O documento discute o destino final dos crentes e ímpios após a morte, comparando o que diz a Bíblia e a doutrina católica sobre o purgatório. Em duas frases, resume:
O documento analisa o que diz a Palavra de Deus sobre o estado intermediário das almas após a morte, concluindo que a Bíblia não menciona o purgatório e sim indica que os salvos vão para o Paraíso e os ímpios para o Hades até o Juízo Final.
2. "Se esperamos em Cristo só
nesta vida, somos os mais
miseráveis de todos os
homens."
(1 Co 15.19)
3. Os salvos, que morrerram
em Cristo, aguardam a
ressurreição no céu e os
ímpios a esperam no
Hades, em sofrimento
indizível.
4. Segunda - Dn 12.2
Os que dormem no Senhor
ressuscitarão
Terça - Sl 9.17
Os ímpios serão lançados no lago de
fogo
Quarta - Pv 15.24
Para o tolo o caminho do inferno está
"embaixo"
5. Quinta - Ap 14.13
Felizes os que desde agora morrem no
Senhor
Sexta - Fp 1.21
O crente não teme a morte, pois para o
salvo "o morrer é ganho“
Sábado - Fp 3.21
O corpo do salvo ressurreto será
semelhante ao do Senhor Jesus
6. 1 — Então, Jesus, tomando a palavra, tornou
Lucas 19
19 - Ora, havia um homem rico, e vestia-se
de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos
os dias regalada e esplendidamente.
20 - Havia também um certo mendigo,
chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à
porta daquele.
21 - E desejava alimentar-se com as
migalhas que caíam da mesa do rico; e os
próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.
7. 1 — Então, Jesus, tomando a palavra, tornou
Lucas 19
22 - E aconteceu que o mendigo morreu e foi
levado pelos anjos para o seio de Abraão; e
morreu também o rico e foi sepultado.
23 - E, no Hades, ergueu os olhos, estando
em tormentos, e viu ao longe Abraão e
Lázaro, no seu seio.
24 - E, clamando, disse: Abraão, meu pai,
tem misericórdia de mim e manda a Lázaro
que molhe na água a ponta do seu dedo e
me refresque a língua, porque estou
8. 1 — Então, Jesus, tomando a palavra, tornou
Lucas 19
atormentado nesta chama.
25 - Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te
de que recebeste os teus bens em tua vida, e
Lázaro, somente males; e, agora, este é
consolado, e tu, atormentado.
26 - E, além disso, está posto um grande
abismo entre nós e vós, de sorte que os que
quisessem passar daqui para vós não
poderiam, nem tampouco os de lá, passar
para cá.
9. Mostrar que os salvos vão aguardar a
ressurreição no Paraíso de Deus e os
ímpios a esperam no Hades.
I. Explicar o estado intermediário dos
mortos;
II. Saber a real situação espiritual dos
mortos;
III. Mostrar o destino final dos mortos.
10. Os crentes que dormem no
Senhor vão ressuscitar para a
vida eterna e os ímpios para o
castigo eterno.
11. * Purgatório
"Os católicos romanos ensinam que todos, menos alguns
santos e mártires especiais, precisam passar pelo
purgatório (uma condição mais do que um local) a fim de
serem preparados para entrar no céu. Agostinho introduziu
essa ideia no século IV, mas a palavra 'purgatório' não foi
usada a não ser no século XII. Essa doutrina não foi
elaborada completamente a não ser no Concílio de Trento
no século XVI. A doutrina do purgatório revelou ser
lucrativa para a Igreja Católica Romana, mas dava a
aparência de que Deus estaria demonstrando favoritismo
aos ricos, cujos parentes não teriam dificuldade em pagar
as missas exigidas para tirá-los rapidamente do
purgatório“.
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13.
14.
15. Na lição de hoje, estudaremos a respeito do destino
final dos crentes e dos ímpios que já morreram. A Palavra
de Deus nos assegura que os mortos em Cristo
ressuscitarão para a vida eterna ao lado do Salvador. Esse
é o destino final dos crentes. Porém, os ímpios, vão
ressuscitar para o desprezo eterno. Seu destino final é o
inferno, onde haverá dor, vergonha e tristeza. Que
possamos anunciar o Evangelho, ganhando pessoas para
Cristo e livrando-as da condenação eterna.
