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1
DESENHO TÉCNICO
MECÂNICO
Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG
VESPASIANO
2012
2
Presidente da FIEMG
Olavo Machado Júnior
Diretor Regional do SENAI
Lúcio José de Figueiredo Sampaio
Gerente de Educação Profissional
Edmar Fernando de Alcântara
3
DESENHO TÉCNICO
MECÂNICO
Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI
Departamento Regional de Minas Gerais
Centro de Formação Profissional -Vespasiano
Hudson Fabrício Xavier Pereira
Mateus Emílio de Menezes
VESPASIANO
2012
4
© 10.4.2012 - SENAI. Departamento Regional de Minas Gerais
SENAI/MG
Centro de Formação Profissional -Vespasiano
SENAI FIEMG
Serviço Nacional de Aprendizagem Av. do Contorno, 4456
Industrial Bairro Funcionários
Departamento Regional de Minas 30110-916 – Belo Horizonte
Gerais Minas Gerais
5
PPrreeffáácciioo
“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade
do conhecimento. “
Peter Drucker
O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os perfis
profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção, coleta,
disseminação e uso da informação.
O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país,sabe disso , e ,consciente
do seu papel formativo , educa o trabalhador sob a égide do conceito da competência:”
formar o profissional com responsabilidade no processo produtivo, com iniciativa
na resolução de problemas, com conhecimentos técnicos aprofundados,
flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e consciência da necessidade de
educação continuada.”
Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento , na sua área tecnológica,
amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se faz necessária. Para
o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia, da conexão de suas escolas à
rede mundial de informações – Internet - é tão importante quanto zelar pela produção de
material didático.
Isto porque, nos embates diários,instrutores e alunos , nas diversas oficinas e
laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais didáticos,
tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.
O SENAI deseja , por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua curiosidade,
responder às suas demandas de informações e construir links entre os diversos
conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !
Gerência de Educação e Tecnologia
6
QSMS
IInnttrroodduuççããoo aa QQuuaalliiddaaddee
O conceito de qualidade evoluiu ao longo do século, mudando de uma
atividade de inspeção e seleção de itens não-conformes, com caráter
fortemente corretivo, para o uso de técnicas estatísticas que garantiriam a qualidade do
produto de forma preventiva. Posteriormente a ênfase mudou do produto para o processo,
pois um processo com os padrões de qualidade desejados apresenta como conseqüência
um produto com a qualidade esperada. Paralelamente, passou-se a trabalhar com os
sistemas de qualidade das empresas. Atualmente o conceito evoluiu, além das fronteiras
da empresa, abrangendo toda a cadeia onde essa está inserida.
Para entendermos melhor esse processo, precisamos retornar à década de 1980 que
foi um período marcado pelo início da implantação de programas de qualidade total nas
empresas americanas e européias na tentativa de conter o avanço das vendas dos
produtos japoneses.
O sucesso das empresas japonesas, que produziam com ótima qualidade e preços
mais baixos do que os praticados nos demais países, foi em parte creditado à capacidade
de implementação de programas de produtividade e qualidade total que contavam com a
participação dos funcionários. Programas como Círculos de Controle de Qualidade,
Controle Estatístico de Processo, Manutenção Produtiva Total, Melhoria Contínua
(Kaizen), Análise dos Efeitos e Tipos de Falhas e as Sete Ferramentas da Qualidade
passaram a ter grande aceitação no mundo ocidental a partir do sucesso percebido com a
implantação de técnicas que combinavam o aumento da qualidade e da produtividade.
Esses programas, que faziam parte de um sistema da qualidade, culminaram na
elaboração e divulgação das Normas ISO 9000, na Europa, em 1987, chegando ao Brasil
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Depois de 1990, as Normas ISO, constituem um modelo internacional para a qualidade,
sendo um dos requisitos básicos à implementação bem sucedida de um processo de
qualidade total. Quando uma empresa obtém a certificação ISO 9000, significa que está
se organizando para ter um padrão de qualidade do seu processo e, conseqüentemente,
de seu produto, em um patamar confiável, o que resulta em garantia de qualidade para os
clientes. Além disso, quando a empresa passa a se preocupar com a implantação de
programas de melhoria da qualidade e produtividade, visando a melhor utilização de seus
recursos produtivos, existe forte probabilidade de redução em seus custos, o que resulta
em preços mais competitivos. A implantação de programas de qualidade e produtividade,
além de viabilizar a certificação da empresa como “classe mundial”, traz consigo a
possibilidade da melhor qualidade de vida, mesmo que não haja um programa
formalizado com este nome, pois possibilita benefícios aos funcionários, em termos de
carreira e aprendizado profissional.
7
CCoonncceeiittooss ddee qquuaalliiddaaddee ee pprroodduuttiivviiddaaddee
O conceito de qualidade apresentado na Norma ISO 8402 é descrito
como um conjunto de propriedades e características de um produto,
processo ou serviço, que lhe fornecem a capacidade de satisfazer as
necessidades explícitas ou implícitas.
Diversos outros autores conceituaram qualidade. Segundo Deming, a qualidade significa
um grau previsível de uniformidade e confiabilidade a baixo custo, estando adequada ao
mercado. Outra definição de qualidade é apresentada por Juran, que a entende
como adequação ao uso.
Em relação à produtividade, o conceito pode ser apresentado sob dois aspectos. Visto de
uma forma restrita, podemos definir como a relação entre os recursos empregados e os
resultados obtidos, ou seja: Nesse sentido, a produtividade é vista como eficiência e é
conseguida através da otimização do uso dos recursos empregados (inputs) a fim de
maximizar os resultados desejados (outputs). Sob um ponto de vista mais amplo,
produtividade não é somente obter o máximo de eficiência “fazendo certo as coisas”, mas
atingir o máximo de eficácia “fazendo as coisas certas”. É necessário ir além do conceito
básico de resultado obtido/recurso empregado e entender os fatores determinantes que
conduzem à melhoria da produtividade.
Dessa forma, fica fácil entender e localizar a qualidade no conceito de produtividade,
seja ele restrito ou amplo. A qualidade deve estar sistematicamente e tecnicamente
aplicada em qualquer processo, presente nos recursos e no resultado, bem como na
atividade de conversão desses recursos em resultado. Diminuir o desperdício e produzir
com qualidade significa aumento de produtividade. A falta de qualidade no desempenho
significa que mais recursos ou recursos de melhor qualidade serão necessários para
produzir uma quantidade específica de resultado, com qualidade. Retrabalho, refugo e
desperdício são fatores que requerem recursos adicionais, traduzidos em menor
produtividade e menos riqueza para a empresa.
OOss ddeezz pprriinnccííppiiooss ddaa qquuaalliiddaaddee ttoottaall
Independente dos programas da moda ou das normas da qualidade, os principais
mestres da qualidade, entre eles William Edward Deming, Joseph Juran, Phillip Crosby,
Armand Feigenbaum e Kaoru Ishikawa, desenvolveram metodologias próprias em relação
à implantação de programas da qualidade nas empresas, e cada um deles criou uma
relação de princípios da qualidade total.
Esses possuem certa similaridade e podem ser agrupados em dez princípios:
Planejamento da Qualidade, Total Satisfação dos Clientes, Gerência Participativa,
Desenvolvimento dos Recursos Humanos, Constância de Propósitos, Aperfeiçoamento
Contínuo, Gerenciamento de Processos, Disseminação das Informações, Garantia da
Qualidade e Desempenho Zero Defeitos. A qualidade total visa obter um forte efeito de
sinergia, em que o todo é maior do que a soma das partes Com esses “mandamentos” da
qualidade devidamente implantados e os resultados medidos e avaliados constantemente,
os programas da qualidade terão mais chance de obterem sucesso na empresa.
8
PPrriimmeeiirroo pprriinnccííppiioo:: ppllaanneejjaammeennttoo ddaa qquuaalliiddaaddee
O Planejamento da Qualidade, segundo Juran, é essencial para delinear
um guia da qualidade, pois prepara a empresa para alcançar as metas da
qualidade. Os elementos desse planejamento são os seguintes: identificar
quem são os clientes internos e externos e conhecer quais são suas exigências,
desenvolver o produto ou serviço face a essas exigências, identificar os processos que
tenham impacto sobre a qualidade, estabelecer metas da qualidade e garantir a
capacidade do processo para atingir essas metas em condições normais de
funcionamento.
SSeegguunnddoo pprriinnccííppiioo:: ttoottaall ssaattiissffaaççããoo ddoo cclliieennttee
O segundo princípio, enunciado como “Total Satisfação dos Clientes”, pode ser
entendido como o ponto principal da gestão da qualidade. Os clientes são a razão de
existir de uma organização, e o primeiro passo da qualidade é conhecer as necessidades
dos clientes e como os clientes avaliam os produtos que lhes são prestados. Essa
avaliação deve ser transformada em indicadores concretos, de modo a permitir a
mensuração do grau de satisfação dos clientes. A organização deve estabelecer um
processo sistemático e regular de troca e aprendizado com seus clientes, procurando
antever suas necessidades, antecipar seus desejos e superar suas expectativas. Sendo
assim, o marketing passa a ter um papel significativo na qualidade. As reclamações e
sugestões dos clientes devem encontrar um porto seguro dentro das organizações, pois
muitas vezes são as fontes de inspiração para grandes projetos da empresa.
Além disso, a organização deve buscar a excelência no atendimento, diferenciando-se
de seus concorrentes e assegurando a satisfação de todos os clientes, externos e
internos, diretos e indiretos, acionistas e compradores.
TTeerrcceeiirroo pprriinnccííppiioo:: ggeessttããoo ppaarrttiicciippaattiivvaa
Nesse caso, o relacionamento entre chefia e subordinados Ø a tônica.
As novas idéias devem ser estimuladas e a criatividade aproveitada para a resolução dos
problemas e o constante aperfeiçoamento das atividades. O medo deve ser eliminado, e
os vários níveis gerenciais devem adotar atitude de ouvir permanentemente o que
pensam seus colaboradores. Se essa cultura for adotada internamente, entende-se que
os clientes também serão ouvidos em qualquer nível hierárquico da organização. É
necessário que os gerentes adotem atitudes de liderança e transparência. Sendo assim, é
necessário criar uma cultura de participação e repasse de informações, para que haja um
nivelamento entre o corpo funcional. A agilidade nesse processo decorre de um alto nível
de delegação, de um correto sistema de distribuição dos resultados e de um sistema ágil
de comunicação.
O objetivo principal é obter um forte efeito de sinergia, em que o todo é maior do que a
soma das partes. Delegar significa colocar o poder de decisão o mais próximo possível da
ação. A presteza com que se atendem os clientes determina muitas vezes a maior
aproximação ou perda dos mesmos. Um correto sistema de distribuição de resultados é
aquele que considera que a riqueza gerada por uma empresa deve ser corretamente
distribuída entre todos que a geraram. Nesse sentido, os ganhos de produtividade que
resultaram em maior riqueza devem ser devidamente distribuídos entre os
sócios, os funcionários, a comunidade e o governo. Uma ferramenta que
9
pode apoiar as empresas na efetividade dessa distribuição Ø o
Demonstrativo do Valor Adicionado ( DVA).
A comunicação, sistematizada e transparente, será o “fio condutor”
para que a delegação e a distribuição aconteçam de forma eficaz na
empresa.
QQuuaarrttoo pprriinnccííppiioo:: ddeesseennvvoollvviimmeennttoo ddooss rreeccuurrssooss hhuummaannooss
O sentido maior desse princípio Ø buscar a valorização dos funcionários, enfocando seu
crescimento e plena realização como peças fundamentais na obtenção da qualidade total.
Tal enfoque implica uma nova postura, que preconiza a mudança de comportamentos e
atitudes na organização. A capacitação e o treinamento cumprem um papel fundamental
na modernização da empresa. Deve-se afastar o medo. Os funcionários não podem ter
medo de fazer perguntas, apresentar sugestões, testar alterações, questionar processos,
pois do contrário jamais mudarão sua forma de trabalhar. Precisam sentir-se seguros, em
um clima que apresenta confiança e abertura. É preciso remover as barreiras ao orgulho
da execução do trabalho. As pessoas devem orgulhar-se do trabalho que fazem e da
qualidade desse trabalho.
QQuuiinnttoo pprriinnccííppiioo:: ccoonnssttâânncciiaa ddee pprrooppóóssiittooss
A adoção de novos valores é um processo lento e gradual que deve levar em conta a
cultura existente na organização. A definição de propósitos através de um processo de
planejamento estratégico participativo, integrado e baseado em análise de dados íntegros
e abrangentes, determina o comprometimento, a confiança, o alinhamento e a
convergência de ações. O engajamento da alta direção, definindo e implementando a
política da qualidade e os seus objetivos, assegurando que a política e seu engajamento
sejam entendidos e mantidos em todos os níveis da organização, é vital.
SSeexxttoo pprriinnccííppiioo:: aappeerrffeeiiççooaammeennttoo ccoonnttíínnuuoo
Nesta época de mudanças aceleradas, as reais necessidades dos clientes se alteram
rapidamente com a renovação tecnológica ou de costumes, alimentadas por uma
concorrência acirrada. Novas leis e regulamentos são elaborados para se garantir a
qualidade dos produtos e serviços adquiridos. Nesse contexto, torna-se imprescindível
implantar uma cultura de mudança, comprometida com o aperfeiçoamento contínuo,
eliminando-se atitudes de paternalismo, acomodação e passividade. As características
deste princípio encontram-se no questionamento permanente de todas as atividades e
ações realizadas na empresas, buscando a inovação dos produtos, serviços e processos,
a criatividade e a flexibilidade de atuação, a análise comparativa com os concorrentes e a
capacidade de incorporar novas tecnologias.
Outra premissa básica da produtividade e da qualidade é que não se pode melhorar o
que não se pode medir e, portanto, é imprescindível criar um conjunto de indicadores
globais que retratem a situação existente e que permitam a comparação com referenciais
da própria empresa ou com outras empresas de mesmas características. Esse conjunto
de indicadores globais deve permitir à empresa acompanhar seus resultados econômicos,
financeiros, de qualidade e de produtividade. Também devem permitir o desdobramento,
de forma que o resultado “lido” pelo nível estratégico reflita o desempenho
alcançado no nível operacional.
10
SSééttiimmoo pprriinnccííppiioo:: ggeerreenncciiaammeennttoo ddee pprroocceessssooss
O conceito básico é que a organização deve ser entendida como um
sistema aberto, que tem como finalidade atender às necessidades dos seus
clientes e usuários, através da produção de bens e serviços, gerados a partir
de insumos recebidos de seus fornecedores e manufaturados ou
transformados através de seus recursos e tecnologia. Esse grande processo se
decompõe em subprocessos até o nível de uma tarefa individual e se interliga formando
várias cadeias cliente-fornecedor em que, a partir do cliente externo, vão se comunicando,
sendo o processo anterior o fornecedor e o processo seguinte o cliente. Gerenciar esse
processo significa aplicar constantemente o ciclo denominado PDCA (Plan, Do, Check e
Act), ou seja, planejar, executar, verificar e atuar de forma corretiva. Assim como para o
aperfeiçoamento contínuo, aqui também, para que se possa acompanhar, controlar e
avaliar cada um dos subprocessos, é indispensável a criação de um modelo de
indicadores que mensurem aspectos relativos à produtividade (eficiência) e qualidade
(eficácia).O gerenciamento de processos, aliado ao conceito de cadeia cliente-
fornecedor, propicia a queda de barreiras entre as áreas, com a extinção de
“feudos” e uma maior integração na organização.
OOiittaavvoo pprriinnccííppiioo:: ddiisssseemmiinnaaççããoo ddaass iinnffoorrmmaaççõõeess
Na verdade, todos os princípios da qualidade total tem como pré requisito um fluxo de
informações no mínimo funcional e adequado. Todos os funcionários devem assimilar o
negócio, a missão, os grandes propósitos e planos empresariais. A empresa deve manter
um canal aberto de comunicação com seus clientes, levantando expectativas e
necessidades, firmando sua imagem com a divulgação de seus principais objetivos,
produtos e serviços.
O processo de comunicação deve obedecer aos quesitos de agilidade, seletividade e
integridade, devendo propiciar total transparência da organização frente aos seus
funcionários, clientes, fornecedores e sociedade.
NNoonnoo pprriinnccííppiioo:: ggaarraannttiiaa ddaa qquuaalliiddaaddee
Esse é o princípio mais formal, pois trata do estabelecimento de normas e
procedimentos da organização que forma um sistema documentado passível de
certificação pela análise comparativa com normas internacionais. Essas normas, que
podem ser as Normas ISO 9000, VDA 6.1 ou outras reconhecidas internacionalmente,
servem de base para a definição de cláusulas contratuais entre clientes e fornecedores.
A certificação assegura que o fornecedor tem total controle sobre o processo e pode
repetir aquilo que foi feito. A formalização dos processos deve assegurar, portanto, a
rastreabilidade e a disponibilidade de produtos e serviços. Deve prever também o controle
de projetos e da documentação, o uso de técnicas estatísticas, a formalização com
relação aos fornecedores, inspeções, testes de produtos, controle das não-
conformidades, ações corretivas, manuseio, armazenagem, embalagem, distribuição e
auditorias internas. A formalização fornece ferramentas para a uniformidade de
procedimentos.
11
DDéécciimmoo pprriinnccííppiioo:: ddeesseemmppeennhhoo zzeerroo ddeeffeeiittooss
Esse princípio deve ser incorporado à maneira de pensar de todos os
funcionários, de forma a que todos busquem a perfeição em suas atividades.
Todos na organização devem ter clara a noção do que Ø estabelecido como
“certo”. Isso se deve a partir das definições acordadas entre a empresa e
seus clientes, internos e externos, e da conseqüente formalização dos processos dentro
do princípio da garantia da qualidade.
Os desvios devem ser medidos para que no ciclo PDCA se localize a causa principal do
problema e se planejem ações corretivas. O custo de prevenir erros é sempre menor que
o de corrigi-los. Quando os resultados são medidos e avaliados constantemente, os
programas de qualidade tem mais chance de obter sucesso Trata-se aqui, também, dos
custos da qualidade que são decorrentes de falhas internas, quando ocorridas antes do
produto/serviço chegar ao consumidor; custos de falhas externas, quando detectadas
após o recebimento pelo consumidor; custos de inspeção associados ao trabalho de
inspetores e finalmente os custos de prevenção, associados às ações preventivas. Devem
ainda ser considerados os custos referentes à perda de clientes, à transferência de custo
para o cliente e à perda de imagem.
Deve-se estabelecer um sistema através do qual os funcionários possam identificar
problemas que impedem que seu trabalho esteja livre de deficiências, assegurando, de
forma sistematizada, que os grupos funcionais apresentem soluções para os problemas
atuais bem como propostas de melhorias contínuas
em suas atividade
AA QQuuaalliiddaaddee ccoommoo pprroocceessssoo
A qualidade do processo corresponde ao nível utilizado na implementação de um
processo aceitável e na produção dos artefatos. Esse processo inclui medições e critérios
de qualidade.
À medida que o projeto evolui, mais passos devem ser incluídos para o gerenciamento
da sua complexidade. Todos os processos consistem em atividades de produto e de
carga. As atividades de produto resultam no progresso tangível até o produto final. As
atividades de carga causam um impacto intangível no produto final e são necessárias em
muitas tarefas de planejamento, gerenciamento e avaliação.
Os objetivos de medir e avaliar a qualidade do processo são:
 Gerenciar a lucratividade e os recursos
 Gerenciar e resolver riscos
 Gerenciar e manter orçamentos, programações e qualidade
 Obter dados para a melhoria do processo
Até certo ponto, a adesão a um processo e a obtenção de alta qualidade do processo se
sobrepõem de alguma forma à qualidade dos artefatos. Em outras palavras, se houver
adesão ao processo (alta qualidade), o risco de produzir artefatos de baixa qualidade é
reduzido. Entretanto, nem sempre o oposto é verdadeiro — a produção de artefatos de
alta qualidade não é necessariamente uma indicação de que o processo foi
seguido.
12
Portanto, a qualidade do processo é medida não apenas pelo grau de
adesão, mas também pelo grau de qualidade alcançado com os produtos
gerados pelo processo.
Para ajudar na avaliação da qualidade de processos e produtos, o Rational
Unified Process (RUP) incluiu páginas, como:
Atividade: uma descrição da atividade a ser realizada e os passos necessários
para a realização da atividade.
Orientações de Trabalho: dicas técnicas e práticas úteis à realização da
atividade.
Artefato, Diretrizes e Pontos de Verificação: informações sobre como
desenvolver, avaliar e usar o artefato.
Templates: modelos ou protótipos do artefato que informam sobre a estrutura e o
conteúdo.
SEGURANÇA
Introdução
É sabido que o brasileiro, tradicionalmente, não se apega à Prevenção, seja ela de
acidentes do trabalho ou não.
A nossa formação escolar não nos enseja qualquer contato com técnicas de Prevenção
de Acidentes, nem ao menos com a sua necessidade. Assim, até o nosso ingresso no
mercado de trabalho e, assim mesmo, dependendo do setor de atividade e, pior ainda, da
empresa em que trabalharemos, é que teremos o primeiro contato com a Prevenção de
Acidentes, isso, já na idade adulta!
Na verdade, embora de forma precária, a única vez em que normalmente temos alguma
noção de prevenção é no lar, através da mãe, ao nos puxar a orelha, dar-nos umas
palmadas por alguma travessura, mas, incoerentemente, é, também, no próprio lar que
somos desafiados, pela primeira vez, a demonstrar coragem, praticando o Ato Inseguro,
juntamente, pelo próprio pai.
Daí, a grande necessidade que a empresa moderna tem de aplicar recursos, investir em
treinamento, em equipamentos e em métodos de trabalho para incutir em seu pessoal o
Espírito Prevencionista e, através de técnicas e de sensibilização, combater em seu
meio o Acidente do Trabalho que, conforme tem sido demonstrado, atinge forte e
danosamente a Qualidade, a Produção e o Custo.
13
ACIDENTE DO TRABALHO
Definição
O Acidente é toda e qualquer ocorrência imprevista e indesejável,
instantânea ou não, que provoca lesão pessoal ou de que decorre risco
próximo ou remoto dessa lesão. Se tal ocorrência estiver relacionada com o exercício do
trabalho, estará, então, caracterizado o Acidente de Trabalho. Trocando o conceito em
miúdos:
A ocorrência é imprevista por não ter um momento pré-determinado (dia ou hora) para
acontecer. É preciso distinguir previsto/imprevisto de previsível/imprevisível.
O "previsto" significa programa, enquanto o "previsível" sugere possibilidade. Assim,
pode-se dizer que o acidente é previsível em função de circunstâncias (uma escada de
degraus defeituosos, um mecânico esmerilhando sem óculos, por exemplo), isto é, existe
a possibilidade, clara, de ocorrer o acidente. No entanto, a ocorrência não está prevista,
por não estar programada.
O indesejável, é óbvio, é por não se querer o acidente. Daí, se alguém,
intencionalmente, joga, por exemplo, um alicate contra outro e o atinge, caracteriza-se o
acidente, apesar de o indivíduo ter desejado atingir o outro. Isso se dá porque a
ocorrência é caracterizada em função da vítima (ou vítima potencial) e é claro que ela não
queria ser atacada.
O "instantânea ou não" faz a diferença entre o acidente típico, como o conhecemos
(queda, impacto sofrido, aprisionamento, etc.) e a doença ocupacional ou do trabalho
(asbestose, saturnismo, silicose, etc.). Esclarecendo: o acidente propriamente dito é a
ocorrência que tem conseqüência (lesão) imediata em relação ao momento da ocorrência
(queda = fratura, luxação, escoriações). A Doença Ocupacional é conseqüência mediata
em relação à exposição ao risco (exposição ao vapor de chumbo hoje, saturnismo após
algum tempo).
