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A ARTE DA CONTRARREFORMA
• A ideologia do Barroco
é fornecida pela
Contrarreforma. Em
nenhuma outra época se
produziu tamanha
quantidade de
igrejas, capelas, estátu
as de santos e
monumentos sepulcrais.
As obras de arte
deviam falar aos fiéis
com a maior eficácia
possível, mas em
momento algum descer
até eles. A arte
barroca tinha que
convencer, conquistar e
impor admiração.
DUALISMO
• Reflete a
intensificação
do bifrontismo (o
homem dividido entre
a herança religiosa e
mística medieval e o
espírito
humanista, racionalist
a do Renascimento). É
a expressão do
contraste entre as
grandes forças
reguladoras da
existência humana: fé
x razão; corpo x
alma; Deus x Diabo;
vida x morte, etc.
FUGACIDADE
• De acordo com a
concepção
barroca, no
mundo tudo é
passageiro e
instável, as
pessoas, as coisas
mudam, o mundo
muda. O autor
barroco tem a
consciência do
caráter efêmero
da existência.
PESSIMISMO
• A incerteza da
vida e o medo
da morte
fazem da arte
barroca uma
arte
pessimista, mar
cada por um
desencantamen
to com o
próprio
homem e com o
mundo, devido
a tensão
(dualidade).
ATITUDE LÚDICA
• O termo lúdica deriva de
“ludo” que significa
jogo. Portanto, podemos
notar que na arte
barroca nos
proporciona um eterno
jogo de
contrastes, enredando-
nos em verdadeiros
labirintos sintáticos e
semânticos que, muitas
vezes, nos levam a um
niilismo temático.
• Antíteses – esta
figura, que consiste no
emprego de
palavras, expressões ou
frases de significações
contrárias, reflete o
dualismo e o conflito do
MANEIRISMO
• Maneirismo: É uma
fase de transição, de
adaptação entre o
classicismo e o
barroco, na qual há a
liberdade de
expressão artística.
Cada um produz sua
arte “á sua
maneira”, “do seu
jeito”.
FEÍSMO
• No Barroco
encontramos uma
atração por cenas
trágicas, por aspectos
cruéis, dolorosos e
grotescos. As imagens
frequentemente são
deformadas pelo
exagero de detalhes.
Há nesse momento
uma ruptura com a
harmonia, com o
equilíbrio e a
sobriedade clássica.
SENSORIALISMO
• Presença constante de
impressões
sensoriais, pelo
emprego de palavras
que designam sensações
táteis, auditivas, olfativa
s, gustativas
e, sobretudo, visuais. Os
olhos já não servem
para refletir a ordem e
a harmonia do
mundo, mas para
alimentar os
movimentos da alma.
CULTISMO
X
CONCEPTISMO
• O jogo de palavras; é o
rebuscamento da forma, é a
obsessão pela linguagem
culta, erudita, por meio de
inversão da frase
(hipérbato), do uso de
palavras difíceis.
• O corre principalmente na
prosa, é marcado pelo jogo
de ideias, de
conceitos, seguindo um
raciocínio
lógico, nacionalista, que
utiliza uma retórica
aprimorada. A organização da
frase obedece a uma ordem
LINGUAGEM REBUSCADA
• Linguagem
rebuscada e
trabalhada ao
extremo, usando
muitos recursos
estilísticos, figuras
de linguagem e
sintaxe, hipérboles,
metáforas, antítes
es e paradoxos.
LITERATURA
MORALISTA
• A Literatura
barroca é marcada
pelo
moralismo, trazend
o o exagero nas
palavras com uma
linguagem formal e
extrema. Era usada
pelos
padres jesuítas par
a pregar a fé e
a religião.
ANTROPOCENTRIS
MO
X
TEOCENTRISMO
• Homem X Deus
• Carne X Espírito.
CONFLITO
• Conflito existencial
gerado pelo dilema do
homem dividido entre o
prazer pagão e a fé
religiosa. Pressionado
pela Igreja e pelo
racionalismo, o homem
perde-se entre dois
polos opostos: Igreja X
pensamento
renascentista /
salvação X pecado / céu
X inferno / espírito X
carne / fé X razão.
