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Livres Defensivos
Retirado do Livro: Fútbol – Mi filosofia. Johan Cruyff, 2012.
 O mais importante é minimizar o mais possível as
possibilidades de êxito do adversário.
 Se conseguirmos organizarmo-nos bem, ter uma
boa visão da situação e muita tranquilidade,
estaremos no bom caminho. Para evitar um
adversário que faz todo o possível para nos
confundir, a sobriedade é a melhor arma. Não
devemos entrar em pânico e devemos manter os
olhos bem abertos.
 O Guarda-Redes (GR) tem de servir de exemplo
neste sentido, pois deve dar o exemplo de
liderança e quase sempre é quem dirige as
operações defensivas.As posições defensivas e a
colocação da barreira são competência sua. É ele o
“diretor”, pois é quem tem melhor visão global.
 A tranquilidade doGR significará sobretudo que se
moverá pouco. Aqui, mover-se demasiado rápido
significa mover-se demasiado tarde.
 Um bom especialista em marcar livres esperará o
momento em que o GR em movimento se dirija
para o seu lado “mau” para aplicar o truque mágico
de “apanhá-lo em contrapé”. O GR não lhe deve
dar essa oportunidade.
 Um GR tranquilo terá melhor visão da jogada e
portanto saberá antecipar melhor a direção da
bola, que pode ir ao poste curto ou ao poste longo.
Se a bola for ao poste curto, mesmo atrás da
barreira, terá tempo suficiente para reagir.
 Se o atacante lança ao poste afastado, a bola não
só percorre um trajeto mais longo, como também
o GR tem mais tempo para atuar. O GR não se deve
deixar enganar: é mediante a conservação da sua
visão geral da jogada que os fatores de risco se
reduzem consideravelmente.
 Por outro lado, um simples cálculo indica que o GR
tem entre 1 a 2 metros de ângulo morto.
Humanamente o GR apenas pode cobrir 6m da
baliza.
 A barreira deverá reduzir este problema “tirando
uns metros” à baliza.A colocação da barreira é
responsabilidade do GR. A bola bater na barreira é
revelador do bom trabalho do GR.
 Algo que nunca deveria ocorrer, e que no entanto é
usual, é que a barreira se mova. Nove em cada 10
vezes a bola passa pela barreira, seja porque os
jogadores saem da barreira ou porque avançam
alguns passos em direção da bola tapando a cara.
Em nenhum dos casos conseguem ver a bola.
 No entanto, mesmo que se forme a barreira
perfeita, pode ocorrer que façam golo. Nesse caso
só nos restará aplaudir.A marcação perfeita de
livres é imparável.
 No entanto, para a parte defensiva existem várias
opções para inverter os papéis e confundir a parte
ofensiva. Para isso há que sair dos modelos
standard…
1
Nesta opção, coloca-se a barreira do mesmo lado que o GR deseja “cobrir”. Serão
necessários entre 4 e 5 jogadores na barreira. Outro jogador ficará a 2 metros da
barreira. Se a bola for pelo lado exterior desse jogador, significa que sairá ao lado da
baliza. Se a bola “apanhar” efeito, baterá neste jogador. Se a bola não for por cima da
barreira, nem por cima do jogador, e se passa no espaço entre ambos, o GR não deverá
ter problemas para interceptá-la.
3452
6
1
0
1
Não sou um grande defensor da barreira. Se eu fosse GR, colocaria 2 jogadores a cobrir
o poste esquerdo e outros 2 a cobrir o poste direito, e ocuparia eu o espaço central para
proteger os meus 6 metros. Assim poderia ver sempre a bola, coisa que não acontece
com uma barreira convencional. Seria um verdadeiro combate entre atacante e GR.
34 52
1
0
 ComoTreinador nunca imporia estas regras ao GR.
CadaGR deve escolher a proteção para a sua baliza
com a qual se sinta mais cómodo. Cada variante
escolhida tem os seus prós e contras (a menos,
claro, que o GR sofra muitos golos com as suas
escolhas). Se isso ocorrer, o GR deveria mudar de
variante.
 Em relação aos jovens é melhor deixá-los
tranquilos. Devemos deixar que pensem em todas
as possibilidades que lhes ocorram.
 Por exemplo, em colocar os companheiros mais
altos nos extremos de fora da barreira, porque
protegem os postes. É uma maneira de diminuir as
vantagens que possam ter os atacantes.
 Resumo das principais tarefas do GR:
1. Deixar que a barreira se coloque até que esteja a seu gosto;
2. Procurar uma posição em que possa ter contato visual com o
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mínimo.