O acidente, não implica, necessariamente em lesão, podendo ficar somente no risco de
provocá-la (acidente sem vítima). Assim, a queda de uma marreta, por exemplo, é o
acidente que pode ser com vítima (provoca lesão) ou sem vítima (não atinge ninguém).
A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), em sua NB 18 (Norma Brasileira
n o 18) focaliza o acidente sob os seguintes aspectos:
Tipo: Classifica o acidente quanto à sua espécie, como Impacto de Pessoa Contra (que
se aplica aos casos em que a lesão foi produzida por impacto do acidentado contra um
objeto parado, exceto em casos de queda); Impacto Sofrido (o movimento é de objeto);
Queda com Diferença de Nível (ação da gravidade, com o objeto de contato estando
abaixo da superfície em que se encontra o acidentado); Queda em Mesmo Nível
(movimentado devido à perda de equilíbrio, com o objeto de contato estando no mesmo
nível ou acima da superfície de apoio do acidentado); Atrito ou Abrasão;
Aprovisionamento, etc.
Por que o Acidente do Trabalho deve ser evitado?
Sob todos os ângulos em que possa ser analisado, o acidente do trabalho apresenta
fatores altamente negativos no que se refere ao aspecto humano, social e
econômico, cujas conseqüências se constituem num forte argumento de
apoio a qualquer ações de controle e prevenção dos infortúnios ocasionais.
14
Aspecto Humano
Bastaria a consulta as estatísticas oficiais, que registram os acidentes que
prejudicam a integridade física do empregado, para conhecimento do grande
índice de pessoas incapacitadas para o trabalho e de tantas vidas
truncadas, tendo como conseqüência a desestruturação do ambiente
familiar, onde tais infortúnios repercutem por tempo indeterminado.
Aspecto Social
Em referência a este aspecto, vamos analisar o acidente do trabalho e suas
conseqüências sociais, visando a estes dois aspectos:
 o acidente do trabalho como efeito;
 o acidente do trabalho como causa.
Pode-se considerar o acidente do trabalho como efeito quando ele resulta de uma ação
imprudente ou de condições inadequadas, isto é, quando ele resulta de uma
inobservância das normas de segurança; pode-se considerá-lo como causa quando se
tem em vista as conseqüências dele advindas.
Aspecto Econômico
Um dos fatores altamente negativos, resultante dos acidentes do trabalho, é o prejuízo
econômico cujas conseqüências atingem ao empregado, a empresa, a sociedade e, em
uma concepção mas ampla, a própria nação.
Quanto ao empregado, apesar de toda a assistência e das indenizações recebidas por
ele ou por seus familiares através da Previdência Social, no caso de acidentar-se, os
prejuízos econômicos fazem-se sentir na medida em que a indenização não lhe garante
necessariamente o mesmo padrão de vida mantido até então. E, dependendo do tipo de
lesão sofrida, tais benefícios, por melhores que sejam, não repararão uma invalidez ou a
perda de uma vida.
Na empresa, os prejuízos econômicos derivados dos acidentes variam em função da
importância que ela dedica à prevenção de acidentes. A perda ainda que de alguns
minutos de atividade no trabalho traz prejuízo econômico, o mesmo acontecendo com a
danificação de máquinas, equipamentos, perda de materiais etc. Outro tipo de prejuízo
econômico refere-se ao acidente que atinge o empregado, variando as proporções quanto
ao tempo de afastamento do mesmo, devido à gravidade da lesão.
As conseqüências podem ser, dentre outras: a paralisação do trabalho por tempo
indeterminado, devido à impossibilidade de substituição do acidentado por um elemento
treinado para aquele tipo de trabalho e, ainda, a influência psicológica negativa que atinge
os demais empregados e que interfere no rítmo normal do trabalho, levando sempre a
uma grande queda da produção.
Em termos gerais, esses são alguns fatores que muito contribuem para os prejuízos
econômicos tanto do empregado quanto da empresa.
Identificação das Causas do Acidente
É fundamental que se entenda que a busca da causa de um acidente não tem,
absolutamente, o objetivo de punição, mas, sim, o de encontrar a partir das causas, as
medidas que possibilitem impedir ocorrências semelhantes.
A causa do acidente pode estar em fatores hereditários (herança
sangüínea) ou de meio-ambiente (cultura). Pode, também, originar-se de
falha pessoal. Clareando: a Hereditariedade, processo de transmissão de
15
características físicas e mentais dos ascendentes (pais, avós, etc.) para os
descendentes (filhos, netos, etc.), quando o ambiente é propício, manifesta-
se sob a forma de fobias, principalmente as claustrofobia ( medo de lugares
fechados), acrofobia (medo de altura), etc., e de outras formas. Tal
manifestação interfere na formação do homem, dando oportunidade ao
afloramento das falhas pessoais (atitudes impróprias, inadequadas, por
exemplo: imprudência, negligência, exibicionismo, insubordinação, etc.).
A falha pessoal, por sua vez, leva o homem a cometer Atos Inseguros ou criar/permitir
Condições Inseguras.
Ato Inseguro
O Ato Inseguro é a desobediência a um procedimento seguro, comumente aceito. Não é
necessariamente a desobediência a norma ou procedimento escrito, mas também
àquelas normas de conduta ditadas pelo bom senso, tacitamente aceitas. Na
caracterização do Ato Inseguro cabe a seguinte questão: nas mesmas circunstâncias uma
pessoa prudente agiria da mesma maneira?
Um exemplo: não se conhece nenhuma norma escrita que oriente para não se segurar,
na palma da mão, um ferro elétrico aquecido, porém, se alguém o fizer, estará cometendo
um Ato Inseguro.
O Ato Inseguro ocorre em três modalidades:
Omissão: A pessoa Não Faz o que deveria fazer.
Exemplo: Deixar de impedir equipamento.
Comissão: A pessoa faz o que Não Deveria Fazer
Exemplo: Operar equipamento sem estar capacitado e/ou autorizado.
Variação: A pessoa faz algo De Modo Diferente do que deveria fazer.
Exemplo: Para "encurtar caminho", salta da plataforma em lugar de descer pela escada.
É claro que a "Omissão" implica em existência/conhecimento de norma/procedimento
específico. Quanto às "Comissão" e "Variação", a desobediência pode ocorrer ao próprio
bom senso, não, necessariamente a normas/procedimentos/instruções.
Condição Insegura
A Condição Insegura são as condições de ambiente, cuja correção não são da alçada do
acidentado. A Condição Insegura compreende máquinas, equipamentos, materiais,
métodos de trabalho e deficiência administrativa.
Para efeito de maior clareza, podemos classificar a condição insegura em quatro classes:
Mecânica: máquina/ferramenta/equipamento defeituoso, sem proteção, inadequado, etc.
Física: "Lay-out" (arrumação, passagens, espaço, acesso, etc.).
Ambiental: Ventilação, iluminação, poluição, ruído, etc.
Método: Procedimento de Trabalho inadequado, padrão inexistente, processo perigoso,
método arriscado, supervisão deficiente, etc.
A Condição Insegura ocorre, também, em três modalidades, todas elas,
derivadas das posições de comando:
16
Negligência: (corresponde à omissão do Ato Inseguro): deixar de fazer o
que deve ser feito.
Exemplo: Deixar de reparar escada defeituosa. Permitir práticas inseguras.
Imperícia: derivada da falta de conhecimento/experiência específica.
Mandar Fazer sem Estabelecer Procedimento
Exemplo: Não fixar padrão/procedimento de trabalho.
Imprudência: Mandar fazer de forma diferente do estabelecido.
Exemplo: Mandar improvisar ferramenta.
É importante frisar que a Condição Insegura e Ato Inseguro são a causa final de um
acidente, ou seja, a ação que deflagrou a ocorrência, a "gota d'água" que fez transbordar
o conteúdo do copo, mas outros fatores concorreram para a ocorrência e esses fatores,
"as causas de causa" precisam ser identificadas para a prevenção. Daí, a importância de
estudar as "Hereditariedade e Meio-Ambiente" (muito difícil para a indústria comum) e as
"Falhas Pessoais", estas mais visíveis, a partir das convivência e observação. Aliás, as
convivência e observação precisam ser valorizadas. A observação é tão importante que a
sua negligência tem o poder de alterar o Ato Inseguro para a Condição Insegura. É
verdade, a norma diz que se um ato inseguro vem sendo cometido repetidas vezes, por
tempo suficiente para ter sido "observado" e "corrigido" e não é, deixa de ser Ato para ser
Condição Insegura, enquadrando-se como "Negligência" da supervisão.
Classificação do Acidente
O acidente pessoal, em termos de gravidade da lesão que provoca, é classificado de
duas maneiras:
1º. Se o acidente provoca lesão tal que impeça o acidentado de retornar ao
trabalho, em suas funções, no dia imediato ao da ocorrência, ele é dito Com
Lesão, Com Afastamento, o conhecido CPT (Com Perda de Tempo). Mesmo que
o acidentado possa trabalhar, em suas funções, no dia seguinte ao da ocorrência,
a lesão pode ser classificada de "Com Afastamento" (CPT), desde que dela
resulte uma incapacidade permanente, por exemplo, a perda de uma falange (nó)
de um dedo.
2º. Se a lesão decorrente do acidente não impede o acidentado de trabalhar no dia
seguinte ao da ocorrência, temos o conhecido SPT (Sem Perda de Tempo),
oficialmente classificado de Lesão Sem Afastamento.
É importante frisar que tal classificação se refere unicamente à gravidade da lesão e do
acidente. Podemos ter acidentes até mesmo impessoais de alta gravidade.
Padrão Operacional
É o estabelecimento do método correto e, conseqüentemente, seguro de execução do
trabalho. Fundamentado no conhecimento do trabalho, exige constante
aperfeiçoamento, adequando-se quanto ao como, onde, quando e com o que fazer.
O Padrão Operacional somente pode ser considerado se estiver registrado (escrito), ser
conhecido e estar ao alcance de todos os envolvidos no trabalho. Seu ponto chave é o
Detalhe, o detalhe que não pode ser negligenciado ou esquecido, já que, de imediato,
a curto, médio ou longo prazos pode representar o fracasso do trabalho, do
seu trabalho. Ninguém está mais capacitado que você para saber qual a
melhor maneira de executar o seu trabalho. Organizando a tarefa,
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discutindo-a com seus colegas, aperfeiçoando-a sempre e mantendo o seu
registro, você chegará naturalmente ao Padrão ideal quer requer constantes
avaliações e adequações, obtidas através de Análise de Riscos que é, em
resumo, a ferramenta de atualização do Padrão.
Lembre-se, o Padrão Operacional precisa ser registrado, escrito e receber
constantes adequações. O bom Padrão Operacional não sobrevive sem retoques.
Busque o Padrão junto ao seu Gerente Supervisor, é ele o centralizador, o catalisador
do Padrão, você é o usuário, o gerador de aperfeiçoamento do mesmo. Zele por ele que
é seu melhor companheiro.
A IMPORTÂNCIA DO DETALHE:
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
Proteção Coletiva: beneficiam a todos os empregados indistintamente.
Proteção Individual: protegem apenas a pessoa que utiliza o equipamento.
Nota: A empresa é obrigada fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao
risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
Equipamento de Proteção Coletiva – EPC
São os que, quando adotados, neutralizam o risco na própria fonte.
As proteções em furadeiras, serras, prensas; os sistemas de isolamento de operações
ruidosas; os exaustores de gases e vapores; as barreiras de proteção; aterramentos
elétricos; os dispositivos de proteção em escadas, corredores, guindastes e esteiras
transportadoras são exemplos de proteção coletivas.
Equipamento de Proteção Individual - EPI
Definição
O equipamento de proteção individual (EPI) é todo dispositivo de uso individual, de
fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do
trabalhador.
Seleção do EPI
A seleção deve ser feita por pessoal competente, conhecedor não só dos equipamentos
como, também, das condições em que o trabalho é executado.
É preciso conhecer as características, qualidade técnicas e, principalmente, o grau de
proteção que o equipamento deverá proporcionar.
Características e Classificação dos EPI
Pode-se classificar os EPI, agrupando-os segundo a parte do corpo que devem proteger:
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Proteção da Cabeça
Capacete: Protege de impacto de objeto que cai ou é projetado e de
impacto contra objeto imóvel e somente estará completo e em condições
adequadas de uso se composto de:
 Casco: é o capacete propriamente dito;
 Carneira: armação plástica, semi-elástica, que separa o casco do couro cabeludo
e tem a finalidade de absorver a energia do impacto;
 Jugular: presta-se à fixação do capacete à cabeça.
O capacete de celeron se presta, também, à proteção contra radiação térmica.
Proteção dos Olhos
Óculos de segurança: Protegem os olhos de impacto de materiais projetados e de
impacto contra objetos imóveis. Os óculos de segurança utilizados na CST são,
comprovadamente, muito eficazes quanto à proteção contra impactos.
Para a proteção contra aerodispersóides (poeira), a CST fornece os óculos ampla visão,
que envolvem totalmente a região ocular.
Onde se somam os riscos de impacto e intensa presença de aerodispersóides (poeira), a
afetiva proteção dos olhos se obtém com o uso dos dois EPI - óculos de segurança
(óculos basculavel) óculos ampla visão, ao mesmo tempo.
Proteção Facial
Protetor facial: Protege todo o rosto de impacto de materiais projetados e de calor
radiante, podendo ser acoplado ao capacete. É articulado e tem perfil côncavo e tamanho
e altura que permitem cobrir todo o rosto, sem tocá-lo, sendo construído em acrílico,
alumínio ou tela de aço inox.
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Proteção das Laterais e Parte Posterior da Cabeça
Capuz: Protege as laterais e a parte posterior da cabeça (nuca) de projeção de fagulhas,
poeiras e similares. Para uso em ambientes de alta temperatura, o capuz é equipado com
filtros de luz, permitindo proteção também contra queimaduras.
Proteção Respiratória
Máscaras: Protegem as vias respiratórias contra gases tóxicos, asfixiantes e contra
aerodispersóides (poeira). Elas protegem não somente de envenenamento e asfixias,
mas, também, da inalação de substâncias que provocam doenças ocupacionais (silicose,
siderose, etc.).
Há vários tipos de máscaras para aplicações específicas, com ou sem alimentação de
ar respirável.
Proteção de Membros Superiores
Protetores de punho, mangas e mangotes: Protegem o braço, inclusive o punho, contra
impactos cortantes e perfurantes, queimaduras, choque elétrico, abrasão e radiações
ionizantes e não ionizantes.
Luvas: Protegem os dedos e as mãos de ferimentos cortantes e perfurantes, de calor,
choques elétricos, abrasão e radiações ionizantes.
Proteção Auditiva
Protetor auricular: Diminui a intensidade da pressão sonora exercida pelo ruído contra o
aparelho auditivo. Existem em dois tipos básicos:
 Tipo Plug (de borracha macia, espuma, de poliuretano ou PVC), que é introduzido
no canal auditivo.
 Tipo Concha, que cobre todo o aparelho auditivo e protege também o sistema
auxiliar de audição (ósseo).
O protetor auricular não anula o som, mas reduz o ruído (que é o som indesejável) a
níveis compatíveis com a saúde auditiva. Isso significa que, mesmo usando o
protetor auricular, ouve-se o som mais o ruído, sem que este afete o usuário.
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Proteção do Tronco
Paletó: Protege troncos e braços de queimaduras, perfurações, projeções de materiais
particulados e de abrasão, calor radiante e de frio.
Avental: Protege o tronco frontalmente e parte dos membros inferiores - alguns modelos
(tipo barbeiro) protegem também os membros superiores - contra queimaduras, calor,
radiante, perfurações, projeção de materiais particulados, ambos permitindo uma boa
mobilidade ao usuário.
Proteção da Pele
Luva química: Creme que protege a pele, membros superiores, contra a ação dos
solventes, lubrificantes e outros produtos agressivos.
Proteção dos Membros Inferiores
Calçado de segurança: Protege os pés contra impactos de objetos que caem ou são
projetados, impactos contra objetos imóveis e contra perfurações. Por norma, somente é
de segurança o calçado que possui biqueira de aço para proteção dos dedos.
Perneiras: Protegem a perna contra projeções de aparas, fagulhas, limalhas, etc.,
principalmente de materiais quentes.
Proteção Global Contra Quedas
Cinto de segurança: Cinturões anti-quedas que protegem o homem nas atividades
exercidas em locais com altura igual ou superior a 2 (dois) metros, composto
de cinturão, propriamente dito, e de talabarte, extensão de corda (polietileno,
nylon, aço, etc.) com que se fixa o cinturão à estrutura firme.
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Guarda e Conservação do EPI
Quando na troca de usuário de um modo geral, os EPI devem ser limpos e desinfetados,
cada vez em que há troca de usuário.
Guarda do EPI
O empregado deve conservar o seu equipamento de proteção individual e estar
conscientizado de que, com a conservação, ele estará se protegendo quando voltar a
utilizar o equipamento.
Conservação do EPI
O EPI deve ser mantido sempre em bom estado de uso. Sempre que possível, a
verificação e a limpeza destes equipamentos devem ser confiados a uma pessoa
habilitada para esse fim. Neste caso, o próprio empregado pode se ocupar desta tarefa,
desde que receba orientação para isso.
Muitos acidentes e doenças do trabalho ocorrem devido à não observância do uso de
EPI. A eficácia de um EPI depende do uso correto e constante no trabalho onde exista o
risco.
RISCOS AMBIENTAIS
Introdução
Os ambientes de trabalho podem conter, dependendo da atividade que neles é
desenvolvida, um ou mais fatores ou agentes que, dentro de certas condições, irão
causar danos à saúde do pessoal. Chamam-se, esses fatores, riscos ambientais. Os
riscos ambientais exigem a observação de certos cuidados e a tomada de medidas
corretivas nos ambientes, se pretende evitar o aparecimento das chamadas doenças do
trabalho.
A Portaria 3214 de Segurança e Medicina do trabalho do Ministério do Trabalho na sua
Norma Regulamentadora de nº 09, contempla o Programa de Proteção aos Riscos
Ambientais –PPRA - que tem como objetivo de antecipação, identificação, avaliação e
controle de todos os fatores do ambiente de trabalho que podem causar doenças ou
danos à saúde dos empregados.
Classificação dos Riscos
Os riscos ambientais estão divididos em três grupos: riscos químicos, riscos físicos e
riscos biológicos.
Riscos Químicos
São representados por um grande número de substâncias que podem contaminar o
ambiente de trabalho.
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Riscos Físicos
São representados por fatores do ambiente de trabalho que podem causar
danos à saúde, sendo os principais: o calor, o ruído ou barulho, as
radiações, o trabalho com pressões anormais, a vibração e a má iluminação.
Riscos Biológicos
São representados por uma variedade de microrganismos com os quais o empregado
pode entrar em contato, segundo o seu tipo de atividade, e que podem causar doenças.
Fatores que colaboram para que os Produtos ou Agentes causem danos à Saúde
Nem todo produto ou agente, presente no ambiente, irá causar obrigatoriamente um
dano à saúde. Para que isso ocorra, é preciso que haja uma inter-relação entre os fatores
que serão expostos a seguir:
O Tempo de Exposição
Quanto maior o tempo de exposição, de contato, maiores são as possibilidades de se
desenvolver um dano à saúde e vice-versa.
A concentração do contaminante no ambiente
Quanto maiores as concentrações, maiores as chances de aparecerem problemas.
O quanto a substância é tóxica
Algumas substâncias são mais tóxicas que outras se comparadas em relação a uma
mesma concentração.
A forma em que o contaminante se encontra
Isto é, se em forma de gás, líquido ou neblina, ou poeira. Isto tem relação com a forma
de entrada do tóxico no organismo, como será visto adiante.
A possibilidade de as pessoas absorverem as substâncias
Algumas substâncias só são capazes de entrar no organismo por inalação ou, então,
pela pele.
Deve-se acentuar que é importante conhecer cada caso em separado. Havendo dúvida
quanto à existência ou não de perigo, o interessado deve procurar um membro da CIPA
ou do Serviço Especializado ou, ainda, o seu gerente.
Vias de Entrada dos Materiais Tóxicos no Organismo
Três são as formas pelas quais os materiais tóxicos podem penetrar no organismo
humano:
Por inalação
Quando se está num ambiente contaminado, pode-se absorver uma substância nociva
por inalação, isto é, pela respiração.
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Por contato com a pele, ou via cutânea
A pele pode absorver certas substâncias se houver contato, mesmo que por poucos
instantes. Dessa forma, o tóxico pode atingir o sangue e causar dano à saúde.
Por ingestão
Ou seja, ao se engolir, acidentalmente, o tóxico Isso acontece muito quando são
comidos ou bebidos alimentos que estão contaminados com quantidades não visíveis de
substâncias nocivas. É por essa razão que nunca se deve fazer as refeições no próprio
posto de trabalho. E, também, não se deve ir para o refeitório ou para casa sem antes
efetuar um perfeito asseio pessoal: lavar as mãos e rosto com sabão e bastante água.
Riscos Químicos
As substâncias químicas podem estar na forma de gases, vapores, líquidos, fumos,
poeiras e névoas ou neblinas. Por exemplo:
Vapores
Emanados de solventes como o benzol, o toluol, "thinners" em geral, desengraxantes
como o tetracloreto de carbono, o tricloroetileno.
Gases
Monóxido de carbono, gases dos processos industriais como o gás sulfídrico.
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Líquidos
Que podem ser corrosivos, como os ácidos e a soda cáustica, ou irritantes,
causando doenças da pele. Muitos líquidos também podem ser absorvidos
pela pele, causando prejuízo à saúde.
Névoas ou neblinas
Nos banhos de galvanoplastia, fosfatização e outros processos, onde se formam névoas
ou neblinas de ácidos.
Fumos
Nos banhos de metais fundidos como o chumbo. Os fumos são pequenas partículas de
metal ou de seus compostos, provenientes do banho que ficam suspensos no ar.
Poeiras ou pós
Pó de serragem, poeira de rebarbação de peças fundidas no jateamento de areia ou
granalha de aço.
Principais Efeitos no Organismo
Dentre os efeitos dos riscos químicos no organismo, destacam-se, como principais, os
seguintes:
Irritação
Irritação dos olhos, nariz, garganta, pulmões, da pele. Geralmente, as substâncias que
causam irritação se encontram na forma de gás ou vapor, mas podem, também, estar no
estado líquido ou sólido. Exemplos: vapores de ácidos, a amônia (amoníaco), certas
poeiras. A irritação da pele é causada pelo contato direto com líquidos ou poeiras, sendo
exemplos os solventes "thinners", e a poeira de caviúna.
Asfixia
Ou seja, falta de oxigênio no organismo. Exemplos: monóxido de carbono (CO), gás
carbônico (CO2), acetileno.
Anestesia
Isto é, uma ação sobre o sistema nervoso central, causando estado de sonolência ou
tonturas. Geralmente, as substâncias anestésicas estão no estado de gás ou vapor.
Exemplos:
vapores de éter etílico, acetona.
Intoxicação
Pode ser causada tanto por inalação como por contato com a pele ou ingestão acidental
do tóxico, que pode estar na forma sólida, líquida ou gasosa. Exemplos: benzol, toluol,
tricloroetileno, metanol, gasolina, inseticidas, fumos de chumbo, pó de chumbo (nas
tipografias).
Pneumoconiose
Isto é, uma alteração da capacidade respiratória devido a uma alteração no pulmão da
pessoa. As substâncias que causam esse tipo de doença estão na forma de poeira.
Exemplos: poeira de sílica livre cristalizada, contida no pó de mármore, areia, carepa de
fundição (areia), poeira de amianto ou asbesto, pós de algodão.
