ao santo e conclui a igrejinha
em 1912, demolida e substituída por uma de
alvenaria em 1919.
• Tia Eva está enterrada dentro da igreja de São
Benedito que é a mais antiga de Campo
Grande. Calcula-se que existem 2 mil
descendentes de Tia Eva espalhados pelas
comunidades negras do Estado.
Sérgio Antonio da Silva “Michel” –
Bisneto da Tia Eva
Furnas de Boa Sorte - Corguinho
• Furnas de Boa Sorte é uma comunidade
remanescente de quilombo que tem registro
na Fundação Palmares. Os fundadores desse
lugar – José Matias Ribeiro, Bonifácio Lino
Maria e João Bonifácio - eram de Minas
Gerais, no final do século XIX(19), logo depois
da abolição da escravidão, vieram para o
então Mato Grosso e habitaram a região de
Boa Sorte, hoje município de Corguinho.
• Com o tempo, as terras foram expropriadas
por fazendeiros e grileiros. Apesar de
resistirem, não tiveram o apoio das
autoridades e nem informações para impedir
a invasão. Algumas pessoas, filhos dos
fundadores foram obrigados a vender suas
áreas.
• O artigo 68 da Constituição determina que os
estados titulem terras quilombolas. Em 2001
a Fundação Palmares titulou mais de mil
quatrocentos hectares de Furnas de Boa
Sorte, como área remanescente de quilombo
mas, não indenizou os ocupantes do local não
oriundos dos negros que habitaram a região.
• Em 2003 um decreto presidencial determinou
o Incra como responsável pela regulação
fundiária. Segundo Geraldo Pereira Graciano,
técnico do Incra, nesses casos os estudos
antropológicos definem ou não a área como
quilombola e isso independe de “terras
produtivas ou improdutivas, elas pertencem
aquele grupo e devem voltar aos seus
verdadeiros donos.”
• Hoje, na antiga fazenda São Sebastião, vivem
45 famílias – aproximadamente 260 pessoas,
que produzem rapadura e a farinha . Boa
parte dos jovens buscam trabalho fora da
comunidade. Muitos vão para as fazendas
trabalhar como peões. A cestaria é o mais
importante produto artesanal produzido em
Furnas de Boa Sorte.
• No dia 8 de julho de 2015, o Incra legalizou a
posse de dois imóveis rurais que fazem parte
do território quilombola, totalizando 326,9
hectares. Ambas as propriedades já poderão
ser usadas pelos quilombolas em suas
atividades produtivas. A área total do
território é de 1.413 hectares, sendo que
aproximadamente 70% da área já está na
posse dos quilombolas.
Morro São Sebastião:
• A Comunidade Furnas da Boa Sorte foi uma
das primeiras Comunidades Quilombolas a ser
reconhecida pela Fundação Cultural Palmares
em Mato Grosso do Sul. Conta atualmente
com cerca de 40 famílias que sobrevivem
basicamente da agropecuária de subsistência.
Comunidade quilombola Chácara
Buriti:
• A Comunidade Quilombola Chácara Buriti
situada na BR-163 a 27 km de Campo Grande,
e recebeu o título definitivo de sua terra em
01/06/2012 e o documento beneficia 87
pessoas de 26 famílias. A comunidade Chácara
Buriti planta hortaliças: uma parte da
produção é usada para subsistência e outra
parte é comercializada com a Conab.
• Por ocasião da entrega do título, a bisneta de
João Antonio da Silva, Lucinéia de Jesus
Domingos Gabilão, 27 anos, líder da
comunidade Chácara Buriti, declarou: “É a
realização de um sonho de gerações. A volta
dessa terra pra gente favorece os produtores”.
E o superintendente regional do Incra, Celso
Cestari, acrescentou: “É o resgate de uma
dívida impagável”.
Comunidades quilombolas em ms
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Comunidades quilombolas em ms

  • 2. • Existem comunidades quilombolas em pelo menos 24 estados do Brasil: Amazonas, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
  • 3. • Antigamente uma comunidade quilombola seria o ajuntamento de mais de 05 negros fugitivos no meio da mata. Atualmente, um decreto de 4.887/2003 considera como Comunidade Quilombola: “Conforme o artigo 2º do Decreto, consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos, para fins deste Decreto, os grupos étnico-raciais, seguindo critérios de
  • 4. • autoafirmação, com a trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais especificas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida (BRASIL, 2008).”
  • 6. • Mato Grosso do Sul também possui ajuntamentos populacionais que podem ser considerados Quilombos, isso analisado dentro do contexto da luta pela liberdade e pela terra por parte dos negros .
  • 7.
  • 8. Furnas do Dionísio – Jaraguari:
  • 9.
  • 10. • A Comunidade Furna de Dionísio foi fundada em 1901 por Dionísio Antônio Vieira, ex- escravo, oriundo de Minas Gerais, que deslocou-se com sua família na expectativa de encontrar solo produtivo no qual pudesse garantir a subsistência de seus familiares e se estabeleceu na região que pertence ao município de Jaraguari atrás. As Furnas do Dionísio ficam a 40 Km de Campo Grande.
  • 11.
  • 12.
