1. CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE LETRAS
A TRADUÇÃO SOB UMA NOVA TRADIÇÃO:
uma perspectiva cognitivista
aos Estudos da Tradução
Prof. Ms. Nelson Ferreira de Sousa Junior
professor.nelson@gmail.com
2. INTRODUÇÃO
“A tradução é uma prática histórica e
linguística e participa de uma concepção
histórica de linguagem” (FURLAN, 2010).
3. TRADUÇÃO NA ANTIGUIDADE
• Definição Ciceroniana:
Tradução “ut interpres” versus “ut orator”
• O foco sobre a fonte ou sobre o alvo
(FURLAN, 2010)
4. CAMINHOS “MODERNOS” DA TRADUÇÃO
• A Tradução inter-sígnica/ inter-semiótica/
Estruturalismo - (SOUZA, 1998)
Conhecimento da Forma
+
Conhecimento da Substância
7. • A Tradução como competência:
(AUBERT, 1993)
Domínio do código e referente fonte
+
Domínio do código e referente alvo
Comp. Linguística = Compt. Referencial
8. TRADUÇÃO COMO “PALIMPSESTO”
“A nosso ver, tanto a posição estruturalista
pura como a posição desconstrutivista
extremada são insuficientes para dar conta
do problema do sentido, da leitura e da sua
reescrita que é a tradução. A primeira é
insuficiente por não considerar o sujeito, e a
segunda é insuficiente por só considerar o
sujeito da leitura”. (LARANJEIRA, 1996).
9. Alunos do 2º Semestre de Latim, em exercício de
tradução, utilizando os mesmos materiais didáticos
e dicionários realizam traduções distintas.
RUÍDOS NA TRADUÇÃO?
Por que pessoas com “competências” e
“processos” semelhantes para a tradução
variam em produção?
10. 1. Não quero tomar Telesina como esposa: Por quê?
É uma devassa. Mas Telesina dá aos meninos. Quero!
2. Não quero desposar Telesina: Por quê?
Adúltera é. Mas Telesina dá para as crianças.
Então eu quero.
3. Não quero Telesina como esposa: Por quê?
Adúltera é. Mas dá para as crianças. Quero!
4. Eu não quero casar com Telesina. Por quê?
Ela é adúltera. Mas Telesina dá para os meninos.
Eu quero!
(Marcial,Liber II, 49)
11. A CORPORALIDADE COMO RESPOSTA
As dimensões da experiência são
significadas através da percepção
corpórea do indivíduo, a qual se
estabelece por meio de uma estrutura
conceptual formada ainda na infância.
Essa estrutura surge a partir da
recorrência das experiências numa
determinada base corporal, se estabili-
zando em esquemas imagéticos/ sensó-
reo-motores. (ver FELDMAN, 2006)
Representação icônica de alguns esquemas
sensório-motores (adaptada de BERGEN,
CHANG, 2003)
12. Enquanto os esquemas expressam uma organização da
experiência individual, os frames refletem uma ordenação
da experiência social.
14. OBSERVAÇÃO
1. Não quero tomar Telesina como esposa: Por quê?
É uma devassa. Mas Telesina dá aos meninos. Quero!
2. Não quero desposar Telesina: Por quê?
Adúltera é. Mas Telesina dá para as crianças.
Então eu quero.
3. Não quero Telesina como esposa: Por quê?
Adúltera é. Mas dá para as crianças. Quero!
4. Eu não quero casar com Telesina. Por quê?
Ela é adúltera. Mas Telesina dá para os meninos.
Eu quero!
15. CONCLUSÕES PRELIMINARES
• Diferenças no uso das construções na
tradução evidenciam diferenças
quanto à simulação;
• diferenças na tradução evidenciam o
foco quanto à simulação;
• a tradução seria uma narração
resultante da compreensão.