16. Na lição de hoje estudaremos o destino final
dos ímpios e dos salvos em Jesus Cristo. A Palavra
de Deus nos garante que não será em vão a nossa
esperança em Jesus Cristo, pois pela fé já temos
assegurado um futuro glorioso ao seu lado. Para
os ímpios, que não se arrependeram, é reservado o
sofrimento e a condenação eterna, pois suas
escolhas enganosas os levaram a desprezar a
salvação de Deus.
17. “Em Lucas 16.23, diz que o rico foi para o ‘Hades’ e Lázaro para o ‘Seio de Abraão‘. A
pergunta é: onde se situava um e outro lugar. Em primeira instância podemos declarar que é
impossível situar a localização geográfica destes dois lugares, por se tratar da habitação dos
espíritos. Todavia, apresentaremos a posição bíblica analisando ambos, dentro do parâmetro
contextual divino “além-túmulo”. Nas Escrituras hebraicas, a palavra usada para descrever o
reino dos mortos é Sheol. Ela significa simplesmente o "lugar dos mortos" ou o "lugar das
almas/ espíritos que partiram." A palavra grega do Novo Testamento usada para "inferno" é
hades, que também se refere ao "lugar dos mortos". A palavra grega gehenna também é usada
no Novo Testamento para "inferno" e é derivada da palavra hebraica hinnom. Outras Escrituras
no Novo Testamento indicam que Seol/Hades é um lugar temporário onde as almas dos infiéis
são mantidas enquanto aguardam a ressurreição e julgamento final no julgamento do Grande
Trono Branco. Ao morrerem fisicamente, as almas dos justos vão diretamente para a presença
de Deus - céu/paraíso/seio de Abraão (Lc 23.43; 2Co 5.8, Fp 1.23). Lázaro foi para o seio de
Abraão e o rico para o inferno. Eles permaneceram num estado consciente, um está no lugar de
punição e o outro no lugar de recompensa, e não há possibilidade de saírem de onde estão.
Essa parábola ensina que depois da morte as almas dos salvos vão para o paraíso, enquanto
que as almas dos perdidos vão para o inferno. Só existem esses dois lugares e quem foi para um
deles não pode mais sair. Por três vezes em Marcos 9, Jesus adverte aos discípulos: “melhor é
para ti entrares na vida-reino de Deus – aleijado, coxo e cego – do que ires para o inferno” (v.
43, 45, 47). A cada advertência Jesus também acrescenta algo sobre o inferno: “para o fogo que
nunca se apaga [ARA-inextinguível] (2x)” seguida de outro qualificativo: “onde o seu bicho não
morre”.
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19. É o estado entre a morte física e a ressurreição,
tanto dos salvos, como dos ímpios. Os salvos terão um
destino diferente dos ímpios: “Não vos maravilheis disso,
porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros
ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a
ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a
ressurreição da condenação” (Jo 5.28,29). A Palavra de
Deus afirma que não existe purgatório e que também não
há o “sono da alma”, nem tampouco a reencarnação, como
creem alguns. Depois da morte segue-se o juízo divino.
20. A morte é a cessação temporária da vida corporal e a separação entre a alma e
o corpo. Uma vez que o crente morre, embora o seu corpo físico permaneça na terra
sepultado, no momento da morte seu espírito vai imediatamente para a presença de Deus
com regozijo. Quando Paulo reflete sobre a morte, ele diz: “Temos, pois, confiança e
preferimos estar ausentes do corpo e habitar com o Senhor” (2Co 5.8). Estar ausente do
corpo é estar em casa com o Senhor. Ele também diz que o seu desejo é “partir e estar com
Cristo, o que é muito melhor” (Fp 1.23). Jesus disse ao ladrão que estava à sua direita:
“Hoje você estará comigo no paraíso” (Lc 2 3.43). O autor de Hebreus diz que, quando os
cristãos comparecem para adorar juntos, eles vêm não somente à presença de Deus no
céu, mas também à presença dos “espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb 12.23). Contudo,
como veremos em mais detalhes a seguir, Deus não vai deixar o corpo para sempre na
sepultura, pois, quando Cristo retornar, a alma dos crentes será reunida ao corpo, o corpo
será ressuscitado dentre os mortos e os crentes viverão com Cristo eternamente. No
ensino da Igreja Católica Romana, o purgatório é o lugar para onde a alma dos crentes vai
a fim de ser purificada do pecado, até que esteja pronta para ser admitida no céu. De
acordo com esse pensamento os sofrimentos do purgatório são dados por Deus em
substituição à punição dos pecados que os crentes deveriam ter recebido nesta vida, mas
não receberam. Essa doutrina romana não tem respaldo bíblico e é contrária aos
versículos citados anteriormente.