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Riscos Físicos
Há fatores no ambiente do trabalho cuja presença, tendendo aos limites de
excesso ou falta, podem tornar-se responsáveis por variadas alterações na
saúde do empregado.
Calor
O calor ocorre geralmente em fundições, siderúrgicas, cerâmicas, indústrias de vidro,
etc. Quanto aos efeitos, sabe-se que o organismo pode adaptar-se aos ambientes
quentes, dentro de certos limites. Quando há exposição excessiva ao calor, pode ocorrer
uma série de problemas, como câimbras, insolação ou intermação, ou, ainda, uma
afecção nos olhos chamada de catarata.
Ruído ou barulho
Ocorre na indústria em geral, mas, principalmente, nas tecelagens, estamparias, no
rebarbamento por marteletes nas fundições, etc. O ruído excessivo tem vários efeitos no
ser humano, variando de pessoa para pessoa, como a irritabilidade, entre outros.
Entretanto, seu efeito principal, comprovado quando as pessoas são expostas a altos
níveis de ruído por tempos longos, é o dano à audição, que leva a vários graus de surdez.
Radiação infravermelho
É o calor radiante cujos efeitos são, justamente, os mencionados acima em "calor".
Onde há corpos aquecidos, há calor radiante que é emitido em todas as direções.
Radiação ultravioleta
É um tipo de radiação que está presente principalmente nas seguintes operações: solda
elétrica, fusão de metais a temperatura muito alta, nas lâmpadas germicidas, nos
geradores de ozona. Seus efeitos são térmicos, causando queimaduras, eritemas
(vermelhidão) na pele, e, também, inflamação nos olhos (conjuntivite). Os efeitos são
retardados, aparecendo com maior força 6 a 12 horas após a exposição.
Radiações ionizantes
Podem ser provenientes de materiais radioativos ou de aparelhos especiais. Exemplos:
aparelhos de raio-x (quando indevidamente utilizados), radiografias industriais de controle
(gamagrafia). Os efeitos das exposições descontroladas a radiações ionizantes, por mau
controle dos processos, são em geral sérios: anemia, leucemia, certos tipos de câncer e
efeitos que só aparecem nas gerações seguintes (genéticos).
Trabalhos com pressões anormais
São os trabalhos em que o homem é submetido a pressões diferentes da atmosférica,
na qual vive normalmente. Esses trabalhos exigem um controle rígido das operações,
principalmente na etapa de descompressão e volta à pressão normal. Ocorrência: em
trabalhos submarinos, no trabalho em tubulações e caixões pneumáticos. Os efeitos são:
problemas nas articulações, desde dores até paralisia, e outros problemas mais graves
que podem ser fatais.
Vibrações
As vibrações ocorrem, principalmente, nas grandes máquinas pesadas: tratores,
escavadeiras, máquinas de terraplanagem, que fazem vibrar o corpo inteiro, e nas
ferramentas manuais motorizadas que fazem vibrar as mãos, braços e ombros. Os
problemas provenientes das vibrações aparecem em geral após longo tempo
de exposição (vários anos). No caso de vibração do corpo inteiro, podem
aparecer dores na coluna, problemas nos rins, enjôos (mal de mar); no caso
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de vibrações localizadas nas mãos e braços, podem aparecer problemas
circulatórios (má circulação do sangue) e problemas nas articulações. O
tempo longo de exposição e fatores como o frio têm muita influência no
aparecimento desses problemas.
Má iluminação
A iluminação inadequadas nos locais de trabalho pode levar, além de ser causa de baixa
eficiência e qualidade do serviço, a uma maior probabilidade de ocorrência de certos tipos
de acidentes e a uma redução da capacidade visual das pessoas, o que é um efeito
negativo muito importante em alguns tipos de trabalho que exigem atenção e boa visão.
Riscos Biológicos
São os microrganismos presentes no ambiente de trabalho que podem trazer doenças
de natureza moderada e, mesmo, grave.
Eles se apresentam invisíveis a olho nu, sendo visíveis somente ao microscópio.
Exemplos: as bactérias, bacilos, vírus, fungos, parasitas e outros.
Todos estão sujeitos à contaminação por esses agentes, seja em decorrência de
ferimentos e machucaduras, seja pela presença de colegas doentes ou por contaminação
alimentar.
Exemplo: Nos ferimentos e machucaduras, pode ocorrer, entre outras, a infecção por
tétano que pode até matar o empregado.
Os colegas podem trazer ao ambiente de trabalho os micróbios que causam hepatite,
tuberculose, micose das unhas e da pele.
Se o pessoal da copa e cozinha não tiver higiene e asseio, pode ocorrer contaminação
das refeições, tendo como possível conseqüência as diarréias.
Para prevenção, usam-se as seguintes medidas:
 vacinação;
 equipamento de proteção individual;
 rigorosa higiene pessoal, das roupas e dos ambientes de trabalho;
 controle médico permanente.
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Principais Medidas de Controle dos Riscos Ambientais
As principais medidas de controle dos riscos ambientais podem referir-se ao ambiente
ou ao pessoal:
Medidas relativas ao ambiente
Substituição do produto tóxico
O produto tóxico pode ser substituído por outro produto menos tóxico ou inofensivo. Esta
é a medida ideal, desde que o substituto tenha qualidades próximas às do original.
Também, deve-se tomar cuidado para não se criar um risco maior, substituindo um
produto tóxico por outro menos tóxico mas altamente inflamável. Exemplos de
substituições corretas: benzeno substituído pelo tolueno; substituição de tintas à base de
chumbo por tintas à base de zinco; jateamento com areia substituído por jateamento de
óxido de alumínio, etc.
Mudança do processo ou equipamento
Certas modificações em processos ou equipamentos podem reduzir muito os riscos ou,
até, eliminá-los. Exemplos: pintura a imersão ao invés de pintura a pistola (diminuindo-se
a formação de vapores dos solventes); rebitagem substituída por solda (menor barulho).
Enclausuramento ou confinamento
Consiste em isolar determinada operação do resto da área, diminuindo assim o número
de pessoas expostas ao risco.
Exemplos: cabine de jateamento de areia; enclausuramento de uma máquina ruidosa.
Ventilação
Pode ser exaustora, retirando o ar contaminado no local de formação do contaminante,
ou diluidora, que é aquela que joga ar limpo dentro do ambiente, diluindo o ar
contaminado.
Exemplos: nos tanques de solventes, nas operações com colas, nas operações geradoras
de poeiras, nos rebolos de rebarbamento de peças fundidas.
Umidificação
Onde há poeiras, o risco de exposição pode ser eliminado ou diminuído pela aplicação
de água ou neblina. Muitas operações, feitas a úmido, oferecem um risco bem menor à
saúde.
Exemplos: mistura de areias de fundição, varredura a úmido.
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Segregação
Segregação quer dizer separação. Nesta medida de controle, separa-se a
operação ou equipamento do restante, seja no tempo seja no espaço.
Separar no tempo quer dizer fazer a operação fora do horário normal do
resto do pessoal; separar no espaço significa colocar a operação a distância,
longe dos demais. O número de pessoas expostas ficará bastante reduzido
e aqueles que devem ficar junto à operação irão receber proteção especial.
Boa manutenção e conservação
Rigorosamente, estas medidas não podem ser consideradas formas específicas de
prevenção de riscos. Entretanto, são complementos de quaisquer outras medidas. Muitas
vezes, a má manutenção é a causa principal dos problemas ambientais.
Os programas e cronogramas de manutenção devem ser seguidos à risca, dentro dos
prazos propostos pelos fabricantes dos equipamentos. Exemplos: ruído excessivo em
estruturas e mancais; vazamentos de produtos tóxicos; superaquecimento.
Ordem e limpeza
Boas condições de ordem e limpeza e asseio geral ocupam um lugar-chave nos
sistemas de proteção ambiental. O pó, em bancadas, rodapés e pisos, que se deposita
nas horas calmas, pode rapidamente ser redispersado, no ar da sala, por correntes de ar,
movimento de pessoas ou funcionamento de equipamentos.
Medidas relativas ao pessoal
Equipamento de Proteção Individual
O equipamento de proteção individual deve ser sempre considerado como uma segunda
linha de defesa, após serem tentadas medidas relativas ao ambiente de trabalho. Nas
situações onde não são eficientes medidas gerais e coletivas relativas ao ambiente, a
critério técnico, o EPI é a forma de proteção, aliada à limitação da exposição.
O uso correto do EPI por parte do empregado, o conhecimento das suas limitações e
vantagens, são aspectos que todo empregado deve conhecer através de treinamento
específico, coordenado pelo pessoal especializado em Segurança e Medicina do
Trabalho.
Especial cuidado deve ser tomado na conservação da eficiência do EPI, sob pena de o
mesmo se tornar uma arma de dois gumes, fornecendo ao empregado confiança numa
proteção inexistente.
Limitação de exposição
A redução dos períodos de trabalho tornam-se importante medida de controle onde e
quando todas as outras forem impraticáveis por motivos técnicos, locais (físicos) ou
econômicos, não se conseguindo reduzir ou eliminar o risco.
Assim, a limitação da exposição, dentro de critérios bem definidos tecnicamente, pode
tornar-se uma solução eficiente em muitos casos. Exemplos: controle do tempo de
exposição ao calor. às pressões anormais, às radiações ionizantes.
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Controle Médico
Exames médicos pré-admissionais e periódicos são medidas fundamentais
de caráter permanente, constituindo-se numa das atividades principais dos
serviços médicos da empresa. Uma boa seleção na admissão pode evitar a
contratação de pessoas que têm maior sensibilidade e que poderiam adquirir
doenças relacionadas com certas atividades. Os exames médicos periódicos
dos empregados possibilitam, além de um controle de saúde geral do pessoal, a
descoberta e a detenção de fatores que podem levar a uma doença profissional, num
estágio ainda inicial e com pouca probabilidade de danos.
CONTROLE AMBIENTAL
Meio Ambiente
Constitui-se num conjunto de elementos e fatores indispensáveis à vida, de ordem física,
química e biológica.
Poluição
É a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou
indiretamente:
 Prejudicam a saúde, a segurança e o bem estar da população;
 Criam condições adversas as atividades sociais e econômicas;
 Afetam desfavoravelmente a flora e a fauna;
 Afetam as condições estáticas ou sanitárias do Meio Ambiente;
 Lançam matérias ou energias em desacordo com os padrões ambientais
estabelecidos.
Poluição do Solo/Resíduos
São modificações ocasionais no solo adivinhas de disposição inadequada de materiais
sólidos, líquidos e gazes.
Exemplo: Rejeitos industriais, lixo doméstico, etc.
Controle da Poluição por Resíduos
O controle de poluição por resíduos não pode consistir apenas no controle da sua
disposição, mas principalmente na redução da geração, reutilização, reciclagem e
comercialização.
Sistemática para Controle da Poluição por Resíduos
Segregação - Consiste em separar os resíduos para que não haja contaminação entre
eles.
Exemplo: Papel/papelão, vidro, metal, lixo orgânico/rejeito.
Acondicionamento - consiste em depositar cada material separadamente em recipientes
específicos.
Exemplo: Papel/papelão na lixeira de papel; plástico na lixeira de plástico; vidro na
lixeira de vidro; metal na lixeira de metal; lixo orgânico/rejeito na lixeira
de lixo; óleo em tambores; etc.
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Baias de Contenção
Consiste em uma área com proteção de mureta normalmente em
tijolo/bloco ou concreto, para que o material ali depositado, não seja
carregado pela a chuva para as pistas e sistema de drenagem.
Disposição Adequada
Consiste em depositar o material em recipientes apropriados.
Exemplo: Lixeira, cestos, tambores, caixas e baias de contenção, etc.
Pátios Apropriados
Consiste em áreas pré-estabelecidas para depositar um determinado tipo de material, e
com proteção de muretas, cortinas de proteção com árvores e sistema de drenagem
apropriado para o escoamento da água e recolhimento do material ali depositado.
C.A.S.P.
A CST dispõe em uma área de 360.000 m 2 , com 14 pátios separados com a finalidade
de estocar materiais que ainda não estão sendo reutilizados na usina e/ou
comercializados, com disposição adequada para que não haja contaminação entre eles.
Esta área chamada de “C.A.S.P”, ou seja, uma Central de Armazenamento de
subprodutos que foi construída na área de expansão da C.S.T.
Poluição Atmosférica
São alterações no ar atmosférico em sua composição natural, por introdução de
elemento estranho fora dos padrões ambientais, ou por desequilíbrio na porção de seus
componentes, de maneira a causar prejuízos ambientais com danos a saúde e à
economia.
Exemplo: Poeira, fumaça, gases, etc.
Controle da Poluição Atmosférica
O controle das emissões atmosférica industriais deve ser feito através de introdução
adequada dos equipamentos industriais que são na sua maioria despoeiramento e
instalação de sistemas específicos para controle da poluição.
Equipamentos de Controle da Poluição Atmosférica
 Precipitadores Eletrostáticos - a poeira é carregada eletricamente e a seguir
retirada por ação magnética.
 Filtros de Mangas - indicados para a remoção de poeiras, estas são retidas ao
atravessarem um tecido industrial (similar ao aspirador de pó).
 Ciclones - removem poeiras mais grossas, por ação de força centrífuga.
 Lavadores - a poeira é retirado do ar por spray de água à alta pressão.
Poluição Hídrica
São alterações na composição e nas características da água, provocada por
lançamentos de efluentes industriais e esgotos.
Exemplo: Vazamento de óleo, lamas, esgotos sem tratamento, materiais sólidos, etc.
Controle da Poluição Hídrica
O controle da poluição hídrica é feita através de técnicas de tratamento, que
tem por finalidade reduzir as impurezas melhorando a qualidade da água
sobre os seguintes aspectos: sanitário, estético e econômico.
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Sistemas de Controle da Poluição Hídrica
 Tratamento Biológico (valor de oxidação) - o tratamento biológico do
esgoto doméstico ou industrial, consiste na decomposição biológica,
através de microorganismos que consomem o material poluente nos
esgotos.
 Caixa de Separação óleos e graxas - este tratamento consiste em separar o óleo
presente nos efluentes principalmente de oficinas, em função da diferença de
densidade entre o óleo e a água.
 Bacias de decantação - consiste em se passar o efluente por tanques de
decantação, com períodos de detenção que possibilitam a decantação do material
em suspensão presente nos efluentes.
 Tratamento Químico - são processos de neutralização e ou coagulamento através
dos quais substâncias químicas tóxicas / ou não, são eliminados dos efluentes
industriais.
Controle Ambiental
 Diariamente os técnicos de meio ambiente da IDC percorrem todas as áreas da
usina, verificando se existe algum procedimento que possa causar dano ambiental.
Caso seja encontrado alguma ocorrência ambiental, é feito um contato com o
gerente da área para providenciar ações corretivas. Semanalmente todas estas
ocorrências são relatadas em documento denominado Boletim Ambiental para se
informar a todo corpo gerencial, e para posteriores providências.
 A CST recebe freqüentemente fiscalização por parte dos Órgãos Ambientais que
acompanham o desempenho dos equipamentos, os lançamentos hídricos e
disposição dos resíduos sólidos. Caso o desempenho ambiental não esteja em
conformidade com a legislação, a empresa é notificada com prazo estabelecido
corrigir o desvio encontrado.
 A auditoria ambiental é um importante instrumento de gestão da empresa, que tem
como objetivo avaliar o cumprimento dos padrões, legislação e melhoria do
desempenho da Empresa.
 Para analisar o desempenho ambiental de cada empreendimento, são realizados
monitoramento para avaliar, a quantidade do ar ambiental, emissões das fontes
(chaminés) e do corpo recepto (mar). No caso específico de siderurgia os principais
parâmetro são: Dióxido de enxofre, material particulado, e poeira sedimentável no
ar e sólidos em suspensão, pH, amônia, cianeto, fenol em efluentes hídricos.
Responsabilidade Ambiental
Como toda instituição jurídica a CST tem suas obrigações para com o meio ambiente.
Assim, sua obrigação primeira é exercer suas atividade sempre em conformidade com
que determina a legislação, ou seja, atendendo aos padrões de controle ambiental. Outra
responsabilidade da Empresa e o Termo de Compromisso, que contempla melhorias com
objetivo aperfeiçoar ainda mais o seu desempenho ambiental.
Para que estes compromissos se tornem uma validade, o corpo gerencial tem como um
de suas atribuições fazer cumprir as obrigações assumidas pela Empresa.
Para que o objetivo da empresa seja alcançado, no que se refere ao meio ambiente,
é necessário que cada empregado, exerça suas atividade sem agredir o meio
32
METROLOGIA
ambiente, procurando reconhecer entre suas tarefas, quais as práticas
ambientalmente correta para executá-las
METROLOGIA
A metrologia aplica-se a todas as grandezas determinadas e, em particular, às
dimensões lineares e angulares das peças mecânicas. Nenhum processo de usinagem
permite que se obtenha rigorosamente uma dimensão prefixada. Por essa razão, é
necessário conhecer a grandeza do erro tolerável, antes de se escolherem os meios de
fabricação e controle convenientes.
MEDIÇÃO
O conceito de medir traz, em si, uma idéia de comparação. Como só se podem comparar
“coisas” da mesma espécie, cabe apresentar para a medição a seguinte definição, que,
como as demais, está sujeita a contestações:
“Medir é comparar uma dada grandeza com outra da mesma espécie, tomada como
unidade”.
Uma contestação que pode ser feita é aquela que se refere à medição de temperatura,
pois, nesse caso, não se comparam grandezas, mas, sim, estados. A expressão “medida
de temperatura”, embora consagrada, parece trazer em si alguma inexatidão: além de não
ser grandeza, ela não resiste também à condição de soma e subtração, que pode ser
considerada implícita na própria definição de medir.
Quando se diz que um determinado comprimento tem dois metros, pode-se afirmar que
ele é a metade de outro de quatro metros; entretanto, não se pode afirmar que a
temperatura de quarenta graus centígrados é duas vezes maior que uma de vinte graus, e
nem a metade de outra de oitenta.
Portanto, para se medir um comprimento, deve-se primeiramente escolher outro que
sirva como unidade e verificar quantas vezes a unidade cabe dentro do comprimento por
medir. Uma superfície só pode ser medida com unidade de superfície; um volume, com
unidade volume; uma velocidade, com unidade de velocidade; uma pressão, com unidade
de pressão,etc.
UNIDADE
Entende-se por unidade um determinado valor em função do qual outros valores são
enunciados. Usando-se a unidade METRO, pode-se dizer, por exemplo, qual é o
comprimento de um corredor. A unidade é fixada por definição e independe do
prevalecimento de condições físicas como temperatura, grau higroscópico (umidade),
pressão, etc.
Método
a) Medição Direta
Consiste em avaliar a grandeza por medir, por comparação direta com
instrumentos, aparelhos e máquinas de medir. Esse método é, por exemplo,
empregado na confecção de peças-protótipos, isto é, peças originais
33
utilizadas como referência, ou, ainda, quando o número de peças por
executar for relativamente pequeno.
b) Medição Indireta por Comparação
Medir por comparação é determinar a grandeza de uma peça com relação a outra, de
padrão ou dimensão aproximada; daí a expressão: medição indireta. Os aparelhos
utilizados são chamados indicadores ou comparadores-amplificadores, os quais, para
facilitarem a leitura, amplificam as diferenças constatadas, por meio de processos
mecânicos ou físicos (amplificação mecânica, ótica, pneumática, etc.).
UNIDADES DIMENSIONAIS LINEARES
Unidades Dimensionais
As unidades de medidas dimensionais representam valores de referência, que permitem:
 expressar as dimensões de objetos (realização de leituras de desenhos
mecânicos);
 confeccionar e, em seguida, controlar as dimensões desses objetos (utilização de
aparelhos e instrumentos de medida). Exemplo: A altura da torre EIFFEL é de 300
metros; a espessura de uma folha de papel para cigarros é de 30 micrômetros.
 A torre EIFFEL e a folha de papel são objetos.
 A altura e a espessura são grandezas.
 300 metros e 30 micrômetros são unidades.
Sistema Métrico Decimal
“O metro-padrão universal é a distância materializada pela gravação de dois traços no
plano neutro de uma barra de liga bastante estável, composta de 90% de platina e 10%
de irídio, cuja secção, de máxima rigidez, tem a forma de um X.”
Múltiplos e Submúltiplos do Metro
Terâmetro - Tm - 1012 - 1 000 000 000 000m
Gigâmetro - Gm - 109 - 1 000 000 000m
Megâmetro - Mm - 106 - 1 000 000m
Quilômetro - Km - 103 - 1 000m
Hectômetro - Hm - 102 - 100m
Decâmetro - Dam - 101 - 10m
METRO (un) - m - 1m
34
decímetro - dm - 10-1 - 0,1m
centímetro - cm - 10-2 - 0,01m
milímetro - mm - 10-3 - 0,001m
micrômetro - µm - 10-6 - 0,000 001m
nanômetro - nm - 10-9 - 0,000 000 001m
CONVERSÕES DE MEDIDAS
No decorrer do curso, serão introduzidos vários tipos de transformação de medidas, os
quais serão mencionados de acordo com a aprendizagem dos diversos temas de
unidades de medidas.
1ª) TRANSFORMAÇÃO
Transformar Sistema Inglês em Métrico Decimal.
1º CASO - Transformar polegadas inteiras em milímetros.
Para se transformar polegada inteira em milímetros, multiplica-se 25,4mm, pela
quantidade de polegadas por transformar.
Ex.: Transformar 3" em milímetros
35
2º CASO - Transformar fração da polegada em milímetro.
Quando o número for fracionário, multiplica-se 25,4mm pelo numerador da
fração e divide-se o resultado pelo denominador.
Ex.: Transformar 5/8" em milímetros.
3º CASO - Transformar polegada inteira e fracionária em milímetro.
Quando o número for misto, inicialmente se transforma o número misto em uma fração
imprópria e, a seguir, opera-se como no 2º Caso.
Ex.: Transformar 1¾” em milímetros.
2ª) TRANSFORMAÇÃO
Transformar Sistema Métrico Decimal em Inglês Ordinário.
Para se transformar milímetro em polegada, divide-se a quantidade de milímetros por
25,4 e multiplica-se o resultado pela divisão (escala) de 128, aproxima-se o resultado para
o inteiro mais próximo, dando-se para denominador a mesma divisão tomada, e, a seguir,
simplifica-se a fração ao menor numerador.
Ex.: Transformar 9,525mm em polegadas.
36
Aplicando outro Processo
Multiplica-se a quantidade de milímetros pela constante 5,04, dando-se
como denominador à parte inteira do resultado da multiplicação a menor
fração da polegada, simplificando-se a fração, quando necessário.
Ex.: Transformar 9,525mm em polegadas.
3ª) TRANSFORMAÇÃO
Transformar Sistema Inglês Ordinário em Decimal.
Para se transformar sistema inglês ordinário em decimal, divide-se o numerador da
fração pelo denominador.
Ex.: Transformar 7/8" em decimal.
4ª) TRANSFORMAÇÃO
Transformar Sistema Inglês Decimal em Ordinário.
Para se transformar sistema inglês decimal em ordinário, multiplica-se valor em decimal
por uma das divisões da polegada, dando-se para denominador a mesma divisão tomada,
simplificando-se a fração, quando necessário.
Ex.: Transformar 0,3125" em sistema inglês ordinário.
37
5ª TRANSFORMAÇÃO
Transformar Sistema Inglês Decimal em Métrico Decimal.
Para se transformar polegada decimal em milímetro, multiplica-se o valor
em decimal da polegada por 25,4.
Exemplo - Transformar 0,875" em milímetro.
0,875" x 25,4 = 22,225mm
6ª) TRANSFORMAÇÃO
Transformar Sistema Métrico Decimal em Inglês Decimal.
