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Teoria de inovação
MÓDULO 1 – 02 de agosto de 2013
GEP-040 Criação de Programas de Inovação: Open Innovation
MBA em Gestão e Engenharia de Produtos e Serviços
Prof. Dr. Fabiano Armellini
Os fatores críticos da competitividade industrial
Custo Tempo Qualidade Flexibilidade Inovação
Até década
de 60
Final dos
anos 60
A partir dos
anos 70
A partir dos
anos 80
A partir dos
anos 90
tempo
2
Qualidade e inovação
“Durante muitos anos, empresas e unidades de negócios (...) estiveram
envolvidas em exaustivos esforços destinados a fazer melhor aquilo que já vinham
fazendo. Six Sigma, Total Quality e outras técnicas foram o foco de muitas
organizações. O resultado não se traduziu em mudanças significativas, a não ser
pelo aumento da aplicação dos ativos disponíveis.
(...) As empresas constataram que seria mais fácil trabalhar no espaço
incremental do que empreender mudanças semi-radicais ou radicais.
(...) O problema com a inovação incremental é que ela representa criatividade
travada (...), que vai se transformando na forma dominante de inovação e não deixa
espaço para reformas potencialmente mais valiosas.
(...) [Porém] operar na área de commodities normalmente cria pressão
insuportável sobre as margens de lucros e uma contínua explosão de novos produtos.
Isso mantém a empresa na busca frenética pela próxima mudança incremental.”
3
DAVILA, T. et al. (2006) As regras da inovação: como gerenciar, como medir e como lucrar, Ed. Bookman, 2007.
A estratégia do oceano azul
• Melhor do que ter uma estratégia de competição por melhores preços dentro de
um mercado comoditizado (oceano vermelho), é ter uma estratégia para
definição de novos mercados, sem competição (oceano azul);
• Essa estratégia deve envolver a continua criação de novos produtos (bens ou
serviços) que tornem o seu mercado único;
• Quando a concorrência estiver apta a fornecer produtos similares aos seus, sua
empresa deve estar pronta para desenvolver um novo mercado antes que seu
oceano azul se torne um oceano vermelho.
“Não concorra com os rivais: torne-os
irrelevantes.”
KIM, W.C.; MAUBORGNE, R. (2005)
Blue Ocean Strategy: How to Create Uncontested Market Space and Make Competition Irrelevant, Harvard Business Press.
4
W.Chang Kim & Renée Mauborgne
Mas isso é alguma novidade???
Schumpeter – o "pai" da inovação
• Conceito da destruição criadora
• Mudança tecnológica é endógena ao
mercado
• É a inovação que permite às empresas
auferirem lucros extraordinários
• “Não importa como o Capitalismo administra
as suas estruturas, mas sim como ele as cria e
destrói”
6
Joseph Schumpeter
• Economista austríaco que introduziu o conceito de “inovação” como
motor do crescimento econômico
• Principais obras:
– 1912: Theory of Economic Development
– 1939: Business Cycles
– 1942: Capitalism, Socialism and Democracy
Inovação e invenção – o papel dos spillovers
• Economista americano neoschumpeteriano
• Principal obra:
– 1982: Inside the black box: technology and
economics
• Questão: inovação é a mesma coisa que invenção?
7
Nathan Rosenberg
Invenção
Inovação
• “As invenções apenas adquirem importância
econômica em função de sua introdução e ampla
difusão”
• Spillovers (complementaridades):
• o retorno social de uma inovação raramente
pode ser identificado de forma isolada
• invenções ocorrem dentro contexto
tecnológico proporcionado por spillovers
ROSENBERG, N. (1982) Por dentro da caixa preta: tecnologia e economia, Ed. Unicamp, 2006.
Dinâmica da inovação
8
Taxadeinovaçõesimportantes
Tempo
James Utterback
Adaptado de UTTERBACK, J.M. (1994) Dominando a dinâmica da inovação Qualitymark editora, 1996.
Inovações
do produto
Inovações do
processo
Fase fluida Fase transitória Fase madura
Dinâmica de inovações de produto e processo
Performance
(curva “S”)
Tecnologia 1
Tecnologia 2
Tecnologia 3
Performance
Tempo
Dinâmica da inovação (2)
Teoria do modelo dominante (curva ‘S’ de tecnologia)
9
James Utterback
Adaptado de UTTERBACK, J.M. (1994) Dominando a dinâmica da inovação Qualitymark editora, 1996.