21. Sheolé um termo hebraico que pode significar
sepultura ou “lugar ou estado dos mortos”. Em o Novo
Testamento, Sheol é traduzido por Hades. Normalmente o
Hades é visto como um lugar destinado aos ímpios. Deus
livra o justo do Sheol ou da sepultura (Sl 49.15). O Sheol
(inferno) é lugar de punição para os ímpios que não se
arrependeram dos seus pecados e não entregaram suas
vidas a Jesus Cristo (cf. Sl 9.17). O vocábulo “paraíso” é de
origem persa e significa um parque ou jardim de paz e
harmonia. Foi usado pelos tradutores da Septuaginta para
significar o Jardim do Éden (Gn 2.8). Aparece apenas três
vezes no Novo Testamento (Lc 23.43; 2Co 12.4; Ap 2.7).
22. No Antigo Testamento a palavra Sheol ocorre sessenta e cinco vezes e é traduzida na
versão inglesa da Bíblia trinta e uma vezes como "sepultura", três vezes como "abismo" e trinta
e uma vezes como "inferno", o que significa que os excelentes tradutores da versão inglesa de
1611 não consideraram a palavra como tendo um significado uniforme. Ela aparece na versão
grega sessenta e uma vezes como Hades, duas vezes (2 Sm 22:6 e Pv 23:14) como "morte"
(thanatos), enquanto em duas passagens (Jó 24:19 e Ez 32:21) não exista uma contrapartida
exata das referências hebraicas que esteja reproduzida na Septuaginta, e por isso não há uma
representação dessa palavra nestes casos. Já nas passagens que se seguem (existem outras),
como Gn 37:35; Gn 42:38; Gn 44:29, 31: Nm 16:30, 33; 1 Rs 2:6, 9; Sl 49:15; Sl 141:7, a palavra
Sheol pode muito bem não significar nada além de "túmulo" ou "sepultura", e é assim que
aparece na Versão Autorizada (King James) (exceto em Nm 16, onde aparece como "abismo");
enquanto nos demais lugares costuma ser feita uma referência genérica como o lugar para
onde vão os espíritos que partiram. A sepultura recebe o corpo. Assim, no Antigo Testamento a
palavra Sheol (ou Seol) é usada para ambos receptáculos. Todavia, quando vamos para o Novo
Testamento essa indefinição desaparece, pois vida e incorrupção são coisas que agora são
desvendadas ao longo do evangelho. O Hades, uma representação genérica da palavra Sheol
(Seol) aparece no Novo Testamento restrito ao mundo invisível dos espíritos separados, ou
como "morte", ou como a sepultura, e aplica-se (Ap 20) apenas ao corpo, e não à alma ou ao
espírito. É o corpo que morre; enquanto o espírito retorna para Deus que o deu. O espírito e a
alma nunca deixam de existir, seja para o bem, seja para o mal. Além disso, o Hades recebe
apenas os ímpios; enquanto o crente, quando chamado a morrer, não vai para o Hades, mas
para o Paraíso.
23. Os Teólogos entendem que “o lugar dos mortos”, o
Hades, estava dividido em duas partes. Estes tomam como base o
texto de Lucas 16.19-31, no texto que se refere a Lázaro e ao rico.
