3. O QUE É QUE DEVEMOS TREINAR?
Serão os aspectos FÍSICOS do Futebolista?
Serão os aspectos TÉCNICOS do Futebolista?
Serão os aspectos TÁCTICOS do Futebolista?
4. O QUE É QUE DEVEMOS TREINAR?
Será a CONJUGAÇÃO de todos estes
aspectos?
5. O QUE É QUE DEVEMOS TREINAR?
No nosso entender não é nenhuma
destas quatro propostas
6. O QUE É QUE DEVEMOS TREINAR?
Do nosso ponto de vista é a
ORGANIZAÇÃO DE JOGO
7. Organização dos diferentes momentos de jogo
pode assumir várias dimensões :
• Colectiva
• Inter - Sectorial
• Sectorial
• Grupal
• Individual
8. PRINCÍPIOS DE JOGO
Consideramos Padrões de comportamento
táctico, colectivos, inter-sectoriais,
sectoriais, grupais e individuais, que se
pretende que a equipa e os jogadores
evidenciem nos diferentes momentos do
jogo.
11. “É sabido que a água (H2O) é
um meio essencial para apagar o
fogo, no entanto, se separarmos
as suas componentes, hidrogénio
(H) e oxigénio (O), qualquer uma
destas ao invés de apagar o
fogo, incandesce-o ainda mais”.
12. Evolução das práticas de treino no futebol
Os processos de análise e de estudo do futebol são, por vezes, pouco
adequados porque se afastam muito da essência da própria modalidade;
Não se apoiam naquilo que é específico e, pelo
contrário dividem em partes, aspectos que
pretendem identificar com mais pormenor, não
conservando o que é essencial na relação entre essas
partes;
13. Duas formas distintas e
antagónicas de entender o treino:
PERIODIZAÇÃO CONVENCIONAL
• Claramente analítica. Os aspectos “físicos” são
os orientadores de todo o processo.
• Importa que desde o início a equipa tenha
como finalidade estar “bem fisicamente”.”.
15. Dinâmica das cargas – persegue o
Modelo de Matveiév
• No início de época, grande volume e baixa
intensidade. Duas semanas antes da
competição, aumento da intensidade e
diminuição do volume.
• Procura “picos de forma”. Nas paragens
de campeonato, “carrega baterias”.
16. Periodização “Convencional”
Requisita como imprescindível o Período
Preparatório (fundamental) como base
sólida para toda a época desportiva do
futebol.
As componentes volume e intensidade,
aparecem aqui numa dimensão
Universal, abstracta.
17. Periodização “Convencional”
Transporta a noção de que não é
possível manter a "forma" durante toda
a época competitiva. Originando a
procura de "picos de forma", com base
nos efeitos retardados das cargas.
18. Recuperação
• A recuperação é mais uma componente
como as outras, é abordada analiticamente.
• Como treinas duas horas, tens que
descansar.
• Recuperar bem, para treinar muito...
19. A organização e a ordem de
um sistema ou de um todo,
transcende aquilo que é
“oferecido” pelas partes
isoladamente
20. Entendimento do Jogo
• O mais importante no futebol é perceber
de futebol.
• É imprescindível entender o jogo para
perceber
que
existem
diferentes
“futebóis”, diferentes jogos e formas de
jogar.
21. Início…
• Os jogadores devido ao seu passado
possuem conflitos de ideias.
• O treino é um meio para harmonizar
as ideias do treinador no sentido de
jogar de acordo com os princípios
estabelecidos.
22. Periodização Táctica:
A componente táctica aparece como
núcleo central de preparação, estando
subjugada a esta, todas as outras
componentes.
23. Então os aspectos físicos, técnicos
psicológicos e estratégicos não são
importantes?!
• Importantíssimos todos eles. O aspecto
táctico aparece como regulador e orientador
de todo o trabalho, mas não retira importância
a nenhum dos outros.
24. Periodização Táctica
A maneira de como queres que a tua equipa
jogue impõe uma coordenatividade muito
própria, estando subjugada à dimensão
táctica as restantes dimensões, técnica, física
e psicológica.
25. A importância do período
preparatório.
“O que se vai fazer lá, seja o que for, nunca vai
ser responsável por aquilo que se vai passar
três, quatro, cinco meses depois”
Frade (1993)
26. Então o Período Preparatório não é
importante?!
• Muito importante. Mas mais importante se
torna no sentido de saber, o que vais
trabalhar.
• O pressuposto inicial é decisivo:
- Colocar a equipa a jogar como nós queremos.
Esta deve ser a nossa preocupação central
27. Periodização Táctica:
Põe ênfase na assimilação de
uma determinada forma de jogar,
exponenciando princípios do seu
modelo de jogo nos quatro
momentos.
28. Princípios de Jogo
• Existem quatro momentos no jogo:
Ataque; defesa, transição para ataque e
transição para defesa.
• O treinador deverá definir claramente,
princípios e sub-princípios para cada
momento. E a forma com estes se devem
articular.
29. Treino…
• Deverá fundamentar-se na exacerbação
dos princípios e sub-princípios definidos
pelo modelo de jogo concebido, utilizando
exercícios específicos como meio para o
alcançar.
