SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  16
Télécharger pour lire hors ligne
A importância do controlo de
espécies invasoras na
gestão florestal
Carlos Valente
Coimbra, 11 de julho de 2017
O RAIZ é um instituto de investigação que tem como âmbito a Investigação Florestal
e Tecnológica, a Consultoria e a Formação.
Tem instalações em Aveiro e Pegões e possui como associadas:
A Navigator Company e o RAIZ
O grupo The Navigator Company dedica-se sobretudo à produção de pasta e papel.
O grupo gere 120 mil ha de espaços florestais em Portugal, a maioria com eucalipto
(70%), mas também com outra floresta de produção e áreas de conservação.
A gestão florestal é realizada pela Navigator Forest Portugal e é certificada pelos
sistemas internacionais FSC e PEFC.
Sede do RAIZ, Aveiro Viveiros de investigação, Pegões
As espécies invasoras
Há 3 tipos principais de espécies invasoras, que colocam em risco a
sustentabilidade dos espaços florestais da Navigator Company:
• Insetos que constituem
pragas das plantações
florestais;
• Fungos que causam doenças
às plantas;
• Plantas que competem com as
produções florestais e que
dificultam a conservação de
habitats.
PRAGAS
Pragas exóticas do eucalipto em Portugal
Estão identificados 12 insetos e 1 ácaro, australianos, que se alimentam
exclusivamente de eucaliptos e que podem causar estragos nas plantas.
A maioria das espécies foi detetada nos últimos 15 anos.
Ctenarytaina eucalypti
Phoracantha semipunctata
Gonipterus platensis
Phoracantha recurva
Ctenarytaina spatulata
Leptocybe invasa
Rhombacus eucalypti
Ophelimus maskelli
Glycaspis brimblecombei
Blastopsylla occidentalis
Ophelimus sp
Thaumastocoris peregrinus
Epichrysocharis burwelli
1970 1980 1990 2000 2010 2020
Os insetos exóticos que atacam eucaliptos
Gonipterus platensis Phoracantha semipunctata Ctenarytaina spatulata
Ophelimus maskelli
Phoracantha recurva
Thaumastocoris peregrinus
Ctenarytaina eucalypti
Leptocybe invasa Glycaspis brimblecombei
Blastopsylla occidentalisOphelimus sp.
Epichrysocharis burwelli
www.embrapa.br
A principal praga
Nas situações mais graves causa perda total de produtividade.
O gorgulho-do-eucalipto (Gonipterus platensis) é um inseto
desfolhador com origem na Tasmânia. Está em Portugal desde 1995.
Adulto
Larva
Meios mais usuais de controlo de pragas
Seleção de eucaliptos menos suscetíveis
Controlo químico
Controlo biológico
DOENÇAS
Uma prospeção recente (RAIZ, INIAV e Altri Florestal) identificou 16 grupos
de fungos associados a doenças dos eucaliptos, muitos deles exóticos.
Doenças do eucalipto
A doença-das-manchas (fungos dos géneros Teratosphaeria e
Mycosphaerella) é a mais importante e provoca desfolha severa.
Doença-das-manchas
Desfolha causada por fungos dos géneros Mycosphaerella spp. e
Teratosphaeria spp. em povoamento jovem de E. globulus
A seleção de plantas mais
resistentes ou tolerantes à doença
tem sido uma via de controlo eficaz.
Em viveiro, podem ser usados
fungicidas.
PLANTAS INVASORAS
As plantas invasoras mais nocivas
As acácias (Acacia spp.)
e a háquea-picante
(Hakea sericea) são as
principais plantas
invasoras nos espaços
florestais.
O RAIZ está a apoiar um doutoramento para avaliar o impacte das acácias
na produtividade do eucaliptal e desenvolver medidas de gestão adequadas.
Têm sido usados vários métodos de controlo:
Considerações finais
Considerações finais
O número de espécies invasoras detetadas em Portugal tem
aumentado muito nos últimos anos: falta legislação e/ou mecanismos de
regulação mais eficazes?
O controlo biológico clássico é uma das vias de controlo de invasoras
com mais vantagens (económicas e ambientais). No entanto, esta
estratégia é exigente em termos técnicos e legais e muitas vezes olhada
com desconfiança.
A gestão das invasões biológicas é muito exigente em termos de recursos
e só é eficiente com o envolvimento de todos os atores e de forma
coordenada. Neste âmbito, os planos de ação (nacionais, regionais ou
locais) podem ser uma boa ferramenta.
Doenças do eucalipto em Portugal
OBRIGADO!
carlos.valente@thenavigatorcompany.com

