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ENCONTROS
ENTRE ARTE E MODA
PROF. ODAIR TUONO
ARTE (do latim ars) é a atividade
ligada a manifestação estética, cria-
da por artistas a partir da percepção,
emoções e ideias, com o objetivo de
estimular o interesse de um ou mais
espectadores, cada obra arte possui
um significado único e diferente.
Toda obra de arte é filha de seu tem-
po e, muitas vezes, mãe dos nossos
sentimentos.
Wassily Kandinsky (1866-1944)
ARTE
Pieta (2005), Guerra de La Paz
FASHION – Derivado do latim factio,
que significa “a ação ou processo de
fazer”, “modo” ou “maneira”.
A moda é um sistema original de re-
gulação e de pressão sociais: suas
mudanças apresentam um caráter
constrangedor, são acompanhadas do
“dever” de adoção e de assimilação,
impõem-se mais ou menos obrigato-
riamente a um meio social determina-
do.Gilles Lipovetsky, filósofo (*1944).
VESTUÁRIO – Conjunto de peças de
roupas que se vestem. Traje; roupa
completa.
MODA
Iris Apfel (*1921), Icon Fashion.
FLÜGEL E A ROUPA
Vênus, Giacomo ‘Palma’ Vecchio (c.1480-1528).
John Carl Flügel, psicanalista acadêmico (1884-1955).
• PUDOR
• PROTEÇÃO
• PODER
ENCONTROS
ARTE
MODA ROUPA
SOCIEDADE
“A influência de Marcel Duchamp se
estendeu como um manto profano e
libertário sobre praticamente todo o
século XX, impondo seu sorriso
irônico por trilhas, desvios e des-
caminhos da arte, na busca ataran-
tada de seu sentido”.
BOUSSO, Vitória Daniela. Por que
Duchamp?
Rrose Sélavy, Foto de Man Ray
(1921). Marcel Duchamp (1887 –
1968).
ARTE E VESTUÁRIO
Giacomo Balla (1871 – 1958)
Lê Vêtement masculin futuriste – 1914,
propõe um vestuário dinâmico, colorido,
assimétrico e versátil, a proposta era
estabelecer uma relação direta entre o
vestuário e o corpo, por meio de estru-
turas geométricas e de cores orgânicas.
Traje Futurista c. 1923.
Abiti da Uomo, 1945. Fortunato Depero.
ARTE E VESTUÁRIO
Sonia Terk Delaunay (1886 – 1979).
Desenvolveu teorias sobre a cor re-
lacionada à forma, ao espaço e ao
movimento.
As cores utilizadas eram brilhantes e
puras aliadas às formas geométricas
aplicadas aos trajes criando vesti-
mentas conhecidas como Arquitetura
da Cor.
Esboço, 1924.
Sônia Trek Delaunay
ARTE E VESTUÁRIO
Oskar Schlemmer (1888 – 1943).
A partir da estética do construtivismo, idealizou trajes que transformavam os
bailarinos em formas geométricas, um espetáculo de dança-teatro aonde a
estrutura e construção das peças condicionam o movimento dos personagens.
Triadisches Ballet, 1922.
Figurinos, Oskar Schlemmer.
ARTE E VESTUÁRIO
WARHOL + CAMPBELL’S
Nos anos 60, Andy Warhol transfor-
mou em arte os rótulos das sopas
Campbell’s.
A marca aproveitou o burburinho
para associar a arte POP de Warhol
com a roupa. O vestido com 80%
celulose e 20% algodão, não podia
ser lavado nem passado, tornando
se assim item de colecionador.
ARTE E VESTUÁRIO
Joana Vasconcelos em seu processo
criativo se apropria, descontextualiza
e subverte objetos do cotidiano. Utili-
zando a técnica ready-made associa-
das ao nouveau réaliste e pop, ofere-
cendo-nos uma crítica da sociedade
contemporânea.
Tecidos, rendas, bordados, aviamen-
tos do universo da moda e outros ele-
mentos, transformam se pelas inquie-
tações entre o artesanal e industrial, o
privado e publico, a tradição e moder-
nidade, a cultura popular e erudita,
resultantes do discurso da artista.