30. Periodização Táctica:
Procura-se distribuir e organizar
princípios, sub-princípios e subprincípios dos sub-princípios ao
longo do microciclo semanal e
consequentemente ao longo do
ano.
31. Reduzir sem empobrecer…
• Podemos reduzir em número, espaço e
tempo os nossos exercícios.
• No entanto nunca devemos deixar de
“visionar” a nossa forma de jogar,
relembrando que treinamos princípios não
exercícios.
• O treino deve ter sempre sentido.
32. Periodização Táctica
– Noção de
Especificidade
O princípio da Especificidade é quem dirige a Periodização Táctica.
“Só se poderá chamar especificidade à
Especificidade, se houver uma permanente e
constante relação entre as componentes psicocognitivas, táctico-técnicas, “físicas” e
coordenativas, em correlação permanente com o
modelo de jogo adoptado e respectivos princípios
que lhe dão corpo”. Oliveira (1991)
33. Fracções de máxima
intensidade
• A qualidade das acções no futebol está ligada à
intensidade das mesmas.
• Pretendemos uma adaptação do organismo a
um padrão idêntico à competição.
• Desde o primeiro dia treinamos em fracções de
máxima intensidade de acordo com os
princípios da nossa forma de jogar.
34. Periodização Táctica
Impõe-se uma inversão no binómio VolumeIntensidade, a Intensidade é quem
"comanda", o Volume, é o somatório de
fracções de máxima intensidade (Volume da
qualidade) de acordo com o Modelo de Jogo
concebido.
36. Periodização Táctica
Faz sentido falar em forma desportiva
colectiva. Esta, está ligada ao jogar (bem)
de acordo com o Modelo de Jogo
concebido, a referência que serve como
indicador é "jogar melhor”.
37. Periodização Táctica
• A Estabilização da Forma Desportiva
consegue-se com base na estruturação de
um determinado microciclo, onde nós
procuramos uma lógica.
• A estrutura lógica do microciclo deve manterse, o que leva a uma estabilização de
rendimento.
38. A recuperação aqui faz parte
integrante do treino
Recuperas porque tens que recuperar (entre
os exercícios e unidades de treino), para
que estejas apto a exercitar fracções de
máxima intensidade de acordo com a forma
de jogar da equipa
41. Tarefas fundamentais do treinador
Planear – Realizar - Avaliar
Definir objectivos
Planear e realizar a sua acção nos vários níveis
em que ela se desenrola
Avaliar os resultados do trabalho realizado
Reformular, se necessário, a sua acção se
existirem diferenças entre o esperado e o obtido
42. Tarefas fundamentais dos jogadores
Ambição – Disponibilidade - Mentalidade
Ambiciosos nos seus objectivos
Disponíveis para as tarefas com espírito de
superação
Treinar para melhorar e não para manter
Mentalidade competitiva positiva. Jogar para
ganhar SEMPRE.
43. Características dos exercícios
Devem conter a essência da “matéria” a treinar
Devem evoluir em termos de complexidade
Devem ter um grau adequado de dificuldade
Devem ser interessantes e motivantes para os
atletas
44. Características dos exercícios
Devem contemplar situações de oposição
Devem contemplar a indivisibilidade dos factores
de rendimento
Devem conter finalização
Devem contemplar o carácter de
continuidade/reversibilidade característico do
Futebol
45. Utilização dos jogos reduzidos
Mais facil se torna fazer a leitura do jogo e darlhe significado
Mais facil é identificar e escolher os
comportamentos adequados e mais visiveis os
erros realizados
Maior é a possibilidade e oportunidade da
capacidade pela densidade motora
Mais frequentes são as situações de escolha o
que exige uma atitude reflexiva permanente e
elevado nível de concentração
Promove a multifuncionalidade e implementa uma
permanente mudança de atitude mental
47. Relação com bola
Exercitação da visão periférica
Exercitação da proprioceptividade
Dominio das trajectórias
Equilibrio e dominio dos apoios
Dominio das habilidades ( sempre em contextos
abertos e com complexidade e dificuldade
crescente)
48. Estruturação do espaço
Ofensivo
Ocupação e criação racional do espaço de jogo (mobilidade e
imprevisibilidade)
Aumentar o espaço de jogo (espaço)
Jogar em profundiade e/ou largura
Defensivo
Ocupação e redução do espaço de jogo
Ocupação racional das diferentes zonas do terreno de jogo
Jogar perto ou longe da bola
49. Comunicação na acção
Ofensiva
Criar e utilizar linhas e espaços de progressão
Facultar linhas de passe e esbater a concentração sobre o
portador da bola
Criar superioridade numérica
Defensiva
Fechar linhas de progressão e linhas de passe
Promover a entreajuda
Pressionar mais ou menos o adversário
Conquistar a posse da bola
50. Variaveis de evolução
complexidade
Numero de jogadores : efectivo + ou – reduzido; igualdade ou
desigualdade numerica; utilização de jokers
temas
Balizas (nº, dimensão, posição)
Espaço de jogo (comprimento, largura, zonas interditas, zonas
obrigatórias, etc)
Regras ( condicionar nº de toques, banir fora de jogo, limitar
tempo de ataque, etc)
Bola (forma, dimensão, peso, numero)