Contenu connexe

Tendances (7)

Fungos
FungosFungos
Fungos
 
Microbilogia: Microrganismos Utilizados na Produção de Medicamentos - IFAL
Microbilogia: Microrganismos Utilizados na Produção de Medicamentos - IFALMicrobilogia: Microrganismos Utilizados na Produção de Medicamentos - IFAL
Microbilogia: Microrganismos Utilizados na Produção de Medicamentos - IFAL
 
Alerta teca
Alerta tecaAlerta teca
Alerta teca
 
Biologia e controle de baratas
Biologia e controle de baratasBiologia e controle de baratas
Biologia e controle de baratas
 
Fungos e Bactérias
Fungos e BactériasFungos e Bactérias
Fungos e Bactérias
 
Procedimentos de quarentena
Procedimentos de quarentenaProcedimentos de quarentena
Procedimentos de quarentena
 
0508 Controle de artrópodes e roedores - Rose
0508 Controle de artrópodes e roedores - Rose0508 Controle de artrópodes e roedores - Rose
0508 Controle de artrópodes e roedores - Rose
 

Similaire à A importância do controlo de espécies invasoras na gestão florestal

II WSF, São Paulo - Marcelo Lopes da Silva - “ PRAGAS QUARENTENÁRIAS PARA O B...
II WSF, São Paulo - Marcelo Lopes da Silva - “ PRAGAS QUARENTENÁRIAS PARA O B...II WSF, São Paulo - Marcelo Lopes da Silva - “ PRAGAS QUARENTENÁRIAS PARA O B...
II WSF, São Paulo - Marcelo Lopes da Silva - “ PRAGAS QUARENTENÁRIAS PARA O B...Oxya Agro e Biociências
 
Controlo de pragas 12ect-mariana graca e catia cardoso
Controlo de pragas 12ect-mariana graca e catia cardosoControlo de pragas 12ect-mariana graca e catia cardoso
Controlo de pragas 12ect-mariana graca e catia cardosobecresforte
 
Pragas quarentenárias em fruticultura
Pragas quarentenárias em fruticulturaPragas quarentenárias em fruticultura
Pragas quarentenárias em fruticulturaJuan Rodríguez
 
AULA 5. O mundo da FUNDAG 2023 Pragas.pptx
AULA 5. O mundo da FUNDAG 2023 Pragas.pptxAULA 5. O mundo da FUNDAG 2023 Pragas.pptx
AULA 5. O mundo da FUNDAG 2023 Pragas.pptxRenatoFerrazdeArruda1
 
Jornadas sobre Espécies Exóticas Invasoras em Pontevedra
Jornadas sobre Espécies Exóticas Invasoras em PontevedraJornadas sobre Espécies Exóticas Invasoras em Pontevedra
Jornadas sobre Espécies Exóticas Invasoras em PontevedraPlantas Invasoras em Portugal
 
Daskor 440 catálogo
Daskor 440 catálogoDaskor 440 catálogo
Daskor 440 catálogoarysta123
 
Moscas das-frutas
Moscas das-frutasMoscas das-frutas
Moscas das-frutasKiller Max
 
Técnica do Inseto Estéril A Experiência da Moscamed Brasil
Técnica do Inseto Estéril A Experiência da Moscamed BrasilTécnica do Inseto Estéril A Experiência da Moscamed Brasil
Técnica do Inseto Estéril A Experiência da Moscamed BrasilIzabella Menezes
 