Dinâmica da inovação (3)
10
Inovação
Incremental
Performance
Tempo
Inovação
Radical
James Utterback
Adaptado de UTTERBACK, J.M. (1994) Dominando a dinâmica da inovação Qualitymark editora, 1996.
Padrão de surgimento de inovações radicais
Inovação incremental, semiradical e radical
Adaptado de DAVILA, T. et al. (2006) As regras da inovação: como gerenciar, como medir e como lucrar, Ed. Bookman, 2007.
11
Alavancando a inovação
12
DAVILA, T. et al. (2006) As regras da inovação: como gerenciar, como medir e como lucrar, Ed. Bookman, 2007.
Alavancas
Tipos
de inovação
Alavancas dos modelos de negócio Alavancas tecnológicas
Proposição de
valor
Cadeia de
valor
Cliente-alvo
(mercado)
Produtos e
serviços
Tecnologia de
processos
Tecnologia
capacitadora
Incremental Pequena melhoria (pelo menos uma alavanca)
Semi-radical
orientada a
modelo de
negócios
Melhoria significativa
(pelo menos uma alavanca)
Pequena ou nenhuma melhoria
Semi-radical
orientada à
tecnologia
Pequena ou nenhuma melhoria
Melhoria significativa
(pelo menos uma alavanca)
Radical
Melhoria significativa
(pelo menos uma alavanca)
Melhoria significativa
(pelo menos uma alavanca)
O dilema da inovação
13
CHRISTENSEN, C.M. (1997) The innovator’s dilemma: when technology causes great companies to fail, Harvard Business Press.
Clayton Christensen
Investidores pressionam os
executivos para crescer e
continuar crescendo cada vez
mais rápido
Para sustentar esse crescimento,
o executivo deve assumir riscos
que são inaceitáveis para estes
mesmos investidores
• Revolucionária (radical ou
descontínua)
• Evolucionária (incremental ou
contínua)
Sustentadora
• Uma inovação que cria um novo
(e inesperado) mercado através a
aplicação de um novo conjunto
de valores, para um público, num
primeiro momento, pouco
exigente em termos de qualidade
e performance.
Disruptiva
Falando em Clayton Christensen...
14
CHRISTENSEN, C.M. (2003). The innovator's solution : creating and sustaining successful growth. Harvard Business Press.
Tipos de inovação:
E como as empresas se
estruturam para inovar?
Proposta: organização ambidestra
16
Exploitation Exploration
Adaptado de O’REILLY III, C.A.; TUSHMAN, M.L. The ambidextrous organization, Harvard Business Review, April, 2004, pp.74-81.
Michael Tushman
Charles O’Reilly III
A lógica por trás dos centros de P&D
• Nos primórdios do P&D, a ideia de inovação sempre esteve atrelada à existência
do gênio criador;
• Baseado nessa lógica, as chances da empresa aumentam na medida em que ela
tem muitos gênios pensando para ela;
• Daí decorre a ideia do centro de P&D corporativo...
17
1 gênio Vários gênios (*)
(*) Foto aérea do campus principal da Microsoft Research em Redmont, Washington.
Economias de Escala e Escopo
“(...) These processes differed from earlier ones in their potential for
exploiting the unprecedented cost advantages of the economies of
scale and scope.”
18
Menlo Park
(1876)
Bell Labs
(1920)
Xerox Parc
(1970)
MS Research
(1991)
Alfred Chandler
CHANDLER Jr., A.D. (1990) Scale and scope: the dynamics of industrial capitalism, Harvard University Press.
Processos de inovação
• Para maior desempenho desses centros de P&D, diversas metodologias e
processos foram criadas pelas empresas e pelos acadêmicos especializados em
teoria das organizações...
19
Mudança de paradigma – desverticalização
20
OECD (2008) Open Innovation in Global Networks, Organisation for Economic Co-operation and Development.
Inovação aberta
• Novo paradigma em gestão da inovação (pôquer vs. xadrez)
• Três processos-“core” (GASSMAN et ENKEL, 2004):
– Outside-in
– Inside-out
– Coupled
21
Henry Chesbrough
CHESBROUGH, H.W. (2003) Open innovation: the new imperative for creating and profiting from technology, Harvard Business School Press.
Os paradigmas da inovação e da organização industrial
Paradigma Principais autores Principais conceitos Período (aprox.)