O primeiro, fiel a Deus, foi levado para o “Seio de Abraão”, ou ao
Paraíso, estando em repouso e felicidade. O rico, orgulhoso e
incrédulo foi para o Hades, onde experimenta angústia e
sofrimento atroz. Myer Pearlman diz que Cristo desceu ao
Sheol(Sl 16.10; 49.15), “ao mundo inferior dos espíritos” (Mt
12.40; Lc 23.42,43), e libertou os santos do Antigo Testamento
levando-os consigo para o paraíso celestial (Ef 4.8-10). O lugar
ocupado pelos justos que aguardam a ressurreição foi trasladado
para as regiões celestiais (Ef 4.8; 2Co 12.2). Desde então, os
espíritos dos justos sobem para o céu e os espíritos dos ímpios
descem para a condenação (Ap 20.13,14). Segundo os textos
bíblicos, o Paraíso estaria em cima (Pv 15.24a) e o Hades
embaixo (Pv 15.24b).
24. Esse entendimento não é unânime. Ao dizer que ficaria "o Filho do homem três
dias e três noites no seio da terra" (Mt 12.40), e que o Senhor "tinha descido às partes
mais baixas da terra" (Ef 4.9), é entendido como a sepultura. O Senhor não apenas
morreu, mas foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia. Jonas era um sinal disso. O Salmo
139.15 pode nos ajudar a nos guardarmos de uma interpretação muito literal das palavras
"partes mais baixas da terra" que poderiam parecer indicar como algo fora de vista ou um
lugar escondido. Antes da vinda do Salvador o seio de Abraão representava o ápice da
bênção para o judeu piedoso, considerando que Abraão foi chamado de amigo de Deus!
Estar "com Cristo" é a perspectiva de bênção que o cristão tem agora revelada para si. Isso
ocorre no Paraíso de Deus, nas alturas. O Paraíso não é o Hades, e tampouco Abraão
esteve no Hades, mas é visto "ao longe" das almas atormentadas que estão no Hades (Lc
16.23). É loucura alguém pensar que o Senhor desceu ao Hades e libertou qualquer um
que estivesse ali. O Senhor não foi ao Hades, mas ao Paraíso. Tampouco as Escrituras dão
qualquer ideia de que exista uma libertação do Hades. Juízes 5.12; Salmos 68.18, Efésios
4.8 falam, não de ter libertado prisioneiros, mas de ter levado cativo o cativeiro e os
poderes opressores do mal, aqui chamados de "cativeiro". Cristo derrotou as potestades e
principados (maus) e os exibiu publicamente ao triunfar sobre eles (Cl 2.15). Ele levou
cativo o próprio cativeiro; não existe qualquer menção de ter livrado cativos do inferno,
como alguns querem entender. Assim, discordo da tese defendida por Myer Pearlman e
apresentada neste subtópico e sugiro que os leitores reflitam sobre isso.]
25. “Seol
O Antigo Testamento usa a palavra hebraica Seol 65 vezes para
descrever a residência dos mortos. A Septuaginta traduz esta palavra
em grego como ‘hades’, e o Novo Testamento refere-se a isto diversas
vezes (Lc 16.23). Nas traduções do Antigo Testamento para o inglês, a
palavra aparece variadamente como ‘inferno’, ‘cova’e ‘sepultura’. Seol
pode ter diferentes significados, em diferentes contextos, trazendo
alguma confusão e diferentes interpretações a respeito da natureza
exata do seu significado. Seja a sepultura ou o mundo dos mortos, Seol
fala das mais das profundezas, a antítese dos mais altos céus (Jó 11.8;
cf. Pv 9.18). Seol também se refere a um lugar de punição do qual
somente Deus tem o poder de libertar” (LAHAYE, Tim.Enciclopédia
Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.417).
26.
27. Na história do rico e Lázaro (Lc 16), vemos o estado
intermediário dos salvos. O justo ao morrer é conduzido
pelos anjos até o Paraíso (v.22). Que privilégio, que honra
têm os salvos ao morrer, e serem recepcionados pelos anjos.
Ao ladrão da cruz Jesus disse: “Hoje estarás comigo no
Paraíso” (Lc 23.42,43). O espírito e a alma deixam o corpo e
permanecem no lugar de espera (Paraíso), aguardando a
ressurreição na Vinda de Jesus.
28. Depois da morte as almas dos salvos vão para o paraíso, o seio de Abraão. Esta
doutrina bíblica é uma grande benção para o crente, já que nos assegura que ao ser
chamado nosso nome, de imediato estaremos no paraíso com o Senhor.
