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Preparação de Exame
Grupo I
A.
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10
15
20
25
30
Três, se não quatro, vidas diferentes tem o padre Bartolomeu Lourenço, e uma
só apenas quando dorme, que mesmo sonhando diversamente não sabe destrinçar,
acordado, se no sonho foi o padre que sobe ao altar e diz canonicamente a missa, se o
académico tão estimado que vai incógnito el-rei ouvir-lhe a oração por trás do
reposteiro, no vão da porta, se o inventor da máquina de voar ou dos vários modos de
esgotar sem gente as naus que fazem água, se esse outro homem conjunto, mordido
de sustos e dúvidas, que é pregador na igreja, erudito na academia, cortesão no paço,
visionário e irmão de gente mecânica e plebeia em S. Sebastião da Pedreira, e que
torna ansiosamente ao sonho para reconstruir uma frágil, precária unidade,
estilhaçada mal os olhos se lhe abrem, nem precisa estar em jejum como Blimunda.
Abandonara a leitura consabida dos doutores da Igreja, dos canonistas, das formas
variantes escolásticas sobre essência e pessoa, como se a alma já tivesse extenuada de
palavras, mas porque o homem é o único animal que fala e lê, quando o ensinam,
embora então lhe faltem ainda muitos anos para a homem ascender, examina
miudamente e estuda o padre Bartolomeu Lourenço o Testamento velho, sobretudo
os cinco primeiros livros, o Pentateuco, pelos judeus chamado Tora, e o Alcorão.
Dentro do corpo de qualquer de nós poderia Blimunda ver os órgãos, e também as
vontades, mas não pode ler os pensamentos nem ela a estes entenderia, ver um
homem pensando, como em um pensamento só, tão opostas e inimigas verdades, e
com isso não perdero juízo, elase o visse, ele porque tal pensa.
A música éoutra coisa. Domenico Scarlatti trouxe para a abegoaria um cravo, não
o carregou ele, mas dois mariolas a pau, corda, chinguiço1, e muito suor da testa, desde
a Rua Nova dos Mercadores, onde foi comprado, até S. Sebastião da Pedreira, onde
seria ouvido, veio Baltasar com eles para indicar o caminho outra ajuda lhe não
requereram, que este transporte não se faz sem ciência e arte, distribuir o peso,
combinar as forças como na pirâmide da Dança da Bica, aproveitar o molejo das
cordas e do pau para ritmar a passada, enfim, segredos de ofício que tanto valem
como outros, e cuida cada qual que os do seu são máximos. O cravo foi deixado pelos
galegos do lado de fora do portão, não faltava mais nada verem eles a máquina de
voar, e para a abegoaria o levaram, com grande esforço, Baltasar e Blimunda, não tanto
pelo peso, mas por lhes faltarem arte e ciência, sem contar que as vibrações das
cordas pareciam queixumes magoados e por causa deles se lhes apertava o coração,
também duvidoso e assustado de tão extrema fragilidade. Nessa mesma tarde veio
Domenico Scarlatti, ali se sentou a afinar o cravo, enquanto Baltasar entrançava vimes
1 espécie de almofada que os moços de fretes levam sobre o cachaço, quando carregam a pau e corda.
35
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45
e Blimunda cosia velas, trabalhos calados que não perturbavam a obra do músico. E
tendo concluído a afinação, ajustado os saltarelos que o transporte havia
desacertado, verificado as penas de pato uma por uma, Scarlatti pôs-se a tocar,
primeiro deixando correr os dedos sobre as teclas, como se soltasse as notas das suas
prisões, depois organizando os sons em pequenos segmentos, como se escolhesse
entre o certo e o errado, entre a forma repetida e a forma perturbada, entre a frase e
o seu corte, enfim articulando em discurso novo o que parecera antes fragmentário e
contraditório. De música sabiam pouco Baltasar e Blimunda, a salmodia dos frades,
raramente o estridor operático do Te Deum, toadas populares campestres e urbanas,
cada qual suas, porém nada que se parecesse com estes sons que o italiano tirava do
cravo, que tanto pareciam brinquedo infantil como colérica objurgação2, tanto parecia
divertirem-se anjoscomo zangar-seDeus.