Clássico /
neoclássico
Smith, Ricardo,
Walras
• Liberalismo: economia autorregulada pelo mercado
(“invisible hand”)
• Mudança tecnológica exógena à firma
Da revolução
industrial até
meados do séc.XX
Destruição
criadora
Schumpeter
• Inovação é o motor do progresso técnico e do
desenvolvimento econômico
• Mudança tecnológica endógena à firma
• Empreendedorismo como motor para a geração da inovação
Primeira metade do
séc.XX
P&D
corporativo
Chandler
• Integração vertical do P&D à distribuição
• Acumulação em economias de escala e escopo (“visible
hand”)
• Inovação realizada em laboratórios corporativos de P&D
Meados do séc.XX
Outsourcing Sturgeon, Langlois
• Processo de desverticalização: estruturas verticais entram
em colapso (“vanishing hand”)
• Pareceria e terceirização como alternativa para
compartilhamento de riscos e custos
A partir da década
de 80
Inovação
aberta
Chesbrough
• Desverticalização atinge estruturas estratégicas, como o P&D
• Uso de fluxos de conhecimento (internos e externos) para
acelerar a inovação interna, e expansão de mercados para
uso externo da inovação gerada internamente
A partir de meados
da década de 90
22
Ok... então o paradigma da
inovação aberta afirma que a
empresa não inova sozinha. Mas
isso é novidade???
Keynesianismo e os sistemas de inovação
• Economista do início do sec.XX que pregava o intervencionismo do
Estado nas relações econômicas, para promoção e planejamento
do crescimento de forma planejada;
• Teoria se opõe diretamente ao liberalismo econômico (“laissez-
faire”), mas não necessariamente está ligado a ideias socialistas
(embora estes últimos em geral usam as ideias de Keynes para
propor organizações socialistas e comunistas de Estado baseadas
na planificação e na abolição da livre iniciativa).
24
KEYNES, J.M. (1936) Teoria geral do emprego, do juro e da moeda, Ed. Atlas, 1992.
John M. Keynes
• No estudo de inovação, a teoria de sistemas de inovação apresenta
o apoio do Estado como elemento fundamental para o êxito da
inovação das empresas em um determinado local;
• Por preconizar a intervenção do Estado, essas teorias são ditas
neokeynesianas;
• São as teorias que estão por trás de todas as leis e programas de
incentivo à inovação que têm surgido nos últimos anos.
Bengt-Åke Lundvall
LUNDVALL, B.Å. (ed.) (1992) National innovation systems: towards a theory of innovation and interactive learning, Pinter.
• Agente principal da inovação é a
empresa (visão schumpeteriana);
• Porém, conhecimento é gerado
primordialmente na universidade;
• Para criar fluxo de conhecimento, é
necessário relacionamento
universidade-empresa;
• Governo deve funcionar como
catalisador nesse relacionamento,
através da criação de Sistemas de
Inovação;
• Se o governo deve legislar e apoiar a
inovação, é preciso se definir com
precisão esses assuntos...
Tríplice hélice
25Adaptado de: SÁBATO J.A.; BOTANA N. (1968) La ciencia y la tecnología en el desarrollo futuro de América Latina,
Revista de la Integración, INTAL, Vol.1, No.3, pp. 15-36.
UniversidadeIndústria
Governo
OCDE
• A Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE,
ou OECD em inglês) é uma
organização internacional dos países
comprometidos com os princípios da
democracia representativa e da
economia de livre mercado
• Sede em Paris, na França
• 30 países membros (Grupo dos
Ricos)
• Brasil é país de “relacionamento
avançado” na OCDE
Fonte: site da OCDE (http;//www.oecd.org)
26
Alguns manuais de P,D&I da OCDE
27
Conclusões
• Nesse módulo foi feita uma ampla revisão bibliográfica sobre o tema INOVAÇÃO;
• Três “correntes” de pensamento foram identificadas como colaboradoras para a
visão contemporânea da inovação:
– Corrente (neo)shumpeteriana: inovação como criadora (e destruidora) das
estruturas de mercado;
– Corrente (neo)keynesiana: ressalta a importância da atuação do Estado como
promotor da inovação;
– Corrente organizacional: enxerga a inovação como fluxos de atividades e
processos de negócio (BPM).
• A inovação aberta se apresenta como novo paradigma (“mindset”) que insere um
novo ingrediente a essas três visões: a crescente necessidade de interação com o
ambiente externo (colaboração, parcerias, licenciamento...)