29. É o próprio Senhor Jesus quem recebe o espírito dos
justos após a morte. Tomemos como exemplo o caso de Estevão
que está narrado em Atos 7.59. Para espanto dos ímpios, eles
verão Jesus recepcionar gloriosamente os que o aceitaram como
Salvador. Os que morreram em Cristo, bem como os ímpios, vão
manter sua identidade pessoal, sua personalidade e consciência
depois da morte. Moisés, tendo sido sepultado por Deus,
aparece, falando com Jesus no Monte da Transfiguração (Mt
17.3; Lc 9.30-32), ao lado de Elias, que foi arrebatado. Note-se
que são os mesmos nomes, Moisés e Elias. A despeito de tudo o
que foi dito, devemos lembrar que, para o salvo, a morte é um
ganho: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho”.
Paulo tinha o“desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é
ainda muito melhor” (Fp 1.21,23).
30. “As almas dos que já morreram estão no céu ou no inferno, e estão lá
conscientes. Um dado interessante quanto a isso, é que elas estão nesses dois lugares
temporariamente. O estado em que estão as almas depois da morte, seja o céu ou o
inferno, é chamado de intermediário porque não corresponde ao local definitivo onde,
tanto os salvos quanto os condenados, habitarão eternamente. As almas dos salvos no céu
e as almas dos condenados no inferno aguardam pelo último dia, o dia da ressurreição.
Naquele dia, de acordo com a Bíblia, todos ressuscitarão (Dn 12.2; Ver 1Co 15.52; 1Ts
4.16). Após a ressurreição os perdidos que estavam no inferno irão para o lago de fogo
(Ap 20.15), e os salvos que estavam no céu para o novo céu e a nova terra (Ap 21.1). O
motivo é simples: Deus não criou o ser humano para viver sem corpo. Atualmente, tanto
no céu como no inferno, as almas estão despidas de seus corpos, o futuro lhes assegura
que um dia se reunirão a seus corpos.”
31. Eles vão para o Sheolou Hades, ou seja, o inferno, que é o seu destino
final (Sl 9.17). Nesse “estado intermediário”, aguardam seu julgamento final. O
Hades é um lugar “embaixo”, ou seja, oposto ao céu (“seio de Abraão”). O rico
“ergueu os olhos”, vendo “ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio” (v.23): “Para
o sábio, o caminho da vida é para cima, para que ele se desvie do inferno que
está embaixo” (Pv 15.24). Fato é que os ímpios sofrerão e estarão conscientes.
O rico ímpio estava em“tormentos” (v.23) e clamava pedindo misericórdia
(v.24). Os ímpios que morreram sem Cristo estão “em prisão” (1Pe 3.19) e ali
eles vão se lembrar dos que ficaram na Terra (v.28). As Escrituras Sagradas
afirmam que estes não podem ser consolados por ninguém: “E, além disso, está
posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar
daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá” (v.26).
Fica, pois, evidente que aqueles que descem ao Hades não podem se comunicar
com os vivos. Eles são lembrados de que em vida tiveram oportunidade de ouvir
as Escrituras, mas desprezaram as suas advertências (vv.27-31).
32. O Concise Bible Dictionary define: “Os que morrem vão para o hades, mas
aguardam o juízo final em um estado consciente de tormento. Somente após o Trono
Branco (Apocalipse. 20) é que serão lançados no inferno propriamente dito, que será
muito maior em sofrimento do que o experimentado no Hades. Da mesma forma, os que
morrem em Cristo, vão à Sua bendita presença, como Paulo disse, "...partir (morrer) e
estar com Cristo" (Fl 1.3). Mas no arrebatamento, que será antes da tribulação, os que
morreram em Cristo serão ressuscitados dentre os mortos, como Cristo, cujo corpo ficou
sepultado três dias e três noites, mas disse ao ladrão, "ainda HOJE estarás comigo no
paraíso". Cristo é as primícias dos que dormem, (1 Coríntios 15.20) ou seja, Ele ressuscitou
primeiro, e nós seremos igualmente ressuscitados pelo mesmo poder que O ressuscitou.