01 módulo manejo_fitossanitário_algodão
01 módulo manejo_fitossanitário_algodão01 módulo manejo_fitossanitário_algodão
01 módulo manejo_fitossanitário_algodãoMarcio Claro de Oliveira
 
Doenças da mangueira antracnose
Doenças da mangueira   antracnoseDoenças da mangueira   antracnose
Doenças da mangueira antracnoserfoltran
 
PPT controlo invasoras capacitacao operacionais 100000 arvores
PPT controlo invasoras capacitacao operacionais 100000 arvoresPPT controlo invasoras capacitacao operacionais 100000 arvores
PPT controlo invasoras capacitacao operacionais 100000 arvoresPlantas Invasoras em Portugal
 
Controle biológico pela ação de microrganismos
Controle biológico pela ação de microrganismosControle biológico pela ação de microrganismos
Controle biológico pela ação de microrganismosFaculdade Guaraí - FAG
 
MIP EM ALGODOEIRO (1)
MIP EM ALGODOEIRO (1)MIP EM ALGODOEIRO (1)
MIP EM ALGODOEIRO (1)Diego Santos
 
IV WSF, Vilhena - Luis Carlos Ribeiro - Ameaças Fitossanitárias para o Brasil...
IV WSF, Vilhena - Luis Carlos Ribeiro - Ameaças Fitossanitárias para o Brasil...IV WSF, Vilhena - Luis Carlos Ribeiro - Ameaças Fitossanitárias para o Brasil...
IV WSF, Vilhena - Luis Carlos Ribeiro - Ameaças Fitossanitárias para o Brasil...Oxya Agro e Biociências
 

Similaire à A importância do controlo de espécies invasoras na gestão florestal (20)

II WSF, São Paulo - Marcelo Lopes da Silva - “ PRAGAS QUARENTENÁRIAS PARA O B...
II WSF, São Paulo - Marcelo Lopes da Silva - “ PRAGAS QUARENTENÁRIAS PARA O B...II WSF, São Paulo - Marcelo Lopes da Silva - “ PRAGAS QUARENTENÁRIAS PARA O B...
II WSF, São Paulo - Marcelo Lopes da Silva - “ PRAGAS QUARENTENÁRIAS PARA O B...
 
A quarentena e a fitossanidade 2008
A quarentena e a fitossanidade 2008A quarentena e a fitossanidade 2008
A quarentena e a fitossanidade 2008
 
809
809809
809
 
Artigo bioterra v19_n2_01
Artigo bioterra v19_n2_01Artigo bioterra v19_n2_01
Artigo bioterra v19_n2_01
 
Controlo de pragas 12ect-mariana graca e catia cardoso
Controlo de pragas 12ect-mariana graca e catia cardosoControlo de pragas 12ect-mariana graca e catia cardoso
Controlo de pragas 12ect-mariana graca e catia cardoso
 
Pragas quarentenárias em fruticultura
Pragas quarentenárias em fruticulturaPragas quarentenárias em fruticultura
Pragas quarentenárias em fruticultura
 
AULA 5. O mundo da FUNDAG 2023 Pragas.pptx
AULA 5. O mundo da FUNDAG 2023 Pragas.pptxAULA 5. O mundo da FUNDAG 2023 Pragas.pptx
AULA 5. O mundo da FUNDAG 2023 Pragas.pptx
 
Jornadas sobre Espécies Exóticas Invasoras em Pontevedra
Jornadas sobre Espécies Exóticas Invasoras em PontevedraJornadas sobre Espécies Exóticas Invasoras em Pontevedra
Jornadas sobre Espécies Exóticas Invasoras em Pontevedra
 
Daskor 440 catálogo
Daskor 440 catálogoDaskor 440 catálogo
Daskor 440 catálogo
 
Moscas das-frutas
Moscas das-frutasMoscas das-frutas
Moscas das-frutas
 
Técnica do Inseto Estéril A Experiência da Moscamed Brasil
Técnica do Inseto Estéril A Experiência da Moscamed BrasilTécnica do Inseto Estéril A Experiência da Moscamed Brasil
Técnica do Inseto Estéril A Experiência da Moscamed Brasil
 