28
Referências bibliográficas (1)
BRASKEM (2008) Estrutura do processo de gestão de desenvolvimento da Braskem,
Apresentado na VIII Conferência ANPEI, Maio de 2008: Belo Horizonte.
CHANDLER Jr., A.D. (1990) Scale and scope: the dynamics of industrial capitalism, Harvard
University Press.
CHESBROUGH, H.W. (2003) Open Innovation: The New Imperative for Creating And Profiting
from Technology, Harvard Business School Press.
CHRISTENSEN, C.M. (1997) The innovator's dilemma: when new technologies cause great firms
to fail, Harvard Business Press.
CLARK, K.B.; WHEELWRIGHT, S.C. (eds.) (1995) The product development challenge – competing
through speed, quality and creativity, Harvard Business School Press.
COOPER, R.G. (1986) Winning at new products – accelerating the process from idea to launch,
Addison-Wesley.
CHRISTENSEN, C.M. (2003) The innovator's solution: creating and sustaining successful growth.
Harvard Business Press.
DAVILA, T.; EPSTEIN, M.J.; SHELTON, R. (2006) As regras da inovação: como gerenciar, como
medir e como lucrar, Ed. Bookman.
GASSMANN, O.; ENKEL, E. (2004) Towards a theory of open innovation: three core process
archetypes, Proceedings of the R&D Management Conference, Lisbon, Portugal, July 6–9,
2004.
29
Referências bibliográficas (2)
KEYNES, J.M. (1936) Teoria geral do emprego, do juro e da moeda, Ed. Atlas, 1992.
KIM, W.C.; MAUBORGNE, R. (2005) Blue Ocean Strategy: How to Create Uncontested Market
Space and Make Competition Irrelevant, Harvard Business Press.
LANGLOIS, R.N. (2003) The vanishing hand: The changing dynamics of industrial capitalism,
Industrial and Corporate Change; Vol. 12, No. 2, pp. 351-85.
LIND, J. (2006) Boeing’s global enterprise technology process, Research-Technology
Management, September-October 2006.
LUNDVALL, B.Å. (ed.) (1992) National innovation systems: towards a theory of innovation and
interactive learning, Pinter.
MANKIN, E. (2004) Is your product development process helping (or hindering) innovation? in:
HARVARD BUSINESS SCHOOL (2007) Implementando a inovação, Elsevier Editora, pp.139-
149.
OECD (2002) Frascati manual – proposed standard practice for surveys on research and
experimental development, 6th edition, Organization for Economic Co-operation and
Development.
OECD (2008) Open Innovation in Global Networks, Organisation for Economic Co-operation and
Development.
OECD; EUROSTAT (1997) Oslo manual: guidelines for collecting and interpreting innovation
data, 3rd edition, Organization for Economic Co-operation and Development.
30
Referências bibliográficas (3)
O’REILLY III, C.A.; TUSHMAN, M.L. (2004) The ambidextrous organization, Harvard Business
Review, April 2004, pp.74-81.
POSSAS, M. S. (2006) Concorrência e inovação in: PELAEZ, V.; SZMRECSANYI, T. (2006) (orgs.)
Economia da inovação tecnológica, Hucitec.
ROSENBERG, N. (1982) Por dentro da caixa preta: tecnologia e economia, Ed. Unicamp, 2006.
SÁBATO J.A.; BOTANA N. (1968) La ciencia y la tecnología en el desarrollo futuro de América
Latina, Revista de la Integración, INTAL, Vol.1, No.3, pp. 15-36.
SCHUMPETER, J.A. (1912) The theory of economic development, Cambridge, Harvard University.
1957.
SCHUMPETER, J.A. (1939) Business cycles: a theoretical, historical and statistical analysis of the
capitalist process, Porcupine, 1989.
SCHUMPETER, J.A. (1943) Capitalism, socialism and democracy, George Allen & Unwin Ltd.
STURGEON, T.J. (1997) Does manufacturing still matter? The organization delinking of
production from innovation, International Conference on New Product Development and
Production Networks, Berlin.
TIDD, J.; BESSANT, J.; PAVITT, K. (2005) Gestão da inovação, 3ª edição, Bookman, Porto Alegre,
2008.
UTTERBACK, J.M. (1994) Dominando a dinâmica da inovação, Qualitymark editora, 1996.
