O documento discute os principais conceitos e teorias evolutivas, incluindo o fixismo, o lamarckismo e o darwinismo. Também aborda evidências da evolução como a anatomia comparada e fósseis, além da teoria sintética da evolução.
2. CONCEITO
Processo pelo qual os seres vivos se
diversificaram ao longo do tempo dando
origem às espécies atuais ou já extintas,
sendo consequência da adaptação destes
ao ambiente onde vivem.
3. Idéia Fixista
Admite que os seres vivos foram criados
por Deus e que as espécies não se alteram
ao longo do tempo
Argumento contrário: fósseis
Catastrofismo : os fósseis seriam
restos alterados de espécies iguais às
existentes mortos por grandes catástrofes
(dilúvio).
4. Idéia Transformista
Admite que as espécies se modificam ao
longo do tempo, em resposta a diferentes
pressões do meio ambiente.
Os principais adeptos dessa idéia foram
Lamarck (naturalista francês) e Darwin
(naturalista inglês)
6. LAMARCKISMO (1809)
As mudanças ocorridas no meio trazem
a
necessidade de adaptação, para isso os
indivíduos sofreriam modificações para
poderem sobreviverem às novas
condições.
7. Lei do uso e desuso
Um órgão muito utilizado tende a se desenvolver,
enquanto um órgão pouco utilizado tende a se
atrofiar.
Lei da herança dos caracteres adquiridos
Uma característica que um indivíduo adquire
durante a vida pode ser transmitida aos seus
descendentes.
8. Lei do uso e desuso
Lei da herança dos caracteres adquiridos
11. DARWINISMO – SELEÇÃO NATURAL
Viagem de cinco anos para as Américas e
Oceania (1831 à 1835).
Arquipélago de Galápagos
* tentilhões semelhantes entre si, mas com
forma de bicos diferentes devido ao tipo de
alimento disponível em cada ilha.
12.
13. Artigo de Thomas Malthus (1838)
“A produção de alimentos cresce em progressão
aritmética, enquanto a população aumenta em
progressão geométrica”.
“Num determinado momento a quantidade de
alimentos tornar-se-ia um fator limitante para
o crescimento da população, levando a uma
luta pela vida, com a sobrevivência dos mais
fortes”.
14. Princípios da Seleção Natural
(1859)
-Toda população tende a crescer em progressão
geométrica.
-As populações mantêm-se constantes ao longo
do tempo, devido ao alto índice de mortalidade.
-Os indivíduos de uma população apresentam
variabilidade de características.
-Os indivíduos com características vantajosas
tendem a sobreviver e se reproduzir, transmitindo
suas características aos seus descendentes.
15. EVOLUÇÃO DE DARWIN
“ O meio seleciona características casuais
dos seres vivos, visando a adaptação da
população”.
Mudanças
ambientais
Variabilidade
Seleção de
características
vantajosas
*Falha de Darwin – explicar a origem da
variabilidade entre os indivíduos
16. Lamarck x Darwin - Pescoço das girafas
Visão lamarckista
Girafas com pescoço curto
Alteração ambiental – diminuição da vegetação
rasteira
Esforço de esticar o pescoço para alcançar os
brotos das árvores – desenvolvimento do
pescoço
Descendentes com pescoço longo
17.
18. Visão darwinista
Girafas com pescoços de vários comprimentos
Alteração ambiental – diminuição da vegetação
rasteira
Mortalidade das girafas de pescoço curto e
sobrevivência das girafas de pescoço longo
Reprodução das girafas de pescoço longo e
descendentes com pescoço longo
19.
20. Pavo cristatus, o pavão, é nativo do sul da
Ásia e mede cerca de 80 cm de altura. Essa
espécie tem um ritual de corte em que o
macho exibe para a fêmea sua cauda
vistosa e colorida. A exuberância das penas
indica tanto a saúde do macho quanto sua
boa constituição genética, características
que a fêmea leva em conta para aceitá-lo
como pai de sua futura prole. Esse é um
exemplo do que Darwin chamou de seleção
sexual.
Seleção Sexual
21.
22. EVIDÊNCIAS DA EVOLUÇÃO
FÓSSEIS (do latim fossilis, tirado da terra)
São restos ou vestígios de seres vivos que
viveram em outras épocas
Permite estabelecer ligações entre diferentes
grupos de seres vivos, e sequências no
processo evolutivo
25. O documentário fóssil mostra
que os Trilobitas, incluídos
entre os primeiros artrópodes,
constituíram o grupo de
animais primitivos mais bem–
sucedido, colonizando
amplamente os oceanos
durante mais de 270 milhões
de anos.