ARTE E VESTUÁRIO
Art Wars, ‘Crochet Vader’ (2013) .
Flávio de Carvalho (1899 – 1973).
Realizou uma passeata/desfile pe-
lo centro da cidade de São Paulo,
com o New Look, traje tropical
masculino composto por saiote
com pregas, blusa de nylon com
mangas curtas e folgadas.
Experiência nº 3, 1956.
ARTE E VESTUÁRIO
ARTE E VESTUÁRIO
Bispo do Rosário (1911 – 1989).
Internado por distúrbios psicológi-
cos desenvolveu sua obra “inspira-
da por anjos e pela Virgem Maria”
para ser apresentada ao “Todo
Poderoso no dia do Juízo Final”.
Manto de Apresentação, s.d.
Hélio Oiticica (1937 – 1980).
Visava o corpo real como partici-
pante indispensável em sua experi-
ência, criando roupas e capas que
eram feitas para usar e dançar, fun-
dindo corpo e obra numa só pele.
Parangolé 4, Nildo da Mangueira,
1964.
Parangolé, Caetano Veloso, s.d.
ARTE E VESTUÁRIO
Lygia Clark (1920 – 1988).
Um casal, encapuchados e atados
por um cordão umbilical de borra-
cha, se exploram de forma tátil,
buscando entre os bolsos e zíperes
do outro sugestões metafóricas de
seu próprio sexo.
Roupa-corpo-roupa, 1967.
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ARTE E VESTUÁRIO
Nazareth Pacheco e Silva (*1961).
A obra assimila questões próprias,
relacionadas a operações a que se
submetera para efetuar correções
estéticas devido a malformações
congênitas.
Saia de miçangas e gillette monta-
do em caixa de acrílico.
Colar de miçangas e lâminas mon-
tado em caixa de acrílico.
ARTE E VESTUÁRIO
Marcel Duchamp e o movimento
Dadaísta permitiram que o artista
pudesse pensar e realizar de outras
formas a obra de arte.
Entre os trajes dinâmicos e coloridos
do Futurismo até a roupa intangível
de Nazareth Pacheco, muitos artis-
tas encontraram no vestuário uma
forma de expressão genuína para
criação de suas obras.
Leigh Bowery (1961-1994).
ARTE E VESTUÁRIO
Na trajetória de criação de moda po-
demos identificar criadores e estilis-
tas que apresentaram em suas rou-
pas características que as aproxi-
mam de uma obra de arte, peças
únicas que refletem a ousadia de
seu criador alheio às críticas e cor-
rentes que poderiam impedir sua
manifestação plena.
Slava Zaitsev (*1938), fashion de-
signer russo.
VESTUÁRIO E ARTE
Mariano Fortuny (1871– 1949).
“...imitavam fielmente vestes antigas,
sendo, no entanto, absolutamente
únicas (...), evocavam a Veneza
totalmente inundada pelo Oriente, a
Veneza em que eram usadas e cujo
Sol, (...) de tonalidades misteriosas,
as associava indelevelmente à bela
cidade (...)”. [1]
Vestido Delfos, c. 1909.
[11 PROUST, Marcel. Em Busca do Tempo
Perdido.
VESTUÁRIO E ARTE
Elsa Schiaparelli (1890 – 1973).
Considerada a artista surrealista no mundo
de Alta Costura, as roupas e acessórios
criados por suas idéias procuravam ser uma
síntese entre a moda e a arte.
Vestido com bolsos “Gaveta”, 1937.
Salvador Dalí.
Vênus de Milo
com gavetas,
1936.
Vestido Esqueleto, 1938. Elsa Schiaparelli
VESTUÁRIO E ARTE
Yves Saint Laurent (1936- 2008).
Adaptar uma linha fluida e simples ao padrão das
formas e cores do artista Piet Mondrian permi-
tiram a criação de um clássico exemplo de influ-
ência de arte aplicada à moda.
Em 2011 o emblemático vestido foi vendido num
leilão da Christie’s em Londres, por 35 mil euros.
