SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  14
Oficina de Introdução ao Roteiro Audiovisual 
Paola Giovana 
contato@paolagiovana.com.br
O que é um roteiro audiovisual? 
• 
O roteiro é o gênero literário que precede e corresponde ao filme, do mesmo modo como se dá com o texto teatral ou dramatúrgico em relação à encenação de uma peça 
• 
A transposição de um roteiro para um filme e de um texto teatral para uma peça quase nunca se dá de forma literal, passando sempre pelo filtro do diretor, que escolhe o modo como as histórias serão apresentadas 
• 
Os conteúdos principais de um roteiro são: a descrição de ações e os diálogos 
• 
É fundamental lembrar que se trata de uma linguagem de imagens e sons, portanto qualquer pensamento ou abstração devem ser transformados em ações ou imagens representáveis na tela 
• 
Cada página de roteiro, na formatação padrão, corresponde aproximadamente a um minuto de filme
Etapas para a criação de um roteiro 
• 
Idéia 
• 
Logline 
• 
Storyline 
• 
Perfil de personagens 
• 
Sinopse ou Argumento 
• 
Estrutura ou Escaleta 
• 
Roteiro
Idéias 
• 
Antes de contar qualquer história, seja em forma de roteiro ou sob outras formas, é necessário ter idéias. Além dos temas de sua preferência, você pode buscá-las através de: 
• 
Adaptação de histórias conhecidas (cuidado com os direitos autorais!) 
• 
Livros 
• 
Quadrinhos 
• 
Casos populares 
• 
Observação 
• 
Os conflitos inerentes à vida 
• 
As manchetes de jornais e revistas 
• 
As fofocas do Facebook (por que não?) 
• 
Os arquétipos 
• 
Os Mitos 
• 
A Commedia dell’Arte 
• 
O Tarô
Logline 
• 
Situação dramática 
• 
3 elementos principais: 
• 
Protagonista 
• 
Objetivo 
• 
Obstáculo 
• 
Não se define, aqui, o final da história. 
• 
Tamanho: 1 frase. 
• 
Exemplo: Juno — para garantir uma boa adoção para o seu bebê (o objetivo) uma precoce adolescente grávida (a protagonista) tem de enfrentar a crise do casamento dos pais adotivos (o obstáculo). 
• 
Exemplo retirado do site: http://joaonunes.com/2010/guionismo/curso- 19-do-storyline-ao-guio/
Storyline 
• 
É a apresentação da linha da história. 
• 
Deve conter o conflito principal, seu desenvolvimento e solução, de modo a conquistar a curiosidade do seu público sobre a forma como a narrativa irá se desenvolver. 
• 
Tamanho: 1 parágrafo 
• 
Exemplo: Um príncipe cujo pai, que era rei, foi assassinado por seu tio com o fim de usurpar a coroa. Este crime conduziu o jovem príncipe a uma crise existencial, que terminou numa onda de mortes. 
• 
Storyline possível para Hamlet, retirada do site: http://cineparanoia.blogspot.com.br/2009/04/roteiro-parte-3- storyline.html
Perfil de personagens 
• 
As ações dos personagens não são aleatórias mas coerentes com a personalidade de cada um, consequências de suas motivações, caráter e formação 
• 
Motivações podem estar condicionadas a status social, idade, gênero, profissão, infância, preferências, etc. 
• 
Para ter clareza das motivações e possibilidades de ação de suas personagens é interessante criar um perfil e/ou subtexto para elas, como se fossem pessoas vivas, frutos de suas experiências