26.
27. Processo de Fossilização
Fossilização: Processo de formação de um
fóssil, ocorre apenas em condições
extremamente favoráveis:
•Quando o vestígio ou resto do cadáver é
rapidamente sepultado por sedimentos como
areia, argila, argilito...
•Geralmente ocorre em ambientes alagados.
•Ocorre a formação de camadas de rochas
sedimentares.
30. Fóssil Molde e Contramolde
• Fóssil molde: forma-se quando os restos soterrados
do organismo depois de deixar sua impressão gravada
na rocha, desaparecem completamente.
• Fóssil contramolde: ocorre quando o molde deixado
por um organismo na rocha é preenchido por outros
minerais, que se solidificam formando uma cópia
tridimensional do organismo.
33. Âmbar Fóssil
Âmbar fóssil: resina vegetal
fossilizada capaz de preservar
pequenos artrópodes,
preservando-os completamente.
Sabe-se que as árvores
(principalmente os pinheiros)
cuja resina se transformou em
âmbar viveram em regiões de
clima temperado. Nas zonas
cujo clima era tropical, o âmbar
foi formado por plantas
leguminosas.
35. Determinando a Idade dos Fósseis
Datação Relativa
•Desenvolvida pelo geólogo inglês William Smith
(1769 – 1839).
•Baseia-se no princípio de que as rochas
sedimentares se formaram a partir da deposição
de sedimentos.
•As rochas em camadas mais inferiores seriam as
mais antigas.
•Indica apenas quais seriam as rochas mais
antigas.
36. Determinando a Idade dos Fósseis
Datação Relativa
•Baseia-se na utilização de elementos
paleontológicos, fósseis presentes nas camadas de
rochas sedimentares (Fósseis Guia).
•Fóssil guia ou fóssil índice: são táxons que
apresentam uma larga distribuição geográfica em
um curto espaço de tempo entre seu aparecimento
e sua extinção, com ampla distribuição geográfica.
39. Determinando a Idade dos Fósseis
Datação Relativa (Fósseis
índice)
•Trilobites (artrópodes
marinhos) – São muito úteis
para a biostratigrafia (datação)
de estratos geológicos marinhos
do Paleozóico.
40. Determinando a Idade dos Fósseis
•Amonites (moluscos cefalópodes) -
Muito úteis para a biostratigrafia de
camadas geológicas marinhas do
Mesozóico, especialmente do
Jurássico e do Cretáceo (extinção K-
T).
41. Determinando a Idade dos Fósseis
Datação Relativa (Fósseis índice)
•Archaeocyatha (arqueociatos)
são animais conhecidos apenas em
registro fóssil do Câmbrico, de
modo de vida colonial ou solitário e
suportados por um esqueleto
interno de natureza carbonatada.
42. Determinando a Idade dos Fósseis
Datação Radio métrica
•Baseia-se nos conhecimentos sobre os isótopos
radioativos de certos elementos químicos.
•Decaimento radioativo: transformação de um
elemento químico em outro isótopo ou em outro
elemento químico.
•Exemplo: Isótopo ¹²C (6P + 6N) comum na natureza, uma
porcentagem desse átomos de carbono encontra-se na forma
de isótopo ¹⁴C (6P + 8N). Com o tempo um Nêutron
transforma-se em Próton, e o elemento decai para ¹⁴N (7P +
7N).
•Meia vida: em 5.730 anos metade dos átomos uma amostra
contendo ¹⁴C decai p ¹⁴N ara ¹⁴N.
44. Determinando a Idade dos Fósseis
Datação Radio métrica
•Decaimento radioativo de alguns isótopos
•Carbonos-14: 5.730 anos decai para Nitrogênio-14.
•Potássio-40: 1,26 bilhão de anos decai para argônio-40.
•Urânio-235: 704 milhões de anos decai para chumbo-207.
•Alumínio-26: 740 anos decai para magnésio-26.
45. ANATOMIA COMPARADA
• Órgãos homólogos: São estruturas que se
desenvolvem de modo semelhante em embriões de
diferentes espécies, possuem a mesma origem
embrionária, mas podem ter funções diferentes
• Ex.: Asa de morcego, nadadeira de baleia, pata do
cavalo, braço do homem
Órgãos Homólogos
48. Órgãos Análogos
• São estruturas corporais presentes em diferentes
espécies que desempenham funções
semelhantes, porém, apresentam origem
embrionária diferente.