  • 13. • A Comunidade Quilombola Furnas do Dionísio é composta por 89 famílias. São cerca de 400 pessoas que descendem diretamente de Dionísio. Possui agroindústria- Produtos da Cana-de-açúcar (açúcar mascavo, rapadura, mel de cana), além de vários tipos de queijos, farinha de mandioca e artesanato em geral.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20. Escola Estadual Zumbi dos Palmares:
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24. • Através da preservação das raízes e costumes herdados de seus fundadores, os moradores conseguem ter uma rotina muito parecida com a que tinham nos tempos de Dionísio.
  • 25.
  • 26.
  • 27. Comunidade São Benedito – Tia Eva – Campo grande
  • 28. Igreja de São Benedito:
  • 29. Michel e Narzira: Bisnetos de Tia Eva
  • 30. • Eva Maria de Jesus conseguiu a sua carta de alforria em 1887 e veio de Mineiros (GO), procurando um lugar para morar com sua família; chegou em Campos de Vacaria no Estado do Mato Grosso (atual MS). Ela morreu no dia 11 de novembro de 1926, com 88 anos. Ela era benzedeira e tinha por volta de 45 e três filhas anos quando formou o quilombo.
  • 31. • Ela sabia ler e escrever. Para quem foi escrava, não era pouca coisa. Em 1910, Tia Eva decide pagar a promessa que tinha feito a São Benedito por ter sido curada de uma ferida na perna. Ela constrói uma capela em agradecimento ao santo e conclui a igrejinha em 1912, demolida e substituída por uma de alvenaria em 1919.
  • 32.
  • 33. • Tia Eva está enterrada dentro da igreja de São Benedito que é a mais antiga de Campo Grande. Calcula-se que existem 2 mil descendentes de Tia Eva espalhados pelas comunidades negras do Estado.
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37.
  • 38.
  • 39.
  • 40.
  • 41. Sérgio Antonio da Silva “Michel” – Bisneto da Tia Eva
  • 42.
  • 43. Furnas de Boa Sorte - Corguinho
  • 44.
  • 45. • Furnas de Boa Sorte é uma comunidade remanescente de quilombo que tem registro na Fundação Palmares. Os fundadores desse lugar – José Matias Ribeiro, Bonifácio Lino Maria e João Bonifácio - eram de Minas Gerais, no final do século XIX(19), logo depois da abolição da escravidão, vieram para o então Mato Grosso e habitaram a região de Boa Sorte, hoje município de Corguinho.
  • 46. • Com o tempo, as terras foram expropriadas por fazendeiros e grileiros. Apesar de resistirem, não tiveram o apoio das autoridades e nem informações para impedir a invasão. Algumas pessoas, filhos dos fundadores foram obrigados a vender suas áreas.
  • 47. • O artigo 68 da Constituição determina que os estados titulem terras quilombolas. Em 2001 a Fundação Palmares titulou mais de mil quatrocentos hectares de Furnas de Boa Sorte, como área remanescente de quilombo mas, não indenizou os ocupantes do local não oriundos dos negros que habitaram a região.
  • 48. • Em 2003 um decreto presidencial determinou o Incra como responsável pela regulação fundiária. Segundo Geraldo Pereira Graciano, técnico do Incra, nesses casos os estudos antropológicos definem ou não a área como quilombola e isso independe de “terras produtivas ou improdutivas, elas pertencem aquele grupo e devem voltar aos seus verdadeiros donos.”
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  • 52. • Hoje, na antiga fazenda São Sebastião, vivem 45 famílias – aproximadamente 260 pessoas, que produzem rapadura e a farinha . Boa parte dos jovens buscam trabalho fora da comunidade. Muitos vão para as fazendas trabalhar como peões. A cestaria é o mais importante produto artesanal produzido em Furnas de Boa Sorte.
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  • 54. • No dia 8 de julho de 2015, o Incra legalizou a posse de dois imóveis rurais que fazem parte do território quilombola, totalizando 326,9 hectares. Ambas as propriedades já poderão ser usadas pelos quilombolas em suas atividades produtivas. A área total do território é de 1.413 hectares, sendo que aproximadamente 70% da área já está na posse dos quilombolas.
  • 56. • A Comunidade Furnas da Boa Sorte foi uma das primeiras Comunidades Quilombolas a ser reconhecida pela Fundação Cultural Palmares em Mato Grosso do Sul. Conta atualmente com cerca de 40 famílias que sobrevivem basicamente da agropecuária de subsistência.
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  • 68. • A Comunidade Quilombola Chácara Buriti situada na BR-163 a 27 km de Campo Grande, e recebeu o título definitivo de sua terra em 01/06/2012 e o documento beneficia 87 pessoas de 26 famílias. A comunidade Chácara Buriti planta hortaliças: uma parte da produção é usada para subsistência e outra parte é comercializada com a Conab.
  • 69. • Por ocasião da entrega do título, a bisneta de João Antonio da Silva, Lucinéia de Jesus Domingos Gabilão, 27 anos, líder da comunidade Chácara Buriti, declarou: “É a realização de um sonho de gerações. A volta dessa terra pra gente favorece os produtores”. E o superintendente regional do Incra, Celso Cestari, acrescentou: “É o resgate de uma dívida impagável”.