Sinopse ou Argumento 
• 
Desenvolvimento da história à partir da storyline 
• 
Neste ponto, descreve-se a narrativa do início ao fim, incluindo detalhes que não “cabiam” nas etapas anteriores, como época e local em que a história ocorre e características dos personagens 
• 
A escrita do argumento é mais próxima do gênero literário 
• 
Exemplo:
Estrutura ou Escaleta 
• 
Organização do argumento em forma de cenas, com cabeçalhos e indicação de ações em frases simples que correspondem à cada cena ou sequência 
• 
Método dos cartões: Alguns autores preferem formular a escaleta a partir de cartões com cada cena, para ordenar mais livremente o modo que vão contar a história 
• 
Exemplo: 
CENA 1 - EXT. PRAÇA - NOITE – Turista se assusta com sombra no Museu da Inconfidência fechado 
CENA 2 – INT. MUSEU – NOITE – Estátuas e outros objetos mudam de lugar sozinhos 
(...)
Roteiro 
• 
Após as etapas anteriores, escrever seu roteiro nada mais é do que descrever as imagens que contam sua história através de ações e diálogos. 
• 
Há alguns elementos fundamentais para cada cena do roteiro: 
• 
Cabeçalho da cena: indica o número da cena, onde ela se passa e a luz ambiente (dia/noite) 
• 
Descrição do ambiente e da ação 
• 
Nome do personagem assim que ele aparece, na próxima linha a rubrica ou indicação e, logo abaixo, sua fala 
• 
Outra descrição de ambiente e/ou ação e transição para a próxima cena
Formatação 
• 
Exemplo de roteiro 
• 
Celtx 
• 
Formatação automática 
• 
Outros tipos de roteiro (A/V, peça teatral, etc.)
Principais diferenças entre os gêneros roteiro audiovisual e texto teatral 
Roteiro 
• 
Foco nas ações 
• 
Storyline 
• 
Escaleta 
• 
Previsão aproximada da minutagem do filme 
• 
Mudança de cena = mudança de local ou tempo 
Texto Teatral 
• 
Foco nos diálogos 
• 
Imagem dramática 
• 
Canovaccio 
• 
Imprevisibilidade do tempo de encenação 
• 
Mudança de cena = entrada ou saída de personagens, mudança de local ou de tempo
Dicas 
• 
É importante conhecer a linguagem cinematográfica e as possibilidades de expressão deste meio para criar roteiros que possam efetivamente ser filmados 
• 
O roteirista não deve dar indicações de enquadramento ou outras indicações que dizem respeito ao diretor. Estas instruções são definidas no momento da decupagem ou roteiro técnico 
• 
Dependendo do tema abordado é necessário uma pesquisa anterior para evitar falhas históricas, como no caso dos filmes de época 
• 
O tempo de leitura de uma cena no roteiro pode indicar o ritmo e tempo da cena filmada
Referências 
• 
CAMPOS, Flávio de. Roteiro de Cinema e Televisão. 
• 
CARRIERE, Jean-Claude & BONITZER, Pascal. Prática do Roteiro Cinematográfico. 
• 
COMPARATO, Doc. Da Criação ao Roteiro. 
• 
MOSS, Hugo. Como Formatar o seu Roteiro. 
• 
MARQUEZ, Gabriel G. Como Contar um Conto. 
• 
FIELD, Syd. Manual do Roteiro. 
• 
http://www.roteirodecinema.com.br/roteiros.htm 
• 
http://joaonunes.com/2010/guionismo/curso-19-do-storyline- ao-guio/ 
• 
http://cineparanoia.blogspot.com.br/2009/04/roteiro-parte- 3-storyline.html