Passaremos por uma mesma experiência (1 Coríntios 15.23). O estado do crente após a
sua morte, é de gozo, mas não é igual ao estado que ele estará após a ressurreição, que se
dará, para os salvos, no arrebatamento”.
33. “O Estado Final dos Ímpios
A Bíblia descreve o destino final dos ímpios como algo terrível e que vai além de
toda a imaginação. São as ‘trevas exteriores’, onde haverá choro e ranger de
dentes por causa da frustração e do remorso ocasionados pela ira de Deus (Mt
22.13; 25.30). É uma ‘fornalha de fogo’ (Mt 13.42,50), onde o fogo pela sua
natureza é inextinguível. Causa perda eterna, ou destruição perpétua (2Tm 1.9),
e ‘a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre’ (Ap 14.11; cf. 20.10).
Jesus usou a palavra Gehenna como termo aplicável a isso.
Depois do juízo final, a morte e o Hades serão lançados no lago de fogo (Ap
20.14), pois este, que fica fora dos novos céus e da nova terra (cf. Ap 22.15),
será o único lugar onde a morte existirá. É então que a vitória de Cristo sobre a
morte, como o salário do pecado, será final e plenamente consumada (1Co
15.26). Mas nos novos céus e terra não haverá mais morte (Ap 21.4)” (HORTON,
Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ªEdição. RJ: CPAD,
1996, pp.642,43).
34.
35. Após a primeira ressurreição (Rm 8.11), os salvos
vão para as Bodas do Cordeiro, passarão pelo Tribunal de
Cristo, e viverão com Deus por toda a eternidade. Esse é o
destino final dos salvos. Seus corpos ressuscitarão e se
tornarão incorruptíveis (cf. 1Co 15.42-44). O mesmo corpo
que morreu será transformado por Deus e ressuscitará “em
glória”, semelhante ao corpo de Jesus ao ressuscitar (Fp
3.21).
36. Wayne Grudem escreve o seguinte em sua Teologia Sistemática (Ed Vida Nova): “A morte é a cessação
temporária da vida corporal e a separação entre a alma e o corpo. Uma vez que o crente morre, embora o seu corpo
físico permaneça na terra sepultado, no momento da morte sua alma (ou espírito) vai imediatamente para a
presença de Deus com regozijo. Quando Paulo reflete sobre a morte, ele diz:“Temos, pois, confiança e preferimos
estar ausentes do corpo e habitar com o Senhor” (2Co 5.8). Estar ausente do corpo é estar em casa com o Senhor. Ele
também diz que o seu desejo é “partir e estar com Cristo, o que é muito melhor”(Fp 1.23). Jesus disse ao ladrão que
estava à sua direita: “Hoje você estará comigo no paraíso” (Lc 2 3.43). O autor de Hebreus diz que, quando os
cristãos comparecem para adorar juntos, eles vêm não somente à presença de Deus no céu, mas também à presença
dos “espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb 12.23). Contudo, como veremos em mais detalhes a seguir, Deus não vai
deixar o corpo para sempre na sepultura, pois, quando Cristo retornar, a alma dos crentes será reunida ao corpo, o
corpo será ressuscitado dentre os mortos e os crentes viverão com Cristo eternamente. Deus não deixará nosso corpo
morto na sepultura para sempre. Quando Cristo nos redimiu, ele não redimiu apenas nosso espírito (ou alma) — ele
nos redimiu como pessoas completas, e isso inclui a redenção de nosso corpo. Portanto, a aplicação da obra
redentora de Cristo a nós não será completa até que nosso corpo seja inteiramente liberto dos efeitos da queda e
trazido ao estado de perfeição para o qual Deus o criou. De fato, a redenção de nosso corpo ocorrerá somente
quando Cristo retornar e ressuscitá-lo dentre os mortos. Mas, no tempo presente, Paulo diz que esperamos pela
“redenção do nosso corpo” e então acrescenta: “Pois nessa esperança fomos salvos” (Rm 8.23,24). O estágio da
aplicação da redenção em que receberemos por fim o corpo ressuscitado é chamado de glorificação. Referindo-se
àquele dia futuro, Paulo diz que participaremos da glória de Cristo (cf. Rm 8.17). Além disso, quando Paulo traça os
passos na aplicação da redenção, o último que menciona é a glorificação: “E aos que predestinou, também chamou;
aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou” (Rm 8.30). Podemos definir glorificação
da seguinte maneira: A glorificação é o passo final na aplicação da redenção. Ela acontecerá quando Cristo retornar
e ressuscitar dentre os mortos os corpos de todos os crentes de todas as épocas que morreram e reuni-los às
respectivas almas, e mudar os corpos de todos os crentes que permanecerem vivos, dando assim a todos os crentes
ao mesmo tempo um corpo ressuscitado perfeito igual ao seu”. Extraído da Teologia Sistemática de Wayne Grudem - Editora Vida Nova
37. Os ímpios ressuscitarão para “vergonha e desprezo
eterno” (Dn 12.2). Seu destino final é o lago de fogo (Ap
20.15), onde “haverá pranto e ranger de dentes” (Mt
22.13). Ali os ímpios desfrutarão da companhia do Diabo,
do Anticristo e do Falso Profeta (Ap 20.10; 21.8).