1. Indica as quatro “vidas diferentes” (l. 1) do padre Bartolomeu, ilustrando
com exemplos textuais.
2. “ver um homem pensando, como em um pensamento só, tão opostas e
inimigas verdades” (ll. 18-19) - Comenta a afirmação anterior, realçando a
aparente contradição napersonalidade do padreBartolomeu.
3. Traça o perfil psicológico de Baltasar, Blimunda e Scarlatti, com base no
segundo parágrafo do excerto.
2 repreensão; censura
B.
1
5
10
Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
mas não servia ao pai, servia a ela,
e a ela só por prémio pretendia.
Os dias, na esperança de um só dia,
passava, contentando se com vê-la;
porém o pai, usando de cautela,
em lugar de Raquel lhe dava Lia.
Vendo o triste pastor que com enganos
lhe fora assi negada a sua pastora,
como se a não tivera merecida;
começa de servir outros sete anos,
dizendo:-Mais servira, se não fora
para tão longo amor tão curta a vida.
Luís de Camões, Rimas
1. Explicita os traços caracterizadores de Jacob, ilustrando com exemplos
textuais.
2. Comenta a expressividade do recurso estilístico presente no último verso,
relacionando-a com o sentido do poema.
Grupo II
O Livro de Cesário Verde
1
5
10
15
20
25
Poeta do concreto, das quadras simples, Cesário Verde é um dos
precursores do modernismo em Portugal. No seu tempo foi
ostensivamente ignorado. O reconhecimento, a admiração, vieram muito
depois da morte, aos 31 anos de idade.
Poeta do século XIX, Cesário Verde nasceu na rua dos Fanqueiros, em
Lisboa, a 25 de fevereiro de 1855. Sabemos que frequentou o curso de Letras,
que um incêndio na casa de campo da família destruiu muito do que escrevera,
que foi um comerciante, homem da pequena burguesia e republicano convicto.
Sabemos pouco para traçar uma biografia exaustiva do senhor Verde mas,
lendo com atenção o seu único livro, ficamos a saber que inventou uma nova
poesia.
A aventura literária de Cesário Verde começa no “Diário de Notícias”. Os
versos são publicados e mal recebidos pelos seus contemporâneos e críticos
literários. Ninguém estava preparado para aquela poesia, tão diferente da que
se fazia na altura, da corrente melodramática e romântica que a todos
agradava.
Cesário transgride na forma e no conteúdo. Prefere quadras a sonetos.
Escolhe temas não poéticos, coisas prosaicas do quotidiano, que descreve sem
sentimentalismos, recorrendo a palavras vulgares em vez de pesados
vocábulos e frases de sentidos difíceis. Lisboa é a personagem principal dos
seus poemas. O poeta observa atentamente o que se passa, filtra e capta a
cidade nos seus múltiplos ângulos e descreve o que vê em concisos
instantâneos impressionistas.
“O Sentimento de um Ocidental”, “Nós”, “Num bairro moderno” fazem parte
da sua única obra póstuma: “O Livro de Cesário Verde”, uma coletânea dos seus
poemas editada depois da sua morte, em 1886. A genialidade destes 37 poemas
é reconhecida quarenta anos depois por Fernando Pessoa que chama “mestre”
a Cesário Verde.
http://ensina.rtp.pt/artigo/o-livro-de-cesario-verde/
1.1. Classifica a oração “que foi um comerciante” (l. 8).
a) subordinada adjetiva
relativa explicativa
b) subordinada adverbial
causal
c) subordinada substantiva
completiva
d) subordinada substantiva
relativa
1.2. Entre os termos “palavras” (l. 19) e “vocábulos” (l. 20) existe uma relação de
a) homonímia
b) sinonímia
c) paronímia
d) homofonia
1.3. A palavra “melodramática” é formada por
a) composição morfológica
b) composição morfossintática
c) derivação não afixal
d) amálgama
1.4. Na frase: “A genialidade destes 37 poemas é reconhecida quarenta
anos depois por Fernando Pessoa que chama “mestre” a Cesário Verde.”