Contenu connexe

Tendances

Aula 6 - O Roteiro
Aula 6 - O RoteiroAula 6 - O Roteiro
Aula 6 - O RoteiroFernando
 
WORKSHOP DIREÇÃO DE PROGRAMAS DE TV 2ª PARTE
WORKSHOP DIREÇÃO DE PROGRAMAS DE TV 2ª PARTEWORKSHOP DIREÇÃO DE PROGRAMAS DE TV 2ª PARTE
WORKSHOP DIREÇÃO DE PROGRAMAS DE TV 2ª PARTERICARDO BARROS DE MIRANDA
 
Pre-produção AV - Guiões Literários, Técnicos e Storyboard
Pre-produção AV - Guiões Literários, Técnicos e StoryboardPre-produção AV - Guiões Literários, Técnicos e Storyboard
Pre-produção AV - Guiões Literários, Técnicos e StoryboardPedro Almeida
 
INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE ROTEIRO
INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE ROTEIROINTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE ROTEIRO
INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE ROTEIROFausto Coimbra
 
Roteiro 2ª parte
Roteiro 2ª parteRoteiro 2ª parte
Roteiro 2ª parteFernando
 
Linguagem Cinematográfica
Linguagem CinematográficaLinguagem Cinematográfica
Linguagem CinematográficaLaércio Góes
 
Documentário: historia e linguagem
Documentário: historia e linguagemDocumentário: historia e linguagem
Documentário: historia e linguagemrichard_romancini
 
PRODUÇÃO AUDIOVISUAL - Etapas da Produção pdf
PRODUÇÃO AUDIOVISUAL - Etapas da Produção pdfPRODUÇÃO AUDIOVISUAL - Etapas da Produção pdf
PRODUÇÃO AUDIOVISUAL - Etapas da Produção pdfUNIP. Universidade Paulista
 
Introdução à linguagem audiovisual
Introdução à linguagem audiovisualIntrodução à linguagem audiovisual
Introdução à linguagem audiovisualThiago Assumpção
 
O que é um documentário.
O que é um documentário.O que é um documentário.
O que é um documentário.FArlete
 
Storyline, roteiro e storyboard
Storyline, roteiro e storyboardStoryline, roteiro e storyboard
Storyline, roteiro e storyboardAline Corso
 
Características fundamentais da linguagem audiovisual
Características fundamentais da linguagem audiovisualCaracterísticas fundamentais da linguagem audiovisual
Características fundamentais da linguagem audiovisualThiago Assumpção
 

Tendances (20)

Aula 6 - O Roteiro
Aula 6 - O RoteiroAula 6 - O Roteiro
Aula 6 - O Roteiro
 
WORKSHOP DIREÇÃO DE PROGRAMAS DE TV 2ª PARTE
WORKSHOP DIREÇÃO DE PROGRAMAS DE TV 2ª PARTEWORKSHOP DIREÇÃO DE PROGRAMAS DE TV 2ª PARTE
WORKSHOP DIREÇÃO DE PROGRAMAS DE TV 2ª PARTE
 
Pre-produção AV - Guiões Literários, Técnicos e Storyboard
Pre-produção AV - Guiões Literários, Técnicos e StoryboardPre-produção AV - Guiões Literários, Técnicos e Storyboard
Pre-produção AV - Guiões Literários, Técnicos e Storyboard
 
Ppt Aula 2
Ppt   Aula 2Ppt   Aula 2
Ppt Aula 2
 
Linguagem cinematografica
Linguagem cinematograficaLinguagem cinematografica
Linguagem cinematografica
 
INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE ROTEIRO
INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE ROTEIROINTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE ROTEIRO
INTRODUÇÃO À PRODUÇÃO DE ROTEIRO
 
Roteiro 2ª parte
Roteiro 2ª parteRoteiro 2ª parte
Roteiro 2ª parte
 
Escrevendo um documentario
Escrevendo um documentarioEscrevendo um documentario
Escrevendo um documentario
 
Linguagem Cinematográfica
Linguagem CinematográficaLinguagem Cinematográfica
Linguagem Cinematográfica
 
Documentário: historia e linguagem
Documentário: historia e linguagemDocumentário: historia e linguagem
Documentário: historia e linguagem
 
PRODUÇÃO AUDIOVISUAL - Etapas da Produção pdf
PRODUÇÃO AUDIOVISUAL - Etapas da Produção pdfPRODUÇÃO AUDIOVISUAL - Etapas da Produção pdf
PRODUÇÃO AUDIOVISUAL - Etapas da Produção pdf
 
Introdução à linguagem audiovisual
Introdução à linguagem audiovisualIntrodução à linguagem audiovisual
Introdução à linguagem audiovisual
 
Aula linguagem audiovisual 01
Aula linguagem audiovisual 01Aula linguagem audiovisual 01
Aula linguagem audiovisual 01
 
O que é um documentário.
O que é um documentário.O que é um documentário.
O que é um documentário.
 
