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Os Francos
• No ano de 476 o Império Romano do Ocidente
chegou ao fim. Em seu lugar encontramos a
partir de então diversos Reinos Bárbaros. É
verdade que esses reinos não surgiram ao
mesmo tempo; desde o século III vários povos
bárbaros ocuparam partes do território
romano. Os reinos formaram-se lentamente e
de maneira desigual.
• O início da Idade Média é marcado pela queda
do Império Romano em 476 d.C. A Era
Medieval é dividida em Alta e Baixa Idade
Média. A Alta Idade Média vai do século V ao
século XI d.C., o período medieval inicia com o
surgimento de diversos reinos no território do
antigo império romano.
Povos bárbaros invasores ao Império
Romano:
• Germanos: francos, visigodos, saxões e
vândalos.
• Eslavos: sérvios, russos e croatas.
• Tártaros - Mongóis: turcos e húngaros.
• Principais Reinos Bárbaros:
• Reino dos Vândalos: Península Ibérica
• Reino dos Ostrogodos: Península Itálica
• Reino dos Anglo-Saxões: Inglaterra
• Reino dos Francos: França e Alemanha
O Reino dos Francos:
• Os Francos eram tribos de origem germânica
que habitavam a região onde hoje é a
Alemanha.
• Em busca de novas terras, os francos invadem
a GÁLIA, atual França.
• No século V, o rei Clóvis I unifica as tribos
francas tornando-se seu primeiro rei.
Clóvis I:
• O primeiro rei merovíngio foi Clovis (neto de
Meroveu), que governou durante vinte nove
anos (482-511). Clovis conseguiu promover a
unificação dos francos, expandiu seus
domínios territoriais e converteu-se ao
cristianismo católico.
O batismo de Clóvis:
• Depois da morte de Clovis, seus quatro filhos
dividiram o reino franco, enfraquecendo-o
politicamente. Somente com o rei Dagoberto
(629-639) houve uma nova reunificação dos
francos. Entretanto, após sua morte surgiram
novas lutas internas que aceleraram o
desmoronamento do poder dos reis
merovíngios.
• Os sucessores de Dagoberto tiveram seus
poderes absorvidos por um alto funcionário
da corte, o prefeito do palácio ou mordomo
do paço (Major Domus) que, na prática,
desempenhava o papel do verdadeiro rei.
Quando aos reis merovíngios, assumiram uma
vida de prazeres e de ociosidade, o que lhe
valeu o título de reis indolentes.
• No final do século VII, o mordomo do paço
Pepino de Herstal (679-714) tornou seu cargo
hereditário. Seu sucessor, Carlos Martel (714-
741), adquiriu grande prestígio e poder,
principalmente depois de conseguir deter o
avanço dos árabes muçulmanos em direção à
Europa Ocidental.
Pepino de Heristal:
A Expansão Muçulmana:
Carlos Martel:
A batalha de Poitiers:
• Foi na famosa Batalha de Poitiers, em 732 que
Carlos Martel venceu o emir árabe
Abderramã, contando com os esforços da
infantaria dos francos. Interrompendo o
avanço dos muçulmanos em direção à Europa,
Carlos Martel ficou conhecido como o
salvador da cristandade ocidental.
• Em 751, Pepino destronou o último e
enfraquecido rei merovíngio, Childerico III, e
fundou a dinastia carolíngia.
Ele expulsa os lombardos da Itália doando
suas terras à Igreja Católica, esta se torna
aliada dos Francos.
• Pepino, o Breve, obteve o reconhecimento do
papa Zacarias para o destronamento do
último rei merovíngio, que se recolheu a um
mosteiro. Eleito rei de todos os francos,
Pepino foi abençoado solenemente pelo
arcebispo Bonifácio, representante do papa.
Childerico III:
Pepino o Breve:
• A importância do reinado de Pepino III, o
breve, residiu no fato de reunificar os povos e
territórios francos, consolidar a aliança com a
Igreja Católica ao combater os lombardos na
Itália e centralizar o poder.
Carlos Magno:
O Império Carolíngio:
• Em 768, Carlos Magno, filho de Pepino, sobe
ao trono dos francos. Carlos Magno Manteve
a política expansionista iniciada pelo pai,
assim como a aliança com a Igreja Católica.
Derrotou os lombardos e os saxões e do lado
oriental dominou a Baviera e submeteu todas
as tribos germânicas ocidentais.
• O império Franco não tinha capital fixa. Sua
sede dependia do lugar onde se encontrava o
imperador e sua corte. De modo geral, Carlos
Magno permanecia por maior tempo na
cidade de Aquisgrã (Aix-la-Chapelle).
Palácio de Carlos Magno:
• Procurando dar uma organização mais
adequada aos usos e costumes vigentes no
império, Carlos Magno baixou leis escritas
conhecidas como capitulares.