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Técnicas defensivas de livres segundo Johan Cruyff

  • 1. Livres Defensivos Retirado do Livro: Fútbol – Mi filosofia. Johan Cruyff, 2012.
  • 2.  O mais importante é minimizar o mais possível as possibilidades de êxito do adversário.  Se conseguirmos organizarmo-nos bem, ter uma boa visão da situação e muita tranquilidade, estaremos no bom caminho. Para evitar um adversário que faz todo o possível para nos confundir, a sobriedade é a melhor arma. Não devemos entrar em pânico e devemos manter os olhos bem abertos.
  • 3.  O Guarda-Redes (GR) tem de servir de exemplo neste sentido, pois deve dar o exemplo de liderança e quase sempre é quem dirige as operações defensivas.As posições defensivas e a colocação da barreira são competência sua. É ele o “diretor”, pois é quem tem melhor visão global.  A tranquilidade doGR significará sobretudo que se moverá pouco. Aqui, mover-se demasiado rápido significa mover-se demasiado tarde.
  • 4.  Um bom especialista em marcar livres esperará o momento em que o GR em movimento se dirija para o seu lado “mau” para aplicar o truque mágico de “apanhá-lo em contrapé”. O GR não lhe deve dar essa oportunidade.  Um GR tranquilo terá melhor visão da jogada e portanto saberá antecipar melhor a direção da bola, que pode ir ao poste curto ou ao poste longo. Se a bola for ao poste curto, mesmo atrás da barreira, terá tempo suficiente para reagir.
  • 5.  Se o atacante lança ao poste afastado, a bola não só percorre um trajeto mais longo, como também o GR tem mais tempo para atuar. O GR não se deve deixar enganar: é mediante a conservação da sua visão geral da jogada que os fatores de risco se reduzem consideravelmente.  Por outro lado, um simples cálculo indica que o GR tem entre 1 a 2 metros de ângulo morto. Humanamente o GR apenas pode cobrir 6m da baliza.
  • 6.  A barreira deverá reduzir este problema “tirando uns metros” à baliza.A colocação da barreira é responsabilidade do GR. A bola bater na barreira é revelador do bom trabalho do GR.  Algo que nunca deveria ocorrer, e que no entanto é usual, é que a barreira se mova. Nove em cada 10 vezes a bola passa pela barreira, seja porque os jogadores saem da barreira ou porque avançam alguns passos em direção da bola tapando a cara. Em nenhum dos casos conseguem ver a bola.
  • 7.  No entanto, mesmo que se forme a barreira perfeita, pode ocorrer que façam golo. Nesse caso só nos restará aplaudir.A marcação perfeita de livres é imparável.  No entanto, para a parte defensiva existem várias opções para inverter os papéis e confundir a parte ofensiva. Para isso há que sair dos modelos standard…
  • 8. 1 Nesta opção, coloca-se a barreira do mesmo lado que o GR deseja “cobrir”. Serão necessários entre 4 e 5 jogadores na barreira. Outro jogador ficará a 2 metros da barreira. Se a bola for pelo lado exterior desse jogador, significa que sairá ao lado da baliza. Se a bola “apanhar” efeito, baterá neste jogador. Se a bola não for por cima da barreira, nem por cima do jogador, e se passa no espaço entre ambos, o GR não deverá ter problemas para interceptá-la. 3452 6 1 0
  • 9. 1 Não sou um grande defensor da barreira. Se eu fosse GR, colocaria 2 jogadores a cobrir o poste esquerdo e outros 2 a cobrir o poste direito, e ocuparia eu o espaço central para proteger os meus 6 metros. Assim poderia ver sempre a bola, coisa que não acontece com uma barreira convencional. Seria um verdadeiro combate entre atacante e GR. 34 52 1 0
  • 10.  ComoTreinador nunca imporia estas regras ao GR. CadaGR deve escolher a proteção para a sua baliza com a qual se sinta mais cómodo. Cada variante escolhida tem os seus prós e contras (a menos, claro, que o GR sofra muitos golos com as suas escolhas). Se isso ocorrer, o GR deveria mudar de variante.  Em relação aos jovens é melhor deixá-los tranquilos. Devemos deixar que pensem em todas as possibilidades que lhes ocorram.
  • 11.  Por exemplo, em colocar os companheiros mais altos nos extremos de fora da barreira, porque protegem os postes. É uma maneira de diminuir as vantagens que possam ter os atacantes.  Resumo das principais tarefas do GR: 1. Deixar que a barreira se coloque até que esteja a seu gosto; 2. Procurar uma posição em que possa ter contato visual com o marcador; 3. Conservar a visão global e a serenidade. Mover-se, portanto, o mínimo.