O documento descreve as principais características da arte barroca, incluindo seu dualismo, fugacidade, pessimismo e ênfase na linguagem rebuscada e sensorial. A arte barroca foi fortemente influenciada pela Contrarreforma e destinada a converter os fiéis de forma eficaz através de obras que provocassem admiração.
3. A ARTE DA CONTRARREFORMA
• A ideologia do Barroco
é fornecida pela
Contrarreforma. Em
nenhuma outra época se
produziu tamanha
quantidade de
igrejas, capelas, estátu
as de santos e
monumentos sepulcrais.
As obras de arte
deviam falar aos fiéis
com a maior eficácia
possível, mas em
momento algum descer
até eles. A arte
barroca tinha que
convencer, conquistar e
impor admiração.
4. DUALISMO
• Reflete a
intensificação
do bifrontismo (o
homem dividido entre
a herança religiosa e
mística medieval e o
espírito
humanista, racionalist
a do Renascimento). É
a expressão do
contraste entre as
grandes forças
reguladoras da
existência humana: fé
x razão; corpo x
alma; Deus x Diabo;
vida x morte, etc.
5. FUGACIDADE
• De acordo com a
concepção
barroca, no
mundo tudo é
passageiro e
instável, as
pessoas, as coisas
mudam, o mundo
muda. O autor
barroco tem a
consciência do
caráter efêmero
da existência.
6. PESSIMISMO
• A incerteza da
vida e o medo
da morte
fazem da arte
barroca uma
arte
pessimista, mar
cada por um
desencantamen
to com o
próprio
homem e com o
mundo, devido
a tensão
(dualidade).
7. ATITUDE LÚDICA
• O termo lúdica deriva de
“ludo” que significa
jogo. Portanto, podemos
notar que na arte
barroca nos
proporciona um eterno
jogo de
contrastes, enredando-
nos em verdadeiros
labirintos sintáticos e
semânticos que, muitas
vezes, nos levam a um
niilismo temático.
• Antíteses – esta
figura, que consiste no
emprego de
palavras, expressões ou
frases de significações
contrárias, reflete o
dualismo e o conflito do
8. MANEIRISMO
• Maneirismo: É uma
fase de transição, de
adaptação entre o
classicismo e o
barroco, na qual há a
liberdade de
expressão artística.
Cada um produz sua
arte “á sua
maneira”, “do seu
jeito”.
9. FEÍSMO
• No Barroco
encontramos uma
atração por cenas
trágicas, por aspectos
cruéis, dolorosos e
grotescos. As imagens
frequentemente são
deformadas pelo
exagero de detalhes.
Há nesse momento
uma ruptura com a
harmonia, com o
equilíbrio e a
sobriedade clássica.
10. SENSORIALISMO
• Presença constante de
impressões
sensoriais, pelo
emprego de palavras
que designam sensações
táteis, auditivas, olfativa
s, gustativas
e, sobretudo, visuais. Os
olhos já não servem
para refletir a ordem e
a harmonia do
mundo, mas para
alimentar os
movimentos da alma.
11. CULTISMO
X
CONCEPTISMO
• O jogo de palavras; é o
rebuscamento da forma, é a
obsessão pela linguagem
culta, erudita, por meio de
inversão da frase
(hipérbato), do uso de
palavras difíceis.
• O corre principalmente na
prosa, é marcado pelo jogo
de ideias, de
conceitos, seguindo um
raciocínio
lógico, nacionalista, que
utiliza uma retórica
aprimorada. A organização da
frase obedece a uma ordem
12. LINGUAGEM REBUSCADA
• Linguagem
rebuscada e
trabalhada ao
extremo, usando
muitos recursos
estilísticos, figuras
de linguagem e
sintaxe, hipérboles,
metáforas, antítes
es e paradoxos.
13. LITERATURA
MORALISTA
• A Literatura
barroca é marcada
pelo
moralismo, trazend
o o exagero nas
palavras com uma
linguagem formal e
extrema. Era usada
pelos
padres jesuítas par
a pregar a fé e
a religião.
15. CONFLITO
• Conflito existencial
gerado pelo dilema do
homem dividido entre o
prazer pagão e a fé
religiosa. Pressionado
pela Igreja e pelo
racionalismo, o homem
perde-se entre dois
polos opostos: Igreja X
pensamento
renascentista /
salvação X pecado / céu
X inferno / espírito X
carne / fé X razão.