Para se transformar milímetro em polegada decimal, podemos utilizar dois processos:
1º Processo: Divide-se o valor em milímetro por 25,4.
Exemplo: Transformar 3,175mm em polegada decimal.
3,175 / 25,4 = 0,125”
2º Processo: Multiplica-se o valor em milímetro pela constante 0,03937".
Observação: A constante 0,03937" corresponde à quantidade de milésimos de polegada
contida em 1 milímetro. 1mm = 0,03937
Exemplo: Transformar 3,175mm em polegada decimal.
3,175 x 0,03937 = 0,125”
Observação: A diferença do resultado entre o 1º e 2º processo, conforme mostram os
exemplos acima, passa a ser desprezível, considerando-se ambos os processos corretos.
RÉGUA GRADUADA – GRADUAÇÕES, TIPOS E USOS
O mais elementar instrumento de medição utilizado nas oficinas é a régua graduada
(escala). É usada para medidas lineares, quando não há exigência de grande precisão.
Para que seja completa e tenha caráter universal, deverá ter graduações do sistema
métrico e do sistema inglês (fig.1).
SISTEMA MÉTRICO
Graduação em milímetros (mm). 1mm = 1m / 1000
SISTEMA INGLÊS
Graduação em polegadas (“). 1” = 1/36 jarda
38
A escala ou régua graduada é construída de aço, tendo sua graduação
inicial situada na extremidade esquerda. É fabricada em diversos
comprimentos: 6” (152,4 mm), 12” (304,8 mm).
A régua graduada apresenta-se em vários tipos.
Régua de encosto interno
Régua de profundidade
Régua de dois encosto (usada pelo ferreiro)
O uso da régua graduada torna-se freqüente nas oficinas.
39
Medição de comprimento com face de referência.
Medição de comprimento sem encosto de referência.
Medição de profundidade de rasgo
Medição de comprimento com face interna de referência.
40
Medição de comprimento com apoio em um plano.
Características da boa Régua Graduada
1 - Ser, de preferência, de aço inoxidável.
2 - Ter graduação uniforme.
3 - Apresentar traços bem finos, profundos e salientados em preto.
Conservação
1 - Evitar quedas e contato com ferramentas de trabalho.
2 - Evitar flexioná-la ou torcê-la, para que não se empene ou quebre.
3 - Limpar após o uso, para remover o suor e a sujeira.
4 - Aplicar ligeira camada de óleo fino, antes de guardá-la.
GRADUAÇÕES DA ESCALA - SISTEMA INGLÊS ORDINÁRIO
Representações da polegada
( “ ) polegada - 1” = uma polegada
(IN) polegada - 1 IN = uma polegada
(INCH) palavra inglesa que significa polegada
Intervalo referente a 1”(ampliada).
41
Prosseguindo a soma, encontraremos o valor de cada traço.
42
Prosseguindo a soma, encontramos o valor de cada traço.
Prosseguindo a soma, encontramos o valor de cada traço.
GRADUAÇÕES DA ESCALA - SISTEMA MÉTRICO DECIMAL
1 METRO -------------------------= 10 DECÍMETROS
1 m----------------------------------= 10 dm
1 DECÍMETRO------------------= 10 CENTÍMETROS
1 dm --------------------------------= 10 cm
43
1 CENTÍMETRO----------------= 10 MILÍMETROS
1 cm --------------------------------= 10 mm
PAQUÍMETRO – NOMENCLATURA, TIPOS E USOS
PAQUÍMETRO
Utilizado para a medição de peças, quando a quantidade não justifica um instrumental
específico e a precisão requerida não desce a menos de 0,02mm,
É um instrumento finamente acabado, com as superfícies planas e polidas. O cursor é
ajustado à régua, de modo que permita a sua livre movimentação com um mínimo de
folga. Geralmente é construído de aço inoxidável, e suas graduações referem-se a 20ºC.
A escala é graduada em milímetro e polegadas, podendo a polegada ser fracionária ou
milesimal. O cursor é provido de uma escala, chamada nônio ou vernier, que se desloca
em frente às escalas da régua e indica o valor da dimensão tomada.
Princípio do Nônio
A escala do cursor, chamada Nônio (designação dada pelos portugueses em
homenagem a Pedro Nunes, a quem é atribuída sua invenção) ou Vernier (denominação
dada pelos franceses em homenagem a Pierre Vernier, que eles afirmam ser o inventor),
consiste na divisão do valor N de uma escala graduada fixa por N.1 (nº de divisões) de
uma escala graduada móvel.
44
Tomando o comprimento total do nônio, que é igual a 9mm (fig.2), e
dividindo pelo nº de divisões do mesmo (10 divisões), concluímos que cada
intervalo da divisão do nônio mede 0,9mm.
Observando a diferença entre uma divisão da escala fixa em uma divisão do nônio
(fig.4), concluímos que cada divisão do nônio é menor 0,1mm do que cada divisão da
escala fixa. Essa diferença é também a aproximação máxima fornecida pelo instrumento.
Assim sendo, se fizermos coincidir o 1º traço do nônio com o da escala fixa, o
paquímetro estará aberto em 0,1mm, coincidindo o 2º traço com 0,2mm, o 3º traço com
0,3mm e assim sucessivamente.
Cálculo de Aproximação (Sensibilidade)
Para se calcular a aproximação (também chamada sensibilidade) dos paquímetros,
dividi-se o menor valor da escala principal (escala fixa), pelo número de divisões da
escala móvel (nônio). A aproximação se obtém, pois, com a fórmula:
a - aproximação
e - menor valor da escala principal (Fixa)
n - número de divisões do nônio (Vernier)
45
Exemplo:
Observação: O cálculo de aproximação obtido pela divisão do menor valor da escala
principal pelo número de divisões do nônio, é aplicado a todo e qualquer instrumento de
medição possuidor de nônio, tais como: paquímetro, micrômetro, goniômetro, etc.
Erros de Leitura
- São causados por dois fatores:
a) paralaxe;
b) pressão de medição.
Paralaxe
O cursor onde é gravado o nônio, por razões técnicas, tem uma espessura mínima a.
Assim, os traços do nônio TN são mais elevados que os traços da régua TM.
Pressão de Medição
É a pressão necessária para se vencer o atrito do cursor sobre a régua, mais a pressão
de contato com a peça por medir. Em virtude do jogo do cursor sobre a régua, que e
compensado pela mola F, a pressão pode resultar numa inclinação do cursor em relação
à perpendicular à régua. Por outro lado, um cursor muito duro elimina completamente a
sensibilidade do operador, o que pode ocasionar grandes erros. Deve o operador regular
a mola, adaptando o instrumento à sua mão.
46
Erros de Medição
Estão classificados em erros de influências objetivas e de influências
subjetivas.
a) De Influências Objetivas:
São aqueles motivados pelo instrumento
 erros de planidade;
 erros de paralelismo;
 erros da divisão da régua;
 erros da divisão do nônio;
 erros da colocação em zero.
b) De Influências Subjetivas:
São aqueles causados pelo operador (erros de leitura).
Observação: Os fabricantes de instrumentos de medição fornecem tabelas de erros
admissíveis, obedecendo às normas existentes, de acordo com a aproximação do
instrumento. Dos diversos tipos de paquímetros existentes, mostramos alguns exemplos.
Medição interna
47
Medição externa
Medição de profundidade Paquímetro de profundidade
48
Paquímetro com bicos, para medição em posição profunda
Paquímetro de altura Paquímetro de altura equipado com relógio comparador
49
Paquímetro de nônio duplo para medição de espessura de dente de engrenagem.
PAQUÍMETRO - SISTEMA INGLÊS ORDINÁRIO
Para efetuarmos leitura de medidas em um paquímetro do sistema inglês ordinário, faz-
se necessário conhecermos bem todos os valores dos traços da escala.
Assim sendo, se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o traço zero do nônio
coincida com o primeiro traço da escala fixa, a leitura da medida será 1/16", no segundo
traço, 1/8".
50
Uso do Vernier (Nônio)
Através do nônio podemos registrar no paquímetro várias outras frações da polegada, e
o primeiro passo será conhecer qual a aproximação (sensibilidade) do instrumento.
Sabendo que o nônio possui 8 divisões, sendo a aproximação do paquímetro 1/128”,
podemos conhecer o valor dos demais traços.
Observando a diferença entre uma divisão da escala fixa e uma divisão do nônio,
concluímos que cada divisão do nônio é menor 1/128" do que cada divisão da escala fixa.
51
Assim sendo, se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o primeiro traço do nônio
coincida com o da escala fixa, a leitura da medida será 1/128", o segundo traço 1/64", o
terceiro traço 3/128", o quarto traço 1/32", e assim sucessivamente.
Processo para a Leitura de Medidas
1º) Exemplo: Ler a medida da figura.
Multiplica-se o número de traços da escala fixa ultrapassados pelo zero do nônio, pelo
último algarismo do denominador da concordância do nônio. O resultado da multiplicação
soma-se com o numerador, repetindo-se o denominador da concordância.
52
2º) Exemplo: Ler a medida da figura.
3º) Exemplo: Ler a medida da figura.
Observação: Em medidas como as do exemplo da figura, abandonamos a parte inteira e
fazemos a contagem dos traços, como se iniciássemos a operação. Ao final da aplicação
do processo, incluímos a parte inteira antes da fração encontrada.
53
PAQUÍMETRO - SISTEMA MÉTRICO DECIMAL
Leitura da Escala Fixa
Valor de cada traço da escala fixa = 1mm
Daí concluem que, se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o zero do nônio
coincida com o primeiro traço da escala fixa, a leitura da medida será 1mm, no segundo
traço 2mm, no terceiro traço 3mm, no décimo sétimo traço 17mm, e assim
sucessivamente.
Uso do Vernier (Nônio)
De acordo com a procedência do paquímetro e o seu tipo, observamos diferentes
aproximações, isto é, o nônio com número de divisões diferentes: 10, 20 e 50 divisões
(fig.6).
Escala Fixa
NÔNIO
54
Cálculo de Aproximação
Cada divisão do nônio é menor 0,02mm do que cada divisão da escala. Se deslocarmos
o cursor do paquímetro até que o primeiro traço do nônio coincida com o da escala, a
medida será 0,02mm, o segundo traço 0,04mm, o terceiro traço 0,06mm, o décimo sexto
0,32mm.
Leitura de Medidas
Conta-se o número de traços da escala fixa ultrapassados pelo zero do nônio (10mm) e,
a seguir, faz-se a leitura da concordância do nônio (0,08mm). A medida será 10,08mm.
Paquímetro - Sistema Inglês Decimal
Graduação da Escala Fixa
Para conhecermos o valor de cada divisão da escala fixa, basta dividirmos o
comprimento de 1" pelo número de divisões existentes.
1” = 1000 milésimos
55
Conforme mostra a figura 1, no intervalo de 1" temos 40 divisões.
Operando a divisão, teremos: 1" : 40 = 0,025"
Valor de cada traço da escala = 0,025".
Se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o zero do nônio coincida com o primeiro
traço da escala, a leitura será 0,025", no segundo traço 0,050", no terceiro traço 0,075",
no décimo traço 0,250", e assim sucessivamente.
Uso do Vernier (Nônio)
0 primeiro passo será calcular a aproximação do paquímetro. Sabendo-se que o menor
valor da escala fixa é 0,025" e que o nônio possui 25 divisões, teremos: a = 0 025” / 25 =
0,001”
Cada divisão do nônio é menor 0,001" do que duas divisões da escala.
56
Se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o primeiro traço do nônio coincida com
o da escala, a leitura será 0,001”, o segundo traço 0,002", o terceiro traço 0,003”, o
décimo segundo traço 0,012".
Leitura de Medidas
Para se efetuar leitura de medidas com paquímetro do sistema Inglês decimal, procede-
se da seguinte forma: observa-se a que quantidade de milésimos corresponde o traço da
escala fixa, ultrapassado pelo zero do nônio 0,150".
A seguir, observa-se a concordância do nônio 0,009". Somando-se os valores 0,150" +
0,009", a leitura da medida será 0,159".
Exemplo: A leitura da medida é = 1,129“.
57
MICRÔMETRO - NOMENCLATURA, TIPOS E USOS
MICRÔMETRO
A precisão de medição que se obtém com o paquímetro, às vezes, não é suficiente. Para
medições mais rigorosas, utiliza-se o micrômetro, que assegura uma exatidão de 0,01mm.
O micrômetro é um instrumento de dimensão variável que permite medir, por leitura
direta, as dimensões reais com uma aproximação de até 0,001mm.
Características Do Micrômetro
Arco
É construído de aço especial e tratado termicamente, a fim de eliminar as tensões, e
munido de protetor antitérmico, para evitar a dilatação pelo calor das mãos.
Parafuso Micrométrico
E construído de aço de alto teor de liga, temperado a uma dureza de 63 RC. Rosca
retificada, garantindo alta precisão no passo.
Contatores
Apresentam-se rigorosamente planos e paralelos, e em alguns instrumentos são de
metal duro, de alta resistência ao desgaste.
58
Fixador ou Trava
Permite a fixação de medidas.
Luva Externa
Onde é gravada a escala, de acordo com a capacidade de medição do instrumento.
Tambor
Com seu movimento rotativo e através de sua escala, permite a complementação das
medidas.
Porca de Ajuste
Quando necessário, permite o ajuste do parafuso micrométrico.
Catraca
Assegura uma pressão de medição constante.
Tipos e Usos
Para diferentes usos no controle de peças, encontram-se vários tipos de micrômetros,
tanto para medições em milímetros como em polegadas, variando também sua
capacidade de medição.
As figuras abaixo nos mostram alguns dos tipos existentes.
Micrômetro para medição externa. Micrômetro para a medição de espessura de tubos
Micrômetro com discos, para a medição de papel, cartolina couro
e borracha. Também é empregado para a medição de passo de
engrenagem.
59
Micrômetro Oltilmeter. Utilizado para a medição de diâmetros
externos de peças com números ímpares de divisões, tais
como: machos, fresas, eixos entalhados, etc.
Micrômetro para a medição de roscas. Micrômetro para a medição de profundidade.
Micrômetro com relógio, Utilizado para a medição de peças em Micrômetro para medição externa, com hastes
série. Fixado em grampo antitérmico. intercambiáveis.
Micrômetro tubular. Utilizado para medição interna. IMICRO". Utilizado para a medição de diâmetro interno.
60
Recomendações
- Evitar choques, quedas, arranhões e sujeira.
- Não medir peças fora da temperatura ambiente.
- Não medir peças em movimento.
- Não forçar o micrômetro.
Conservação
- Depois do uso, limpar cuidadosamente o instrumento.
- Guardar o micrômetro em estojo próprio.
- O micrômetro deve ser guardado destravado e com os contatores ligeiramente
afastados.
MICRÔMETRO - SISTEMA INGLÊS DECIMAL
Para efetuarmos leitura com o micrômetro do sistema inglês decimal, é necessário
conhecermos inicialmente as divisões da escala da luva.
Conforme mostra a figura, a escala da luva é formada por uma reta longitudinal (linha de
referência), na qual o comprimento de 1" é dividido em 40 partes iguais. Daí concluímos
que a distância entre as divisões da escala da luva é igual a 0,025", que corresponde ao
passo do parafuso micrométrico.
61
Observação:
De acordo com os diversos fabricantes de instrumentos de medição, a
posição dos traços da divisão da escala da luva dos micrômetros se
apresenta de formas diferentes, não alternando, porém, a distância entre si.
Estando o micrômetro fechado, se dermos uma volta completa no tambor
rotativo, teremos um deslocamento do parafuso micrométrico igual ao seu passo (0,025"),
aparecendo o primeiro traço na escala da luva. A leitura da medida será 0,025". Dando-se
duas voltas completas, aparecerá o segundo traço: a leitura da medida será 0,050". E
assim sucessivamente.
Leitura do Tambor
Sabendo-se que uma volta no tambor equivale a 0,025", tendo o tambor 25 divisões,
conclui-se que cada divisão do tambor equivale a 0,001".
Uma volta no tambor = 0,025"
Nº de divisões do tambor = 25
Assim sendo, se fizermos coincidir o primeiro traço do tambor com a linha de referência
da luva, a leitura será 0,001”, o segundo traço 0,002”, o vigésimo quarto traço
0,024".
62
Sabendo-se a leitura da escala da luva e do tambor, podemos ler qualquer medida
registrada no micrômetro.
Leitura da escala da luva = 0,225"
Leitura do tambor = 0,012"
Para efetuarmos a leitura da medida, soma-se a leitura da escala da luva com a do
tambor: 0,225" + 0,012" = 0,237".
Uso do Nônio
Ao utilizarmos micrômetros possuidores de nônio, precisamos conhecer a aproximação do
instrumento.
a = aproximação
e = menor valor da escala do tambor = 0,001”
n = nº de divisões do nônio = 10 divisões
63
Cada divisão do nônio é menor 0,0001" do que cada divisão do tambor. Se
girarmos o tambor até que o primeiro traço coincida com o do nônio, a leitura
da medida será 0,0001", o segundo 0,0002", o quinto 0,0005”.
Leitura por Estimativa
Grande quantidade dos micrômetros utilizada nas indústrias não possui nônio obrigando
assim a todos que os utilizam a fazer leitura por estimativa.
Sendo 0,001" = 0,0010", se girarmos o tambor até que a linha de referência escala da
luva fique na metade do intervalo entre o zero do tambor e o primeiro traço, fazemos a
leitura, por estimativa, 0,0005".
Utilizando a estimativa, a leitura da medida será 0,0257".
Aferição do Micrômetro
Antes de iniciarmos a medição de uma peça, devemos fazer a aferição do instrumento.
Nos micrômetros de 0 a 1", após a limpeza dos contatores. faz-se o fechamento do
micrômetro, através da catraca, até sentir-se o funcionamento da mesma, observando-se
a concordância do limite inicial da escala da luva com o zero do tambor. Nos micrômetros
de 1" a 2", 2" a 3", etc., utiliza-se a barra-padrão para a aferição do instrumento. Não
havendo a concordância perfeita, faz-se a regulagem do micrômetro através de uma
chave especial, para o deslocamento da luva ou do tambor, de acordo com o tipo do
instrumento.
BARRA-PADRÃO
64
Aferição do micrômetro com barra-padrão
MICRÔMETRO - SISTEMA MÉTRICO DECIMAL
Inicialmente observaremos as divisões da escala da luva. Nas figuras, mostramos a
escala da luva do micrômetro com os traços em posições diferentes, porém sem alterar a
distância entre si.
Sabendo-se que, nos micrômetros do sistema métrico, o comprimento da escala da luva
mede 25,00mm, se dividirmos o comprimento da escala pelo nº de divisões existentes,
encontraremos o valor da distância entre as divisões (0,50mm), que é igual ao passo do
parafuso micrométrico.
65
Estando o micrômetro fechado, dando uma volta completa no tambor rotativo, teremos
um deslocamento do parafuso micrométrico igual ao seu passo (0,50mm), aparecendo o
primeiro traço na escala da luva. A leitura da medida será 0,50mm. Dando-se duas voltas
completas, aparecerá o segundo traço, e a leitura será 1,00mm. E assim sucessivamente.
Leitura do Tambor
Sabendo que uma volta no tambor equivale a 0,50mm, tendo o tambor 50 divisões,
concluímos que cada divisão equivale a 0,01mm.
66
Assim sendo, se fizermos coincidir o primeiro traço do tambor com a linha de referência
da luva, a leitura será 0,01mm, o segundo traço 0,02mm, o quadragésimo nono traço
0,49mm.
Sabendo a leitura da escala da luva e do tambor, podemos ler qualquer medida registrada
no micrômetro.
Leitura da escala da luva = 8,50mm
Leitura do tambor = 0,32mm
Para efetuarmos a leitura da medida, somamos a leitura da escala da luva com a do
tambor: 8,50 + 0,32 = 8,82mm. Na figura, mostramos outro exemplo, com a utilização de
um micrômetro em que a escala da luva apresenta a posição dos traços de forma
diferente.
67
Leitura da escala da luva = 11,00mm
Leitura do tambor = 0,23mm
Leitura da medida 11,23mm
Uso do Nônio
Ao utilizarmos micrômetros possuidores de nônio (fig.12), precisamos conhecer a
aproximação do instrumento.
Cada divisão do nônio é menor 0,001mm do que cada divisão do tambor.
Observação:
Atualmente não se emprega mais a palavra “mícron" nem o símbolo µ.
Usamos a palavra "micrômetro ou microns" e o símbolo µm.
Ex: 0,015mm = 15µm (quinze micrômetros ou microns)
Se girarmos o tambor até que o primeiro traço coincida com o do nônio, a medida será
0,001mm = 1µm, o segundo 0,002mm = 2µm, o quinto 0,005mm = 5µm.
68
Leitura por Estimativa
Nos micrômetros não possuidores de nônio, fazemos a leitura por estimativa.
Sabendo-se que 0,01mm = 0,010mm (10µm), na figura 16, utilizando-se a estimativa, a
leitura da medida será de 3,605mm.
RELÓGIO COMPARADOR
O relógio comparador é um instrumento de medição por comparação dotado de uma
escala e um ponteiro, ligados por mecanismos diversos a uma ponta de contato.
O comparador centesimal é um instrumento comum de medição por comparação.
As diferenças percebidas nele pela ponta de contato são amplificadas mecanicamente e
irão movimentar o ponteiro rotativo diante da escala.
Quando a ponta de contato sofre uma pressão e o ponteiro gira em sentido horário, a
diferença é positiva. Isso significa que a peça apresenta maior dimensão que a
estabelecida. Se o ponteiro girar em sentido anti-horário, a diferença será negativa, ou
seja, a peça apresenta menor dimensão que a estabelecida.
Existem vários modelos de relógios comparadores. Os mais utilizados possuem
resolução de 0,01 mm. O curso do relógio também varia de acordo com o modelo, porém
os mais comuns são de 1 mm, 10 mm, .250” ou 1”.
69
Em alguns modelos, a escala dos relógios se apresenta
perpendicularmente em relação a ponta de contato (vertical). E, caso
apresentem um curso que implique mais de uma volta, os relógios
comparadores possuem, além do ponteiro normal, outro menor, denominado
contador de voltas do ponteiro principal.
Alguns relógios trazem limitadores de tolerância. Esses limitadores são móveis,
podendo ser ajustados nos valores máximo e mínimo permitidos para a peça que será
medida. Existem ainda os acessórios especiais que se adaptam aos relógios
comparadores. Sua finalidade é possibilitar controle em série de peças, medições
especiais de superfícies verticais, de profundidade, de espessuras de chapas, etc.
As próximas figuras mostram esses dispositivos destinados à medição de profundidade e
de espessuras de chapas.
Medidores de profundidade
Medidores de espessura
70
Os relógios comparadores também podem ser utilizados para furos. Uma
das vantagens de seu emprego é a constatação, rápida e em qualquer
ponto, da dimensão do diâmetro ou de defeitos, como conicidade,
ovalização, etc.
Consiste basicamente num mecanismo que transforma o deslocamento
radial de uma ponta de contato em movimento axial transmitido a um relógio
comparador, no qual pode-se obter a leitura da dimensão. O instrumento deve ser
previamente calibrado em relação a uma medida padrão de referência.
Esse dispositivo é conhecido como medidor interno com relógio comparador ou súbito.
RELÓGIO COM PONTA DE CONTATO DE ALAVANCA (APALPADOR)
É um dos relógios mais versáteis que se usa na mecânica. Seu corpo monobloco possui
três guias que facilitam a fixação em diversas posições.
Existem dois tipos de relógios apalpadores. Um deles possui reversão automática do
movimento da ponta de medição; outro tem alavanca inversora, a qual seleciona a direção
do movimento de medição ascendente ou descendente.
O mostrador é giratório com resolução de 0,01mm, 0.002mm,
.001” ou .0001”.