FIM

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A arte da Contrarreforma e do Barroco

  • 1.
  • 2.
  • 3. A ARTE DA CONTRARREFORMA • A ideologia do Barroco é fornecida pela Contrarreforma. Em nenhuma outra época se produziu tamanha quantidade de igrejas, capelas, estátu as de santos e monumentos sepulcrais. As obras de arte deviam falar aos fiéis com a maior eficácia possível, mas em momento algum descer até eles. A arte barroca tinha que convencer, conquistar e impor admiração.
  • 4. DUALISMO • Reflete a intensificação do bifrontismo (o homem dividido entre a herança religiosa e mística medieval e o espírito humanista, racionalist a do Renascimento). É a expressão do contraste entre as grandes forças reguladoras da existência humana: fé x razão; corpo x alma; Deus x Diabo; vida x morte, etc.
  • 5. FUGACIDADE • De acordo com a concepção barroca, no mundo tudo é passageiro e instável, as pessoas, as coisas mudam, o mundo muda. O autor barroco tem a consciência do caráter efêmero da existência.
  • 6. PESSIMISMO • A incerteza da vida e o medo da morte fazem da arte barroca uma arte pessimista, mar cada por um desencantamen to com o próprio homem e com o mundo, devido a tensão (dualidade).
  • 7. ATITUDE LÚDICA • O termo lúdica deriva de “ludo” que significa jogo. Portanto, podemos notar que na arte barroca nos proporciona um eterno jogo de contrastes, enredando- nos em verdadeiros labirintos sintáticos e semânticos que, muitas vezes, nos levam a um niilismo temático. • Antíteses – esta figura, que consiste no emprego de palavras, expressões ou frases de significações contrárias, reflete o dualismo e o conflito do
  • 8. MANEIRISMO • Maneirismo: É uma fase de transição, de adaptação entre o classicismo e o barroco, na qual há a liberdade de expressão artística. Cada um produz sua arte “á sua maneira”, “do seu jeito”.
  • 9. FEÍSMO • No Barroco encontramos uma atração por cenas trágicas, por aspectos cruéis, dolorosos e grotescos. As imagens frequentemente são deformadas pelo exagero de detalhes. Há nesse momento uma ruptura com a harmonia, com o equilíbrio e a sobriedade clássica.
  • 10. SENSORIALISMO • Presença constante de impressões sensoriais, pelo emprego de palavras que designam sensações táteis, auditivas, olfativa s, gustativas e, sobretudo, visuais. Os olhos já não servem para refletir a ordem e a harmonia do mundo, mas para alimentar os movimentos da alma.
  • 11. CULTISMO X CONCEPTISMO • O jogo de palavras; é o rebuscamento da forma, é a obsessão pela linguagem culta, erudita, por meio de inversão da frase (hipérbato), do uso de palavras difíceis. • O corre principalmente na prosa, é marcado pelo jogo de ideias, de conceitos, seguindo um raciocínio lógico, nacionalista, que utiliza uma retórica aprimorada. A organização da frase obedece a uma ordem
  • 12. LINGUAGEM REBUSCADA • Linguagem rebuscada e trabalhada ao extremo, usando muitos recursos estilísticos, figuras de linguagem e sintaxe, hipérboles, metáforas, antítes es e paradoxos.
  • 13. LITERATURA MORALISTA • A Literatura barroca é marcada pelo moralismo, trazend o o exagero nas palavras com uma linguagem formal e extrema. Era usada pelos padres jesuítas par a pregar a fé e a religião.
  • 14. ANTROPOCENTRIS MO X TEOCENTRISMO • Homem X Deus • Carne X Espírito.
  • 15. CONFLITO • Conflito existencial gerado pelo dilema do homem dividido entre o prazer pagão e a fé religiosa. Pressionado pela Igreja e pelo racionalismo, o homem perde-se entre dois polos opostos: Igreja X pensamento renascentista / salvação X pecado / céu X inferno / espírito X carne / fé X razão.
  • 16. FIM