Vestido “Modrian”,
1965.
Piet Mondrian Composição
em vermelho, amarelo, azul,
1927.
YSL Art Dress. Yves Saint Laurent
VESTUÁRIO E ARTE
Jean Charles de Castelbajac (*1949)
Apresenta em algumas coleções a
utilização de materiais rústicos, teci-
dos pintados à mão, os quais contri-
buíram muito para influenciar os tra-
jes Wearable Art.
Coleção Prêt-à-porter Inverno 2002.
Homenagem ao artista americano
Keith Haring.
Coleção LEGO, Verão 2009.
VESTUÁRIO E ARTE
Issey Miyake (*1935)
As formas podem ser justas ao
corpo pelo delicado plissado dos
tecidos, sugerindo a versão com-
temporânea de Mariano Fortuny,
ou peças ampliadas em formas
geométricas que nos remetem aos
origamis, como uma das diversas
fontes que resgatam sua origem
japonesa.
Coleção Pleats Please, 1999.
Coleção Verão 2017.
VESTUÁRIO E ARTE
Lino Villaventura (*1951)
As criações primam pela pesquisa
e mistura de materiais como esca-
mas de peixe desidratadas, borra-
chas, couro de cabra, palha de bu-
riti, rendas, musselines e tafetás,
materiais combinados de forma
inusitada criando efeitos dramáti-
cos e por vezes barrocos, a prima-
zia do artesanato confere as peças
o valor de obra de arte.
SPFW Verão 2017.
VESTUÁRIO E ARTE
Jum Nakao (*1966) .
Influenciado pela tecnologia, pela
estética japonesa e pelos filmes de
animação. Performático, o estilista
gosta de causar impacto, mas
sempre com grande encantamento
da platéia.
SPFW. Verão 2005.
VESTUÁRIO E ARTE
Ronaldo Fraga (*1967)
Memórias, arte, música, literatura,
folclore, são alguns elementos de
referência em sua obra, traduzidos
em estampas, rendas, bordados,
patchworks, efeitos trompe l’oeil
para serem levados as passarelas
em forma de peças que desejam
nos contar histórias sobre a nossa
própria realidade.
SPFW. Inverno 2005. Homenagem
ao escritor Drummond de Andrade.
SPFW. Verão 2009, São Franscis-
co.
Ronaldo Fraga, inspiração Athos Bulcão.
VESTUÁRIO E ARTE
Alcântara afirma que moda é arte na
medida em que supera o comum,
cria e produz inovações apresentan-
do uma linguagem própria que per-
mite comunicar emoções, refletir
nossa imagem interna, e pela qual é
possível recriar valores.
ALCÂNTARA, Mamede de. Terapia
pela roupa. São Paulo: Mandarim,
1996.
Design Thierry Mugler fotografado
por Richard Burbridge.
VESTUÁRIO E ARTE
surgiu nos anos 50, fruto da evolução
tecnológica na área têxtil, como res-
posta criativa ao processo de massifi-
cação.
Afirmou-se como corrente de criação
apenas anos 70, tendo nos EUA um
grande pólo de divulgação.
No Brasil o engajamento da Wearable
Art aconteceu nos anos 80, por um
grupo de criadores que aderiu forte-
mente a estes conceitos como base
de sua produção.
Hedva Megged. Decô Coleção 2014.
WEARABLE ART
Em 1987 foi criado um evento para
promover a Rural Art Gallery em
Nelson, Nova Zelândia, que se
transformou no Montana WOW
Awards um ícone de criatividade
contemporânea.
A WOW Awards passou a ter um
endereço permanente o World of
Wearable Art & Collecable Cars
Museum (2001) que recebe cerca
de 60.000 visitantes por ano.
WEARABLE ART
Khepri, Miodrag Guberinic & Alexa Cach, USA, Winner 2016
Wellington International Award: Americas
FASHION ART
Elsa Schiaparelli foi a primeira
estilista a conciliar Arte e Moda no
século XX, mas sem dúvida Yves
Saint Laurent (YSL) consolidou este
conceito ao longo do seu trabalho.