• Carlos Magno criou subdivisões
administrativas, encarregando os condes, os
marqueses e os missi-dominici de controlá-
las.
Condados:
• Cabia aos condes, responsáveis pelos
territórios do interior (condados), fazer
cumprir as capitulares e cobrar os impostos
em nome de Carlos Magno.
• Aos marqueses, cabia defender e administrar
os territórios situados nas fronteiras do
império, isto é, as marcas.
“Marcas” – Fronteiras:
• Os missi-dominici, inspetores reais, viajavam
por todo o império e tinham plenos poderes
para controlar a ação dos administradores
locais. Ou seja, eles deveriam verificar e avisar
ao imperador sobre a cobrança dos impostos,
aplicação das leis e etc.
Missi Dominici:
O Beneficium e os Vassalos do Rei
• Durante o governo de Carlos Magno, muitas
terras do império foram concedidas em
beneficium a diversos nobres locais. Esses
nobres tornavam-se, então, vassalos do rei,
tendo para com ele dever de fidelidade. Por
estarem na condição de vassalos diretos do
rei, muitos desses nobres se recusavam a
obedecer às instruções de autoridade
administrativas, como os missi-dominici.
• Essa atitude dos nobres foi um importante
elemento para a formação da sociedade
feudal, com fragmentação do poder nas mãos
de diversos nobres senhores de terra, unidos
apenas pelos laços de vassalagem.
O Renascimento Carolíngio:
• Guerreiro audacioso, Carlos Magno dedicou-
se, durante toda a vida, muito à espada do
que ao cultivo do espírito, permanecendo
analfabeto praticamente até a idade adulta.
Entretanto, na qualidade de administrador,
preocupou-se em promover o
desenvolvimento cultural de seu Império.
• Assessorado por intelectuais, como o monge
Alcuíno, o bibliotecário Leidrade e os
historiadores Paulo Diácomo e Eginardo,
Carlos Magno abriu escolas e mosteiros,
estimulou a tradução e a cópia de manuscritos
antigos e protegeu artistas.
• Carlos Magno preocupou-se em preservar a
cultura greco-romana, investiu na construção
de escolas, criou um novo sistema monetário
e estimulou o desenvolvimento das artes.
Educação:
• Na área educacional, o monge inglês Alcuíno foi o
responsável pelo desenvolvimento do projeto
escolar de Carlos Magno. A manutenção dos
conhecimentos clássicos (gregos e romanos)
tornou-se o objetivo principal desta reforma
educacional. As escolas funcionavam junto aos
mosteiros, aos bispados ou às cortes . Nestas
escolas eram ensinadas as sete artes liberais:
aritmética, geometria, astronomia, música,
gramática, retórica e dialética.
Monge Alcuíno:
• A arte sofreu uma grande influência das
culturas grega, romana e bizantina. Destacam-
se a construção de palácios e igrejas
• As iluminuras (livros pequenos com muitas
ilustrações, com detalhes em dourado)
Iluminuras:
• e os relicários (recipientes decorados para
guardar relíquias sagradas) também
marcaram este período.
Relicário:
Medalhão:
Coroação de Carlos Magno:
• No ano de 800, um importante fato histórico
representou o poder de Carlos Magno.
Aproximou-se da Igreja Católica e foi coroado
imperador, do Sacro Império Romano-
Germânico, pelo papa Leão III. Ele foi um
defensor da fé cristã e a espalhou pelas terras
dominadas.
Coroa de Carlos Magno:
A Espada de Carlos Magno:
O Império Carolíngio:
Principais regiões conquistadas
por Carlos Magno:
• - Conquista da Germânia em 772.
- Conquista da Pavia em 774.
- Anexação do Ducado de Friuli (Itália).
- Conquista das Ilhas Baleares em 779.
- Conquista do Ducado de Spoleto na Itália em
780.
- Tomada da cidade de Barcelona em 801.-
A Divisão e a Decadência do
Império:
• Ao morrer, em 814, Carlos Magno deixou o
poder imperial para seu filho Luís I, o Piedoso,
No reinado de Luís I, o Império Carolíngio
ainda conseguiu manter sua unidade política,
mas após sua morte, em 840, o império foi
disputado por seus filhos, numa desgastante
guerra civil.
Luís o Piedoso:
• Pelo Tratado de Verdun, assinado em 843, os
filhos de Luís I firmaram a paz, estabelecendo
a seguinte divisão do Império Franco:
• Carlos II, o Calvo, ficou com a parte ocidental,
compreendendo a região da França atual;
Carlos, o Calvo:
• Luís, o Germânico, ficou com a parte oriental,
compreendendo a região da Alemanha atual;
Luís, o Germânico:
• Lotário ficou com a parte central,
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Os francos, imp. carolingio

  • 2.