• Ex.: asa de ave e asa e insetos.
ANATOMIA COMPARADA
49.
50. Órgãos atrofiados e sem função em determinados
organismos, mas que correspondem a órgãos
desenvolvidos e funcionais em outros organismos
Ex: apêndice vermiforme, membrana semilunar
ANATOMIA COMPARADA
Órgãos vestigiais
51.
52. Divergência adaptativa (Irradiação)
• Divergência evolutiva: Ocorre quando indivíduos com
alto grau de parentesco apresentam diversificação de
estruturas homólogas por explorarem ambientes
diferentes, tais estruturas são adaptadas ao modo de vida
do organismo.
53. Convergência adaptativa
• Ocorre quando indivíduos com pouco grau de parentesco
apresentam estruturas (órgãos análogos) ou forma
corporal semelhantes, constituindo adaptações a modos
de vida semelhante por explorarem o mesmo ambiente.
54. Teoria Sintética da Evolução
(Neodarwinismo)
• Teoria sintética da evolução: consiste na
incorporação da genética ao conceito de seleção
natural, ponto central do darwinismo.
• A Teoria sintética da evolução considera três fatores
evolutivos principais:
I. mutação gênica.
II. recombinação gênica.
III. seleção natural.
55. Teoria Sintética da Evolução
(Neodarwinismo)
• Mutação Gênica: são alterações na sequência de bases
nitrogenadas do DNA que originam novas (alelos) versões de
um gene.
• Novos genes quando vantajosos, tendem a permanecer na
população e ter sua frequência aumentada por ação da
seleção natural.
• Mutações espontâneas: são mutações que ocorrem
espontaneamente pela própria dinâmica do DNA, sendo
responsável por mudar temporariamente uma base
nitrogenada em outra, fato que pode gerar erros na duplicação
do DNA.
Mutação Gênica
56.
57. • Substituição de um par de
bases Nitrogenadas;
• Deleção de uma base
nitrogenada;
• Adição de uma base
Nitrogenada.
• Fenilcetonúria,
• Hipotireoidismo
congênito;
• Hemoglobinopatias (Ex.:
anemia falciforme);
• fibrose cística.
59. Teoria Sintética da Evolução (Neodarwinismo)
• Recombinação Gênica: é a mistura de genes que ocorre
na reprodução sexuada, onde há o rearranjo dos genes
provenientes do genitores (pai e mãe).
• Pode ocorrer por dois processos:
I. Permutação ou crossing-over: troca de parte dos
cromossomos entre si.
II. Segregação independente dos cromossomos: os
cromossomos homólogos originalmente dos pais
combinam-se livremente, os gametas podem conter
apenas cromossomos maternos, apenas paternos ou
mistura entre os dois.
Combinações possíveis são dadas pela expressão: 2ⁿ,
onde n= número de cromossomos da espécie.
Exemplo: na espécie humana: n=23, uma pessoa pode
produzir 2²³ (8.388.608) tipos de gametas diferentes.
Recombinação Gênica
61. Teoria Sintética da Evolução (Neodarwinismo)
• Seleção Natural: “Luta pela sobrevivência”.
• Os organismos mais aptos a enfrentar as
adversidades propostas pelo ambiente, possuem
maior chance de sobreviver.
• Os organismos competem por:
I. Animais competem por alimento.
II. Presas tentam sobreviver a ataques de
predadores.
III. Machos competem pelo direito de acasalar.
IV. Plantas competem por umidade do solo,
nutrientes e luz solar.
Seleção Natural
62.
63. Especiação
No século XVIII, o botânico
sueco Carolus Linnaeus,
empregou pioneiramente o
termo “espécie” para indicar
cada conjunto de seres vivos
em que os indivíduos
apresentam grandes
semelhanças físicas, com
um padrão morfológico
comum e típico do grupo.
(1707 – 1778)
64. (1904 – 2005)
O zoólogo Ernst Mayr propôs
uma definição de espécie que
utilizada até hoje. Para ele,
espécie é um grupo de
populações cujos indivíduos
são capazes de cruzar entre
si e produzir descendentes
férteis, em condições naturais,
estando reprodutivamente
isolados de indivíduos de outras
espécies.