Após sua morte os criadores de mo-
da buscam inspiração no fenômeno
da Arte, fruto talvez da reflexão das
obras do grande mestre e sua expo-
sição no Petit Palais (Paris, FR.
2010).
FASHION ART
AKRIS, designer Albert Kriemler, inspiração impressionista Claude Monet (SZ).
FASHION ART
RODARTE, inspiração pós impressionismo Van Gogh (US).
FASHION ART
ETRO, inspiração no futurismo de Fortunato Depero (IT).
FASHION ART
JIL SANDER inspiração nas obras de Pablo Picasso (IT).
FASHION ART
Donna KARAN inspiração no quadro do artista haitiano Philippe Dodard (US).
FASHION ART
CÉLINE, Phoebe Philo inspiração na performance de Yves Klein (FR).
Anthropometries of the Blue Epoch (1960).
Yves Klein (1928-1962).
FASHION ART
Walter van BEIRENDONCK Gareth PUGH Manish ARORA
2014 – Artistas de rua americanos
da Mad Society Kings não gostaram
da coleção inspirada no grafite da
Just Cavalli, marca de Roberto
Cavalli voltada para o público jovem.
Jason Williams, Victor Chapa e
Jeffrey Rubin deram entrada em um
processo na Corte da Califórnia com-
tra o italiano. Os três defendem que,
ao se apropriar dos seus grafites no
bairro de Mission, em São Francisco,
o estilista violou seus direitos auto-
rais.
ARTE X MODA
Mad Society Kings versus Just Cavalli.
2015 – Depois de ser acusada no
Facebook de plagiar duas ilustra-
ções, as Lojas Renner retiraram uma
linha de camisetas de seus pontos
de vendas.
A denúncia foi feita pela designer e
ilustradora baiana Júlia Lima, que
mantém um site no qual posta dese-
nhos próprios.
Júlia Lima acusa a Renner de copiar
dois desenhos seus e de utilizá-los
em estampas sem sua autorização.
ARTE X MODA
Júlia Lima versus Lojas Renner.
ARTE E MODA
O exercício da Arte é a raiz da cultu-
ra, assim como a necessidade do
vestuário para humanidade.
O sistema da Moda definitivamente
não é a Arte, mas sim um processo
industrial de consumo.
Porém todas as regras tem suas ex-
ceções, assim Arte e Moda podem
caminhar juntas absorvendo o que
cada uma tem de melhor de forma
ética e inspiradora.
SEIJAKU, Julho 2016, Paris Haute
Couture Week. Iris van Herpen,
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COELHO, Rosane Tiskoski. O estilista e as artes plásticas no século XX.
Florianópolis: Pós Graduação UDESC CEART, 2000.
DALE, Julie Schafler. Art to Wear. New York: Abbeville Press, 1986.
LEHNERT, Gertrud. História da Moda do Século XX. Alemanha, Colônia:
Könemann, 2000.
LURIE, Alison. A Linguagem das Roupas. Rio de Janeiro: Rocco 1997.
MENDES, Rafael Haendchen. Interface Artística: uma abordagem entre as
artes plásticas e a moda. Florianópolis: Pós Graduação UDESC CEART, 2003.
SEELING, Charlotte. Moda – O século dos estilistas: 1900 – 1999. Alemanha,
Colônia: Könemann, 2000.
REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS
ARTSY. Endereço eletrônico: artsy.net
COELHO, Marcello de Vasconcellos. Roupas inspiradas nas artes plásti-
cas: moda/arte. Endereço eletrônico: bibliobelas.wordpress.com/2011/07/12/35
-roupas-inspiradas-nas-artes-plasticas-modaarte/
FASHION. Endereço eletrônico: br.fashionnetwork.com
FFW FASHION FORWARD. SPFW Endereço eletrônico: ffw.com.br
HERPEN, Iris van. Endereço Eletrônico: irisvanherpen.com/
MEGGED, Hedva. Endereço Eletrônico: hedvamegged.com/
WORLD OF WEARABLEART . Endereço eletrônico: worldofwearableart.com.