  • 3. • No ano de 476 o Império Romano do Ocidente chegou ao fim. Em seu lugar encontramos a partir de então diversos Reinos Bárbaros. É verdade que esses reinos não surgiram ao mesmo tempo; desde o século III vários povos bárbaros ocuparam partes do território romano. Os reinos formaram-se lentamente e de maneira desigual.
  • 4. • O início da Idade Média é marcado pela queda do Império Romano em 476 d.C. A Era Medieval é dividida em Alta e Baixa Idade Média. A Alta Idade Média vai do século V ao século XI d.C., o período medieval inicia com o surgimento de diversos reinos no território do antigo império romano.
  • 5. Povos bárbaros invasores ao Império Romano: • Germanos: francos, visigodos, saxões e vândalos. • Eslavos: sérvios, russos e croatas. • Tártaros - Mongóis: turcos e húngaros.
  • 6. • Principais Reinos Bárbaros: • Reino dos Vândalos: Península Ibérica • Reino dos Ostrogodos: Península Itálica • Reino dos Anglo-Saxões: Inglaterra • Reino dos Francos: França e Alemanha
  • 7. O Reino dos Francos: • Os Francos eram tribos de origem germânica que habitavam a região onde hoje é a Alemanha. • Em busca de novas terras, os francos invadem a GÁLIA, atual França. • No século V, o rei Clóvis I unifica as tribos francas tornando-se seu primeiro rei.
  • 9. • O primeiro rei merovíngio foi Clovis (neto de Meroveu), que governou durante vinte nove anos (482-511). Clovis conseguiu promover a unificação dos francos, expandiu seus domínios territoriais e converteu-se ao cristianismo católico.
  • 10. O batismo de Clóvis:
  • 11. • Depois da morte de Clovis, seus quatro filhos dividiram o reino franco, enfraquecendo-o politicamente. Somente com o rei Dagoberto (629-639) houve uma nova reunificação dos francos. Entretanto, após sua morte surgiram novas lutas internas que aceleraram o desmoronamento do poder dos reis merovíngios.
  • 12. • Os sucessores de Dagoberto tiveram seus poderes absorvidos por um alto funcionário da corte, o prefeito do palácio ou mordomo do paço (Major Domus) que, na prática, desempenhava o papel do verdadeiro rei. Quando aos reis merovíngios, assumiram uma vida de prazeres e de ociosidade, o que lhe valeu o título de reis indolentes.
  • 13. • No final do século VII, o mordomo do paço Pepino de Herstal (679-714) tornou seu cargo hereditário. Seu sucessor, Carlos Martel (714- 741), adquiriu grande prestígio e poder, principalmente depois de conseguir deter o avanço dos árabes muçulmanos em direção à Europa Ocidental.
  • 17.
  • 18. A batalha de Poitiers:
  • 19. • Foi na famosa Batalha de Poitiers, em 732 que Carlos Martel venceu o emir árabe Abderramã, contando com os esforços da infantaria dos francos. Interrompendo o avanço dos muçulmanos em direção à Europa, Carlos Martel ficou conhecido como o salvador da cristandade ocidental.
  • 20.
  • 21.
  • 22. • Em 751, Pepino destronou o último e enfraquecido rei merovíngio, Childerico III, e fundou a dinastia carolíngia. Ele expulsa os lombardos da Itália doando suas terras à Igreja Católica, esta se torna aliada dos Francos.
  • 23. • Pepino, o Breve, obteve o reconhecimento do papa Zacarias para o destronamento do último rei merovíngio, que se recolheu a um mosteiro. Eleito rei de todos os francos, Pepino foi abençoado solenemente pelo arcebispo Bonifácio, representante do papa.
  • 26.
  • 27. • A importância do reinado de Pepino III, o breve, residiu no fato de reunificar os povos e territórios francos, consolidar a aliança com a Igreja Católica ao combater os lombardos na Itália e centralizar o poder.
  • 29. O Império Carolíngio: • Em 768, Carlos Magno, filho de Pepino, sobe ao trono dos francos. Carlos Magno Manteve a política expansionista iniciada pelo pai, assim como a aliança com a Igreja Católica. Derrotou os lombardos e os saxões e do lado oriental dominou a Baviera e submeteu todas as tribos germânicas ocidentais.
  • 30.
  • 31.
  • 32. • O império Franco não tinha capital fixa. Sua sede dependia do lugar onde se encontrava o imperador e sua corte. De modo geral, Carlos Magno permanecia por maior tempo na cidade de Aquisgrã (Aix-la-Chapelle).
  • 33.
  • 34.