Plantas Invasoras - VIII Jornadas PROSEPE
Plantas Invasoras - VIII Jornadas PROSEPEPlantas Invasoras - VIII Jornadas PROSEPE
Plantas Invasoras - VIII Jornadas PROSEPE
 
01 módulo manejo_fitossanitário_algodão
01 módulo manejo_fitossanitário_algodão01 módulo manejo_fitossanitário_algodão
01 módulo manejo_fitossanitário_algodão
 
Doenças da mangueira antracnose
Doenças da mangueira   antracnoseDoenças da mangueira   antracnose
Doenças da mangueira antracnose
 
Pragas florestais
Pragas florestaisPragas florestais
Pragas florestais
 
PPT controlo invasoras capacitacao operacionais 100000 arvores
PPT controlo invasoras capacitacao operacionais 100000 arvoresPPT controlo invasoras capacitacao operacionais 100000 arvores
PPT controlo invasoras capacitacao operacionais 100000 arvores
 
Controle biológico pela ação de microrganismos
Controle biológico pela ação de microrganismosControle biológico pela ação de microrganismos
Controle biológico pela ação de microrganismos
 
Fitossanidade2003
Fitossanidade2003Fitossanidade2003
Fitossanidade2003
 
MIP EM ALGODOEIRO (1)
MIP EM ALGODOEIRO (1)MIP EM ALGODOEIRO (1)
MIP EM ALGODOEIRO (1)
 
IV WSF, Vilhena - Luis Carlos Ribeiro - Ameaças Fitossanitárias para o Brasil...
IV WSF, Vilhena - Luis Carlos Ribeiro - Ameaças Fitossanitárias para o Brasil...IV WSF, Vilhena - Luis Carlos Ribeiro - Ameaças Fitossanitárias para o Brasil...
IV WSF, Vilhena - Luis Carlos Ribeiro - Ameaças Fitossanitárias para o Brasil...
 

Plus de Plantas Invasoras em Portugal

Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Implicações nas Infraestrut...
Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Implicações nas Infraestrut...Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Implicações nas Infraestrut...
Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Implicações nas Infraestrut...Plantas Invasoras em Portugal
 
Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Metodologias de controlo: p...
Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Metodologias de controlo: p...Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Metodologias de controlo: p...
Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Metodologias de controlo: p...Plantas Invasoras em Portugal
 
Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Como reconhecer e onde está
Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Como reconhecer e onde está Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Como reconhecer e onde está
Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Como reconhecer e onde está Plantas Invasoras em Portugal
 
Release and post-release monitoring of the biocontrol agent “Trichilogaster ...
Release and post-release monitoring of the biocontrol  agent “Trichilogaster ...Release and post-release monitoring of the biocontrol  agent “Trichilogaster ...
Release and post-release monitoring of the biocontrol agent “Trichilogaster ...Plantas Invasoras em Portugal
 
Release and post-release monitoring of the biocontrol agent “Trichilogaster ...
Release and post-release monitoring of the biocontrol  agent “Trichilogaster ...Release and post-release monitoring of the biocontrol  agent “Trichilogaster ...
Release and post-release monitoring of the biocontrol agent “Trichilogaster ...Plantas Invasoras em Portugal
 
Formação: Plantas invasoras: O que são? Como as controlar?
Formação: Plantas invasoras: O que são? Como as controlar?Formação: Plantas invasoras: O que são? Como as controlar?
Formação: Plantas invasoras: O que são? Como as controlar?Plantas Invasoras em Portugal
 
Forest Invaders – the outcomes of a project about invasive species inside and...
Forest Invaders – the outcomes of a project about invasive species inside and...Forest Invaders – the outcomes of a project about invasive species inside and...
Forest Invaders – the outcomes of a project about invasive species inside and...Plantas Invasoras em Portugal
 