Por sua enorme versatilidade, pode ser usado para grande variedade de aplicações,
tanto na produção como na inspeção final.
Exemplos:
 Excentricidade de peças.
 Alinhamento e centragem de peças nas máquinas.
 Paralelismos entre faces.
 Medições internas.
 Medições de detalhes de difícil acesso.
71
Alinhamento e centragem de peças nas máquinas
Conservação
 Evitar choques, arranhões e sujeira.
 Guardá-lo em estojo, apropriado.
 Montá-lo rigidamente em seu suporte.
 Descer suavemente a ponta de contato sobre a peça.
 Verificar se o relógio é anti-magnético antes de colocá-lo em contato com a mesa
magnética.
GONIÔMETRO
Introdução
O goniômetro é um instrumento de medição ou de verificação de medidas angulares.
Medindo ângulo obtuso
72
Medindo ângulo agudo
O goniômetro simples é conhecido também como transferidor de grau. É utilizado em
medidas angulares, que não necessitam extremo rigor. Sua menor divisão 1° (um grau).
Há diversos modelos de goniômetros simples. A seguir, mostramos um tipo bastante
usado, em que podemos observar as medidas de um ângulo agudo e um ângulo obtuso.
Já, o goniômetro com nônio permite fazer uma medição de até 5’ (cinco minutos). Além
disso, possui outros recursos como, por exemplo, régua e esquadro.
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  • 1. 1 DESENHO TÉCNICO MECÂNICO Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG VESPASIANO 2012
  • 2. 2 Presidente da FIEMG Olavo Machado Júnior Diretor Regional do SENAI Lúcio José de Figueiredo Sampaio Gerente de Educação Profissional Edmar Fernando de Alcântara
  • 3. 3 DESENHO TÉCNICO MECÂNICO Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI Departamento Regional de Minas Gerais Centro de Formação Profissional -Vespasiano Hudson Fabrício Xavier Pereira Mateus Emílio de Menezes VESPASIANO 2012
  • 4. 4 © 10.4.2012 - SENAI. Departamento Regional de Minas Gerais SENAI/MG Centro de Formação Profissional -Vespasiano SENAI FIEMG Serviço Nacional de Aprendizagem Av. do Contorno, 4456 Industrial Bairro Funcionários Departamento Regional de Minas 30110-916 – Belo Horizonte Gerais Minas Gerais
  • 5. 5 PPrreeffáácciioo “Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do conhecimento. “ Peter Drucker O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção, coleta, disseminação e uso da informação. O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país,sabe disso , e ,consciente do seu papel formativo , educa o trabalhador sob a égide do conceito da competência:” formar o profissional com responsabilidade no processo produtivo, com iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos técnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e consciência da necessidade de educação continuada.” Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento , na sua área tecnológica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se faz necessária. Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia, da conexão de suas escolas à rede mundial de informações – Internet - é tão importante quanto zelar pela produção de material didático. Isto porque, nos embates diários,instrutores e alunos , nas diversas oficinas e laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos. O SENAI deseja , por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada ! Gerência de Educação e Tecnologia
  • 6. 6 QSMS IInnttrroodduuççããoo aa QQuuaalliiddaaddee O conceito de qualidade evoluiu ao longo do século, mudando de uma atividade de inspeção e seleção de itens não-conformes, com caráter fortemente corretivo, para o uso de técnicas estatísticas que garantiriam a qualidade do produto de forma preventiva. Posteriormente a ênfase mudou do produto para o processo, pois um processo com os padrões de qualidade desejados apresenta como conseqüência um produto com a qualidade esperada. Paralelamente, passou-se a trabalhar com os sistemas de qualidade das empresas. Atualmente o conceito evoluiu, além das fronteiras da empresa, abrangendo toda a cadeia onde essa está inserida. Para entendermos melhor esse processo, precisamos retornar à década de 1980 que foi um período marcado pelo início da implantação de programas de qualidade total nas empresas americanas e européias na tentativa de conter o avanço das vendas dos produtos japoneses. O sucesso das empresas japonesas, que produziam com ótima qualidade e preços mais baixos do que os praticados nos demais países, foi em parte creditado à capacidade de implementação de programas de produtividade e qualidade total que contavam com a participação dos funcionários. Programas como Círculos de Controle de Qualidade, Controle Estatístico de Processo, Manutenção Produtiva Total, Melhoria Contínua (Kaizen), Análise dos Efeitos e Tipos de Falhas e as Sete Ferramentas da Qualidade passaram a ter grande aceitação no mundo ocidental a partir do sucesso percebido com a implantação de técnicas que combinavam o aumento da qualidade e da produtividade. Esses programas, que faziam parte de um sistema da qualidade, culminaram na elaboração e divulgação das Normas ISO 9000, na Europa, em 1987, chegando ao Brasil pela Associação Brasileira de Normas Técnicas. Depois de 1990, as Normas ISO, constituem um modelo internacional para a qualidade, sendo um dos requisitos básicos à implementação bem sucedida de um processo de qualidade total. Quando uma empresa obtém a certificação ISO 9000, significa que está se organizando para ter um padrão de qualidade do seu processo e, conseqüentemente, de seu produto, em um patamar confiável, o que resulta em garantia de qualidade para os clientes. Além disso, quando a empresa passa a se preocupar com a implantação de programas de melhoria da qualidade e produtividade, visando a melhor utilização de seus recursos produtivos, existe forte probabilidade de redução em seus custos, o que resulta em preços mais competitivos. A implantação de programas de qualidade e produtividade, além de viabilizar a certificação da empresa como “classe mundial”, traz consigo a possibilidade da melhor qualidade de vida, mesmo que não haja um programa formalizado com este nome, pois possibilita benefícios aos funcionários, em termos de carreira e aprendizado profissional.
  • 7. 7 CCoonncceeiittooss ddee qquuaalliiddaaddee ee pprroodduuttiivviiddaaddee O conceito de qualidade apresentado na Norma ISO 8402 é descrito como um conjunto de propriedades e características de um produto, processo ou serviço, que lhe fornecem a capacidade de satisfazer as necessidades explícitas ou implícitas. Diversos outros autores conceituaram qualidade. Segundo Deming, a qualidade significa um grau previsível de uniformidade e confiabilidade a baixo custo, estando adequada ao mercado. Outra definição de qualidade é apresentada por Juran, que a entende como adequação ao uso. Em relação à produtividade, o conceito pode ser apresentado sob dois aspectos. Visto de uma forma restrita, podemos definir como a relação entre os recursos empregados e os resultados obtidos, ou seja: Nesse sentido, a produtividade é vista como eficiência e é conseguida através da otimização do uso dos recursos empregados (inputs) a fim de maximizar os resultados desejados (outputs). Sob um ponto de vista mais amplo, produtividade não é somente obter o máximo de eficiência “fazendo certo as coisas”, mas atingir o máximo de eficácia “fazendo as coisas certas”. É necessário ir além do conceito básico de resultado obtido/recurso empregado e entender os fatores determinantes que conduzem à melhoria da produtividade. Dessa forma, fica fácil entender e localizar a qualidade no conceito de produtividade, seja ele restrito ou amplo. A qualidade deve estar sistematicamente e tecnicamente aplicada em qualquer processo, presente nos recursos e no resultado, bem como na atividade de conversão desses recursos em resultado. Diminuir o desperdício e produzir com qualidade significa aumento de produtividade. A falta de qualidade no desempenho significa que mais recursos ou recursos de melhor qualidade serão necessários para produzir uma quantidade específica de resultado, com qualidade. Retrabalho, refugo e desperdício são fatores que requerem recursos adicionais, traduzidos em menor produtividade e menos riqueza para a empresa. OOss ddeezz pprriinnccííppiiooss ddaa qquuaalliiddaaddee ttoottaall Independente dos programas da moda ou das normas da qualidade, os principais mestres da qualidade, entre eles William Edward Deming, Joseph Juran, Phillip Crosby, Armand Feigenbaum e Kaoru Ishikawa, desenvolveram metodologias próprias em relação à implantação de programas da qualidade nas empresas, e cada um deles criou uma relação de princípios da qualidade total. Esses possuem certa similaridade e podem ser agrupados em dez princípios: Planejamento da Qualidade, Total Satisfação dos Clientes, Gerência Participativa, Desenvolvimento dos Recursos Humanos, Constância de Propósitos, Aperfeiçoamento Contínuo, Gerenciamento de Processos, Disseminação das Informações, Garantia da Qualidade e Desempenho Zero Defeitos. A qualidade total visa obter um forte efeito de sinergia, em que o todo é maior do que a soma das partes Com esses “mandamentos” da qualidade devidamente implantados e os resultados medidos e avaliados constantemente, os programas da qualidade terão mais chance de obterem sucesso na empresa.
  • 8. 8 PPrriimmeeiirroo pprriinnccííppiioo:: ppllaanneejjaammeennttoo ddaa qquuaalliiddaaddee O Planejamento da Qualidade, segundo Juran, é essencial para delinear um guia da qualidade, pois prepara a empresa para alcançar as metas da qualidade. Os elementos desse planejamento são os seguintes: identificar quem são os clientes internos e externos e conhecer quais são suas exigências, desenvolver o produto ou serviço face a essas exigências, identificar os processos que tenham impacto sobre a qualidade, estabelecer metas da qualidade e garantir a capacidade do processo para atingir essas metas em condições normais de funcionamento. SSeegguunnddoo pprriinnccííppiioo:: ttoottaall ssaattiissffaaççããoo ddoo cclliieennttee O segundo princípio, enunciado como “Total Satisfação dos Clientes”, pode ser entendido como o ponto principal da gestão da qualidade. Os clientes são a razão de existir de uma organização, e o primeiro passo da qualidade é conhecer as necessidades dos clientes e como os clientes avaliam os produtos que lhes são prestados. Essa avaliação deve ser transformada em indicadores concretos, de modo a permitir a mensuração do grau de satisfação dos clientes. A organização deve estabelecer um processo sistemático e regular de troca e aprendizado com seus clientes, procurando antever suas necessidades, antecipar seus desejos e superar suas expectativas. Sendo assim, o marketing passa a ter um papel significativo na qualidade. As reclamações e sugestões dos clientes devem encontrar um porto seguro dentro das organizações, pois muitas vezes são as fontes de inspiração para grandes projetos da empresa. Além disso, a organização deve buscar a excelência no atendimento, diferenciando-se de seus concorrentes e assegurando a satisfação de todos os clientes, externos e internos, diretos e indiretos, acionistas e compradores. TTeerrcceeiirroo pprriinnccííppiioo:: ggeessttããoo ppaarrttiicciippaattiivvaa Nesse caso, o relacionamento entre chefia e subordinados Ø a tônica. As novas idéias devem ser estimuladas e a criatividade aproveitada para a resolução dos problemas e o constante aperfeiçoamento das atividades. O medo deve ser eliminado, e os vários níveis gerenciais devem adotar atitude de ouvir permanentemente o que pensam seus colaboradores. Se essa cultura for adotada internamente, entende-se que os clientes também serão ouvidos em qualquer nível hierárquico da organização. É necessário que os gerentes adotem atitudes de liderança e transparência. Sendo assim, é necessário criar uma cultura de participação e repasse de informações, para que haja um nivelamento entre o corpo funcional. A agilidade nesse processo decorre de um alto nível de delegação, de um correto sistema de distribuição dos resultados e de um sistema ágil de comunicação. O objetivo principal é obter um forte efeito de sinergia, em que o todo é maior do que a soma das partes. Delegar significa colocar o poder de decisão o mais próximo possível da ação. A presteza com que se atendem os clientes determina muitas vezes a maior aproximação ou perda dos mesmos. Um correto sistema de distribuição de resultados é aquele que considera que a riqueza gerada por uma empresa deve ser corretamente distribuída entre todos que a geraram. Nesse sentido, os ganhos de produtividade que resultaram em maior riqueza devem ser devidamente distribuídos entre os sócios, os funcionários, a comunidade e o governo. Uma ferramenta que
  • 9. 9 pode apoiar as empresas na efetividade dessa distribuição Ø o Demonstrativo do Valor Adicionado ( DVA). A comunicação, sistematizada e transparente, será o “fio condutor” para que a delegação e a distribuição aconteçam de forma eficaz na empresa. QQuuaarrttoo pprriinnccííppiioo:: ddeesseennvvoollvviimmeennttoo ddooss rreeccuurrssooss hhuummaannooss O sentido maior desse princípio Ø buscar a valorização dos funcionários, enfocando seu crescimento e plena realização como peças fundamentais na obtenção da qualidade total. Tal enfoque implica uma nova postura, que preconiza a mudança de comportamentos e atitudes na organização. A capacitação e o treinamento cumprem um papel fundamental na modernização da empresa. Deve-se afastar o medo. Os funcionários não podem ter medo de fazer perguntas, apresentar sugestões, testar alterações, questionar processos, pois do contrário jamais mudarão sua forma de trabalhar. Precisam sentir-se seguros, em um clima que apresenta confiança e abertura. É preciso remover as barreiras ao orgulho da execução do trabalho. As pessoas devem orgulhar-se do trabalho que fazem e da qualidade desse trabalho. QQuuiinnttoo pprriinnccííppiioo:: ccoonnssttâânncciiaa ddee pprrooppóóssiittooss A adoção de novos valores é um processo lento e gradual que deve levar em conta a cultura existente na organização. A definição de propósitos através de um processo de planejamento estratégico participativo, integrado e baseado em análise de dados íntegros e abrangentes, determina o comprometimento, a confiança, o alinhamento e a convergência de ações. O engajamento da alta direção, definindo e implementando a política da qualidade e os seus objetivos, assegurando que a política e seu engajamento sejam entendidos e mantidos em todos os níveis da organização, é vital. SSeexxttoo pprriinnccííppiioo:: aappeerrffeeiiççooaammeennttoo ccoonnttíínnuuoo Nesta época de mudanças aceleradas, as reais necessidades dos clientes se alteram rapidamente com a renovação tecnológica ou de costumes, alimentadas por uma concorrência acirrada. Novas leis e regulamentos são elaborados para se garantir a qualidade dos produtos e serviços adquiridos. Nesse contexto, torna-se imprescindível implantar uma cultura de mudança, comprometida com o aperfeiçoamento contínuo, eliminando-se atitudes de paternalismo, acomodação e passividade. As características deste princípio encontram-se no questionamento permanente de todas as atividades e ações realizadas na empresas, buscando a inovação dos produtos, serviços e processos, a criatividade e a flexibilidade de atuação, a análise comparativa com os concorrentes e a capacidade de incorporar novas tecnologias. Outra premissa básica da produtividade e da qualidade é que não se pode melhorar o que não se pode medir e, portanto, é imprescindível criar um conjunto de indicadores globais que retratem a situação existente e que permitam a comparação com referenciais da própria empresa ou com outras empresas de mesmas características. Esse conjunto de indicadores globais deve permitir à empresa acompanhar seus resultados econômicos, financeiros, de qualidade e de produtividade. Também devem permitir o desdobramento, de forma que o resultado “lido” pelo nível estratégico reflita o desempenho alcançado no nível operacional.
  • 10. 10 SSééttiimmoo pprriinnccííppiioo:: ggeerreenncciiaammeennttoo ddee pprroocceessssooss O conceito básico é que a organização deve ser entendida como um sistema aberto, que tem como finalidade atender às necessidades dos seus clientes e usuários, através da produção de bens e serviços, gerados a partir de insumos recebidos de seus fornecedores e manufaturados ou transformados através de seus recursos e tecnologia. Esse grande processo se decompõe em subprocessos até o nível de uma tarefa individual e se interliga formando várias cadeias cliente-fornecedor em que, a partir do cliente externo, vão se comunicando, sendo o processo anterior o fornecedor e o processo seguinte o cliente. Gerenciar esse processo significa aplicar constantemente o ciclo denominado PDCA (Plan, Do, Check e Act), ou seja, planejar, executar, verificar e atuar de forma corretiva. Assim como para o aperfeiçoamento contínuo, aqui também, para que se possa acompanhar, controlar e avaliar cada um dos subprocessos, é indispensável a criação de um modelo de indicadores que mensurem aspectos relativos à produtividade (eficiência) e qualidade (eficácia).O gerenciamento de processos, aliado ao conceito de cadeia cliente- fornecedor, propicia a queda de barreiras entre as áreas, com a extinção de “feudos” e uma maior integração na organização. OOiittaavvoo pprriinnccííppiioo:: ddiisssseemmiinnaaççããoo ddaass iinnffoorrmmaaççõõeess Na verdade, todos os princípios da qualidade total tem como pré requisito um fluxo de informações no mínimo funcional e adequado. Todos os funcionários devem assimilar o negócio, a missão, os grandes propósitos e planos empresariais. A empresa deve manter um canal aberto de comunicação com seus clientes, levantando expectativas e necessidades, firmando sua imagem com a divulgação de seus principais objetivos, produtos e serviços. O processo de comunicação deve obedecer aos quesitos de agilidade, seletividade e integridade, devendo propiciar total transparência da organização frente aos seus funcionários, clientes, fornecedores e sociedade. NNoonnoo pprriinnccííppiioo:: ggaarraannttiiaa ddaa qquuaalliiddaaddee Esse é o princípio mais formal, pois trata do estabelecimento de normas e procedimentos da organização que forma um sistema documentado passível de certificação pela análise comparativa com normas internacionais. Essas normas, que podem ser as Normas ISO 9000, VDA 6.1 ou outras reconhecidas internacionalmente, servem de base para a definição de cláusulas contratuais entre clientes e fornecedores. A certificação assegura que o fornecedor tem total controle sobre o processo e pode repetir aquilo que foi feito. A formalização dos processos deve assegurar, portanto, a rastreabilidade e a disponibilidade de produtos e serviços. Deve prever também o controle de projetos e da documentação, o uso de técnicas estatísticas, a formalização com relação aos fornecedores, inspeções, testes de produtos, controle das não- conformidades, ações corretivas, manuseio, armazenagem, embalagem, distribuição e auditorias internas. A formalização fornece ferramentas para a uniformidade de procedimentos.
  • 11. 11 DDéécciimmoo pprriinnccííppiioo:: ddeesseemmppeennhhoo zzeerroo ddeeffeeiittooss Esse princípio deve ser incorporado à maneira de pensar de todos os funcionários, de forma a que todos busquem a perfeição em suas atividades. Todos na organização devem ter clara a noção do que Ø estabelecido como “certo”. Isso se deve a partir das definições acordadas entre a empresa e seus clientes, internos e externos, e da conseqüente formalização dos processos dentro do princípio da garantia da qualidade. Os desvios devem ser medidos para que no ciclo PDCA se localize a causa principal do problema e se planejem ações corretivas. O custo de prevenir erros é sempre menor que o de corrigi-los. Quando os resultados são medidos e avaliados constantemente, os programas de qualidade tem mais chance de obter sucesso Trata-se aqui, também, dos custos da qualidade que são decorrentes de falhas internas, quando ocorridas antes do produto/serviço chegar ao consumidor; custos de falhas externas, quando detectadas após o recebimento pelo consumidor; custos de inspeção associados ao trabalho de inspetores e finalmente os custos de prevenção, associados às ações preventivas. Devem ainda ser considerados os custos referentes à perda de clientes, à transferência de custo para o cliente e à perda de imagem. Deve-se estabelecer um sistema através do qual os funcionários possam identificar problemas que impedem que seu trabalho esteja livre de deficiências, assegurando, de forma sistematizada, que os grupos funcionais apresentem soluções para os problemas atuais bem como propostas de melhorias contínuas em suas atividade AA QQuuaalliiddaaddee ccoommoo pprroocceessssoo A qualidade do processo corresponde ao nível utilizado na implementação de um processo aceitável e na produção dos artefatos. Esse processo inclui medições e critérios de qualidade. À medida que o projeto evolui, mais passos devem ser incluídos para o gerenciamento da sua complexidade. Todos os processos consistem em atividades de produto e de carga. As atividades de produto resultam no progresso tangível até o produto final. As atividades de carga causam um impacto intangível no produto final e são necessárias em muitas tarefas de planejamento, gerenciamento e avaliação. Os objetivos de medir e avaliar a qualidade do processo são:  Gerenciar a lucratividade e os recursos  Gerenciar e resolver riscos  Gerenciar e manter orçamentos, programações e qualidade  Obter dados para a melhoria do processo Até certo ponto, a adesão a um processo e a obtenção de alta qualidade do processo se sobrepõem de alguma forma à qualidade dos artefatos. Em outras palavras, se houver adesão ao processo (alta qualidade), o risco de produzir artefatos de baixa qualidade é reduzido. Entretanto, nem sempre o oposto é verdadeiro — a produção de artefatos de alta qualidade não é necessariamente uma indicação de que o processo foi seguido.
  • 12. 12 Portanto, a qualidade do processo é medida não apenas pelo grau de adesão, mas também pelo grau de qualidade alcançado com os produtos gerados pelo processo. Para ajudar na avaliação da qualidade de processos e produtos, o Rational Unified Process (RUP) incluiu páginas, como: Atividade: uma descrição da atividade a ser realizada e os passos necessários para a realização da atividade. Orientações de Trabalho: dicas técnicas e práticas úteis à realização da atividade. Artefato, Diretrizes e Pontos de Verificação: informações sobre como desenvolver, avaliar e usar o artefato. Templates: modelos ou protótipos do artefato que informam sobre a estrutura e o conteúdo. SEGURANÇA Introdução É sabido que o brasileiro, tradicionalmente, não se apega à Prevenção, seja ela de acidentes do trabalho ou não. A nossa formação escolar não nos enseja qualquer contato com técnicas de Prevenção de Acidentes, nem ao menos com a sua necessidade. Assim, até o nosso ingresso no mercado de trabalho e, assim mesmo, dependendo do setor de atividade e, pior ainda, da empresa em que trabalharemos, é que teremos o primeiro contato com a Prevenção de Acidentes, isso, já na idade adulta! Na verdade, embora de forma precária, a única vez em que normalmente temos alguma noção de prevenção é no lar, através da mãe, ao nos puxar a orelha, dar-nos umas palmadas por alguma travessura, mas, incoerentemente, é, também, no próprio lar que somos desafiados, pela primeira vez, a demonstrar coragem, praticando o Ato Inseguro, juntamente, pelo próprio pai. Daí, a grande necessidade que a empresa moderna tem de aplicar recursos, investir em treinamento, em equipamentos e em métodos de trabalho para incutir em seu pessoal o Espírito Prevencionista e, através de técnicas e de sensibilização, combater em seu meio o Acidente do Trabalho que, conforme tem sido demonstrado, atinge forte e danosamente a Qualidade, a Produção e o Custo.