(ll. 26-28), as palavras sublinhadas são, respetivamente,
a) quantificador, preposição,
pronome, determinante
b) quantificador, preposição,
conjunção, preposição
c) determinante, preposição,
conjunção, determinante
d) quantificador, preposição,
pronome, preposição
1.5. Na expressão “lendo com atenção o seu único livro” (l. 10) o processo de
coesão referencial subjacente é a
a) anafóra
b) catáfora
c) reiteração
d) correferência não anafórica
1.6. Classifica a oração “oque se passa” (l. 21).
a) subordinada adjetiva relativa
explicativa
b) subordinada substantiva
completiva
c) subordinada adjetiva relativa
restritiva
d) subordinada substantiva relativa
1.7. A expressão “pelos seus contemporâneos e críticos literários” (ll. 13-14)
desempenha a função sintática de
a) complemento oblíquo
b) complemento agente da passiva
c) modificador do grupo verbal
d) sujeito composto
2. Responde às questões:
2.1. Identifica a função sintática de “a personagem principal dos seus poemas”
(ll. 20-21).
2.2. Classifica a oração “que descreve sem sentimentalismos” (ll. 18-19).
2.3. Atendendo à expressão “Ninguém estava preparado para aquela poesia”
(l. 14), identifica a que classe morfológica pertence a palavra sublinhada.
Grupo III
A educação e o ensino são as mais poderosas armas que podes usar para
mudar o mundo.
Nelson Mandela
Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas palavras, comenta a citação anterior.
Fundamenta o teu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e
ilustre cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.

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Pm memorial (padre bartolomeu) e camões (sete anos de pastor) - grupo ii (cesário)

  • 1. Preparação de Exame Grupo I A. 1 5 10 15 20 25 30 Três, se não quatro, vidas diferentes tem o padre Bartolomeu Lourenço, e uma só apenas quando dorme, que mesmo sonhando diversamente não sabe destrinçar, acordado, se no sonho foi o padre que sobe ao altar e diz canonicamente a missa, se o académico tão estimado que vai incógnito el-rei ouvir-lhe a oração por trás do reposteiro, no vão da porta, se o inventor da máquina de voar ou dos vários modos de esgotar sem gente as naus que fazem água, se esse outro homem conjunto, mordido de sustos e dúvidas, que é pregador na igreja, erudito na academia, cortesão no paço, visionário e irmão de gente mecânica e plebeia em S. Sebastião da Pedreira, e que torna ansiosamente ao sonho para reconstruir uma frágil, precária unidade, estilhaçada mal os olhos se lhe abrem, nem precisa estar em jejum como Blimunda. Abandonara a leitura consabida dos doutores da Igreja, dos canonistas, das formas variantes escolásticas sobre essência e pessoa, como se a alma já tivesse extenuada de palavras, mas porque o homem é o único animal que fala e lê, quando o ensinam, embora então lhe faltem ainda muitos anos para a homem ascender, examina miudamente e estuda o padre Bartolomeu Lourenço o Testamento velho, sobretudo os cinco primeiros livros, o Pentateuco, pelos judeus chamado Tora, e o Alcorão. Dentro do corpo de qualquer de nós poderia Blimunda ver os órgãos, e também as vontades, mas não pode ler os pensamentos nem ela a estes entenderia, ver um homem pensando, como em um pensamento só, tão opostas e inimigas verdades, e com isso não perdero juízo, elase o visse, ele porque tal pensa. A música éoutra