65. Diversificação da Vida: Anagênese e
Cladogênese.
Anagênese: Evolução
adaptativa dentro de uma
mesma linhagem, ou seja, é
transformação evolutiva de
uma linhagem de seres vivos
ao longo do tempo.
Cladogênese: Evento
evolutivo que resulta na divisão
de uma linhagem em duas
linhagens ou espécies distintas.
66.
67. Especiação – Formação de Novas espécies de
seres vivos
De acordo com a linha de
pensamento predominante
atualmente, as espécies surgem
normalmente por cladogênese, que
tem início com a diversificação de
populações de uma espécie
ancestral, as quais se mantêm
isoladas no território, o que se
denomina Isolamento Geográfico.
69. O isolamento geográfico
bloqueia o fluxo dos
genes entre as
populações e permite a
diferenciação gênica.
Pressões seletivas
diversificadas acentuam as
diferenças. O último passo
é o desenvolvimento do
isolamento reprodutivo,
que bloqueia
biologicamente a troca de
genes
70.
71. Isolamento Reprodutivo
Isolamento por Hábitat – Ocorre quando
membros de duas espécies não se cruzam
simplesmente porque vivem em hábitats
diferentes.
Leões - Savanas Tigre - Florestas
72. Ligre, híbrido obtido pelo
cruzamento em cativeiro entre
um leão e uma tigresa. Esse
animal geralmente é estéril e
pode chegar a 4m de
comprimento
73. Cruzamento entre a Égua (Equus caballus) e o Jumento
(Equus africanus asinus), em que é gerada a Mula
(quando fêmea) ou o Muar ou Burro (quando macho), um
híbrido estéril.
74. Isolamento Sazonal – Ocorre quando os
membros de duas espécies não se cruzam
porque seus períodos de reprodução não
coincidem.
Isolamento Reprodutivo
Há espécies de aves que habitam a mesma
região, mas não se acasalam porque seus
períodos de reprodução ocorrem em épocas
diferentes.
O mesmo acontece com certas espécies
de plantas cujas flores amadurecem em
épocas diferentes do ano.
75. Isolamento etológico – Ocorre quando os
membros de duas espécies animais não se acasalam
porque seus comportamentos de corte nupcial são
diferentes e incompatíveis. A fêmea só aceita o macho
depois de um comportamento típico da espécie.
Isolamento Reprodutivo
76. Adaptação e Evolução
• Adaptação: é a capacidade que todo ser vivo tem de se
ajustar ao ambiente, ou seja, de se adequar a uma alteração
ambiental.
• A adaptação pode ser focada em dois níveis:
• No individuo: a adaptação consiste no ajustamento individual
a determinada mudança ambiental (homeostase).
• Na população: recebe o nome de adaptação evolutiva, é o
processo em que uma população se ajusta ao ambiente ao
longo de sucessivas gerações como resultado da seleção
natural.
77. Melanismo industrial
• Refere-se a substituição das mariposas (Biston
• betularia) de coloração clara por mariposas de
• coloração escura na região industrial de
• Manchester.
Antes da revolução industrial:
•Pouca poluição atmosférica;
•Grande quantidade de líquens nas árvores;
•Maior frequência de mariposas claras.
78. Após a revolução industrial:
Grande quantidade de poluição atmosférica;
Diminuição da quantidade de líquens nas Árvores;
Maior frequência de mariposas escuras.
• A alteração na população de mariposas deve-
se a atividade predatória diferencial dos
pássaros.
Melanismo industrial
87. Mimetismo agressivo
Mimetismo agressivo – Tem
como alvo a presa do mímico.
Organismos perigosos que se
imitam situações inofensivas,
como as aranhas do gênero
Myrmarachne, Família
Salticidae, que se disfarçam
de formigas.
Myrmarachne plataleoides
88. Mimetismo defensivo
Mimetismo defensivo – Tem
como alvo os predadores do
mímico. Quando um
organismo (perigoso ou não)
mimetiza outro organismo
perigoso. Como o
mimetismo batesiano, onde
uma espécie inofensiva
mimetiza uma espécie
perigosa.
90. Mimetismo reprodutivo
Ophrys insectifera - Espécie de
orquídea que depende da polinização de
machos de moscas e abelhas que a
confundem com a fêmea.Muito comum em plantas,
que mimetizam a fêmea de
algumas espécies de
inseto e se beneficiam da
tentativa de cópula do
macho para sua
polinização.