  • 13. 13 ACIDENTE DO TRABALHO Definição O Acidente é toda e qualquer ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, que provoca lesão pessoal ou de que decorre risco próximo ou remoto dessa lesão. Se tal ocorrência estiver relacionada com o exercício do trabalho, estará, então, caracterizado o Acidente de Trabalho. Trocando o conceito em miúdos: A ocorrência é imprevista por não ter um momento pré-determinado (dia ou hora) para acontecer. É preciso distinguir previsto/imprevisto de previsível/imprevisível. O "previsto" significa programa, enquanto o "previsível" sugere possibilidade. Assim, pode-se dizer que o acidente é previsível em função de circunstâncias (uma escada de degraus defeituosos, um mecânico esmerilhando sem óculos, por exemplo), isto é, existe a possibilidade, clara, de ocorrer o acidente. No entanto, a ocorrência não está prevista, por não estar programada. O indesejável, é óbvio, é por não se querer o acidente. Daí, se alguém, intencionalmente, joga, por exemplo, um alicate contra outro e o atinge, caracteriza-se o acidente, apesar de o indivíduo ter desejado atingir o outro. Isso se dá porque a ocorrência é caracterizada em função da vítima (ou vítima potencial) e é claro que ela não queria ser atacada. O "instantânea ou não" faz a diferença entre o acidente típico, como o conhecemos (queda, impacto sofrido, aprisionamento, etc.) e a doença ocupacional ou do trabalho (asbestose, saturnismo, silicose, etc.). Esclarecendo: o acidente propriamente dito é a ocorrência que tem conseqüência (lesão) imediata em relação ao momento da ocorrência (queda = fratura, luxação, escoriações). A Doença Ocupacional é conseqüência mediata em relação à exposição ao risco (exposição ao vapor de chumbo hoje, saturnismo após algum tempo). O acidente, não implica, necessariamente em lesão, podendo ficar somente no risco de provocá-la (acidente sem vítima). Assim, a queda de uma marreta, por exemplo, é o acidente que pode ser com vítima (provoca lesão) ou sem vítima (não atinge ninguém). A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), em sua NB 18 (Norma Brasileira n o 18) focaliza o acidente sob os seguintes aspectos: Tipo: Classifica o acidente quanto à sua espécie, como Impacto de Pessoa Contra (que se aplica aos casos em que a lesão foi produzida por impacto do acidentado contra um objeto parado, exceto em casos de queda); Impacto Sofrido (o movimento é de objeto); Queda com Diferença de Nível (ação da gravidade, com o objeto de contato estando abaixo da superfície em que se encontra o acidentado); Queda em Mesmo Nível (movimentado devido à perda de equilíbrio, com o objeto de contato estando no mesmo nível ou acima da superfície de apoio do acidentado); Atrito ou Abrasão; Aprovisionamento, etc. Por que o Acidente do Trabalho deve ser evitado? Sob todos os ângulos em que possa ser analisado, o acidente do trabalho apresenta fatores altamente negativos no que se refere ao aspecto humano, social e econômico, cujas conseqüências se constituem num forte argumento de apoio a qualquer ações de controle e prevenção dos infortúnios ocasionais.
  • 14. 14 Aspecto Humano Bastaria a consulta as estatísticas oficiais, que registram os acidentes que prejudicam a integridade física do empregado, para conhecimento do grande índice de pessoas incapacitadas para o trabalho e de tantas vidas truncadas, tendo como conseqüência a desestruturação do ambiente familiar, onde tais infortúnios repercutem por tempo indeterminado. Aspecto Social Em referência a este aspecto, vamos analisar o acidente do trabalho e suas conseqüências sociais, visando a estes dois aspectos:  o acidente do trabalho como efeito;  o acidente do trabalho como causa. Pode-se considerar o acidente do trabalho como efeito quando ele resulta de uma ação imprudente ou de condições inadequadas, isto é, quando ele resulta de uma inobservância das normas de segurança; pode-se considerá-lo como causa quando se tem em vista as conseqüências dele advindas. Aspecto Econômico Um dos fatores altamente negativos, resultante dos acidentes do trabalho, é o prejuízo econômico cujas conseqüências atingem ao empregado, a empresa, a sociedade e, em uma concepção mas ampla, a própria nação. Quanto ao empregado, apesar de toda a assistência e das indenizações recebidas por ele ou por seus familiares através da Previdência Social, no caso de acidentar-se, os prejuízos econômicos fazem-se sentir na medida em que a indenização não lhe garante necessariamente o mesmo padrão de vida mantido até então. E, dependendo do tipo de lesão sofrida, tais benefícios, por melhores que sejam, não repararão uma invalidez ou a perda de uma vida. Na empresa, os prejuízos econômicos derivados dos acidentes variam em função da importância que ela dedica à prevenção de acidentes. A perda ainda que de alguns minutos de atividade no trabalho traz prejuízo econômico, o mesmo acontecendo com a danificação de máquinas, equipamentos, perda de materiais etc. Outro tipo de prejuízo econômico refere-se ao acidente que atinge o empregado, variando as proporções quanto ao tempo de afastamento do mesmo, devido à gravidade da lesão. As conseqüências podem ser, dentre outras: a paralisação do trabalho por tempo indeterminado, devido à impossibilidade de substituição do acidentado por um elemento treinado para aquele tipo de trabalho e, ainda, a influência psicológica negativa que atinge os demais empregados e que interfere no rítmo normal do trabalho, levando sempre a uma grande queda da produção. Em termos gerais, esses são alguns fatores que muito contribuem para os prejuízos econômicos tanto do empregado quanto da empresa. Identificação das Causas do Acidente É fundamental que se entenda que a busca da causa de um acidente não tem, absolutamente, o objetivo de punição, mas, sim, o de encontrar a partir das causas, as medidas que possibilitem impedir ocorrências semelhantes. A causa do acidente pode estar em fatores hereditários (herança sangüínea) ou de meio-ambiente (cultura). Pode, também, originar-se de falha pessoal. Clareando: a Hereditariedade, processo de transmissão de
  • 15. 15 características físicas e mentais dos ascendentes (pais, avós, etc.) para os descendentes (filhos, netos, etc.), quando o ambiente é propício, manifesta- se sob a forma de fobias, principalmente as claustrofobia ( medo de lugares fechados), acrofobia (medo de altura), etc., e de outras formas. Tal manifestação interfere na formação do homem, dando oportunidade ao afloramento das falhas pessoais (atitudes impróprias, inadequadas, por exemplo: imprudência, negligência, exibicionismo, insubordinação, etc.). A falha pessoal, por sua vez, leva o homem a cometer Atos Inseguros ou criar/permitir Condições Inseguras. Ato Inseguro O Ato Inseguro é a desobediência a um procedimento seguro, comumente aceito. Não é necessariamente a desobediência a norma ou procedimento escrito, mas também àquelas normas de conduta ditadas pelo bom senso, tacitamente aceitas. Na caracterização do Ato Inseguro cabe a seguinte questão: nas mesmas circunstâncias uma pessoa prudente agiria da mesma maneira? Um exemplo: não se conhece nenhuma norma escrita que oriente para não se segurar, na palma da mão, um ferro elétrico aquecido, porém, se alguém o fizer, estará cometendo um Ato Inseguro. O Ato Inseguro ocorre em três modalidades: Omissão: A pessoa Não Faz o que deveria fazer. Exemplo: Deixar de impedir equipamento. Comissão: A pessoa faz o que Não Deveria Fazer Exemplo: Operar equipamento sem estar capacitado e/ou autorizado. Variação: A pessoa faz algo De Modo Diferente do que deveria fazer. Exemplo: Para "encurtar caminho", salta da plataforma em lugar de descer pela escada. É claro que a "Omissão" implica em existência/conhecimento de norma/procedimento específico. Quanto às "Comissão" e "Variação", a desobediência pode ocorrer ao próprio bom senso, não, necessariamente a normas/procedimentos/instruções. Condição Insegura A Condição Insegura são as condições de ambiente, cuja correção não são da alçada do acidentado. A Condição Insegura compreende máquinas, equipamentos, materiais, métodos de trabalho e deficiência administrativa. Para efeito de maior clareza, podemos classificar a condição insegura em quatro classes: Mecânica: máquina/ferramenta/equipamento defeituoso, sem proteção, inadequado, etc. Física: "Lay-out" (arrumação, passagens, espaço, acesso, etc.). Ambiental: Ventilação, iluminação, poluição, ruído, etc. Método: Procedimento de Trabalho inadequado, padrão inexistente, processo perigoso, método arriscado, supervisão deficiente, etc. A Condição Insegura ocorre, também, em três modalidades, todas elas, derivadas das posições de comando:
  • 16. 16 Negligência: (corresponde à omissão do Ato Inseguro): deixar de fazer o que deve ser feito. Exemplo: Deixar de reparar escada defeituosa. Permitir práticas inseguras. Imperícia: derivada da falta de conhecimento/experiência específica. Mandar Fazer sem Estabelecer Procedimento Exemplo: Não fixar padrão/procedimento de trabalho. Imprudência: Mandar fazer de forma diferente do estabelecido. Exemplo: Mandar improvisar ferramenta. É importante frisar que a Condição Insegura e Ato Inseguro são a causa final de um acidente, ou seja, a ação que deflagrou a ocorrência, a "gota d'água" que fez transbordar o conteúdo do copo, mas outros fatores concorreram para a ocorrência e esses fatores, "as causas de causa" precisam ser identificadas para a prevenção. Daí, a importância de estudar as "Hereditariedade e Meio-Ambiente" (muito difícil para a indústria comum) e as "Falhas Pessoais", estas mais visíveis, a partir das convivência e observação. Aliás, as convivência e observação precisam ser valorizadas. A observação é tão importante que a sua negligência tem o poder de alterar o Ato Inseguro para a Condição Insegura. É verdade, a norma diz que se um ato inseguro vem sendo cometido repetidas vezes, por tempo suficiente para ter sido "observado" e "corrigido" e não é, deixa de ser Ato para ser Condição Insegura, enquadrando-se como "Negligência" da supervisão. Classificação do Acidente O acidente pessoal, em termos de gravidade da lesão que provoca, é classificado de duas maneiras: 1º. Se o acidente provoca lesão tal que impeça o acidentado de retornar ao trabalho, em suas funções, no dia imediato ao da ocorrência, ele é dito Com Lesão, Com Afastamento, o conhecido CPT (Com Perda de Tempo). Mesmo que o acidentado possa trabalhar, em suas funções, no dia seguinte ao da ocorrência, a lesão pode ser classificada de "Com Afastamento" (CPT), desde que dela resulte uma incapacidade permanente, por exemplo, a perda de uma falange (nó) de um dedo. 2º. Se a lesão decorrente do acidente não impede o acidentado de trabalhar no dia seguinte ao da ocorrência, temos o conhecido SPT (Sem Perda de Tempo), oficialmente classificado de Lesão Sem Afastamento. É importante frisar que tal classificação se refere unicamente à gravidade da lesão e do acidente. Podemos ter acidentes até mesmo impessoais de alta gravidade. Padrão Operacional É o estabelecimento do método correto e, conseqüentemente, seguro de execução do trabalho. Fundamentado no conhecimento do trabalho, exige constante aperfeiçoamento, adequando-se quanto ao como, onde, quando e com o que fazer. O Padrão Operacional somente pode ser considerado se estiver registrado (escrito), ser conhecido e estar ao alcance de todos os envolvidos no trabalho. Seu ponto chave é o Detalhe, o detalhe que não pode ser negligenciado ou esquecido, já que, de imediato, a curto, médio ou longo prazos pode representar o fracasso do trabalho, do seu trabalho. Ninguém está mais capacitado que você para saber qual a melhor maneira de executar o seu trabalho. Organizando a tarefa,
  • 17. 17 discutindo-a com seus colegas, aperfeiçoando-a sempre e mantendo o seu registro, você chegará naturalmente ao Padrão ideal quer requer constantes avaliações e adequações, obtidas através de Análise de Riscos que é, em resumo, a ferramenta de atualização do Padrão. Lembre-se, o Padrão Operacional precisa ser registrado, escrito e receber constantes adequações. O bom Padrão Operacional não sobrevive sem retoques. Busque o Padrão junto ao seu Gerente Supervisor, é ele o centralizador, o catalisador do Padrão, você é o usuário, o gerador de aperfeiçoamento do mesmo. Zele por ele que é seu melhor companheiro. A IMPORTÂNCIA DO DETALHE: EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Proteção Coletiva: beneficiam a todos os empregados indistintamente. Proteção Individual: protegem apenas a pessoa que utiliza o equipamento. Nota: A empresa é obrigada fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: Equipamento de Proteção Coletiva – EPC São os que, quando adotados, neutralizam o risco na própria fonte. As proteções em furadeiras, serras, prensas; os sistemas de isolamento de operações ruidosas; os exaustores de gases e vapores; as barreiras de proteção; aterramentos elétricos; os dispositivos de proteção em escadas, corredores, guindastes e esteiras transportadoras são exemplos de proteção coletivas. Equipamento de Proteção Individual - EPI Definição O equipamento de proteção individual (EPI) é todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. Seleção do EPI A seleção deve ser feita por pessoal competente, conhecedor não só dos equipamentos como, também, das condições em que o trabalho é executado. É preciso conhecer as características, qualidade técnicas e, principalmente, o grau de proteção que o equipamento deverá proporcionar. Características e Classificação dos EPI Pode-se classificar os EPI, agrupando-os segundo a parte do corpo que devem proteger:
  • 18. 18 Proteção da Cabeça Capacete: Protege de impacto de objeto que cai ou é projetado e de impacto contra objeto imóvel e somente estará completo e em condições adequadas de uso se composto de:  Casco: é o capacete propriamente dito;  Carneira: armação plástica, semi-elástica, que separa o casco do couro cabeludo e tem a finalidade de absorver a energia do impacto;  Jugular: presta-se à fixação do capacete à cabeça. O capacete de celeron se presta, também, à proteção contra radiação térmica. Proteção dos Olhos Óculos de segurança: Protegem os olhos de impacto de materiais projetados e de impacto contra objetos imóveis. Os óculos de segurança utilizados na CST são, comprovadamente, muito eficazes quanto à proteção contra impactos. Para a proteção contra aerodispersóides (poeira), a CST fornece os óculos ampla visão, que envolvem totalmente a região ocular. Onde se somam os riscos de impacto e intensa presença de aerodispersóides (poeira), a afetiva proteção dos olhos se obtém com o uso dos dois EPI - óculos de segurança (óculos basculavel) óculos ampla visão, ao mesmo tempo. Proteção Facial Protetor facial: Protege todo o rosto de impacto de materiais projetados e de calor radiante, podendo ser acoplado ao capacete. É articulado e tem perfil côncavo e tamanho e altura que permitem cobrir todo o rosto, sem tocá-lo, sendo construído em acrílico, alumínio ou tela de aço inox.
  • 19. 19 Proteção das Laterais e Parte Posterior da Cabeça Capuz: Protege as laterais e a parte posterior da cabeça (nuca) de projeção de fagulhas, poeiras e similares. Para uso em ambientes de alta temperatura, o capuz é equipado com filtros de luz, permitindo proteção também contra queimaduras. Proteção Respiratória Máscaras: Protegem as vias respiratórias contra gases tóxicos, asfixiantes e contra aerodispersóides (poeira). Elas protegem não somente de envenenamento e asfixias, mas, também, da inalação de substâncias que provocam doenças ocupacionais (silicose, siderose, etc.). Há vários tipos de máscaras para aplicações específicas, com ou sem alimentação de ar respirável. Proteção de Membros Superiores Protetores de punho, mangas e mangotes: Protegem o braço, inclusive o punho, contra impactos cortantes e perfurantes, queimaduras, choque elétrico, abrasão e radiações ionizantes e não ionizantes. Luvas: Protegem os dedos e as mãos de ferimentos cortantes e perfurantes, de calor, choques elétricos, abrasão e radiações ionizantes. Proteção Auditiva Protetor auricular: Diminui a intensidade da pressão sonora exercida pelo ruído contra o aparelho auditivo. Existem em dois tipos básicos:  Tipo Plug (de borracha macia, espuma, de poliuretano ou PVC), que é introduzido no canal auditivo.  Tipo Concha, que cobre todo o aparelho auditivo e protege também o sistema auxiliar de audição (ósseo). O protetor auricular não anula o som, mas reduz o ruído (que é o som indesejável) a níveis compatíveis com a saúde auditiva. Isso significa que, mesmo usando o protetor auricular, ouve-se o som mais o ruído, sem que este afete o usuário.
  • 20. 20 Proteção do Tronco Paletó: Protege troncos e braços de queimaduras, perfurações, projeções de materiais particulados e de abrasão, calor radiante e de frio. Avental: Protege o tronco frontalmente e parte dos membros inferiores - alguns modelos (tipo barbeiro) protegem também os membros superiores - contra queimaduras, calor, radiante, perfurações, projeção de materiais particulados, ambos permitindo uma boa mobilidade ao usuário. Proteção da Pele Luva química: Creme que protege a pele, membros superiores, contra a ação dos solventes, lubrificantes e outros produtos agressivos. Proteção dos Membros Inferiores Calçado de segurança: Protege os pés contra impactos de objetos que caem ou são projetados, impactos contra objetos imóveis e contra perfurações. Por norma, somente é de segurança o calçado que possui biqueira de aço para proteção dos dedos. Perneiras: Protegem a perna contra projeções de aparas, fagulhas, limalhas, etc., principalmente de materiais quentes. Proteção Global Contra Quedas Cinto de segurança: Cinturões anti-quedas que protegem o homem nas atividades exercidas em locais com altura igual ou superior a 2 (dois) metros, composto de cinturão, propriamente dito, e de talabarte, extensão de corda (polietileno, nylon, aço, etc.) com que se fixa o cinturão à estrutura firme.
  • 21. 21 Guarda e Conservação do EPI Quando na troca de usuário de um modo geral, os EPI devem ser limpos e desinfetados, cada vez em que há troca de usuário. Guarda do EPI O empregado deve conservar o seu equipamento de proteção individual e estar conscientizado de que, com a conservação, ele estará se protegendo quando voltar a utilizar o equipamento. Conservação do EPI O EPI deve ser mantido sempre em bom estado de uso. Sempre que possível, a verificação e a limpeza destes equipamentos devem ser confiados a uma pessoa habilitada para esse fim. Neste caso, o próprio empregado pode se ocupar desta tarefa, desde que receba orientação para isso. Muitos acidentes e doenças do trabalho ocorrem devido à não observância do uso de EPI. A eficácia de um EPI depende do uso correto e constante no trabalho onde exista o risco. RISCOS AMBIENTAIS Introdução Os ambientes de trabalho podem conter, dependendo da atividade que neles é desenvolvida, um ou mais fatores ou agentes que, dentro de certas condições, irão causar danos à saúde do pessoal. Chamam-se, esses fatores, riscos ambientais. Os riscos ambientais exigem a observação de certos cuidados e a tomada de medidas corretivas nos ambientes, se pretende evitar o aparecimento das chamadas doenças do trabalho. A Portaria 3214 de Segurança e Medicina do trabalho do Ministério do Trabalho na sua Norma Regulamentadora de nº 09, contempla o Programa de Proteção aos Riscos Ambientais –PPRA - que tem como objetivo de antecipação, identificação, avaliação e controle de todos os fatores do ambiente de trabalho que podem causar doenças ou danos à saúde dos empregados. Classificação dos Riscos Os riscos ambientais estão divididos em três grupos: riscos químicos, riscos físicos e riscos biológicos. Riscos Químicos São representados por um grande número de substâncias que podem contaminar o ambiente de trabalho.
  • 22. 22 Riscos Físicos São representados por fatores do ambiente de trabalho que podem causar danos à saúde, sendo os principais: o calor, o ruído ou barulho, as radiações, o trabalho com pressões anormais, a vibração e a má iluminação. Riscos Biológicos São representados por uma variedade de microrganismos com os quais o empregado pode entrar em contato, segundo o seu tipo de atividade, e que podem causar doenças. Fatores que colaboram para que os Produtos ou Agentes causem danos à Saúde Nem todo produto ou agente, presente no ambiente, irá causar obrigatoriamente um dano à saúde. Para que isso ocorra, é preciso que haja uma inter-relação entre os fatores que serão expostos a seguir: O Tempo de Exposição Quanto maior o tempo de exposição, de contato, maiores são as possibilidades de se desenvolver um dano à saúde e vice-versa. A concentração do contaminante no ambiente Quanto maiores as concentrações, maiores as chances de aparecerem problemas. O quanto a substância é tóxica Algumas substâncias são mais tóxicas que outras se comparadas em relação a uma mesma concentração. A forma em que o contaminante se encontra Isto é, se em forma de gás, líquido ou neblina, ou poeira. Isto tem relação com a forma de entrada do tóxico no organismo, como será visto adiante. A possibilidade de as pessoas absorverem as substâncias Algumas substâncias só são capazes de entrar no organismo por inalação ou, então, pela pele. Deve-se acentuar que é importante conhecer cada caso em separado. Havendo dúvida quanto à existência ou não de perigo, o interessado deve procurar um membro da CIPA ou do Serviço Especializado ou, ainda, o seu gerente. Vias de Entrada dos Materiais Tóxicos no Organismo Três são as formas pelas quais os materiais tóxicos podem penetrar no organismo humano: Por inalação Quando se está num ambiente contaminado, pode-se absorver uma substância nociva por inalação, isto é, pela respiração.
  • 23. 23 Por contato com a pele, ou via cutânea A pele pode absorver certas substâncias se houver contato, mesmo que por poucos instantes. Dessa forma, o tóxico pode atingir o sangue e causar dano à saúde. Por ingestão Ou seja, ao se engolir, acidentalmente, o tóxico Isso acontece muito quando são comidos ou bebidos alimentos que estão contaminados com quantidades não visíveis de substâncias nocivas. É por essa razão que nunca se deve fazer as refeições no próprio posto de trabalho. E, também, não se deve ir para o refeitório ou para casa sem antes efetuar um perfeito asseio pessoal: lavar as mãos e rosto com sabão e bastante água. Riscos Químicos As substâncias químicas podem estar na forma de gases, vapores, líquidos, fumos, poeiras e névoas ou neblinas. Por exemplo: Vapores Emanados de solventes como o benzol, o toluol, "thinners" em geral, desengraxantes como o tetracloreto de carbono, o tricloroetileno. Gases Monóxido de carbono, gases dos processos industriais como o gás sulfídrico.
  • 24. 24 Líquidos Que podem ser corrosivos, como os ácidos e a soda cáustica, ou irritantes, causando doenças da pele. Muitos líquidos também podem ser absorvidos pela pele, causando prejuízo à saúde. Névoas ou neblinas Nos banhos de galvanoplastia, fosfatização e outros processos, onde se formam névoas ou neblinas de ácidos. Fumos Nos banhos de metais fundidos como o chumbo. Os fumos são pequenas partículas de metal ou de seus compostos, provenientes do banho que ficam suspensos no ar. Poeiras ou pós Pó de serragem, poeira de rebarbação de peças fundidas no jateamento de areia ou granalha de aço. Principais Efeitos no Organismo Dentre os efeitos dos riscos químicos no organismo, destacam-se, como principais, os seguintes: Irritação Irritação dos olhos, nariz, garganta, pulmões, da pele. Geralmente, as substâncias que causam irritação se encontram na forma de gás ou vapor, mas podem, também, estar no estado líquido ou sólido. Exemplos: vapores de ácidos, a amônia (amoníaco), certas poeiras. A irritação da pele é causada pelo contato direto com líquidos ou poeiras, sendo exemplos os solventes "thinners", e a poeira de caviúna. Asfixia Ou seja, falta de oxigênio no organismo. Exemplos: monóxido de carbono (CO), gás carbônico (CO2), acetileno. Anestesia Isto é, uma ação sobre o sistema nervoso central, causando estado de sonolência ou tonturas. Geralmente, as substâncias anestésicas estão no estado de gás ou vapor. Exemplos: vapores de éter etílico, acetona. Intoxicação Pode ser causada tanto por inalação como por contato com a pele ou ingestão acidental do tóxico, que pode estar na forma sólida, líquida ou gasosa. Exemplos: benzol, toluol, tricloroetileno, metanol, gasolina, inseticidas, fumos de chumbo, pó de chumbo (nas tipografias). Pneumoconiose Isto é, uma alteração da capacidade respiratória devido a uma alteração no pulmão da pessoa. As substâncias que causam esse tipo de doença estão na forma de poeira. Exemplos: poeira de sílica livre cristalizada, contida no pó de mármore, areia, carepa de fundição (areia), poeira de amianto ou asbesto, pós de algodão.