Documentário
DocumentárioDocumentário
Documentário
 
Storyline, roteiro e storyboard
Storyline, roteiro e storyboardStoryline, roteiro e storyboard
Storyline, roteiro e storyboard
 
Historia do cinema
Historia do cinema Historia do cinema
Historia do cinema
 
Guião
GuiãoGuião
Guião
 
Slides do Módulo 3 sobre Roteiro e Edição de vídeo
Slides do Módulo 3 sobre Roteiro e Edição de vídeoSlides do Módulo 3 sobre Roteiro e Edição de vídeo
Slides do Módulo 3 sobre Roteiro e Edição de vídeo
 
Características fundamentais da linguagem audiovisual
Características fundamentais da linguagem audiovisualCaracterísticas fundamentais da linguagem audiovisual
Características fundamentais da linguagem audiovisual
 

En vedette

Roteiro Cinematográfico
Roteiro CinematográficoRoteiro Cinematográfico
Roteiro CinematográficoEdson Ferreira
 
Oficina de Roteiro - Miguel Nagle
Oficina de Roteiro - Miguel NagleOficina de Roteiro - Miguel Nagle
Oficina de Roteiro - Miguel NagleFabiano Pereira
 
Jornalismo online e redes sociais na internet
Jornalismo online e redes sociais na internetJornalismo online e redes sociais na internet
Jornalismo online e redes sociais na internetTiago Nogueira
 
Roteiro âncoras do jornal
Roteiro   âncoras do jornalRoteiro   âncoras do jornal
Roteiro âncoras do jornalLothar Matthaus
 
Roteiro Audiovisual Construindo A Leitura Do Cinema Na Escola
Roteiro Audiovisual Construindo A Leitura Do Cinema Na EscolaRoteiro Audiovisual Construindo A Leitura Do Cinema Na Escola
Roteiro Audiovisual Construindo A Leitura Do Cinema Na Escolaelizetearantes
 
Script tv modelo_agenciade_noticias
Script tv modelo_agenciade_noticiasScript tv modelo_agenciade_noticias
Script tv modelo_agenciade_noticiasevelinearaujo
 
Script rádio comunitaria
Script rádio comunitariaScript rádio comunitaria
Script rádio comunitariaBruna Dalmagro
 
Modelo de Roteiro
Modelo de RoteiroModelo de Roteiro
Modelo de Roteironrtejacarei
 
Listado de fuentes bibliograficas y hemerograficas
Listado de fuentes bibliograficas y hemerograficasListado de fuentes bibliograficas y hemerograficas
Listado de fuentes bibliograficas y hemerograficasdiosdado192
 
Narrativas em hipermidia
Narrativas em hipermidiaNarrativas em hipermidia
Narrativas em hipermidiaDaniel Hora
 
Roteiro 0005
Roteiro 0005Roteiro 0005
Roteiro 0005Bruno G.
 
Principios das novas midias
Principios das novas midiasPrincipios das novas midias
Principios das novas midiasjoaocarvalhoprof
 
Roteiro 0003
Roteiro 0003Roteiro 0003
Roteiro 0003Bruno G.
 

En vedette (20)

O Que é Um Roteiro
O Que é Um RoteiroO Que é Um Roteiro
O Que é Um Roteiro
 
Roteiro Cinematográfico
Roteiro CinematográficoRoteiro Cinematográfico
Roteiro Cinematográfico
 
Roteiro com textos
Roteiro com textosRoteiro com textos
Roteiro com textos
 
Aula linguagem audiovisual 02
Aula linguagem audiovisual 02Aula linguagem audiovisual 02
Aula linguagem audiovisual 02
 
Roteiro Para TV
Roteiro Para TVRoteiro Para TV
Roteiro Para TV
 
Como escrever um roteiro
Como escrever um roteiroComo escrever um roteiro
Como escrever um roteiro
 
Oficina de Roteiro - Miguel Nagle
Oficina de Roteiro - Miguel NagleOficina de Roteiro - Miguel Nagle
Oficina de Roteiro - Miguel Nagle
 
Jornalismo online e redes sociais na internet
Jornalismo online e redes sociais na internetJornalismo online e redes sociais na internet
Jornalismo online e redes sociais na internet
 
Roteiro âncoras do jornal
Roteiro   âncoras do jornalRoteiro   âncoras do jornal
Roteiro âncoras do jornal
 
Roteiro Audiovisual Construindo A Leitura Do Cinema Na Escola
Roteiro Audiovisual Construindo A Leitura Do Cinema Na EscolaRoteiro Audiovisual Construindo A Leitura Do Cinema Na Escola
Roteiro Audiovisual Construindo A Leitura Do Cinema Na Escola
 