Formação: PLANTAS EXÓTICAS INVASORAS: uma ameaça à biodiversidade
Formação: PLANTAS EXÓTICAS INVASORAS: uma ameaça à biodiversidadeFormação: PLANTAS EXÓTICAS INVASORAS: uma ameaça à biodiversidade
Formação: PLANTAS EXÓTICAS INVASORAS: uma ameaça à biodiversidadePlantas Invasoras em Portugal
 
Formação PLANTAS EXÓTICAS INVASORAS: uma ameaça à biodiversidade
Formação PLANTAS EXÓTICAS INVASORAS: uma ameaça à biodiversidadeFormação PLANTAS EXÓTICAS INVASORAS: uma ameaça à biodiversidade
Formação PLANTAS EXÓTICAS INVASORAS: uma ameaça à biodiversidadePlantas Invasoras em Portugal
 

Plus de Plantas Invasoras em Portugal (20)

Sixth report on Trichilogaster establishment - 2021
Sixth report on Trichilogaster establishment - 2021Sixth report on Trichilogaster establishment - 2021
Sixth report on Trichilogaster establishment - 2021
 
Formação: Gestão e Controlo de Plantas Invasoras
Formação: Gestão e Controlo de Plantas InvasorasFormação: Gestão e Controlo de Plantas Invasoras
Formação: Gestão e Controlo de Plantas Invasoras
 
Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Implicações nas Infraestrut...
Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Implicações nas Infraestrut...Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Implicações nas Infraestrut...
Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Implicações nas Infraestrut...
 
Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Metodologias de controlo: p...
Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Metodologias de controlo: p...Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Metodologias de controlo: p...
Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Metodologias de controlo: p...
 
Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Como reconhecer e onde está
Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Como reconhecer e onde está Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Como reconhecer e onde está
Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Como reconhecer e onde está
 
Release and post-release monitoring of the biocontrol agent “Trichilogaster ...
Release and post-release monitoring of the biocontrol  agent “Trichilogaster ...Release and post-release monitoring of the biocontrol  agent “Trichilogaster ...
Release and post-release monitoring of the biocontrol agent “Trichilogaster ...
 
Plataforma INVASORAS.PT
Plataforma INVASORAS.PT Plataforma INVASORAS.PT
Plataforma INVASORAS.PT
 
Plantas Invasoras no Território do Cávado
Plantas Invasoras no Território do CávadoPlantas Invasoras no Território do Cávado
Plantas Invasoras no Território do Cávado
 
Release and post-release monitoring of the biocontrol agent “Trichilogaster ...
Release and post-release monitoring of the biocontrol  agent “Trichilogaster ...Release and post-release monitoring of the biocontrol  agent “Trichilogaster ...
Release and post-release monitoring of the biocontrol agent “Trichilogaster ...
 
As invasoras lenhosas e a sua relação com o fogo
As invasoras lenhosas e a sua relação com o fogoAs invasoras lenhosas e a sua relação com o fogo
As invasoras lenhosas e a sua relação com o fogo
 
Plantas invasoras em Portugal
Plantas invasoras em PortugalPlantas invasoras em Portugal
Plantas invasoras em Portugal
 
Formação: Plantas invasoras: O que são? Como as controlar?
Formação: Plantas invasoras: O que são? Como as controlar?Formação: Plantas invasoras: O que são? Como as controlar?
Formação: Plantas invasoras: O que são? Como as controlar?
 
Forest Invaders – the outcomes of a project about invasive species inside and...
Forest Invaders – the outcomes of a project about invasive species inside and...Forest Invaders – the outcomes of a project about invasive species inside and...
Forest Invaders – the outcomes of a project about invasive species inside and...
 