  • 25. 25 Riscos Físicos Há fatores no ambiente do trabalho cuja presença, tendendo aos limites de excesso ou falta, podem tornar-se responsáveis por variadas alterações na saúde do empregado. Calor O calor ocorre geralmente em fundições, siderúrgicas, cerâmicas, indústrias de vidro, etc. Quanto aos efeitos, sabe-se que o organismo pode adaptar-se aos ambientes quentes, dentro de certos limites. Quando há exposição excessiva ao calor, pode ocorrer uma série de problemas, como câimbras, insolação ou intermação, ou, ainda, uma afecção nos olhos chamada de catarata. Ruído ou barulho Ocorre na indústria em geral, mas, principalmente, nas tecelagens, estamparias, no rebarbamento por marteletes nas fundições, etc. O ruído excessivo tem vários efeitos no ser humano, variando de pessoa para pessoa, como a irritabilidade, entre outros. Entretanto, seu efeito principal, comprovado quando as pessoas são expostas a altos níveis de ruído por tempos longos, é o dano à audição, que leva a vários graus de surdez. Radiação infravermelho É o calor radiante cujos efeitos são, justamente, os mencionados acima em "calor". Onde há corpos aquecidos, há calor radiante que é emitido em todas as direções. Radiação ultravioleta É um tipo de radiação que está presente principalmente nas seguintes operações: solda elétrica, fusão de metais a temperatura muito alta, nas lâmpadas germicidas, nos geradores de ozona. Seus efeitos são térmicos, causando queimaduras, eritemas (vermelhidão) na pele, e, também, inflamação nos olhos (conjuntivite). Os efeitos são retardados, aparecendo com maior força 6 a 12 horas após a exposição. Radiações ionizantes Podem ser provenientes de materiais radioativos ou de aparelhos especiais. Exemplos: aparelhos de raio-x (quando indevidamente utilizados), radiografias industriais de controle (gamagrafia). Os efeitos das exposições descontroladas a radiações ionizantes, por mau controle dos processos, são em geral sérios: anemia, leucemia, certos tipos de câncer e efeitos que só aparecem nas gerações seguintes (genéticos). Trabalhos com pressões anormais São os trabalhos em que o homem é submetido a pressões diferentes da atmosférica, na qual vive normalmente. Esses trabalhos exigem um controle rígido das operações, principalmente na etapa de descompressão e volta à pressão normal. Ocorrência: em trabalhos submarinos, no trabalho em tubulações e caixões pneumáticos. Os efeitos são: problemas nas articulações, desde dores até paralisia, e outros problemas mais graves que podem ser fatais. Vibrações As vibrações ocorrem, principalmente, nas grandes máquinas pesadas: tratores, escavadeiras, máquinas de terraplanagem, que fazem vibrar o corpo inteiro, e nas ferramentas manuais motorizadas que fazem vibrar as mãos, braços e ombros. Os problemas provenientes das vibrações aparecem em geral após longo tempo de exposição (vários anos). No caso de vibração do corpo inteiro, podem aparecer dores na coluna, problemas nos rins, enjôos (mal de mar); no caso
  • 26. 26 de vibrações localizadas nas mãos e braços, podem aparecer problemas circulatórios (má circulação do sangue) e problemas nas articulações. O tempo longo de exposição e fatores como o frio têm muita influência no aparecimento desses problemas. Má iluminação A iluminação inadequadas nos locais de trabalho pode levar, além de ser causa de baixa eficiência e qualidade do serviço, a uma maior probabilidade de ocorrência de certos tipos de acidentes e a uma redução da capacidade visual das pessoas, o que é um efeito negativo muito importante em alguns tipos de trabalho que exigem atenção e boa visão. Riscos Biológicos São os microrganismos presentes no ambiente de trabalho que podem trazer doenças de natureza moderada e, mesmo, grave. Eles se apresentam invisíveis a olho nu, sendo visíveis somente ao microscópio. Exemplos: as bactérias, bacilos, vírus, fungos, parasitas e outros. Todos estão sujeitos à contaminação por esses agentes, seja em decorrência de ferimentos e machucaduras, seja pela presença de colegas doentes ou por contaminação alimentar. Exemplo: Nos ferimentos e machucaduras, pode ocorrer, entre outras, a infecção por tétano que pode até matar o empregado. Os colegas podem trazer ao ambiente de trabalho os micróbios que causam hepatite, tuberculose, micose das unhas e da pele. Se o pessoal da copa e cozinha não tiver higiene e asseio, pode ocorrer contaminação das refeições, tendo como possível conseqüência as diarréias. Para prevenção, usam-se as seguintes medidas:  vacinação;  equipamento de proteção individual;  rigorosa higiene pessoal, das roupas e dos ambientes de trabalho;  controle médico permanente.
  • 27. 27 Principais Medidas de Controle dos Riscos Ambientais As principais medidas de controle dos riscos ambientais podem referir-se ao ambiente ou ao pessoal: Medidas relativas ao ambiente Substituição do produto tóxico O produto tóxico pode ser substituído por outro produto menos tóxico ou inofensivo. Esta é a medida ideal, desde que o substituto tenha qualidades próximas às do original. Também, deve-se tomar cuidado para não se criar um risco maior, substituindo um produto tóxico por outro menos tóxico mas altamente inflamável. Exemplos de substituições corretas: benzeno substituído pelo tolueno; substituição de tintas à base de chumbo por tintas à base de zinco; jateamento com areia substituído por jateamento de óxido de alumínio, etc. Mudança do processo ou equipamento Certas modificações em processos ou equipamentos podem reduzir muito os riscos ou, até, eliminá-los. Exemplos: pintura a imersão ao invés de pintura a pistola (diminuindo-se a formação de vapores dos solventes); rebitagem substituída por solda (menor barulho). Enclausuramento ou confinamento Consiste em isolar determinada operação do resto da área, diminuindo assim o número de pessoas expostas ao risco. Exemplos: cabine de jateamento de areia; enclausuramento de uma máquina ruidosa. Ventilação Pode ser exaustora, retirando o ar contaminado no local de formação do contaminante, ou diluidora, que é aquela que joga ar limpo dentro do ambiente, diluindo o ar contaminado. Exemplos: nos tanques de solventes, nas operações com colas, nas operações geradoras de poeiras, nos rebolos de rebarbamento de peças fundidas. Umidificação Onde há poeiras, o risco de exposição pode ser eliminado ou diminuído pela aplicação de água ou neblina. Muitas operações, feitas a úmido, oferecem um risco bem menor à saúde. Exemplos: mistura de areias de fundição, varredura a úmido.
  • 28. 28 Segregação Segregação quer dizer separação. Nesta medida de controle, separa-se a operação ou equipamento do restante, seja no tempo seja no espaço. Separar no tempo quer dizer fazer a operação fora do horário normal do resto do pessoal; separar no espaço significa colocar a operação a distância, longe dos demais. O número de pessoas expostas ficará bastante reduzido e aqueles que devem ficar junto à operação irão receber proteção especial. Boa manutenção e conservação Rigorosamente, estas medidas não podem ser consideradas formas específicas de prevenção de riscos. Entretanto, são complementos de quaisquer outras medidas. Muitas vezes, a má manutenção é a causa principal dos problemas ambientais. Os programas e cronogramas de manutenção devem ser seguidos à risca, dentro dos prazos propostos pelos fabricantes dos equipamentos. Exemplos: ruído excessivo em estruturas e mancais; vazamentos de produtos tóxicos; superaquecimento. Ordem e limpeza Boas condições de ordem e limpeza e asseio geral ocupam um lugar-chave nos sistemas de proteção ambiental. O pó, em bancadas, rodapés e pisos, que se deposita nas horas calmas, pode rapidamente ser redispersado, no ar da sala, por correntes de ar, movimento de pessoas ou funcionamento de equipamentos. Medidas relativas ao pessoal Equipamento de Proteção Individual O equipamento de proteção individual deve ser sempre considerado como uma segunda linha de defesa, após serem tentadas medidas relativas ao ambiente de trabalho. Nas situações onde não são eficientes medidas gerais e coletivas relativas ao ambiente, a critério técnico, o EPI é a forma de proteção, aliada à limitação da exposição. O uso correto do EPI por parte do empregado, o conhecimento das suas limitações e vantagens, são aspectos que todo empregado deve conhecer através de treinamento específico, coordenado pelo pessoal especializado em Segurança e Medicina do Trabalho. Especial cuidado deve ser tomado na conservação da eficiência do EPI, sob pena de o mesmo se tornar uma arma de dois gumes, fornecendo ao empregado confiança numa proteção inexistente. Limitação de exposição A redução dos períodos de trabalho tornam-se importante medida de controle onde e quando todas as outras forem impraticáveis por motivos técnicos, locais (físicos) ou econômicos, não se conseguindo reduzir ou eliminar o risco. Assim, a limitação da exposição, dentro de critérios bem definidos tecnicamente, pode tornar-se uma solução eficiente em muitos casos. Exemplos: controle do tempo de exposição ao calor. às pressões anormais, às radiações ionizantes.
  • 29. 29 Controle Médico Exames médicos pré-admissionais e periódicos são medidas fundamentais de caráter permanente, constituindo-se numa das atividades principais dos serviços médicos da empresa. Uma boa seleção na admissão pode evitar a contratação de pessoas que têm maior sensibilidade e que poderiam adquirir doenças relacionadas com certas atividades. Os exames médicos periódicos dos empregados possibilitam, além de um controle de saúde geral do pessoal, a descoberta e a detenção de fatores que podem levar a uma doença profissional, num estágio ainda inicial e com pouca probabilidade de danos. CONTROLE AMBIENTAL Meio Ambiente Constitui-se num conjunto de elementos e fatores indispensáveis à vida, de ordem física, química e biológica. Poluição É a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente:  Prejudicam a saúde, a segurança e o bem estar da população;  Criam condições adversas as atividades sociais e econômicas;  Afetam desfavoravelmente a flora e a fauna;  Afetam as condições estáticas ou sanitárias do Meio Ambiente;  Lançam matérias ou energias em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos. Poluição do Solo/Resíduos São modificações ocasionais no solo adivinhas de disposição inadequada de materiais sólidos, líquidos e gazes. Exemplo: Rejeitos industriais, lixo doméstico, etc. Controle da Poluição por Resíduos O controle de poluição por resíduos não pode consistir apenas no controle da sua disposição, mas principalmente na redução da geração, reutilização, reciclagem e comercialização. Sistemática para Controle da Poluição por Resíduos Segregação - Consiste em separar os resíduos para que não haja contaminação entre eles. Exemplo: Papel/papelão, vidro, metal, lixo orgânico/rejeito. Acondicionamento - consiste em depositar cada material separadamente em recipientes específicos. Exemplo: Papel/papelão na lixeira de papel; plástico na lixeira de plástico; vidro na lixeira de vidro; metal na lixeira de metal; lixo orgânico/rejeito na lixeira de lixo; óleo em tambores; etc.
  • 30. 30 Baias de Contenção Consiste em uma área com proteção de mureta normalmente em tijolo/bloco ou concreto, para que o material ali depositado, não seja carregado pela a chuva para as pistas e sistema de drenagem. Disposição Adequada Consiste em depositar o material em recipientes apropriados. Exemplo: Lixeira, cestos, tambores, caixas e baias de contenção, etc. Pátios Apropriados Consiste em áreas pré-estabelecidas para depositar um determinado tipo de material, e com proteção de muretas, cortinas de proteção com árvores e sistema de drenagem apropriado para o escoamento da água e recolhimento do material ali depositado. C.A.S.P. A CST dispõe em uma área de 360.000 m 2 , com 14 pátios separados com a finalidade de estocar materiais que ainda não estão sendo reutilizados na usina e/ou comercializados, com disposição adequada para que não haja contaminação entre eles. Esta área chamada de “C.A.S.P”, ou seja, uma Central de Armazenamento de subprodutos que foi construída na área de expansão da C.S.T. Poluição Atmosférica São alterações no ar atmosférico em sua composição natural, por introdução de elemento estranho fora dos padrões ambientais, ou por desequilíbrio na porção de seus componentes, de maneira a causar prejuízos ambientais com danos a saúde e à economia. Exemplo: Poeira, fumaça, gases, etc. Controle da Poluição Atmosférica O controle das emissões atmosférica industriais deve ser feito através de introdução adequada dos equipamentos industriais que são na sua maioria despoeiramento e instalação de sistemas específicos para controle da poluição. Equipamentos de Controle da Poluição Atmosférica  Precipitadores Eletrostáticos - a poeira é carregada eletricamente e a seguir retirada por ação magnética.  Filtros de Mangas - indicados para a remoção de poeiras, estas são retidas ao atravessarem um tecido industrial (similar ao aspirador de pó).  Ciclones - removem poeiras mais grossas, por ação de força centrífuga.  Lavadores - a poeira é retirado do ar por spray de água à alta pressão. Poluição Hídrica São alterações na composição e nas características da água, provocada por lançamentos de efluentes industriais e esgotos. Exemplo: Vazamento de óleo, lamas, esgotos sem tratamento, materiais sólidos, etc. Controle da Poluição Hídrica O controle da poluição hídrica é feita através de técnicas de tratamento, que tem por finalidade reduzir as impurezas melhorando a qualidade da água sobre os seguintes aspectos: sanitário, estético e econômico.
  • 31. 31 Sistemas de Controle da Poluição Hídrica  Tratamento Biológico (valor de oxidação) - o tratamento biológico do esgoto doméstico ou industrial, consiste na decomposição biológica, através de microorganismos que consomem o material poluente nos esgotos.  Caixa de Separação óleos e graxas - este tratamento consiste em separar o óleo presente nos efluentes principalmente de oficinas, em função da diferença de densidade entre o óleo e a água.  Bacias de decantação - consiste em se passar o efluente por tanques de decantação, com períodos de detenção que possibilitam a decantação do material em suspensão presente nos efluentes.  Tratamento Químico - são processos de neutralização e ou coagulamento através dos quais substâncias químicas tóxicas / ou não, são eliminados dos efluentes industriais. Controle Ambiental  Diariamente os técnicos de meio ambiente da IDC percorrem todas as áreas da usina, verificando se existe algum procedimento que possa causar dano ambiental. Caso seja encontrado alguma ocorrência ambiental, é feito um contato com o gerente da área para providenciar ações corretivas. Semanalmente todas estas ocorrências são relatadas em documento denominado Boletim Ambiental para se informar a todo corpo gerencial, e para posteriores providências.  A CST recebe freqüentemente fiscalização por parte dos Órgãos Ambientais que acompanham o desempenho dos equipamentos, os lançamentos hídricos e disposição dos resíduos sólidos. Caso o desempenho ambiental não esteja em conformidade com a legislação, a empresa é notificada com prazo estabelecido corrigir o desvio encontrado.  A auditoria ambiental é um importante instrumento de gestão da empresa, que tem como objetivo avaliar o cumprimento dos padrões, legislação e melhoria do desempenho da Empresa.  Para analisar o desempenho ambiental de cada empreendimento, são realizados monitoramento para avaliar, a quantidade do ar ambiental, emissões das fontes (chaminés) e do corpo recepto (mar). No caso específico de siderurgia os principais parâmetro são: Dióxido de enxofre, material particulado, e poeira sedimentável no ar e sólidos em suspensão, pH, amônia, cianeto, fenol em efluentes hídricos. Responsabilidade Ambiental Como toda instituição jurídica a CST tem suas obrigações para com o meio ambiente. Assim, sua obrigação primeira é exercer suas atividade sempre em conformidade com que determina a legislação, ou seja, atendendo aos padrões de controle ambiental. Outra responsabilidade da Empresa e o Termo de Compromisso, que contempla melhorias com objetivo aperfeiçoar ainda mais o seu desempenho ambiental. Para que estes compromissos se tornem uma validade, o corpo gerencial tem como um de suas atribuições fazer cumprir as obrigações assumidas pela Empresa. Para que o objetivo da empresa seja alcançado, no que se refere ao meio ambiente, é necessário que cada empregado, exerça suas atividade sem agredir o meio
  • 32. 32 METROLOGIA ambiente, procurando reconhecer entre suas tarefas, quais as práticas ambientalmente correta para executá-las METROLOGIA A metrologia aplica-se a todas as grandezas determinadas e, em particular, às dimensões lineares e angulares das peças mecânicas. Nenhum processo de usinagem permite que se obtenha rigorosamente uma dimensão prefixada. Por essa razão, é necessário conhecer a grandeza do erro tolerável, antes de se escolherem os meios de fabricação e controle convenientes. MEDIÇÃO O conceito de medir traz, em si, uma idéia de comparação. Como só se podem comparar “coisas” da mesma espécie, cabe apresentar para a medição a seguinte definição, que, como as demais, está sujeita a contestações: “Medir é comparar uma dada grandeza com outra da mesma espécie, tomada como unidade”. Uma contestação que pode ser feita é aquela que se refere à medição de temperatura, pois, nesse caso, não se comparam grandezas, mas, sim, estados. A expressão “medida de temperatura”, embora consagrada, parece trazer em si alguma inexatidão: além de não ser grandeza, ela não resiste também à condição de soma e subtração, que pode ser considerada implícita na própria definição de medir. Quando se diz que um determinado comprimento tem dois metros, pode-se afirmar que ele é a metade de outro de quatro metros; entretanto, não se pode afirmar que a temperatura de quarenta graus centígrados é duas vezes maior que uma de vinte graus, e nem a metade de outra de oitenta. Portanto, para se medir um comprimento, deve-se primeiramente escolher outro que sirva como unidade e verificar quantas vezes a unidade cabe dentro do comprimento por medir. Uma superfície só pode ser medida com unidade de superfície; um volume, com unidade volume; uma velocidade, com unidade de velocidade; uma pressão, com unidade de pressão,etc. UNIDADE Entende-se por unidade um determinado valor em função do qual outros valores são enunciados. Usando-se a unidade METRO, pode-se dizer, por exemplo, qual é o comprimento de um corredor. A unidade é fixada por definição e independe do prevalecimento de condições físicas como temperatura, grau higroscópico (umidade), pressão, etc. Método a) Medição Direta Consiste em avaliar a grandeza por medir, por comparação direta com instrumentos, aparelhos e máquinas de medir. Esse método é, por exemplo, empregado na confecção de peças-protótipos, isto é, peças originais
  • 33. 33 utilizadas como referência, ou, ainda, quando o número de peças por executar for relativamente pequeno. b) Medição Indireta por Comparação Medir por comparação é determinar a grandeza de uma peça com relação a outra, de padrão ou dimensão aproximada; daí a expressão: medição indireta. Os aparelhos utilizados são chamados indicadores ou comparadores-amplificadores, os quais, para facilitarem a leitura, amplificam as diferenças constatadas, por meio de processos mecânicos ou físicos (amplificação mecânica, ótica, pneumática, etc.). UNIDADES DIMENSIONAIS LINEARES Unidades Dimensionais As unidades de medidas dimensionais representam valores de referência, que permitem:  expressar as dimensões de objetos (realização de leituras de desenhos mecânicos);  confeccionar e, em seguida, controlar as dimensões desses objetos (utilização de aparelhos e instrumentos de medida). Exemplo: A altura da torre EIFFEL é de 300 metros; a espessura de uma folha de papel para cigarros é de 30 micrômetros.  A torre EIFFEL e a folha de papel são objetos.  A altura e a espessura são grandezas.  300 metros e 30 micrômetros são unidades. Sistema Métrico Decimal “O metro-padrão universal é a distância materializada pela gravação de dois traços no plano neutro de uma barra de liga bastante estável, composta de 90% de platina e 10% de irídio, cuja secção, de máxima rigidez, tem a forma de um X.” Múltiplos e Submúltiplos do Metro Terâmetro - Tm - 1012 - 1 000 000 000 000m Gigâmetro - Gm - 109 - 1 000 000 000m Megâmetro - Mm - 106 - 1 000 000m Quilômetro - Km - 103 - 1 000m Hectômetro - Hm - 102 - 100m Decâmetro - Dam - 101 - 10m METRO (un) - m - 1m
  • 34. 34 decímetro - dm - 10-1 - 0,1m centímetro - cm - 10-2 - 0,01m milímetro - mm - 10-3 - 0,001m micrômetro - µm - 10-6 - 0,000 001m nanômetro - nm - 10-9 - 0,000 000 001m CONVERSÕES DE MEDIDAS No decorrer do curso, serão introduzidos vários tipos de transformação de medidas, os quais serão mencionados de acordo com a aprendizagem dos diversos temas de unidades de medidas. 1ª) TRANSFORMAÇÃO Transformar Sistema Inglês em Métrico Decimal. 1º CASO - Transformar polegadas inteiras em milímetros. Para se transformar polegada inteira em milímetros, multiplica-se 25,4mm, pela quantidade de polegadas por transformar. Ex.: Transformar 3" em milímetros
  • 35. 35 2º CASO - Transformar fração da polegada em milímetro. Quando o número for fracionário, multiplica-se 25,4mm pelo numerador da fração e divide-se o resultado pelo denominador. Ex.: Transformar 5/8" em milímetros. 3º CASO - Transformar polegada inteira e fracionária em milímetro. Quando o número for misto, inicialmente se transforma o número misto em uma fração imprópria e, a seguir, opera-se como no 2º Caso. Ex.: Transformar 1¾” em milímetros. 2ª) TRANSFORMAÇÃO Transformar Sistema Métrico Decimal em Inglês Ordinário. Para se transformar milímetro em polegada, divide-se a quantidade de milímetros por 25,4 e multiplica-se o resultado pela divisão (escala) de 128, aproxima-se o resultado para o inteiro mais próximo, dando-se para denominador a mesma divisão tomada, e, a seguir, simplifica-se a fração ao menor numerador. Ex.: Transformar 9,525mm em polegadas.
  • 36. 36 Aplicando outro Processo Multiplica-se a quantidade de milímetros pela constante 5,04, dando-se como denominador à parte inteira do resultado da multiplicação a menor fração da polegada, simplificando-se a fração, quando necessário. Ex.: Transformar 9,525mm em polegadas. 3ª) TRANSFORMAÇÃO Transformar Sistema Inglês Ordinário em Decimal. Para se transformar sistema inglês ordinário em decimal, divide-se o numerador da fração pelo denominador. Ex.: Transformar 7/8" em decimal. 4ª) TRANSFORMAÇÃO Transformar Sistema Inglês Decimal em Ordinário. Para se transformar sistema inglês decimal em ordinário, multiplica-se valor em decimal por uma das divisões da polegada, dando-se para denominador a mesma divisão tomada, simplificando-se a fração, quando necessário. Ex.: Transformar 0,3125" em sistema inglês ordinário.
  • 37. 37 5ª TRANSFORMAÇÃO Transformar Sistema Inglês Decimal em Métrico Decimal. Para se transformar polegada decimal em milímetro, multiplica-se o valor em decimal da polegada por 25,4. Exemplo - Transformar 0,875" em milímetro. 0,875" x 25,4 = 22,225mm 6ª) TRANSFORMAÇÃO Transformar Sistema Métrico Decimal em Inglês Decimal. Para se transformar milímetro em polegada decimal, podemos utilizar dois processos: 1º Processo: Divide-se o valor em milímetro por 25,4. Exemplo: Transformar 3,175mm em polegada decimal. 3,175 / 25,4 = 0,125” 2º Processo: Multiplica-se o valor em milímetro pela constante 0,03937". Observação: A constante 0,03937" corresponde à quantidade de milésimos de polegada contida em 1 milímetro. 1mm = 0,03937 Exemplo: Transformar 3,175mm em polegada decimal. 3,175 x 0,03937 = 0,125” Observação: A diferença do resultado entre o 1º e 2º processo, conforme mostram os exemplos acima, passa a ser desprezível, considerando-se ambos os processos corretos. RÉGUA GRADUADA – GRADUAÇÕES, TIPOS E USOS O mais elementar instrumento de medição utilizado nas oficinas é a régua graduada (escala). É usada para medidas lineares, quando não há exigência de grande precisão. Para que seja completa e tenha caráter universal, deverá ter graduações do sistema métrico e do sistema inglês (fig.1). SISTEMA MÉTRICO Graduação em milímetros (mm). 1mm = 1m / 1000 SISTEMA INGLÊS Graduação em polegadas (“). 1” = 1/36 jarda
  • 38. 38 A escala ou régua graduada é construída de aço, tendo sua graduação inicial situada na extremidade esquerda. É fabricada em diversos comprimentos: 6” (152,4 mm), 12” (304,8 mm). A régua graduada apresenta-se em vários tipos. Régua de encosto interno Régua de profundidade Régua de dois encosto (usada pelo ferreiro) O uso da régua graduada torna-se freqüente nas oficinas.