Atualmente, muitos ímpios ficam impunes, mas no inferno
estes receberão o castigo eterno por tudo o que fizeram de
mal (2Ts 1.9).
38. Wayne Grudem escreve o seguinte em sua Teologia Sistemática (Ed Vida Nova): “A Escritura nunca nos
encoraja a pensar que as pessoas terão outra oportunidade de confiar em Cristo após a morte. De fato, trata-se
exatamente do contrário. A parábola de Jesus a respeito do rico e de Lázaro não dá esperança alguma de que as
pessoas possam passar do inferno para o céu após terem morrido. Embora o rico no inferno tivesse gritado : “Pai
Abraão, tem misericórdia de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo na água e refresque a minha língua,
porque estou sofrendo muito neste fogo”, Abraão lhe respondeu: “entre vocês e nós há um grande abismo, de forma
que os que desejam passar do nosso lado para o seu, ou do seu lado para o nosso, não conseguem”(Lc 16.24-26). O
livro de Hebreus associa a morte com a conseqüência do julgamento em uma seqüência imediata: “Da mesma
forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo” (Hb 9.27). Além disso, a
Escritura nunca apresenta o juízo final como dependente de qualquer coisa feita após a nossa morte, mas
dependendo somente do que aconteceu nesta vida (Mt 25.31-46; Rm 2.5-10; cf. 2Co 5. 10) . Alguns argumentam a
favor de outra oportunidade para se crer no evangelho com base na pregação de Cristo aos espíritos em prisão em 1
Pedro 3.18-20 e na pregação do evangelho “a mortos” em 1 Pedro 4.6 , mas essas são interpretações inadequadas
dos versículos em questão e, numa análise mais precisa, não dão apoio a tal pensamento. Devemos também
perceber que a idéia de que haverá outra oportunidade de aceitar Cristo após a morte é baseada na suposição de
que cada pessoa merece uma oportunidade para aceitar Cristo e que a punição eterna vem aos que conscientemente
decidem rejeitá-lo. Mas certamente essa idéia não tem o apoio da Escritura; todos nós somos pecadores por
natureza e escolha, e realmente ninguém merece nenhuma graça de Deus nem nenhuma oportunidade de ouvir o
evangelho de Cristo — que vêm ao homem somente por causa do favor imerecido de Deus. A condenação vem não
somente por causa da rejeição deliberada de Cristo, mas também por causa dos pecados que todos cometemos e da
rebelião contra Deus que esses pecados representam (v. Jo 3.18) Embora os descrentes passem para o estado de
punição eterna imediatamente após a morte, o corpo deles não será ressuscitado até o dia do juízo. Naquele dia, o
corpo de cada um será ressuscitado e reunido à alma, e comparecerão perante o trono de Deus para o juízo final que
vai ser pronunciado sobre eles, incluindo o corpo (v. Mt 25.31-46; Jo 5.28,29; At 24.15; Ap 20.12,1 5) . Isso nos conduz
à consideração da ressurreição do corpo do crente, que é o passo final de sua redenção”. Extraído da Teologia Sistemática de
Wayne Grudem - Editora Vida Nova
39. “O Estado Final dos Justos
A nossa salvação traz-nos a um novo relacionamento que é muito melhor do
que aquele que Adão e Eva desfrutavam antes da Queda. A descrição da Nova
Jerusalém demonstra que Deus tem para nós um lugar melhor do que o Jardim
do Éden, com todas as bênçãos do Éden intensificadas. Deus é tão bom! Ele
sempre nos restaura a algo melhor do que aquilo que perdemos. Desfrutamos
da comunhão com Ele agora, mas o futuro reserva-nos a ‘comunhão
intensificada com o Pai, o Filho e o Espírito Santo e com todos os santos’. A vida
na Nova Jerusalém será emocionante. Nosso Deus infinito nunca ficará sem
novas alegrias e bênçãos para oferecer aos redimidos. E posto que as portas da
cidade sempre estarão abertas (Ap 21.25; cf. Is 60.11), quem sabe o que os
novos céus e terra terão para explorarmos?” (HORTON, Stanley. Teologia
Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, p.645).