Formação: PLANTAS EXÓTICAS INVASORAS: uma ameaça à biodiversidade
Formação: PLANTAS EXÓTICAS INVASORAS: uma ameaça à biodiversidadeFormação: PLANTAS EXÓTICAS INVASORAS: uma ameaça à biodiversidade
Formação: PLANTAS EXÓTICAS INVASORAS: uma ameaça à biodiversidade
 
Formação PLANTAS EXÓTICAS INVASORAS: uma ameaça à biodiversidade
Formação PLANTAS EXÓTICAS INVASORAS: uma ameaça à biodiversidadeFormação PLANTAS EXÓTICAS INVASORAS: uma ameaça à biodiversidade
Formação PLANTAS EXÓTICAS INVASORAS: uma ameaça à biodiversidade
 
Paulo carmoICNFvespa_asiatica
Paulo carmoICNFvespa_asiaticaPaulo carmoICNFvespa_asiatica
Paulo carmoICNFvespa_asiatica
 
Luis jordaoe.Ninvestimento_invasoras
Luis jordaoe.Ninvestimento_invasorasLuis jordaoe.Ninvestimento_invasoras
Luis jordaoe.Ninvestimento_invasoras
 
Henrique nepumocemoCMVNGinvasoras_municipio
Henrique nepumocemoCMVNGinvasoras_municipioHenrique nepumocemoCMVNGinvasoras_municipio
Henrique nepumocemoCMVNGinvasoras_municipio
 
ElizabeteMarchanteCFEcontrolo_natural
ElizabeteMarchanteCFEcontrolo_naturalElizabeteMarchanteCFEcontrolo_natural
ElizabeteMarchanteCFEcontrolo_natural
 
Celia laranjeiraCMAcm ajacinto_de_agua
Celia laranjeiraCMAcm ajacinto_de_aguaCelia laranjeiraCMAcm ajacinto_de_agua
Celia laranjeiraCMAcm ajacinto_de_agua
 

Dernier

PUBERDADE E TIPOS DE REPRODUÇÃO EM CÃES.
PUBERDADE E TIPOS DE REPRODUÇÃO EM CÃES.PUBERDADE E TIPOS DE REPRODUÇÃO EM CÃES.
PUBERDADE E TIPOS DE REPRODUÇÃO EM CÃES.bellaavilacroche
 
Reparo_conserto_manutencao_programacao_de_modulos_automotivos_____R._Vinte_e_...
Reparo_conserto_manutencao_programacao_de_modulos_automotivos_____R._Vinte_e_...Reparo_conserto_manutencao_programacao_de_modulos_automotivos_____R._Vinte_e_...
Reparo_conserto_manutencao_programacao_de_modulos_automotivos_____R._Vinte_e_...piratiningamodulos
 
Biotecnologias e manejos de cultivares .
Biotecnologias e manejos de cultivares .Biotecnologias e manejos de cultivares .
Biotecnologias e manejos de cultivares .Geagra UFG
 
Apresentacao-Novo-Marco-do-Saneamento.pdf
Apresentacao-Novo-Marco-do-Saneamento.pdfApresentacao-Novo-Marco-do-Saneamento.pdf
Apresentacao-Novo-Marco-do-Saneamento.pdfEricaPrata1
 
MICRONUTRIENTES NO SOLO E NA PLANTA Aline Castro
MICRONUTRIENTES NO SOLO E NA PLANTA Aline CastroMICRONUTRIENTES NO SOLO E NA PLANTA Aline Castro
MICRONUTRIENTES NO SOLO E NA PLANTA Aline CastroGeagra UFG
 
BIOTECNOLOGIA E POSICIONAMENTO DE CULTIVARES
BIOTECNOLOGIA E POSICIONAMENTO DE CULTIVARESBIOTECNOLOGIA E POSICIONAMENTO DE CULTIVARES
BIOTECNOLOGIA E POSICIONAMENTO DE CULTIVARESGeagra UFG
 
I.3 Proteção integrada.pptxppppaaaatttav
I.3 Proteção integrada.pptxppppaaaatttavI.3 Proteção integrada.pptxppppaaaatttav
I.3 Proteção integrada.pptxppppaaaatttavJudite Silva
 