  • 39. 39 Medição de comprimento com face de referência. Medição de comprimento sem encosto de referência. Medição de profundidade de rasgo Medição de comprimento com face interna de referência.
  • 40. 40 Medição de comprimento com apoio em um plano. Características da boa Régua Graduada 1 - Ser, de preferência, de aço inoxidável. 2 - Ter graduação uniforme. 3 - Apresentar traços bem finos, profundos e salientados em preto. Conservação 1 - Evitar quedas e contato com ferramentas de trabalho. 2 - Evitar flexioná-la ou torcê-la, para que não se empene ou quebre. 3 - Limpar após o uso, para remover o suor e a sujeira. 4 - Aplicar ligeira camada de óleo fino, antes de guardá-la. GRADUAÇÕES DA ESCALA - SISTEMA INGLÊS ORDINÁRIO Representações da polegada ( “ ) polegada - 1” = uma polegada (IN) polegada - 1 IN = uma polegada (INCH) palavra inglesa que significa polegada Intervalo referente a 1”(ampliada).
  • 41. 41 Prosseguindo a soma, encontraremos o valor de cada traço.
  • 42. 42 Prosseguindo a soma, encontramos o valor de cada traço. Prosseguindo a soma, encontramos o valor de cada traço. GRADUAÇÕES DA ESCALA - SISTEMA MÉTRICO DECIMAL 1 METRO -------------------------= 10 DECÍMETROS 1 m----------------------------------= 10 dm 1 DECÍMETRO------------------= 10 CENTÍMETROS 1 dm --------------------------------= 10 cm
  • 43. 43 1 CENTÍMETRO----------------= 10 MILÍMETROS 1 cm --------------------------------= 10 mm PAQUÍMETRO – NOMENCLATURA, TIPOS E USOS PAQUÍMETRO Utilizado para a medição de peças, quando a quantidade não justifica um instrumental específico e a precisão requerida não desce a menos de 0,02mm, É um instrumento finamente acabado, com as superfícies planas e polidas. O cursor é ajustado à régua, de modo que permita a sua livre movimentação com um mínimo de folga. Geralmente é construído de aço inoxidável, e suas graduações referem-se a 20ºC. A escala é graduada em milímetro e polegadas, podendo a polegada ser fracionária ou milesimal. O cursor é provido de uma escala, chamada nônio ou vernier, que se desloca em frente às escalas da régua e indica o valor da dimensão tomada. Princípio do Nônio A escala do cursor, chamada Nônio (designação dada pelos portugueses em homenagem a Pedro Nunes, a quem é atribuída sua invenção) ou Vernier (denominação dada pelos franceses em homenagem a Pierre Vernier, que eles afirmam ser o inventor), consiste na divisão do valor N de uma escala graduada fixa por N.1 (nº de divisões) de uma escala graduada móvel.
  • 44. 44 Tomando o comprimento total do nônio, que é igual a 9mm (fig.2), e dividindo pelo nº de divisões do mesmo (10 divisões), concluímos que cada intervalo da divisão do nônio mede 0,9mm. Observando a diferença entre uma divisão da escala fixa em uma divisão do nônio (fig.4), concluímos que cada divisão do nônio é menor 0,1mm do que cada divisão da escala fixa. Essa diferença é também a aproximação máxima fornecida pelo instrumento. Assim sendo, se fizermos coincidir o 1º traço do nônio com o da escala fixa, o paquímetro estará aberto em 0,1mm, coincidindo o 2º traço com 0,2mm, o 3º traço com 0,3mm e assim sucessivamente. Cálculo de Aproximação (Sensibilidade) Para se calcular a aproximação (também chamada sensibilidade) dos paquímetros, dividi-se o menor valor da escala principal (escala fixa), pelo número de divisões da escala móvel (nônio). A aproximação se obtém, pois, com a fórmula: a - aproximação e - menor valor da escala principal (Fixa) n - número de divisões do nônio (Vernier)
  • 45. 45 Exemplo: Observação: O cálculo de aproximação obtido pela divisão do menor valor da escala principal pelo número de divisões do nônio, é aplicado a todo e qualquer instrumento de medição possuidor de nônio, tais como: paquímetro, micrômetro, goniômetro, etc. Erros de Leitura - São causados por dois fatores: a) paralaxe; b) pressão de medição. Paralaxe O cursor onde é gravado o nônio, por razões técnicas, tem uma espessura mínima a. Assim, os traços do nônio TN são mais elevados que os traços da régua TM. Pressão de Medição É a pressão necessária para se vencer o atrito do cursor sobre a régua, mais a pressão de contato com a peça por medir. Em virtude do jogo do cursor sobre a régua, que e compensado pela mola F, a pressão pode resultar numa inclinação do cursor em relação à perpendicular à régua. Por outro lado, um cursor muito duro elimina completamente a sensibilidade do operador, o que pode ocasionar grandes erros. Deve o operador regular a mola, adaptando o instrumento à sua mão.
  • 46. 46 Erros de Medição Estão classificados em erros de influências objetivas e de influências subjetivas. a) De Influências Objetivas: São aqueles motivados pelo instrumento  erros de planidade;  erros de paralelismo;  erros da divisão da régua;  erros da divisão do nônio;  erros da colocação em zero. b) De Influências Subjetivas: São aqueles causados pelo operador (erros de leitura). Observação: Os fabricantes de instrumentos de medição fornecem tabelas de erros admissíveis, obedecendo às normas existentes, de acordo com a aproximação do instrumento. Dos diversos tipos de paquímetros existentes, mostramos alguns exemplos. Medição interna
  • 47. 47 Medição externa Medição de profundidade Paquímetro de profundidade
  • 48. 48 Paquímetro com bicos, para medição em posição profunda Paquímetro de altura Paquímetro de altura equipado com relógio comparador
  • 49. 49 Paquímetro de nônio duplo para medição de espessura de dente de engrenagem. PAQUÍMETRO - SISTEMA INGLÊS ORDINÁRIO Para efetuarmos leitura de medidas em um paquímetro do sistema inglês ordinário, faz- se necessário conhecermos bem todos os valores dos traços da escala. Assim sendo, se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o traço zero do nônio coincida com o primeiro traço da escala fixa, a leitura da medida será 1/16", no segundo traço, 1/8".
  • 50. 50 Uso do Vernier (Nônio) Através do nônio podemos registrar no paquímetro várias outras frações da polegada, e o primeiro passo será conhecer qual a aproximação (sensibilidade) do instrumento. Sabendo que o nônio possui 8 divisões, sendo a aproximação do paquímetro 1/128”, podemos conhecer o valor dos demais traços. Observando a diferença entre uma divisão da escala fixa e uma divisão do nônio, concluímos que cada divisão do nônio é menor 1/128" do que cada divisão da escala fixa.
  • 51. 51 Assim sendo, se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o primeiro traço do nônio coincida com o da escala fixa, a leitura da medida será 1/128", o segundo traço 1/64", o terceiro traço 3/128", o quarto traço 1/32", e assim sucessivamente. Processo para a Leitura de Medidas 1º) Exemplo: Ler a medida da figura. Multiplica-se o número de traços da escala fixa ultrapassados pelo zero do nônio, pelo último algarismo do denominador da concordância do nônio. O resultado da multiplicação soma-se com o numerador, repetindo-se o denominador da concordância.
  • 52. 52 2º) Exemplo: Ler a medida da figura. 3º) Exemplo: Ler a medida da figura. Observação: Em medidas como as do exemplo da figura, abandonamos a parte inteira e fazemos a contagem dos traços, como se iniciássemos a operação. Ao final da aplicação do processo, incluímos a parte inteira antes da fração encontrada.
  • 53. 53 PAQUÍMETRO - SISTEMA MÉTRICO DECIMAL Leitura da Escala Fixa Valor de cada traço da escala fixa = 1mm Daí concluem que, se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o zero do nônio coincida com o primeiro traço da escala fixa, a leitura da medida será 1mm, no segundo traço 2mm, no terceiro traço 3mm, no décimo sétimo traço 17mm, e assim sucessivamente. Uso do Vernier (Nônio) De acordo com a procedência do paquímetro e o seu tipo, observamos diferentes aproximações, isto é, o nônio com número de divisões diferentes: 10, 20 e 50 divisões (fig.6). Escala Fixa NÔNIO
  • 54. 54 Cálculo de Aproximação Cada divisão do nônio é menor 0,02mm do que cada divisão da escala. Se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o primeiro traço do nônio coincida com o da escala, a medida será 0,02mm, o segundo traço 0,04mm, o terceiro traço 0,06mm, o décimo sexto 0,32mm. Leitura de Medidas Conta-se o número de traços da escala fixa ultrapassados pelo zero do nônio (10mm) e, a seguir, faz-se a leitura da concordância do nônio (0,08mm). A medida será 10,08mm. Paquímetro - Sistema Inglês Decimal Graduação da Escala Fixa Para conhecermos o valor de cada divisão da escala fixa, basta dividirmos o comprimento de 1" pelo número de divisões existentes. 1” = 1000 milésimos
  • 55. 55 Conforme mostra a figura 1, no intervalo de 1" temos 40 divisões. Operando a divisão, teremos: 1" : 40 = 0,025" Valor de cada traço da escala = 0,025". Se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o zero do nônio coincida com o primeiro traço da escala, a leitura será 0,025", no segundo traço 0,050", no terceiro traço 0,075", no décimo traço 0,250", e assim sucessivamente. Uso do Vernier (Nônio) 0 primeiro passo será calcular a aproximação do paquímetro. Sabendo-se que o menor valor da escala fixa é 0,025" e que o nônio possui 25 divisões, teremos: a = 0 025” / 25 = 0,001” Cada divisão do nônio é menor 0,001" do que duas divisões da escala.
  • 56. 56 Se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o primeiro traço do nônio coincida com o da escala, a leitura será 0,001”, o segundo traço 0,002", o terceiro traço 0,003”, o décimo segundo traço 0,012". Leitura de Medidas Para se efetuar leitura de medidas com paquímetro do sistema Inglês decimal, procede- se da seguinte forma: observa-se a que quantidade de milésimos corresponde o traço da escala fixa, ultrapassado pelo zero do nônio 0,150". A seguir, observa-se a concordância do nônio 0,009". Somando-se os valores 0,150" + 0,009", a leitura da medida será 0,159". Exemplo: A leitura da medida é = 1,129“.
  • 57. 57 MICRÔMETRO - NOMENCLATURA, TIPOS E USOS MICRÔMETRO A precisão de medição que se obtém com o paquímetro, às vezes, não é suficiente. Para medições mais rigorosas, utiliza-se o micrômetro, que assegura uma exatidão de 0,01mm. O micrômetro é um instrumento de dimensão variável que permite medir, por leitura direta, as dimensões reais com uma aproximação de até 0,001mm. Características Do Micrômetro Arco É construído de aço especial e tratado termicamente, a fim de eliminar as tensões, e munido de protetor antitérmico, para evitar a dilatação pelo calor das mãos. Parafuso Micrométrico E construído de aço de alto teor de liga, temperado a uma dureza de 63 RC. Rosca retificada, garantindo alta precisão no passo. Contatores Apresentam-se rigorosamente planos e paralelos, e em alguns instrumentos são de metal duro, de alta resistência ao desgaste.
  • 58. 58 Fixador ou Trava Permite a fixação de medidas. Luva Externa Onde é gravada a escala, de acordo com a capacidade de medição do instrumento. Tambor Com seu movimento rotativo e através de sua escala, permite a complementação das medidas. Porca de Ajuste Quando necessário, permite o ajuste do parafuso micrométrico. Catraca Assegura uma pressão de medição constante. Tipos e Usos Para diferentes usos no controle de peças, encontram-se vários tipos de micrômetros, tanto para medições em milímetros como em polegadas, variando também sua capacidade de medição. As figuras abaixo nos mostram alguns dos tipos existentes. Micrômetro para medição externa. Micrômetro para a medição de espessura de tubos Micrômetro com discos, para a medição de papel, cartolina couro e borracha. Também é empregado para a medição de passo de engrenagem.
  • 59. 59 Micrômetro Oltilmeter. Utilizado para a medição de diâmetros externos de peças com números ímpares de divisões, tais como: machos, fresas, eixos entalhados, etc. Micrômetro para a medição de roscas. Micrômetro para a medição de profundidade. Micrômetro com relógio, Utilizado para a medição de peças em Micrômetro para medição externa, com hastes série. Fixado em grampo antitérmico. intercambiáveis. Micrômetro tubular. Utilizado para medição interna. IMICRO". Utilizado para a medição de diâmetro interno.
  • 60. 60 Recomendações - Evitar choques, quedas, arranhões e sujeira. - Não medir peças fora da temperatura ambiente. - Não medir peças em movimento. - Não forçar o micrômetro. Conservação - Depois do uso, limpar cuidadosamente o instrumento. - Guardar o micrômetro em estojo próprio. - O micrômetro deve ser guardado destravado e com os contatores ligeiramente afastados. MICRÔMETRO - SISTEMA INGLÊS DECIMAL Para efetuarmos leitura com o micrômetro do sistema inglês decimal, é necessário conhecermos inicialmente as divisões da escala da luva. Conforme mostra a figura, a escala da luva é formada por uma reta longitudinal (linha de referência), na qual o comprimento de 1" é dividido em 40 partes iguais. Daí concluímos que a distância entre as divisões da escala da luva é igual a 0,025", que corresponde ao passo do parafuso micrométrico.
  • 61. 61 Observação: De acordo com os diversos fabricantes de instrumentos de medição, a posição dos traços da divisão da escala da luva dos micrômetros se apresenta de formas diferentes, não alternando, porém, a distância entre si. Estando o micrômetro fechado, se dermos uma volta completa no tambor rotativo, teremos um deslocamento do parafuso micrométrico igual ao seu passo (0,025"), aparecendo o primeiro traço na escala da luva. A leitura da medida será 0,025". Dando-se duas voltas completas, aparecerá o segundo traço: a leitura da medida será 0,050". E assim sucessivamente. Leitura do Tambor Sabendo-se que uma volta no tambor equivale a 0,025", tendo o tambor 25 divisões, conclui-se que cada divisão do tambor equivale a 0,001". Uma volta no tambor = 0,025" Nº de divisões do tambor = 25 Assim sendo, se fizermos coincidir o primeiro traço do tambor com a linha de referência da luva, a leitura será 0,001”, o segundo traço 0,002”, o vigésimo quarto traço 0,024".
  • 62. 62 Sabendo-se a leitura da escala da luva e do tambor, podemos ler qualquer medida registrada no micrômetro. Leitura da escala da luva = 0,225" Leitura do tambor = 0,012" Para efetuarmos a leitura da medida, soma-se a leitura da escala da luva com a do tambor: 0,225" + 0,012" = 0,237". Uso do Nônio Ao utilizarmos micrômetros possuidores de nônio, precisamos conhecer a aproximação do instrumento. a = aproximação e = menor valor da escala do tambor = 0,001” n = nº de divisões do nônio = 10 divisões
  • 63. 63 Cada divisão do nônio é menor 0,0001" do que cada divisão do tambor. Se girarmos o tambor até que o primeiro traço coincida com o do nônio, a leitura da medida será 0,0001", o segundo 0,0002", o quinto 0,0005”. Leitura por Estimativa Grande quantidade dos micrômetros utilizada nas indústrias não possui nônio obrigando assim a todos que os utilizam a fazer leitura por estimativa. Sendo 0,001" = 0,0010", se girarmos o tambor até que a linha de referência escala da luva fique na metade do intervalo entre o zero do tambor e o primeiro traço, fazemos a leitura, por estimativa, 0,0005". Utilizando a estimativa, a leitura da medida será 0,0257". Aferição do Micrômetro Antes de iniciarmos a medição de uma peça, devemos fazer a aferição do instrumento. Nos micrômetros de 0 a 1", após a limpeza dos contatores. faz-se o fechamento do micrômetro, através da catraca, até sentir-se o funcionamento da mesma, observando-se a concordância do limite inicial da escala da luva com o zero do tambor. Nos micrômetros de 1" a 2", 2" a 3", etc., utiliza-se a barra-padrão para a aferição do instrumento. Não havendo a concordância perfeita, faz-se a regulagem do micrômetro através de uma chave especial, para o deslocamento da luva ou do tambor, de acordo com o tipo do instrumento. BARRA-PADRÃO
  • 64. 64 Aferição do micrômetro com barra-padrão MICRÔMETRO - SISTEMA MÉTRICO DECIMAL Inicialmente observaremos as divisões da escala da luva. Nas figuras, mostramos a escala da luva do micrômetro com os traços em posições diferentes, porém sem alterar a distância entre si. Sabendo-se que, nos micrômetros do sistema métrico, o comprimento da escala da luva mede 25,00mm, se dividirmos o comprimento da escala pelo nº de divisões existentes, encontraremos o valor da distância entre as divisões (0,50mm), que é igual ao passo do parafuso micrométrico.
  • 65. 65 Estando o micrômetro fechado, dando uma volta completa no tambor rotativo, teremos um deslocamento do parafuso micrométrico igual ao seu passo (0,50mm), aparecendo o primeiro traço na escala da luva. A leitura da medida será 0,50mm. Dando-se duas voltas completas, aparecerá o segundo traço, e a leitura será 1,00mm. E assim sucessivamente. Leitura do Tambor Sabendo que uma volta no tambor equivale a 0,50mm, tendo o tambor 50 divisões, concluímos que cada divisão equivale a 0,01mm.
  • 66. 66 Assim sendo, se fizermos coincidir o primeiro traço do tambor com a linha de referência da luva, a leitura será 0,01mm, o segundo traço 0,02mm, o quadragésimo nono traço 0,49mm. Sabendo a leitura da escala da luva e do tambor, podemos ler qualquer medida registrada no micrômetro. Leitura da escala da luva = 8,50mm Leitura do tambor = 0,32mm Para efetuarmos a leitura da medida, somamos a leitura da escala da luva com a do tambor: 8,50 + 0,32 = 8,82mm. Na figura, mostramos outro exemplo, com a utilização de um micrômetro em que a escala da luva apresenta a posição dos traços de forma diferente.
  • 67. 67 Leitura da escala da luva = 11,00mm Leitura do tambor = 0,23mm Leitura da medida 11,23mm Uso do Nônio Ao utilizarmos micrômetros possuidores de nônio (fig.12), precisamos conhecer a aproximação do instrumento. Cada divisão do nônio é menor 0,001mm do que cada divisão do tambor. Observação: Atualmente não se emprega mais a palavra “mícron" nem o símbolo µ. Usamos a palavra "micrômetro ou microns" e o símbolo µm. Ex: 0,015mm = 15µm (quinze micrômetros ou microns) Se girarmos o tambor até que o primeiro traço coincida com o do nônio, a medida será 0,001mm = 1µm, o segundo 0,002mm = 2µm, o quinto 0,005mm = 5µm.
  • 68. 68 Leitura por Estimativa Nos micrômetros não possuidores de nônio, fazemos a leitura por estimativa. Sabendo-se que 0,01mm = 0,010mm (10µm), na figura 16, utilizando-se a estimativa, a leitura da medida será de 3,605mm. RELÓGIO COMPARADOR O relógio comparador é um instrumento de medição por comparação dotado de uma escala e um ponteiro, ligados por mecanismos diversos a uma ponta de contato. O comparador centesimal é um instrumento comum de medição por comparação. As diferenças percebidas nele pela ponta de contato são amplificadas mecanicamente e irão movimentar o ponteiro rotativo diante da escala. Quando a ponta de contato sofre uma pressão e o ponteiro gira em sentido horário, a diferença é positiva. Isso significa que a peça apresenta maior dimensão que a estabelecida. Se o ponteiro girar em sentido anti-horário, a diferença será negativa, ou seja, a peça apresenta menor dimensão que a estabelecida. Existem vários modelos de relógios comparadores. Os mais utilizados possuem resolução de 0,01 mm. O curso do relógio também varia de acordo com o modelo, porém os mais comuns são de 1 mm, 10 mm, .250” ou 1”.
  • 69. 69 Em alguns modelos, a escala dos relógios se apresenta perpendicularmente em relação a ponta de contato (vertical). E, caso apresentem um curso que implique mais de uma volta, os relógios comparadores possuem, além do ponteiro normal, outro menor, denominado contador de voltas do ponteiro principal. Alguns relógios trazem limitadores de tolerância. Esses limitadores são móveis, podendo ser ajustados nos valores máximo e mínimo permitidos para a peça que será medida. Existem ainda os acessórios especiais que se adaptam aos relógios comparadores. Sua finalidade é possibilitar controle em série de peças, medições especiais de superfícies verticais, de profundidade, de espessuras de chapas, etc. As próximas figuras mostram esses dispositivos destinados à medição de profundidade e de espessuras de chapas. Medidores de profundidade Medidores de espessura
  • 70. 70 Os relógios comparadores também podem ser utilizados para furos. Uma das vantagens de seu emprego é a constatação, rápida e em qualquer ponto, da dimensão do diâmetro ou de defeitos, como conicidade, ovalização, etc. Consiste basicamente num mecanismo que transforma o deslocamento radial de uma ponta de contato em movimento axial transmitido a um relógio comparador, no qual pode-se obter a leitura da dimensão. O instrumento deve ser previamente calibrado em relação a uma medida padrão de referência. Esse dispositivo é conhecido como medidor interno com relógio comparador ou súbito. RELÓGIO COM PONTA DE CONTATO DE ALAVANCA (APALPADOR) É um dos relógios mais versáteis que se usa na mecânica. Seu corpo monobloco possui três guias que facilitam a fixação em diversas posições. Existem dois tipos de relógios apalpadores. Um deles possui reversão automática do movimento da ponta de medição; outro tem alavanca inversora, a qual seleciona a direção do movimento de medição ascendente ou descendente. O mostrador é giratório com resolução de 0,01mm, 0.002mm, .001” ou .0001”. Por sua enorme versatilidade, pode ser usado para grande variedade de aplicações, tanto na produção como na inspeção final. Exemplos:  Excentricidade de peças.  Alinhamento e centragem de peças nas máquinas.  Paralelismos entre faces.  Medições internas.  Medições de detalhes de difícil acesso.
  • 71. 71 Alinhamento e centragem de peças nas máquinas Conservação  Evitar choques, arranhões e sujeira.  Guardá-lo em estojo, apropriado.  Montá-lo rigidamente em seu suporte.  Descer suavemente a ponta de contato sobre a peça.  Verificar se o relógio é anti-magnético antes de colocá-lo em contato com a mesa magnética. GONIÔMETRO Introdução O goniômetro é um instrumento de medição ou de verificação de medidas angulares. Medindo ângulo obtuso
  • 72. 72 Medindo ângulo agudo O goniômetro simples é conhecido também como transferidor de grau. É utilizado em medidas angulares, que não necessitam extremo rigor. Sua menor divisão 1° (um grau). Há diversos modelos de goniômetros simples. A seguir, mostramos um tipo bastante usado, em que podemos observar as medidas de um ângulo agudo e um ângulo obtuso. Já, o goniômetro com nônio permite fazer uma medição de até 5’ (cinco minutos). Além disso, possui outros recursos como, por exemplo, régua e esquadro.