Script tv modelo_agenciade_noticias
Script tv modelo_agenciade_noticiasScript tv modelo_agenciade_noticias
Script tv modelo_agenciade_noticias
 
Aula linguagem audiovisual 04
Aula linguagem audiovisual 04Aula linguagem audiovisual 04
Aula linguagem audiovisual 04
 
Script rádio comunitaria
Script rádio comunitariaScript rádio comunitaria
Script rádio comunitaria
 
Modelo de Roteiro
Modelo de RoteiroModelo de Roteiro
Modelo de Roteiro
 
Listado de fuentes bibliograficas y hemerograficas
Listado de fuentes bibliograficas y hemerograficasListado de fuentes bibliograficas y hemerograficas
Listado de fuentes bibliograficas y hemerograficas
 
Narrativas em hipermidia
Narrativas em hipermidiaNarrativas em hipermidia
Narrativas em hipermidia
 
Roteiro 0005
Roteiro 0005Roteiro 0005
Roteiro 0005
 
Principios das novas midias
Principios das novas midiasPrincipios das novas midias
Principios das novas midias
 
Casablanca (Hu)
Casablanca (Hu)Casablanca (Hu)
Casablanca (Hu)
 
Roteiro 0003
Roteiro 0003Roteiro 0003
Roteiro 0003
 

Similaire à Oficina de Introdução ao Roteiro Audiovisual

GRIÃO TÉCNICO
GRIÃO TÉCNICO GRIÃO TÉCNICO
GRIÃO TÉCNICO Karina Braz
 
Carol Fioratti - Do Roteiro à Viabilização - TIP (13/07/2013)
Carol Fioratti - Do Roteiro à Viabilização - TIP (13/07/2013)Carol Fioratti - Do Roteiro à Viabilização - TIP (13/07/2013)
Carol Fioratti - Do Roteiro à Viabilização - TIP (13/07/2013)TIP
 
aula de produção de vídeo para o mercado da publicidade
aula de produção de vídeo para o mercado da publicidadeaula de produção de vídeo para o mercado da publicidade
aula de produção de vídeo para o mercado da publicidadeR.A Gomes
 
Apontamentos do texto dramatico
Apontamentos do texto dramaticoApontamentos do texto dramatico
Apontamentos do texto dramaticomariananunes1998
 
Características do texto dramático
Características do texto dramáticoCaracterísticas do texto dramático
Características do texto dramáticoErnesto Ananias
 
Roteiro pedro pazelli slide apresentação
Roteiro pedro pazelli slide apresentaçãoRoteiro pedro pazelli slide apresentação
Roteiro pedro pazelli slide apresentaçãoIsvaldo Souza
 
Conto de mistério 6º ano.pptx
Conto de mistério 6º ano.pptxConto de mistério 6º ano.pptx
Conto de mistério 6º ano.pptxAna Vaz
 
Roteiro 0007
Roteiro 0007Roteiro 0007
Roteiro 0007Bruno G.
 
Edição e Montagem - Aula 3
Edição e Montagem - Aula 3Edição e Montagem - Aula 3
Edição e Montagem - Aula 3Mauricio Fonteles
 
Aula 2 - Premissa, Conflito e Textos criativos
Aula 2   - Premissa, Conflito e Textos criativosAula 2   - Premissa, Conflito e Textos criativos
Aula 2 - Premissa, Conflito e Textos criativosNaomi Kaizuka
 
Histórias em Quadrinho e suas características.
Histórias em Quadrinho e suas características.Histórias em Quadrinho e suas características.
Histórias em Quadrinho e suas características.Wadson Benfica
 
Texto dramático, Falar verdade a Mentir
Texto dramático, Falar verdade a MentirTexto dramático, Falar verdade a Mentir
Texto dramático, Falar verdade a MentirLurdes Augusto
 
Ação de formação do livro ao palco
Ação de formação do livro ao palcoAção de formação do livro ao palco
Ação de formação do livro ao palcoanaritamor
 
Roteiro de Documentário
Roteiro de DocumentárioRoteiro de Documentário
Roteiro de DocumentárioLuciano Dias
 