MACRONUTRIENTES NO SOLO E NA PLANTA.pptx
MACRONUTRIENTES NO SOLO E NA PLANTA.pptxMACRONUTRIENTES NO SOLO E NA PLANTA.pptx
MACRONUTRIENTES NO SOLO E NA PLANTA.pptxGeagra UFG
 
COMO PLANEJAR AS CIDADES PARA ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS.pdf
COMO PLANEJAR AS CIDADES PARA ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS.pdfCOMO PLANEJAR AS CIDADES PARA ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS.pdf
COMO PLANEJAR AS CIDADES PARA ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS.pdfFaga1939
 
FATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF Lazzerini
FATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF LazzeriniFATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF Lazzerini
FATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF Lazzerinifabiolazzerini1
 

Dernier (10)

PUBERDADE E TIPOS DE REPRODUÇÃO EM CÃES.
PUBERDADE E TIPOS DE REPRODUÇÃO EM CÃES.PUBERDADE E TIPOS DE REPRODUÇÃO EM CÃES.
PUBERDADE E TIPOS DE REPRODUÇÃO EM CÃES.
 
Reparo_conserto_manutencao_programacao_de_modulos_automotivos_____R._Vinte_e_...
Reparo_conserto_manutencao_programacao_de_modulos_automotivos_____R._Vinte_e_...Reparo_conserto_manutencao_programacao_de_modulos_automotivos_____R._Vinte_e_...
Reparo_conserto_manutencao_programacao_de_modulos_automotivos_____R._Vinte_e_...
 
Biotecnologias e manejos de cultivares .
Biotecnologias e manejos de cultivares .Biotecnologias e manejos de cultivares .
Biotecnologias e manejos de cultivares .
 
Apresentacao-Novo-Marco-do-Saneamento.pdf
Apresentacao-Novo-Marco-do-Saneamento.pdfApresentacao-Novo-Marco-do-Saneamento.pdf
Apresentacao-Novo-Marco-do-Saneamento.pdf
 
MICRONUTRIENTES NO SOLO E NA PLANTA Aline Castro
MICRONUTRIENTES NO SOLO E NA PLANTA Aline CastroMICRONUTRIENTES NO SOLO E NA PLANTA Aline Castro
MICRONUTRIENTES NO SOLO E NA PLANTA Aline Castro
 
BIOTECNOLOGIA E POSICIONAMENTO DE CULTIVARES
BIOTECNOLOGIA E POSICIONAMENTO DE CULTIVARESBIOTECNOLOGIA E POSICIONAMENTO DE CULTIVARES
BIOTECNOLOGIA E POSICIONAMENTO DE CULTIVARES
 
I.3 Proteção integrada.pptxppppaaaatttav
I.3 Proteção integrada.pptxppppaaaatttavI.3 Proteção integrada.pptxppppaaaatttav
I.3 Proteção integrada.pptxppppaaaatttav
 
MACRONUTRIENTES NO SOLO E NA PLANTA.pptx
MACRONUTRIENTES NO SOLO E NA PLANTA.pptxMACRONUTRIENTES NO SOLO E NA PLANTA.pptx
MACRONUTRIENTES NO SOLO E NA PLANTA.pptx
 
COMO PLANEJAR AS CIDADES PARA ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS.pdf
COMO PLANEJAR AS CIDADES PARA ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS.pdfCOMO PLANEJAR AS CIDADES PARA ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS.pdf
COMO PLANEJAR AS CIDADES PARA ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS.pdf
 
FATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF Lazzerini
FATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF LazzeriniFATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF Lazzerini
FATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF Lazzerini
 