31
Fabiano Armellini
farmellini@usp.br
Escola Politécnica da USP
Departamento de Engenharia Mecânica
Av. Prof. Luciano Gualberto - Trav. 3, 380
São Paulo – SP 05508-970
Cidade Universitária
Tel.: +55 11 3091-5332
Fax: +55 11 3091-9883
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  • 1. Teoria de inovação MÓDULO 1 – 02 de agosto de 2013 GEP-040 Criação de Programas de Inovação: Open Innovation MBA em Gestão e Engenharia de Produtos e Serviços Prof. Dr. Fabiano Armellini
  • 2. Os fatores críticos da competitividade industrial Custo Tempo Qualidade Flexibilidade Inovação Até década de 60 Final dos anos 60 A partir dos anos 70 A partir dos anos 80 A partir dos anos 90 tempo 2
  • 3. Qualidade e inovação “Durante muitos anos, empresas e unidades de negócios (...) estiveram envolvidas em exaustivos esforços destinados a fazer melhor aquilo que já vinham fazendo. Six Sigma, Total Quality e outras técnicas foram o foco de muitas organizações. O resultado não se traduziu em mudanças significativas, a não ser pelo aumento da aplicação dos ativos disponíveis. (...) As empresas constataram que seria mais fácil trabalhar no espaço incremental do que empreender mudanças semi-radicais ou radicais. (...) O problema com a inovação incremental é que ela representa criatividade travada (...), que vai se transformando na forma dominante de inovação e não deixa espaço para reformas potencialmente mais valiosas. (...) [Porém] operar na área de commodities normalmente cria pressão insuportável sobre as margens de lucros e uma contínua explosão de novos produtos. Isso mantém a empresa na busca frenética pela próxima mudança incremental.” 3 DAVILA, T. et al. (2006) As regras da inovação: como gerenciar, como medir e como lucrar, Ed. Bookman, 2007.
  • 4. A estratégia do oceano azul • Melhor do que ter uma estratégia de competição por melhores preços dentro de um mercado comoditizado (oceano vermelho), é ter uma estratégia para definição de novos mercados, sem competição (oceano azul); • Essa estratégia deve envolver a continua criação de novos produtos (bens ou serviços) que tornem o seu mercado único; • Quando a concorrência estiver apta a fornecer produtos similares aos seus, sua empresa deve estar pronta para desenvolver um novo mercado antes que seu oceano azul se torne um oceano vermelho. “Não concorra com os rivais: torne-os irrelevantes.” KIM, W.C.; MAUBORGNE, R. (2005) Blue Ocean Strategy: How to Create Uncontested Market Space and Make Competition Irrelevant, Harvard Business Press. 4 W.Chang Kim & Renée Mauborgne
  • 5. Mas isso é alguma novidade???
  • 6. Schumpeter – o "pai" da inovação • Conceito da destruição criadora • Mudança tecnológica é endógena ao mercado • É a inovação que permite às empresas auferirem lucros extraordinários • “Não importa como o Capitalismo administra as suas estruturas, mas sim como ele as cria e destrói” 6 Joseph Schumpeter • Economista austríaco que introduziu o conceito de “inovação” como motor do crescimento econômico • Principais obras: – 1912: Theory of Economic Development – 1939: Business Cycles – 1942: Capitalism, Socialism and Democracy
  • 7. Inovação e invenção – o papel dos spillovers • Economista americano neoschumpeteriano • Principal obra: – 1982: Inside the black box: technology and economics • Questão: inovação é a mesma coisa que invenção? 7 Nathan Rosenberg Invenção Inovação • “As invenções apenas adquirem importância econômica em função de sua introdução e ampla difusão” • Spillovers (complementaridades): • o retorno social de uma inovação raramente pode ser identificado de forma isolada • invenções ocorrem dentro contexto tecnológico proporcionado por spillovers ROSENBERG, N. (1982) Por dentro da caixa preta: tecnologia e economia, Ed. Unicamp, 2006.
  • 8. Dinâmica da inovação 8 Taxadeinovaçõesimportantes Tempo James Utterback Adaptado de UTTERBACK, J.M. (1994) Dominando a dinâmica da inovação Qualitymark editora, 1996. Inovações do produto Inovações do processo Fase fluida Fase transitória Fase madura Dinâmica de inovações de produto e processo Performance (curva “S”)
  • 9. Tecnologia 1 Tecnologia 2 Tecnologia 3 Performance Tempo Dinâmica da inovação (2) Teoria do modelo dominante (curva ‘S’ de tecnologia) 9 James Utterback Adaptado de UTTERBACK, J.M. (1994) Dominando a dinâmica da inovação Qualitymark editora, 1996.