Aula 2 - Tipos Textuais Língua portuguesa
Aula 2 - Tipos Textuais Língua portuguesaAula 2 - Tipos Textuais Língua portuguesa
Aula 2 - Tipos Textuais Língua portuguesamarcelosallas14021
 

Similaire à Oficina de Introdução ao Roteiro Audiovisual (20)

GRIÃO TÉCNICO
GRIÃO TÉCNICO GRIÃO TÉCNICO
GRIÃO TÉCNICO
 
Carol Fioratti - Do Roteiro à Viabilização - TIP (13/07/2013)
Carol Fioratti - Do Roteiro à Viabilização - TIP (13/07/2013)Carol Fioratti - Do Roteiro à Viabilização - TIP (13/07/2013)
Carol Fioratti - Do Roteiro à Viabilização - TIP (13/07/2013)
 
Escrita guiao
Escrita guiaoEscrita guiao
Escrita guiao
 
Escrita guiao
Escrita guiaoEscrita guiao
Escrita guiao
 
aula de produção de vídeo para o mercado da publicidade
aula de produção de vídeo para o mercado da publicidadeaula de produção de vídeo para o mercado da publicidade
aula de produção de vídeo para o mercado da publicidade
 
4-argumentoe roteiro.pptx
4-argumentoe roteiro.pptx4-argumentoe roteiro.pptx
4-argumentoe roteiro.pptx
 
Apontamentos do texto dramatico
Apontamentos do texto dramaticoApontamentos do texto dramatico
Apontamentos do texto dramatico
 
Características do texto dramático
Características do texto dramáticoCaracterísticas do texto dramático
Características do texto dramático
 
Roteiro pedro pazelli slide apresentação
Roteiro pedro pazelli slide apresentaçãoRoteiro pedro pazelli slide apresentação
Roteiro pedro pazelli slide apresentação
 
Conto de mistério 6º ano.pptx
Conto de mistério 6º ano.pptxConto de mistério 6º ano.pptx
Conto de mistério 6º ano.pptx
 
6. Forma e narrativa
6. Forma e narrativa6. Forma e narrativa
6. Forma e narrativa
 
Roteiro 0007
Roteiro 0007Roteiro 0007
Roteiro 0007
 
O Que é Um GuiãO
O Que é Um GuiãOO Que é Um GuiãO
O Que é Um GuiãO
 
Edição e Montagem - Aula 3
Edição e Montagem - Aula 3Edição e Montagem - Aula 3
Edição e Montagem - Aula 3
 
Aula 2 - Premissa, Conflito e Textos criativos
Aula 2   - Premissa, Conflito e Textos criativosAula 2   - Premissa, Conflito e Textos criativos
Aula 2 - Premissa, Conflito e Textos criativos
 
Histórias em Quadrinho e suas características.
Histórias em Quadrinho e suas características.Histórias em Quadrinho e suas características.
Histórias em Quadrinho e suas características.
 
Texto dramático, Falar verdade a Mentir
Texto dramático, Falar verdade a MentirTexto dramático, Falar verdade a Mentir
Texto dramático, Falar verdade a Mentir
 
Ação de formação do livro ao palco
Ação de formação do livro ao palcoAção de formação do livro ao palco
Ação de formação do livro ao palco
 
Roteiro de Documentário
Roteiro de DocumentárioRoteiro de Documentário
Roteiro de Documentário
 
Aula 2 - Tipos Textuais Língua portuguesa
Aula 2 - Tipos Textuais Língua portuguesaAula 2 - Tipos Textuais Língua portuguesa
Aula 2 - Tipos Textuais Língua portuguesa
 

Plus de Paola Giovana

Revista Cherry Colours - Apresentação Digital
Revista Cherry Colours - Apresentação DigitalRevista Cherry Colours - Apresentação Digital
Revista Cherry Colours - Apresentação DigitalPaola Giovana
 
Dramaturgas brasileiras
Dramaturgas brasileirasDramaturgas brasileiras
Dramaturgas brasileirasPaola Giovana
 
Cherry Colours - Apresentação
Cherry Colours - ApresentaçãoCherry Colours - Apresentação
Cherry Colours - ApresentaçãoPaola Giovana
 