ODAIR TUONO
Pesquisador de Arte e Moda
Contato: sr.tuono@gmail.com
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ENCONTROS ENTRE A ARTE E A MODA.

  • 1. ENCONTROS ENTRE ARTE E MODA PROF. ODAIR TUONO
  • 2. ARTE (do latim ars) é a atividade ligada a manifestação estética, cria- da por artistas a partir da percepção, emoções e ideias, com o objetivo de estimular o interesse de um ou mais espectadores, cada obra arte possui um significado único e diferente. Toda obra de arte é filha de seu tem- po e, muitas vezes, mãe dos nossos sentimentos. Wassily Kandinsky (1866-1944) ARTE Pieta (2005), Guerra de La Paz
  • 3. FASHION – Derivado do latim factio, que significa “a ação ou processo de fazer”, “modo” ou “maneira”. A moda é um sistema original de re- gulação e de pressão sociais: suas mudanças apresentam um caráter constrangedor, são acompanhadas do “dever” de adoção e de assimilação, impõem-se mais ou menos obrigato- riamente a um meio social determina- do.Gilles Lipovetsky, filósofo (*1944). VESTUÁRIO – Conjunto de peças de roupas que se vestem. Traje; roupa completa. MODA Iris Apfel (*1921), Icon Fashion.
  • 4. FLÜGEL E A ROUPA Vênus, Giacomo ‘Palma’ Vecchio (c.1480-1528). John Carl Flügel, psicanalista acadêmico (1884-1955). • PUDOR • PROTEÇÃO • PODER
  • 6. “A influência de Marcel Duchamp se estendeu como um manto profano e libertário sobre praticamente todo o século XX, impondo seu sorriso irônico por trilhas, desvios e des- caminhos da arte, na busca ataran- tada de seu sentido”. BOUSSO, Vitória Daniela. Por que Duchamp? Rrose Sélavy, Foto de Man Ray (1921). Marcel Duchamp (1887 – 1968). ARTE E VESTUÁRIO
  • 7. Giacomo Balla (1871 – 1958) Lê Vêtement masculin futuriste – 1914, propõe um vestuário dinâmico, colorido, assimétrico e versátil, a proposta era estabelecer uma relação direta entre o vestuário e o corpo, por meio de estru- turas geométricas e de cores orgânicas. Traje Futurista c. 1923. Abiti da Uomo, 1945. Fortunato Depero. ARTE E VESTUÁRIO
  • 8. Sonia Terk Delaunay (1886 – 1979). Desenvolveu teorias sobre a cor re- lacionada à forma, ao espaço e ao movimento. As cores utilizadas eram brilhantes e puras aliadas às formas geométricas aplicadas aos trajes criando vesti- mentas conhecidas como Arquitetura da Cor. Esboço, 1924. Sônia Trek Delaunay ARTE E VESTUÁRIO
  • 9. Oskar Schlemmer (1888 – 1943). A partir da estética do construtivismo, idealizou trajes que transformavam os bailarinos em formas geométricas, um espetáculo de dança-teatro aonde a estrutura e construção das peças condicionam o movimento dos personagens. Triadisches Ballet, 1922. Figurinos, Oskar Schlemmer. ARTE E VESTUÁRIO
  • 10. WARHOL + CAMPBELL’S Nos anos 60, Andy Warhol transfor- mou em arte os rótulos das sopas Campbell’s. A marca aproveitou o burburinho para associar a arte POP de Warhol com a roupa. O vestido com 80% celulose e 20% algodão, não podia ser lavado nem passado, tornando se assim item de colecionador. ARTE E VESTUÁRIO
  • 11. Joana Vasconcelos em seu processo criativo se apropria, descontextualiza e subverte objetos do cotidiano. Utili- zando a técnica ready-made associa- das ao nouveau réaliste e pop, ofere- cendo-nos uma crítica da sociedade contemporânea. Tecidos, rendas, bordados, aviamen- tos do universo da moda e outros ele- mentos, transformam se pelas inquie- tações entre o artesanal e industrial, o privado e publico, a tradição e moder- nidade, a cultura popular e erudita, resultantes do discurso da artista. ARTE E VESTUÁRIO Art Wars, ‘Crochet Vader’ (2013) .