A importância do controlo de espécies invasoras na gestão florestal

  • 1. A importância do controlo de espécies invasoras na gestão florestal Carlos Valente Coimbra, 11 de julho de 2017
  • 2. O RAIZ é um instituto de investigação que tem como âmbito a Investigação Florestal e Tecnológica, a Consultoria e a Formação. Tem instalações em Aveiro e Pegões e possui como associadas: A Navigator Company e o RAIZ O grupo The Navigator Company dedica-se sobretudo à produção de pasta e papel. O grupo gere 120 mil ha de espaços florestais em Portugal, a maioria com eucalipto (70%), mas também com outra floresta de produção e áreas de conservação. A gestão florestal é realizada pela Navigator Forest Portugal e é certificada pelos sistemas internacionais FSC e PEFC. Sede do RAIZ, Aveiro Viveiros de investigação, Pegões
  • 3. As espécies invasoras Há 3 tipos principais de espécies invasoras, que colocam em risco a sustentabilidade dos espaços florestais da Navigator Company: • Insetos que constituem pragas das plantações florestais; • Fungos que causam doenças às plantas; • Plantas que competem com as produções florestais e que dificultam a conservação de habitats.
  • 5. Pragas exóticas do eucalipto em Portugal Estão identificados 12 insetos e 1 ácaro, australianos, que se alimentam exclusivamente de eucaliptos e que podem causar estragos nas plantas. A maioria das espécies foi detetada nos últimos 15 anos. Ctenarytaina eucalypti Phoracantha semipunctata Gonipterus platensis Phoracantha recurva Ctenarytaina spatulata Leptocybe invasa Rhombacus eucalypti Ophelimus maskelli Glycaspis brimblecombei Blastopsylla occidentalis Ophelimus sp Thaumastocoris peregrinus Epichrysocharis burwelli 1970 1980 1990 2000 2010 2020
  • 6. Os insetos exóticos que atacam eucaliptos Gonipterus platensis Phoracantha semipunctata Ctenarytaina spatulata Ophelimus maskelli Phoracantha recurva Thaumastocoris peregrinus Ctenarytaina eucalypti Leptocybe invasa Glycaspis brimblecombei Blastopsylla occidentalisOphelimus sp. Epichrysocharis burwelli www.embrapa.br
  • 7. A principal praga Nas situações mais graves causa perda total de produtividade. O gorgulho-do-eucalipto (Gonipterus platensis) é um inseto desfolhador com origem na Tasmânia. Está em Portugal desde 1995. Adulto Larva
  • 8. Meios mais usuais de controlo de pragas Seleção de eucaliptos menos suscetíveis Controlo químico Controlo biológico
  • 10. Uma prospeção recente (RAIZ, INIAV e Altri Florestal) identificou 16 grupos de fungos associados a doenças dos eucaliptos, muitos deles exóticos. Doenças do eucalipto
  • 11. A doença-das-manchas (fungos dos géneros Teratosphaeria e Mycosphaerella) é a mais importante e provoca desfolha severa. Doença-das-manchas Desfolha causada por fungos dos géneros Mycosphaerella spp. e Teratosphaeria spp. em povoamento jovem de E. globulus A seleção de plantas mais resistentes ou tolerantes à doença tem sido uma via de controlo eficaz. Em viveiro, podem ser usados fungicidas.
  • 13. As plantas invasoras mais nocivas As acácias (Acacia spp.) e a háquea-picante (Hakea sericea) são as principais plantas invasoras nos espaços florestais. O RAIZ está a apoiar um doutoramento para avaliar o impacte das acácias na produtividade do eucaliptal e desenvolver medidas de gestão adequadas. Têm sido usados vários métodos de controlo:
  • 15. Considerações finais O número de espécies invasoras detetadas em Portugal tem aumentado muito nos últimos anos: falta legislação e/ou mecanismos de regulação mais eficazes? O controlo biológico clássico é uma das vias de controlo de invasoras com mais vantagens (económicas e ambientais). No entanto, esta estratégia é exigente em termos técnicos e legais e muitas vezes olhada com desconfiança. A gestão das invasões biológicas é muito exigente em termos de recursos e só é eficiente com o envolvimento de todos os atores e de forma coordenada. Neste âmbito, os planos de ação (nacionais, regionais ou locais) podem ser uma boa ferramenta.
  • 16. Doenças do eucalipto em Portugal OBRIGADO! carlos.valente@thenavigatorcompany.com