  • 36. • Procurando dar uma organização mais adequada aos usos e costumes vigentes no império, Carlos Magno baixou leis escritas conhecidas como capitulares.
  • 37. • Carlos Magno criou subdivisões administrativas, encarregando os condes, os marqueses e os missi-dominici de controlá- las.
  • 39. • Cabia aos condes, responsáveis pelos territórios do interior (condados), fazer cumprir as capitulares e cobrar os impostos em nome de Carlos Magno.
  • 40. • Aos marqueses, cabia defender e administrar os territórios situados nas fronteiras do império, isto é, as marcas.
  • 42. • Os missi-dominici, inspetores reais, viajavam por todo o império e tinham plenos poderes para controlar a ação dos administradores locais. Ou seja, eles deveriam verificar e avisar ao imperador sobre a cobrança dos impostos, aplicação das leis e etc.
  • 44. O Beneficium e os Vassalos do Rei
  • 45. • Durante o governo de Carlos Magno, muitas terras do império foram concedidas em beneficium a diversos nobres locais. Esses nobres tornavam-se, então, vassalos do rei, tendo para com ele dever de fidelidade. Por estarem na condição de vassalos diretos do rei, muitos desses nobres se recusavam a obedecer às instruções de autoridade administrativas, como os missi-dominici.
  • 46. • Essa atitude dos nobres foi um importante elemento para a formação da sociedade feudal, com fragmentação do poder nas mãos de diversos nobres senhores de terra, unidos apenas pelos laços de vassalagem.
  • 47. O Renascimento Carolíngio: • Guerreiro audacioso, Carlos Magno dedicou- se, durante toda a vida, muito à espada do que ao cultivo do espírito, permanecendo analfabeto praticamente até a idade adulta. Entretanto, na qualidade de administrador, preocupou-se em promover o desenvolvimento cultural de seu Império.
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  • 49. • Assessorado por intelectuais, como o monge Alcuíno, o bibliotecário Leidrade e os historiadores Paulo Diácomo e Eginardo, Carlos Magno abriu escolas e mosteiros, estimulou a tradução e a cópia de manuscritos antigos e protegeu artistas.
  • 50. • Carlos Magno preocupou-se em preservar a cultura greco-romana, investiu na construção de escolas, criou um novo sistema monetário e estimulou o desenvolvimento das artes.
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  • 55. • Na área educacional, o monge inglês Alcuíno foi o responsável pelo desenvolvimento do projeto escolar de Carlos Magno. A manutenção dos conhecimentos clássicos (gregos e romanos) tornou-se o objetivo principal desta reforma educacional. As escolas funcionavam junto aos mosteiros, aos bispados ou às cortes . Nestas escolas eram ensinadas as sete artes liberais: aritmética, geometria, astronomia, música, gramática, retórica e dialética.
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  • 59. • A arte sofreu uma grande influência das culturas grega, romana e bizantina. Destacam- se a construção de palácios e igrejas
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  • 62. • As iluminuras (livros pequenos com muitas ilustrações, com detalhes em dourado)
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  • 68. • e os relicários (recipientes decorados para guardar relíquias sagradas) também marcaram este período.
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  • 72. Coroação de Carlos Magno: • No ano de 800, um importante fato histórico representou o poder de Carlos Magno. Aproximou-se da Igreja Católica e foi coroado imperador, do Sacro Império Romano- Germânico, pelo papa Leão III. Ele foi um defensor da fé cristã e a espalhou pelas terras dominadas.
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  • 75. Coroa de Carlos Magno:
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  • 78. A Espada de Carlos Magno:
  • 80. Principais regiões conquistadas por Carlos Magno: • - Conquista da Germânia em 772. - Conquista da Pavia em 774. - Anexação do Ducado de Friuli (Itália). - Conquista das Ilhas Baleares em 779. - Conquista do Ducado de Spoleto na Itália em 780. - Tomada da cidade de Barcelona em 801.-
  • 81. A Divisão e a Decadência do Império: • Ao morrer, em 814, Carlos Magno deixou o poder imperial para seu filho Luís I, o Piedoso, No reinado de Luís I, o Império Carolíngio ainda conseguiu manter sua unidade política, mas após sua morte, em 840, o império foi disputado por seus filhos, numa desgastante guerra civil.
  • 83. • Pelo Tratado de Verdun, assinado em 843, os filhos de Luís I firmaram a paz, estabelecendo a seguinte divisão do Império Franco: • Carlos II, o Calvo, ficou com a parte ocidental, compreendendo a região da França atual;
  • 85. • Luís, o Germânico, ficou com a parte oriental, compreendendo a região da Alemanha atual;
  • 87. • Lotário ficou com a parte central, compreendendo regiões que estendiam da Itália até o mar do Norte.
  • 89. O Tratado de Verdún: