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Paulo Freire
História Da Educação: Hist. Da Escolarização
Bras. E Processos Pedagógicos
Profª. Simone Valdete


Bruno B. de Souza
Betina Zigue
Cauê Steques
Rafael Engling
Viviane Savela
• Lei 12.612, de 13 de abril de 2012 – sanciona o educador Paulo
Freire Patrono da Educação Brasileira.

• Ganhou 41 títulos de Doutor Honoris Causa de universidades
como Harvard, Cambridge e Oxford, sendo o brasileiro mais
homenageado da história.
Por que tão bom?
Método Paulo Freire

   O método Paulo Freire: Não só alfabetizar, mas também
    conscientizar. (Não utiliza a cartilha)


   Primeira aplicação em 1962. Alfabetizou 300 cortadores de cana em
    apenas 45 dias. (Angicos – RN)


   Escolas tradicionais → escolas bancárias. O professor apenas
    depositava conhecimento em um aluno receptivo e dócil.
Etapas do Método
   Investigação: busca conjunta entre professor e aluno das
    palavras e temas mais significativos da vida do aluno, dentro
    de seu universo vocabular e da comunidade onde ele vive.

   Tematização: momento da tomada de consciência do
    mundo, através da análise dos significados sociais dos temas
    e palavras.

   Problematização: etapa em que o professor desafia e inspira
    o aluno a superar a visão do mundo, para uma postura
    conscientizada.
O Método

   Palavras geradoras;

   Silabação;

   Palavras novas;

   Conscientização;
Aplicação do Método


   O método é aplicado em 5 etapas, são elas:

         Levantamento do universo vocabular do grupo;
     Escolha das palavras selecionadas, palavras geradoras;
    Criação de situações existenciais características do grupo;
                    Criação das fichas-roteiro;
                  Criação de fichas de palavras.
Ciclo de Cultura




Ensinando em angicos


                       Reunião de professores
                             em angicos
O mundo de suas primeiras
“leituras”

Infância
Plantas;
Animais;
   O universo de linguagem dos mais
    velhos;
      “...Não havia melhor clima para
      peraltices das almas que aquele.
      Lembro-me das noites em
      que, evolvido em meu próprio
      medo, esperava que o tempo
      passasse, que a noite se fosse, que
      a madrugada semi-clareada viesse
      chegando, trazendo com ela o canto
      dos passarinhos “manhecedores”.”

Lampiões a Gás
           “Na medida, porém que me fui me
            tornado íntimo do meu mundo, em que
            melhor o percebia e o entendia na
            “leitura” que dele ia fazendo, os meus
            temores iam diminuindo.”
   “Fui alfabetizado no chão do quintal
    de minha casa, à sombra das
    mangueiras, com palavras do meu
    mundo e não do mundo maior dos
    meus pais. O chão foi meu quadro
    negro; gravetos, o meu giz”

                           Em 1931 mudam-se
                           para Jaboatão
Jaboatão dos
  Guararapes

   Morte do
    Pai
                 Colégio
                  Oswaldo Cruz
  Faculdade
    de Direito
                    Elsa Maria Costa Oliveira


                          Professor de
                            Língua
                            Portuguesa
Setor de Educação e
                              Cultura do serviço
                              Social da Industria
                              (SESI).

                             Conselho Consultivo de
                              Educação do Recife




   1958 – Apresentou no II Congresso Nacional de
    Educação de Adultos o relatório intitulado “A
    Educação de Adultos e as populações marginais: o
    problema dos mocambos”
   1958 / 1962