coisa. Domenico Scarlatti trouxe para a abegoaria um cravo, não o carregou ele, mas dois mariolas a pau, corda, chinguiço1, e muito suor da testa, desde a Rua Nova dos Mercadores, onde foi comprado, até S. Sebastião da Pedreira, onde seria ouvido, veio Baltasar com eles para indicar o caminho outra ajuda lhe não requereram, que este transporte não se faz sem ciência e arte, distribuir o peso, combinar as forças como na pirâmide da Dança da Bica, aproveitar o molejo das cordas e do pau para ritmar a passada, enfim, segredos de ofício que tanto valem como outros, e cuida cada qual que os do seu são máximos. O cravo foi deixado pelos galegos do lado de fora do portão, não faltava mais nada verem eles a máquina de voar, e para a abegoaria o levaram, com grande esforço, Baltasar e Blimunda, não tanto pelo peso, mas por lhes faltarem arte e ciência, sem contar que as vibrações das cordas pareciam queixumes magoados e por causa deles se lhes apertava o coração, também duvidoso e assustado de tão extrema fragilidade. Nessa mesma tarde veio Domenico Scarlatti, ali se sentou a afinar o cravo, enquanto Baltasar entrançava vimes 1 espécie de almofada que os moços de fretes levam sobre o cachaço, quando carregam a pau e corda.
  • 2. 35 40 45 e Blimunda cosia velas, trabalhos calados que não perturbavam a obra do músico. E tendo concluído a afinação, ajustado os saltarelos que o transporte havia desacertado, verificado as penas de pato uma por uma, Scarlatti pôs-se a tocar, primeiro deixando correr os dedos sobre as teclas, como se soltasse as notas das suas prisões, depois organizando os sons em pequenos segmentos, como se escolhesse entre o certo e o errado, entre a forma repetida e a forma perturbada, entre a frase e o seu corte, enfim articulando em discurso novo o que parecera antes fragmentário e contraditório. De música sabiam pouco Baltasar e Blimunda, a salmodia dos frades, raramente o estridor operático do Te Deum, toadas populares campestres e urbanas, cada qual suas, porém nada que se parecesse com estes sons que o italiano tirava do cravo, que tanto pareciam brinquedo infantil como colérica objurgação2, tanto parecia divertirem-se anjoscomo zangar-seDeus. 1. Indica as quatro “vidas diferentes” (l. 1) do padre Bartolomeu, ilustrando com exemplos textuais. 2. “ver um homem pensando, como em um pensamento só, tão opostas e inimigas verdades” (ll. 18-19) - Comenta a afirmação anterior, realçando a aparente contradição napersonalidade do padreBartolomeu. 3. Traça o perfil psicológico de Baltasar, Blimunda e Scarlatti, com base no segundo parágrafo do excerto. 2 repreensão; censura
  • 3. B. 1 5 10 Sete anos de pastor Jacob servia Labão, pai de Raquel, serrana bela; mas não servia ao pai, servia a ela, e a ela só por prémio pretendia. Os dias, na esperança de um só dia, passava, contentando se com vê-la; porém o pai, usando de cautela, em lugar de Raquel lhe dava Lia. Vendo o triste pastor que com enganos lhe fora assi negada a sua pastora, como se a não tivera merecida; começa de servir outros sete anos, dizendo:-Mais servira, se não fora para tão longo amor tão curta a vida. Luís de Camões, Rimas 1. Explicita os traços caracterizadores de Jacob, ilustrando com exemplos textuais. 2. Comenta a expressividade do recurso estilístico presente no último verso, relacionando-a com o sentido do poema.