  • 12. Flávio de Carvalho (1899 – 1973). Realizou uma passeata/desfile pe- lo centro da cidade de São Paulo, com o New Look, traje tropical masculino composto por saiote com pregas, blusa de nylon com mangas curtas e folgadas. Experiência nº 3, 1956. ARTE E VESTUÁRIO
  • 13. ARTE E VESTUÁRIO Bispo do Rosário (1911 – 1989). Internado por distúrbios psicológi- cos desenvolveu sua obra “inspira- da por anjos e pela Virgem Maria” para ser apresentada ao “Todo Poderoso no dia do Juízo Final”. Manto de Apresentação, s.d.
  • 14. Hélio Oiticica (1937 – 1980). Visava o corpo real como partici- pante indispensável em sua experi- ência, criando roupas e capas que eram feitas para usar e dançar, fun- dindo corpo e obra numa só pele. Parangolé 4, Nildo da Mangueira, 1964. Parangolé, Caetano Veloso, s.d. ARTE E VESTUÁRIO
  • 15. Lygia Clark (1920 – 1988). Um casal, encapuchados e atados por um cordão umbilical de borra- cha, se exploram de forma tátil, buscando entre os bolsos e zíperes do outro sugestões metafóricas de seu próprio sexo. Roupa-corpo-roupa, 1967. Arquiteturas Biológicas II (1969). Lygia Clark ARTE E VESTUÁRIO
  • 16. Nazareth Pacheco e Silva (*1961). A obra assimila questões próprias, relacionadas a operações a que se submetera para efetuar correções estéticas devido a malformações congênitas. Saia de miçangas e gillette monta- do em caixa de acrílico. Colar de miçangas e lâminas mon- tado em caixa de acrílico. ARTE E VESTUÁRIO
  • 17. Marcel Duchamp e o movimento Dadaísta permitiram que o artista pudesse pensar e realizar de outras formas a obra de arte. Entre os trajes dinâmicos e coloridos do Futurismo até a roupa intangível de Nazareth Pacheco, muitos artis- tas encontraram no vestuário uma forma de expressão genuína para criação de suas obras. Leigh Bowery (1961-1994). ARTE E VESTUÁRIO
  • 18. Na trajetória de criação de moda po- demos identificar criadores e estilis- tas que apresentaram em suas rou- pas características que as aproxi- mam de uma obra de arte, peças únicas que refletem a ousadia de seu criador alheio às críticas e cor- rentes que poderiam impedir sua manifestação plena. Slava Zaitsev (*1938), fashion de- signer russo. VESTUÁRIO E ARTE
  • 19. Mariano Fortuny (1871– 1949). “...imitavam fielmente vestes antigas, sendo, no entanto, absolutamente únicas (...), evocavam a Veneza totalmente inundada pelo Oriente, a Veneza em que eram usadas e cujo Sol, (...) de tonalidades misteriosas, as associava indelevelmente à bela cidade (...)”. [1] Vestido Delfos, c. 1909. [11 PROUST, Marcel. Em Busca do Tempo Perdido. VESTUÁRIO E ARTE
  • 20. Elsa Schiaparelli (1890 – 1973). Considerada a artista surrealista no mundo de Alta Costura, as roupas e acessórios criados por suas idéias procuravam ser uma síntese entre a moda e a arte. Vestido com bolsos “Gaveta”, 1937. Salvador Dalí. Vênus de Milo com gavetas, 1936. Vestido Esqueleto, 1938. Elsa Schiaparelli VESTUÁRIO E ARTE
  • 21. Yves Saint Laurent (1936- 2008). Adaptar uma linha fluida e simples ao padrão das formas e cores do artista Piet Mondrian permi- tiram a criação de um clássico exemplo de influ- ência de arte aplicada à moda. Em 2011 o emblemático vestido foi vendido num leilão da Christie’s em Londres, por 35 mil euros. Vestido “Modrian”, 1965. Piet Mondrian Composição em vermelho, amarelo, azul, 1927. YSL Art Dress. Yves Saint Laurent VESTUÁRIO E ARTE
  • 22. Jean Charles de Castelbajac (*1949) Apresenta em algumas coleções a utilização de materiais rústicos, teci- dos pintados à mão, os quais contri- buíram muito para influenciar os tra- jes Wearable Art. Coleção Prêt-à-porter Inverno 2002. Homenagem ao artista americano Keith Haring. Coleção LEGO, Verão 2009. VESTUÁRIO E ARTE
  • 23. Issey Miyake (*1935) As formas podem ser justas ao corpo pelo delicado plissado dos tecidos, sugerindo a versão com- temporânea de Mariano Fortuny, ou peças ampliadas em formas geométricas que nos remetem aos origamis, como uma das diversas fontes que resgatam sua origem japonesa. Coleção Pleats Please, 1999. Coleção Verão 2017. VESTUÁRIO E ARTE
  • 24. Lino Villaventura (*1951) As criações primam pela pesquisa e mistura de materiais como esca- mas de peixe desidratadas, borra- chas, couro de cabra, palha de bu- riti, rendas, musselines e tafetás, materiais combinados de forma inusitada criando efeitos dramáti- cos e por vezes barrocos, a prima- zia do artesanato confere as peças o valor de obra de arte. SPFW Verão 2017. VESTUÁRIO E ARTE
  • 25. Jum Nakao (*1966) . Influenciado pela tecnologia, pela estética japonesa e pelos filmes de animação. Performático, o estilista gosta de causar impacto, mas sempre com grande encantamento da platéia. SPFW. Verão 2005. VESTUÁRIO E ARTE
  • 26. Ronaldo Fraga (*1967) Memórias, arte, música, literatura, folclore, são alguns elementos de referência em sua obra, traduzidos em estampas, rendas, bordados, patchworks, efeitos trompe l’oeil para serem levados as passarelas em forma de peças que desejam nos contar histórias sobre a nossa própria realidade. SPFW. Inverno 2005. Homenagem ao escritor Drummond de Andrade. SPFW. Verão 2009, São Franscis- co. Ronaldo Fraga, inspiração Athos Bulcão. VESTUÁRIO E ARTE
  • 27. Alcântara afirma que moda é arte na medida em que supera o comum, cria e produz inovações apresentan- do uma linguagem própria que per- mite comunicar emoções, refletir nossa imagem interna, e pela qual é possível recriar valores. ALCÂNTARA, Mamede de. Terapia pela roupa. São Paulo: Mandarim, 1996. Design Thierry Mugler fotografado por Richard Burbridge. VESTUÁRIO E ARTE
  • 28. surgiu nos anos 50, fruto da evolução tecnológica na área têxtil, como res- posta criativa ao processo de massifi- cação. Afirmou-se como corrente de criação apenas anos 70, tendo nos EUA um grande pólo de divulgação. No Brasil o engajamento da Wearable Art aconteceu nos anos 80, por um grupo de criadores que aderiu forte- mente a estes conceitos como base de sua produção. Hedva Megged. Decô Coleção 2014. WEARABLE ART
  • 29. Em 1987 foi criado um evento para promover a Rural Art Gallery em Nelson, Nova Zelândia, que se transformou no Montana WOW Awards um ícone de criatividade contemporânea. A WOW Awards passou a ter um endereço permanente o World of Wearable Art & Collecable Cars Museum (2001) que recebe cerca de 60.000 visitantes por ano. WEARABLE ART Khepri, Miodrag Guberinic & Alexa Cach, USA, Winner 2016 Wellington International Award: Americas
  • 30. FASHION ART Elsa Schiaparelli foi a primeira estilista a conciliar Arte e Moda no século XX, mas sem dúvida Yves Saint Laurent (YSL) consolidou este conceito ao longo do seu trabalho. Após sua morte os criadores de mo- da buscam inspiração no fenômeno da Arte, fruto talvez da reflexão das obras do grande mestre e sua expo- sição no Petit Palais (Paris, FR. 2010).