  • 10. Dinâmica da inovação (3) 10 Inovação Incremental Performance Tempo Inovação Radical James Utterback Adaptado de UTTERBACK, J.M. (1994) Dominando a dinâmica da inovação Qualitymark editora, 1996. Padrão de surgimento de inovações radicais
  • 11. Inovação incremental, semiradical e radical Adaptado de DAVILA, T. et al. (2006) As regras da inovação: como gerenciar, como medir e como lucrar, Ed. Bookman, 2007. 11
  • 12. Alavancando a inovação 12 DAVILA, T. et al. (2006) As regras da inovação: como gerenciar, como medir e como lucrar, Ed. Bookman, 2007. Alavancas Tipos de inovação Alavancas dos modelos de negócio Alavancas tecnológicas Proposição de valor Cadeia de valor Cliente-alvo (mercado) Produtos e serviços Tecnologia de processos Tecnologia capacitadora Incremental Pequena melhoria (pelo menos uma alavanca) Semi-radical orientada a modelo de negócios Melhoria significativa (pelo menos uma alavanca) Pequena ou nenhuma melhoria Semi-radical orientada à tecnologia Pequena ou nenhuma melhoria Melhoria significativa (pelo menos uma alavanca) Radical Melhoria significativa (pelo menos uma alavanca) Melhoria significativa (pelo menos uma alavanca)
  • 13. O dilema da inovação 13 CHRISTENSEN, C.M. (1997) The innovator’s dilemma: when technology causes great companies to fail, Harvard Business Press. Clayton Christensen Investidores pressionam os executivos para crescer e continuar crescendo cada vez mais rápido Para sustentar esse crescimento, o executivo deve assumir riscos que são inaceitáveis para estes mesmos investidores
  • 14. • Revolucionária (radical ou descontínua) • Evolucionária (incremental ou contínua) Sustentadora • Uma inovação que cria um novo (e inesperado) mercado através a aplicação de um novo conjunto de valores, para um público, num primeiro momento, pouco exigente em termos de qualidade e performance. Disruptiva Falando em Clayton Christensen... 14 CHRISTENSEN, C.M. (2003). The innovator's solution : creating and sustaining successful growth. Harvard Business Press. Tipos de inovação:
  • 15. E como as empresas se estruturam para inovar?
  • 16. Proposta: organização ambidestra 16 Exploitation Exploration Adaptado de O’REILLY III, C.A.; TUSHMAN, M.L. The ambidextrous organization, Harvard Business Review, April, 2004, pp.74-81. Michael Tushman Charles O’Reilly III
  • 17. A lógica por trás dos centros de P&D • Nos primórdios do P&D, a ideia de inovação sempre esteve atrelada à existência do gênio criador; • Baseado nessa lógica, as chances da empresa aumentam na medida em que ela tem muitos gênios pensando para ela; • Daí decorre a ideia do centro de P&D corporativo... 17 1 gênio Vários gênios (*) (*) Foto aérea do campus principal da Microsoft Research em Redmont, Washington.
  • 18. Economias de Escala e Escopo “(...) These processes differed from earlier ones in their potential for exploiting the unprecedented cost advantages of the economies of scale and scope.” 18 Menlo Park (1876) Bell Labs (1920) Xerox Parc (1970) MS Research (1991) Alfred Chandler CHANDLER Jr., A.D. (1990) Scale and scope: the dynamics of industrial capitalism, Harvard University Press.
  • 19. Processos de inovação • Para maior desempenho desses centros de P&D, diversas metodologias e processos foram criadas pelas empresas e pelos acadêmicos especializados em teoria das organizações... 19
  • 20. Mudança de paradigma – desverticalização 20 OECD (2008) Open Innovation in Global Networks, Organisation for Economic Co-operation and Development.
  • 21. Inovação aberta • Novo paradigma em gestão da inovação (pôquer vs. xadrez) • Três processos-“core” (GASSMAN et ENKEL, 2004): – Outside-in – Inside-out – Coupled 21 Henry Chesbrough CHESBROUGH, H.W. (2003) Open innovation: the new imperative for creating and profiting from technology, Harvard Business School Press.