  • 4. Grupo II O Livro de Cesário Verde 1 5 10 15 20 25 Poeta do concreto, das quadras simples, Cesário Verde é um dos precursores do modernismo em Portugal. No seu tempo foi ostensivamente ignorado. O reconhecimento, a admiração, vieram muito depois da morte, aos 31 anos de idade. Poeta do século XIX, Cesário Verde nasceu na rua dos Fanqueiros, em Lisboa, a 25 de fevereiro de 1855. Sabemos que frequentou o curso de Letras, que um incêndio na casa de campo da família destruiu muito do que escrevera, que foi um comerciante, homem da pequena burguesia e republicano convicto. Sabemos pouco para traçar uma biografia exaustiva do senhor Verde mas, lendo com atenção o seu único livro, ficamos a saber que inventou uma nova poesia. A aventura literária de Cesário Verde começa no “Diário de Notícias”. Os versos são publicados e mal recebidos pelos seus contemporâneos e críticos literários. Ninguém estava preparado para aquela poesia, tão diferente da que se fazia na altura, da corrente melodramática e romântica que a todos agradava. Cesário transgride na forma e no conteúdo. Prefere quadras a sonetos. Escolhe temas não poéticos, coisas prosaicas do quotidiano, que descreve sem sentimentalismos, recorrendo a palavras vulgares em vez de pesados vocábulos e frases de sentidos difíceis. Lisboa é a personagem principal dos seus poemas. O poeta observa atentamente o que se passa, filtra e capta a cidade nos seus múltiplos ângulos e descreve o que vê em concisos instantâneos impressionistas. “O Sentimento de um Ocidental”, “Nós”, “Num bairro moderno” fazem parte da sua única obra póstuma: “O Livro de Cesário Verde”, uma coletânea dos seus poemas editada depois da sua morte, em 1886. A genialidade destes 37 poemas é reconhecida quarenta anos depois por Fernando Pessoa que chama “mestre” a Cesário Verde. http://ensina.rtp.pt/artigo/o-livro-de-cesario-verde/ 1.1. Classifica a oração “que foi um comerciante” (l. 8). a) subordinada adjetiva relativa explicativa b) subordinada adverbial causal c) subordinada substantiva completiva d) subordinada substantiva relativa
  • 5. 1.2. Entre os termos “palavras” (l. 19) e “vocábulos” (l. 20) existe uma relação de a) homonímia b) sinonímia c) paronímia d) homofonia 1.3. A palavra “melodramática” é formada por a) composição morfológica b) composição morfossintática c) derivação não afixal d) amálgama 1.4. Na frase: “A genialidade destes 37 poemas é reconhecida quarenta anos depois por Fernando Pessoa que chama “mestre” a Cesário Verde.” (ll. 26-28), as palavras sublinhadas são, respetivamente, a) quantificador, preposição, pronome, determinante b) quantificador, preposição, conjunção, preposição c) determinante, preposição, conjunção, determinante d) quantificador, preposição, pronome, preposição 1.5. Na expressão “lendo com atenção o seu único livro” (l. 10) o processo de coesão referencial subjacente é a a) anafóra b) catáfora c) reiteração d) correferência não anafórica 1.6. Classifica a oração “oque se passa” (l. 21). a) subordinada adjetiva relativa explicativa b) subordinada substantiva completiva c) subordinada adjetiva relativa restritiva d) subordinada substantiva relativa 1.7. A expressão “pelos seus contemporâneos e críticos literários” (ll. 13-14) desempenha a função sintática de a) complemento oblíquo b) complemento agente da passiva c) modificador do grupo verbal d) sujeito composto 2. Responde às questões: 2.1. Identifica a função sintática de “a personagem principal dos seus poemas” (ll. 20-21). 2.2. Classifica a oração “que descreve sem sentimentalismos” (ll. 18-19). 2.3. Atendendo à expressão “Ninguém estava preparado para aquela poesia” (l. 14), identifica a que classe morfológica pertence a palavra sublinhada.
  • 6. Grupo III A educação e o ensino são as mais poderosas armas que podes usar para mudar o mundo. Nelson Mandela Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras, comenta a citação anterior. Fundamenta o teu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustre cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.