Revista Cherry Colours
Revista Cherry ColoursRevista Cherry Colours
Revista Cherry ColoursPaola Giovana
 
Do Planalto Sagrado para as Telas do Mundo
Do Planalto Sagrado para as Telas do MundoDo Planalto Sagrado para as Telas do Mundo
Do Planalto Sagrado para as Telas do MundoPaola Giovana
 
Violência Gratuita (Funny Games – 1997)
Violência Gratuita (Funny Games – 1997)Violência Gratuita (Funny Games – 1997)
Violência Gratuita (Funny Games – 1997)Paola Giovana
 

Plus de Paola Giovana (8)

Revista Cherry Colours - Apresentação Digital
Revista Cherry Colours - Apresentação DigitalRevista Cherry Colours - Apresentação Digital
Revista Cherry Colours - Apresentação Digital
 
Dramaturgas brasileiras
Dramaturgas brasileirasDramaturgas brasileiras
Dramaturgas brasileiras
 
Production Design
Production DesignProduction Design
Production Design
 
Cherry Colours - Apresentação
Cherry Colours - ApresentaçãoCherry Colours - Apresentação
Cherry Colours - Apresentação
 
Revista Cherry Colours
Revista Cherry ColoursRevista Cherry Colours
Revista Cherry Colours
 
Rembrandt
RembrandtRembrandt
Rembrandt
 
Do Planalto Sagrado para as Telas do Mundo
Do Planalto Sagrado para as Telas do MundoDo Planalto Sagrado para as Telas do Mundo
Do Planalto Sagrado para as Telas do Mundo
 
Violência Gratuita (Funny Games – 1997)
Violência Gratuita (Funny Games – 1997)Violência Gratuita (Funny Games – 1997)
Violência Gratuita (Funny Games – 1997)
 