Primeiras experiências de
 alfabetização de adultos utilizando o
 sistema
Método Paulo Freire de alfabetização
Exílio
O PORQUÊ DO EXÍLIO:
 Inspiração para os professores por ensinar os mais pobres.
 Brasileiro politizado, consciente das estratégias militares, por
  ver no amor a arma maior para a revolução, por acreditar na
  educação como fonte de libertação.
 Sofreu perseguição do regime militar no Brasil (1964-
  1985), sendo preso e forçado ao exílio.
 A carreira no Brasil foi interrompida pelo golpe militar de 31
  de março, mas foi preso só em Junho de 1964.
 Acusado de subversão, ele passou 72 dias na prisão e, em
  seguida, partiu para o exílio.
DURANTE O EXÍLIO:
 Durante o exílio foi para o Chile, trabalhou por cinco anos no
  Instituto Chileno para a Reforma Agrária (ICIRA)
  alfabetizando camponeses.
 Escreveu o seu principal livro: Pedagogia do Oprimido
  (1968).
 Após isso foi para os Estados Unidos, e acabou ministrando
  aulas na Universidade de Harvard, e depois se fixou na
  Suíça.
 Consultor especial do Departamento de Educação do
  Conselho Mundial de Igrejas, viajando e trabalhando em
  diferentes países, tornando-se mundialmente conhecido.
  Com outros companheiros de exílio, fundou o Instituto de
  Ação Cultural – IDAC.
 No início dos anos 70 trabalhou na África, especialmente nas
  ex-colônias portuguesas onde fez campanhas de
  alfabetização e projetos educacionais naqueles países.
 O exílio durou 16 anos.
A VOLTA AO BRASIL:
   Volta ao Brasil em 1980, com a anistia e escreve dois livros
    fundamentais em sua obra: Pedagogia da Esperança (1992) e À
    Sombra desta Mangueira (1995).
   Recusou-se a pedir a reintegração a seu cargo na Universidade
    Federal de Pernambuco. Passou então a trabalhar como professor
    na PUC/São Paulo e foi secretário de Educação no Município de
    São Paulo. Em seguida, tornou-se professor da Universidade de
    Campinas - Unicamp, onde lecionou até o final de 1990.
   Freire casou-se duas vezes, uma com a professora Elza Maia Costa
    Oliveira e outra com uma ex-aluna, em 1987, casou Ana Maria
    Hasche.
   Enquanto foi secretário, em sua Gestão caracterizou-se por ampla
    discussão sobre condições de ensino e de trabalho, onde o método
    “ação - reflexão - ação”, enquanto um processo prático e exigente
    de Gestão Democrática ia se consolidando.
   Investiu na formação permanente dos educadores e melhorou as
    condições de trabalho; aprovou o primeiro Estatuto do Magistério da
    rede municipal de São Paulo; promoveu a revisão curricular via
    projetos de interdisciplinaridade e uma nova organização do ensino
    por meio de ciclos.
   Desenvolveu o melhor projeto de formação de professores
    da cidade de São Paulo.
   Deixou a Secretaria de Educação do Município de São
    Paulo, em 1991 e publicou diversos livros.
   Faleceu no dia 2 de maio de 1997, aos 75 anos, pouco
    tempo após ter lançado o seu último livro: “Pedagogia da
    Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa”.
   Doou ao mundo uma história de vida que a todos ensina.
    Doou à Educação um conjunto de trabalhos em harmonia
    com as realidades sócio-políticas. Mostrou à academia que
    ela própria é culturalmente situada. Vida e obra
    transcenderam os padrões globalizados a favor da coerência
    e da justiça. Por isso, serão eternamente lembrados. Mais do
    que isso: servirão de parâmetro para quem vê “A Educação
    como Prática da Liberdade”.
Obras de Paulo Freire



   Sobre as obras de Paulo Freire, é importante destacar a
    Pedagogia do Oprimido e a Pedagogia da Autonomia.
Pedagogia do Oprimido
   É um dos mais conhecidos trabalhos de Paulo Freire. A Obra
    propõe uma nova forma de relacionamento entre professor, o
    estudante e a sociedade.

   Dedicado aos que são referidos como "os oprimidos" e
    baseado em sua própria experiência ajudando adultos a
    aprender a ler e escrever, Freire inclui uma detalhada análise
    de classes marxista em sua exploração da relação entre os
    que ele chama de "colonizador" e "colonizado." O livro
    continua popular entre educadores no mundo inteiro e é um
    dos fundamentos da pedagogia crítica.