  • 22. Os paradigmas da inovação e da organização industrial Paradigma Principais autores Principais conceitos Período (aprox.) Clássico / neoclássico Smith, Ricardo, Walras • Liberalismo: economia autorregulada pelo mercado (“invisible hand”) • Mudança tecnológica exógena à firma Da revolução industrial até meados do séc.XX Destruição criadora Schumpeter • Inovação é o motor do progresso técnico e do desenvolvimento econômico • Mudança tecnológica endógena à firma • Empreendedorismo como motor para a geração da inovação Primeira metade do séc.XX P&D corporativo Chandler • Integração vertical do P&D à distribuição • Acumulação em economias de escala e escopo (“visible hand”) • Inovação realizada em laboratórios corporativos de P&D Meados do séc.XX Outsourcing Sturgeon, Langlois • Processo de desverticalização: estruturas verticais entram em colapso (“vanishing hand”) • Pareceria e terceirização como alternativa para compartilhamento de riscos e custos A partir da década de 80 Inovação aberta Chesbrough • Desverticalização atinge estruturas estratégicas, como o P&D • Uso de fluxos de conhecimento (internos e externos) para acelerar a inovação interna, e expansão de mercados para uso externo da inovação gerada internamente A partir de meados da década de 90 22
  • 23. Ok... então o paradigma da inovação aberta afirma que a empresa não inova sozinha. Mas isso é novidade???
  • 24. Keynesianismo e os sistemas de inovação • Economista do início do sec.XX que pregava o intervencionismo do Estado nas relações econômicas, para promoção e planejamento do crescimento de forma planejada; • Teoria se opõe diretamente ao liberalismo econômico (“laissez- faire”), mas não necessariamente está ligado a ideias socialistas (embora estes últimos em geral usam as ideias de Keynes para propor organizações socialistas e comunistas de Estado baseadas na planificação e na abolição da livre iniciativa). 24 KEYNES, J.M. (1936) Teoria geral do emprego, do juro e da moeda, Ed. Atlas, 1992. John M. Keynes • No estudo de inovação, a teoria de sistemas de inovação apresenta o apoio do Estado como elemento fundamental para o êxito da inovação das empresas em um determinado local; • Por preconizar a intervenção do Estado, essas teorias são ditas neokeynesianas; • São as teorias que estão por trás de todas as leis e programas de incentivo à inovação que têm surgido nos últimos anos. Bengt-Åke Lundvall LUNDVALL, B.Å. (ed.) (1992) National innovation systems: towards a theory of innovation and interactive learning, Pinter.
  • 25. • Agente principal da inovação é a empresa (visão schumpeteriana); • Porém, conhecimento é gerado primordialmente na universidade; • Para criar fluxo de conhecimento, é necessário relacionamento universidade-empresa; • Governo deve funcionar como catalisador nesse relacionamento, através da criação de Sistemas de Inovação; • Se o governo deve legislar e apoiar a inovação, é preciso se definir com precisão esses assuntos... Tríplice hélice 25Adaptado de: SÁBATO J.A.; BOTANA N. (1968) La ciencia y la tecnología en el desarrollo futuro de América Latina, Revista de la Integración, INTAL, Vol.1, No.3, pp. 15-36. UniversidadeIndústria Governo
  • 26. OCDE • A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, ou OECD em inglês) é uma organização internacional dos países comprometidos com os princípios da democracia representativa e da economia de livre mercado • Sede em Paris, na França • 30 países membros (Grupo dos Ricos) • Brasil é país de “relacionamento avançado” na OCDE Fonte: site da OCDE (http;//www.oecd.org) 26
  • 27. Alguns manuais de P,D&I da OCDE 27
  • 28. Conclusões • Nesse módulo foi feita uma ampla revisão bibliográfica sobre o tema INOVAÇÃO; • Três “correntes” de pensamento foram identificadas como colaboradoras para a visão contemporânea da inovação: – Corrente (neo)shumpeteriana: inovação como criadora (e destruidora) das estruturas de mercado; – Corrente (neo)keynesiana: ressalta a importância da atuação do Estado como promotor da inovação; – Corrente organizacional: enxerga a inovação como fluxos de atividades e processos de negócio (BPM). • A inovação aberta se apresenta como novo paradigma (“mindset”) que insere um novo ingrediente a essas três visões: a crescente necessidade de interação com o ambiente externo (colaboração, parcerias, licenciamento...) 28