40. O estudo da Escatologia é um dos mais edificantes
para a Igreja em todos os tempos, principalmente no
presente século, quando muitos sinais dão a entender que
a vinda de Jesus poderá acontecer a qualquer momento.
Que você possa prosseguir com o estudo da Escatologia
Bíblica. Leia a Palavra de Deus, ore, jejue e esteja
aguardando o maior acontecimento escatológico de todos
os tempos: O arrebatamento da Igreja do Senhor Jesus
Cristo.
41. A respeito da Escatologia Bíblica, responda:
O que é o estado intermediário?
É o estado entre a morte física e a ressurreição, tanto dos salvos, como dos
ímpios.
O que significa Sheol?
Sheol é um termo hebraico que pode significar sepultura ou “lugar ou estado dos
mortos”.
A quem é destinado o Hades?
Hades é visto como um lugar destinado aos ímpios.
Qual o significado do vocábulo “Paraíso”?
O vocábulo “paraíso” é de origem persa e significa um parque ou jardim de paz e
harmonia.
Quem recebe os justos depois da morte?
É o próprio Senhor Jesus quem recebe o espírito dos justos após a morte.
42. O destino final dos mortos
A vida após a morte dá margem para muitas especulações. Na religião, essas
especulações chegaram a graus absurdos. Para se ter ideia das especulações que
proliferaram ao longo da história da humanidade, dê uma olhada na tabela
abaixo, sugiro que o prezado professor a reproduza para introduzir o assunto, o
Estado Intermediário, no primeiro tópico:
Após apresentar essas teorias, exponha o que a Bíblia diz sobre o estado
chamado de“intermediário”, conforme está na lição: situação após a morte, que
não significa um estado de purificação, ou retorno “eterno” ou de uma
inconsciência sem fim. A Palavra de Deus diz que quando nos encontrarmos com
o Senhor estaremos imediatamente com o Ele num estado de descanso (Ap
14.13), de serviço (Ap 7.15) e de santidade (Ap 7.14).
43. O Estado Eterno
As Escrituras mostram com clareza que na morte não termina a vida; se inicia
outra. Há uma crise humana em lidar com a morte e a finitude da vida.
Inconscientemente, o ser humano.tem a “consciência” da eternidade. Portanto,
ouçamos a pergunta de Jesus, na parábola do rico insensato, e meditemos: “Mas
Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado
para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para
com Deus” (Lc 12.20,21; cf. 12.13-21).
O Destino dos ímpios
São os perversos em natureza, sem amor no coração, que vivem a vida com o
objetivo de fazer o mal e a perversidade para o outro, para a tristeza eterna,
ouvirão do Senhor: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado
para o diabo e seus anjos” (Mt 25.41; cf. 25.42-46; Dn 12.2; Ap 20.12; 21.8;
22.15).
44. O Destino dos Justos
Mas aqueles que pela fé foram alcançados pela graça de Deus, deram lugar a
uma nova natureza, com o amor no coração, vivendo com o objetivo de fazer o
bem para o outro, ouvirão do Senhor: “Vinde, benditos do meu Pai, possuí por
herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mt 25.34;
cf. 25.35-40; Dn 12.2; Ap 21.5-7; 22.12-14).