  • 31. FASHION ART AKRIS, designer Albert Kriemler, inspiração impressionista Claude Monet (SZ).
  • 32. FASHION ART RODARTE, inspiração pós impressionismo Van Gogh (US).
  • 33. FASHION ART ETRO, inspiração no futurismo de Fortunato Depero (IT).
  • 34. FASHION ART JIL SANDER inspiração nas obras de Pablo Picasso (IT).
  • 35. FASHION ART Donna KARAN inspiração no quadro do artista haitiano Philippe Dodard (US).
  • 36. FASHION ART CÉLINE, Phoebe Philo inspiração na performance de Yves Klein (FR). Anthropometries of the Blue Epoch (1960). Yves Klein (1928-1962).
  • 37. FASHION ART Walter van BEIRENDONCK Gareth PUGH Manish ARORA
  • 38. 2014 – Artistas de rua americanos da Mad Society Kings não gostaram da coleção inspirada no grafite da Just Cavalli, marca de Roberto Cavalli voltada para o público jovem. Jason Williams, Victor Chapa e Jeffrey Rubin deram entrada em um processo na Corte da Califórnia com- tra o italiano. Os três defendem que, ao se apropriar dos seus grafites no bairro de Mission, em São Francisco, o estilista violou seus direitos auto- rais. ARTE X MODA Mad Society Kings versus Just Cavalli.
  • 39. 2015 – Depois de ser acusada no Facebook de plagiar duas ilustra- ções, as Lojas Renner retiraram uma linha de camisetas de seus pontos de vendas. A denúncia foi feita pela designer e ilustradora baiana Júlia Lima, que mantém um site no qual posta dese- nhos próprios. Júlia Lima acusa a Renner de copiar dois desenhos seus e de utilizá-los em estampas sem sua autorização. ARTE X MODA Júlia Lima versus Lojas Renner.
  • 40. ARTE E MODA O exercício da Arte é a raiz da cultu- ra, assim como a necessidade do vestuário para humanidade. O sistema da Moda definitivamente não é a Arte, mas sim um processo industrial de consumo. Porém todas as regras tem suas ex- ceções, assim Arte e Moda podem caminhar juntas absorvendo o que cada uma tem de melhor de forma ética e inspiradora. SEIJAKU, Julho 2016, Paris Haute Couture Week. Iris van Herpen,
  • 41. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COELHO, Rosane Tiskoski. O estilista e as artes plásticas no século XX. Florianópolis: Pós Graduação UDESC CEART, 2000. DALE, Julie Schafler. Art to Wear. New York: Abbeville Press, 1986. LEHNERT, Gertrud. História da Moda do Século XX. Alemanha, Colônia: Könemann, 2000. LURIE, Alison. A Linguagem das Roupas. Rio de Janeiro: Rocco 1997. MENDES, Rafael Haendchen. Interface Artística: uma abordagem entre as artes plásticas e a moda. Florianópolis: Pós Graduação UDESC CEART, 2003. SEELING, Charlotte. Moda – O século dos estilistas: 1900 – 1999. Alemanha, Colônia: Könemann, 2000.
  • 42. REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS ARTSY. Endereço eletrônico: artsy.net COELHO, Marcello de Vasconcellos. Roupas inspiradas nas artes plásti- cas: moda/arte. Endereço eletrônico: bibliobelas.wordpress.com/2011/07/12/35 -roupas-inspiradas-nas-artes-plasticas-modaarte/ FASHION. Endereço eletrônico: br.fashionnetwork.com FFW FASHION FORWARD. SPFW Endereço eletrônico: ffw.com.br HERPEN, Iris van. Endereço Eletrônico: irisvanherpen.com/ MEGGED, Hedva. Endereço Eletrônico: hedvamegged.com/ WORLD OF WEARABLEART . Endereço eletrônico: worldofwearableart.com.
  • 43. ODAIR TUONO Pesquisador de Arte e Moda Contato: sr.tuono@gmail.com ART CONNECT PEOPLE Mídias Sociais SÃO PAULO – 2016