Oficina de Introdução ao Roteiro Audiovisual

  • 1. Oficina de Introdução ao Roteiro Audiovisual Paola Giovana contato@paolagiovana.com.br
  • 2. O que é um roteiro audiovisual? • O roteiro é o gênero literário que precede e corresponde ao filme, do mesmo modo como se dá com o texto teatral ou dramatúrgico em relação à encenação de uma peça • A transposição de um roteiro para um filme e de um texto teatral para uma peça quase nunca se dá de forma literal, passando sempre pelo filtro do diretor, que escolhe o modo como as histórias serão apresentadas • Os conteúdos principais de um roteiro são: a descrição de ações e os diálogos • É fundamental lembrar que se trata de uma linguagem de imagens e sons, portanto qualquer pensamento ou abstração devem ser transformados em ações ou imagens representáveis na tela • Cada página de roteiro, na formatação padrão, corresponde aproximadamente a um minuto de filme
  • 3. Etapas para a criação de um roteiro • Idéia • Logline • Storyline • Perfil de personagens • Sinopse ou Argumento • Estrutura ou Escaleta • Roteiro
  • 4. Idéias • Antes de contar qualquer história, seja em forma de roteiro ou sob outras formas, é necessário ter idéias. Além dos temas de sua preferência, você pode buscá-las através de: • Adaptação de histórias conhecidas (cuidado com os direitos autorais!) • Livros • Quadrinhos • Casos populares • Observação • Os conflitos inerentes à vida • As manchetes de jornais e revistas • As fofocas do Facebook (por que não?) • Os arquétipos • Os Mitos • A Commedia dell’Arte • O Tarô
  • 5. Logline • Situação dramática • 3 elementos principais: • Protagonista • Objetivo • Obstáculo • Não se define, aqui, o final da história. • Tamanho: 1 frase. • Exemplo: Juno — para garantir uma boa adoção para o seu bebê (o objetivo) uma precoce adolescente grávida (a protagonista) tem de enfrentar a crise do casamento dos pais adotivos (o obstáculo). • Exemplo retirado do site: http://joaonunes.com/2010/guionismo/curso- 19-do-storyline-ao-guio/
  • 6. Storyline • É a apresentação da linha da história. • Deve conter o conflito principal, seu desenvolvimento e solução, de modo a conquistar a curiosidade do seu público sobre a forma como a narrativa irá se desenvolver. • Tamanho: 1 parágrafo • Exemplo: Um príncipe cujo pai, que era rei, foi assassinado por seu tio com o fim de usurpar a coroa. Este crime conduziu o jovem príncipe a uma crise existencial, que terminou numa onda de mortes. • Storyline possível para Hamlet, retirada do site: http://cineparanoia.blogspot.com.br/2009/04/roteiro-parte-3- storyline.html
  • 7. Perfil de personagens • As ações dos personagens não são aleatórias mas coerentes com a personalidade de cada um, consequências de suas motivações, caráter e formação • Motivações podem estar condicionadas a status social, idade, gênero, profissão, infância, preferências, etc. • Para ter clareza das motivações e possibilidades de ação de suas personagens é interessante criar um perfil e/ou subtexto para elas, como se fossem pessoas vivas, frutos de suas experiências
  • 8. Sinopse ou Argumento • Desenvolvimento da história à partir da storyline • Neste ponto, descreve-se a narrativa do início ao fim, incluindo detalhes que não “cabiam” nas etapas anteriores, como época e local em que a história ocorre e características dos personagens • A escrita do argumento é mais próxima do gênero literário • Exemplo:
  • 9. Estrutura ou Escaleta • Organização do argumento em forma de cenas, com cabeçalhos e indicação de ações em frases simples que correspondem à cada cena ou sequência • Método dos cartões: Alguns autores preferem formular a escaleta a partir de cartões com cada cena, para ordenar mais livremente o modo que vão contar a história • Exemplo: CENA 1 - EXT. PRAÇA - NOITE – Turista se assusta com sombra no Museu da Inconfidência fechado CENA 2 – INT. MUSEU – NOITE – Estátuas e outros objetos mudam de lugar sozinhos (...)
  • 10. Roteiro • Após as etapas anteriores, escrever seu roteiro nada mais é do que descrever as imagens que contam sua história através de ações e diálogos. • Há alguns elementos fundamentais para cada cena do roteiro: • Cabeçalho da cena: indica o número da cena, onde ela se passa e a luz ambiente (dia/noite) • Descrição do ambiente e da ação • Nome do personagem assim que ele aparece, na próxima linha a rubrica ou indicação e, logo abaixo, sua fala • Outra descrição de ambiente e/ou ação e transição para a próxima cena
  • 11. Formatação • Exemplo de roteiro • Celtx • Formatação automática • Outros tipos de roteiro (A/V, peça teatral, etc.)
  • 12. Principais diferenças entre os gêneros roteiro audiovisual e texto teatral Roteiro • Foco nas ações • Storyline • Escaleta • Previsão aproximada da minutagem do filme • Mudança de cena = mudança de local ou tempo Texto Teatral • Foco nos diálogos • Imagem dramática • Canovaccio • Imprevisibilidade do tempo de encenação • Mudança de cena = entrada ou saída de personagens, mudança de local ou de tempo
  • 13. Dicas • É importante conhecer a linguagem cinematográfica e as possibilidades de expressão deste meio para criar roteiros que possam efetivamente ser filmados • O roteirista não deve dar indicações de enquadramento ou outras indicações que dizem respeito ao diretor. Estas instruções são definidas no momento da decupagem ou roteiro técnico • Dependendo do tema abordado é necessário uma pesquisa anterior para evitar falhas históricas, como no caso dos filmes de época • O tempo de leitura de uma cena no roteiro pode indicar o ritmo e tempo da cena filmada
  • 14. Referências • CAMPOS, Flávio de. Roteiro de Cinema e Televisão. • CARRIERE, Jean-Claude & BONITZER, Pascal. Prática do Roteiro Cinematográfico. • COMPARATO, Doc. Da Criação ao Roteiro. • MOSS, Hugo. Como Formatar o seu Roteiro. • MARQUEZ, Gabriel G. Como Contar um Conto. • FIELD, Syd. Manual do Roteiro. • http://www.roteirodecinema.com.br/roteiros.htm • http://joaonunes.com/2010/guionismo/curso-19-do-storyline- ao-guio/ • http://cineparanoia.blogspot.com.br/2009/04/roteiro-parte- 3-storyline.html