  • 29. Referências bibliográficas (1) BRASKEM (2008) Estrutura do processo de gestão de desenvolvimento da Braskem, Apresentado na VIII Conferência ANPEI, Maio de 2008: Belo Horizonte. CHANDLER Jr., A.D. (1990) Scale and scope: the dynamics of industrial capitalism, Harvard University Press. CHESBROUGH, H.W. (2003) Open Innovation: The New Imperative for Creating And Profiting from Technology, Harvard Business School Press. CHRISTENSEN, C.M. (1997) The innovator's dilemma: when new technologies cause great firms to fail, Harvard Business Press. CLARK, K.B.; WHEELWRIGHT, S.C. (eds.) (1995) The product development challenge – competing through speed, quality and creativity, Harvard Business School Press. COOPER, R.G. (1986) Winning at new products – accelerating the process from idea to launch, Addison-Wesley. CHRISTENSEN, C.M. (2003) The innovator's solution: creating and sustaining successful growth. Harvard Business Press. DAVILA, T.; EPSTEIN, M.J.; SHELTON, R. (2006) As regras da inovação: como gerenciar, como medir e como lucrar, Ed. Bookman. GASSMANN, O.; ENKEL, E. (2004) Towards a theory of open innovation: three core process archetypes, Proceedings of the R&D Management Conference, Lisbon, Portugal, July 6–9, 2004. 29
  • 30. Referências bibliográficas (2) KEYNES, J.M. (1936) Teoria geral do emprego, do juro e da moeda, Ed. Atlas, 1992. KIM, W.C.; MAUBORGNE, R. (2005) Blue Ocean Strategy: How to Create Uncontested Market Space and Make Competition Irrelevant, Harvard Business Press. LANGLOIS, R.N. (2003) The vanishing hand: The changing dynamics of industrial capitalism, Industrial and Corporate Change; Vol. 12, No. 2, pp. 351-85. LIND, J. (2006) Boeing’s global enterprise technology process, Research-Technology Management, September-October 2006. LUNDVALL, B.Å. (ed.) (1992) National innovation systems: towards a theory of innovation and interactive learning, Pinter. MANKIN, E. (2004) Is your product development process helping (or hindering) innovation? in: HARVARD BUSINESS SCHOOL (2007) Implementando a inovação, Elsevier Editora, pp.139- 149. OECD (2002) Frascati manual – proposed standard practice for surveys on research and experimental development, 6th edition, Organization for Economic Co-operation and Development. OECD (2008) Open Innovation in Global Networks, Organisation for Economic Co-operation and Development. OECD; EUROSTAT (1997) Oslo manual: guidelines for collecting and interpreting innovation data, 3rd edition, Organization for Economic Co-operation and Development. 30
  • 31. Referências bibliográficas (3) O’REILLY III, C.A.; TUSHMAN, M.L. (2004) The ambidextrous organization, Harvard Business Review, April 2004, pp.74-81. POSSAS, M. S. (2006) Concorrência e inovação in: PELAEZ, V.; SZMRECSANYI, T. (2006) (orgs.) Economia da inovação tecnológica, Hucitec. ROSENBERG, N. (1982) Por dentro da caixa preta: tecnologia e economia, Ed. Unicamp, 2006. SÁBATO J.A.; BOTANA N. (1968) La ciencia y la tecnología en el desarrollo futuro de América Latina, Revista de la Integración, INTAL, Vol.1, No.3, pp. 15-36. SCHUMPETER, J.A. (1912) The theory of economic development, Cambridge, Harvard University. 1957. SCHUMPETER, J.A. (1939) Business cycles: a theoretical, historical and statistical analysis of the capitalist process, Porcupine, 1989. SCHUMPETER, J.A. (1943) Capitalism, socialism and democracy, George Allen & Unwin Ltd. STURGEON, T.J. (1997) Does manufacturing still matter? The organization delinking of production from innovation, International Conference on New Product Development and Production Networks, Berlin. TIDD, J.; BESSANT, J.; PAVITT, K. (2005) Gestão da inovação, 3ª edição, Bookman, Porto Alegre, 2008. UTTERBACK, J.M. (1994) Dominando a dinâmica da inovação, Qualitymark editora, 1996. 31
  • 32. Fabiano Armellini farmellini@usp.br Escola Politécnica da USP Departamento de Engenharia Mecânica Av. Prof. Luciano Gualberto - Trav. 3, 380 São Paulo – SP 05508-970 Cidade Universitária Tel.: +55 11 3091-5332 Fax: +55 11 3091-9883 Obrigado! Thank you!