2. Um argumento não-dedutivo é um argumento em que se pretende que as premissas apoiem
ou suportem a conclusão.
Três tipos de argumentos não-dedutivos:
1. os argumentos indutivos (generalizações e previsões);
2. os argumentos por analogia; e
3. os argumentos de autoridade.
Argumentos Não-Dedutivos
3. Os argumentos indutivos baseiam-se num determinado número de casos
conhecidos para justificar uma conclusão que inclui casos desconhecidos.
Os argumentos indutivos são classificados como generalizações ou previsões.
Argumentos Indutivos
4. Argumento cuja
conclusão é mais
geral do que a(s)
premissa(s)
Indução por
generalização Argumento que,
baseando-se em
factos passados,
antevê casos não
observados,
presentes ou futuros.
Indução por
previsão
5. (1) Foram observados n
casos de x e todos eles
eram y.
(2) Logo, todos os x
são y.
Por exemplo:
•(1) Todos os corvos
observados até hoje
são pretos.
•(2) Logo, todos os
corvos são pretos.
Estrutura –
Indução por
generalização (1) Até hoje, foram
observados n casos de
x e todos eles eram y.
(2) Logo, qualquer x
observado no futuro
será y.
Por exemplo:
• (1) Até hoje, o Sol
nasceu todos os dias.
• (2) Logo,
(provavelmente) o Sol
irá nascer amanhã.
Estrutura -
Indução por
previsão
6. Critérios de avaliação dos argumentos
indutivos:
• Devem basear-se num número significativo de casos e não pode haver
contraexemplos conhecidos.
• Caso se desrespeite o critério 1 comete-se a:
• Falácia da generalização precipitada
• Com esta falácia mostra-se que o número de casos em que o argumento se
baseia não é significativo ou mostra-se que existem contraexemplos.
7. Critérios de avaliação dos argumentos
indutivos:
• Devem basear-se em casos que representem a diversidade de
características do universo em causa.
• Caso se desrespeite o critério 2 comete-se a:
• Falácia da amostra não-representativa.
• Com esta falácia mostra-se que a amostra utilizada não representa a
diversidade de características do universo em causa e que, se a amostra
fosse mais representativa, a conclusão a tirar seria outra.
8. Critérios de avaliação dos argumentos
indutivos:
• Não podem ignorar ou omitir informação relevante.
• Caso se desrespeite o critério 3 comete-se a:
• Falácia da omissão de dados.
• Com esta falácia mostra-se os dados em falta e mostra-se de que forma
eles afetam a conclusão.
11. Vídeo 1 – Debate do Programa do Governo, 8 de abril de 2022
https://www.youtube.com/watch?v=oc2pTbHQc1k&t=2803s
12. “Hoje é o dia internacional da Comunidade Cigana. Como hoje foi bem aqui lembrado é um dia em que
devemos não esquecer das minorias e aquela conversa que nos alimenta a todos à 47 anos, muito bem, e
que é porreiro para o chá das cinco e que todos gostamos muito de ouvir. O que nós não compreendemos
é que a comunidade Cigana sempre esteja tão pronta para ser aplaudida por este parlamento e todos
vemos notícias: Primeira Cigana licenciou-se; Primeira Cigana é médica; Primeira Cigana é Juíza. E nunca
vejo a notícia que os ciganos agrediram a GNR no Alentejo ou os Bombeiros no Alentejo ou os Bombeiros
em Lisboa ou os Bombeiros no Porto ou os Bombeiros em Leixões. Esta capacidade de dizer que sim à
comunidade cigana tem que acabar em Portugal, por que sim as minorias não devem ser confrontadas,
mas também não podem ser apaparicadas ao ponto de ignorarem que têm que ter os mesmos deveres
que todos os portugueses e eu sei que muitos que nos estão a ver agora sabem bem no Alentejo, no
Algarve, à volta de Lisboa, à volta do Porto de que é que eu estou aqui a falar. Sabem que há um paraíso
de impunidade que ainda agora na morte de um agente da PSP, mais uma vez se fez valer. Sim senhor
Primeiro Ministro, eu leio-o que há um cigano fugido noutro país depois de ter morto um PSP e que o
patriarca da comunidade cigana diz que no seu modo, no seu tempo o entregará à justiça […]
Eu vou continuar a usar a expressão ‘ciganos’ sempre que tiver que usar e o senhor presidente, no seu
direito, sancionará quando tiver que sancionar, sabendo que eu nunca deixarei de dizer aquilo em que
acredito, em que milhões de portugueses acreditam.”
André Ventura
14. Premissa 1: Médicos que não higienizaram as mãos antes do parto provocam maior morte de
grávidas.
Premissa 2: Médicos que higienizaram as mãos antes do parto provocam menor morte de grávidas.
Conclusão: Logo, se os médicos higienizarem as mãos antes do parto não haverá morte de grávidas.
Ignaz Semmelweis