   O livro foi escrito em 1968, quando o autor encontrava-se
    exilado no Chile. Proibido no Brasil, somente foi publicado no
    país em 1974.
Pedagogia da Autonomia
 Foi a ultima obra de Freire publicada
  ainda em vida (lançado em 1996).
 Proposta de praticas pedagógicas
  à educação como forma de construir
  a autonomia dos educandos,
  valorizando e respeitando sua
  cultura e seu acervo
  de conhecimentos impiricos junto à
  sua individualidade.
   A obra reúne experiências e novos
    métodos, que valorizam a curiosidade
    dos
    educandos e educadores, condenand
    o a rigidez ética que se volta aos
    interesses capitalistas, que deixam à
    margem do processo de socialização
    os menos favorecidos.
Escultura em Estocolmo, Suécia. Paulo Freire (segundo da
esquerda para a direita) aparece ao lado de outras seis
personalidades internacionais, entre elas Pablo Neruda e Mao
Tsé-Tung.
BIBLIOGRAFIA
   http://pensador.uol.com.br/autor/paulo_freire/biografia/
   http://www.ivanvalente.com.br/CANAIS/especiais/paulofreire/artigos/
    Ivan_Valente.htm
    http://www2.fe.usp.br/~etnomat/homenagens-paulo-freire.shtml
   http://en.wikipedia.org/wiki/Paulo_Freire
   FREIRE, Paulo. Conscientização: Teoria e Prática da
    Libertação, Uma Introdução ao Pensamento de Paulo Freire. São
    Paulo: Cortez & Moraes, 1979 (102 pág.).

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  • 2. • Lei 12.612, de 13 de abril de 2012 – sanciona o educador Paulo Freire Patrono da Educação Brasileira. • Ganhou 41 títulos de Doutor Honoris Causa de universidades como Harvard, Cambridge e Oxford, sendo o brasileiro mais homenageado da história.
  • 4. Método Paulo Freire  O método Paulo Freire: Não só alfabetizar, mas também conscientizar. (Não utiliza a cartilha)  Primeira aplicação em 1962. Alfabetizou 300 cortadores de cana em apenas 45 dias. (Angicos – RN)  Escolas tradicionais → escolas bancárias. O professor apenas depositava conhecimento em um aluno receptivo e dócil.
  • 5. Etapas do Método  Investigação: busca conjunta entre professor e aluno das palavras e temas mais significativos da vida do aluno, dentro de seu universo vocabular e da comunidade onde ele vive.  Tematização: momento da tomada de consciência do mundo, através da análise dos significados sociais dos temas e palavras.  Problematização: etapa em que o professor desafia e inspira o aluno a superar a visão do mundo, para uma postura conscientizada.
  • 6. O Método  Palavras geradoras;  Silabação;  Palavras novas;  Conscientização;
  • 7. Aplicação do Método  O método é aplicado em 5 etapas, são elas: Levantamento do universo vocabular do grupo; Escolha das palavras selecionadas, palavras geradoras; Criação de situações existenciais características do grupo; Criação das fichas-roteiro; Criação de fichas de palavras.
  • 8. Ciclo de Cultura Ensinando em angicos Reunião de professores em angicos
  • 9. O mundo de suas primeiras “leituras” Infância Plantas; Animais;
  • 10. O universo de linguagem dos mais velhos; “...Não havia melhor clima para peraltices das almas que aquele. Lembro-me das noites em que, evolvido em meu próprio medo, esperava que o tempo passasse, que a noite se fosse, que a madrugada semi-clareada viesse chegando, trazendo com ela o canto dos passarinhos “manhecedores”.” Lampiões a Gás  “Na medida, porém que me fui me tornado íntimo do meu mundo, em que melhor o percebia e o entendia na “leitura” que dele ia fazendo, os meus temores iam diminuindo.”
  • 11. “Fui alfabetizado no chão do quintal de minha casa, à sombra das mangueiras, com palavras do meu mundo e não do mundo maior dos meus pais. O chão foi meu quadro negro; gravetos, o meu giz” Em 1931 mudam-se para Jaboatão
  • 12. Jaboatão dos Guararapes Morte do Pai Colégio Oswaldo Cruz Faculdade de Direito Elsa Maria Costa Oliveira Professor de Língua Portuguesa
  • 13. Setor de Educação e Cultura do serviço Social da Industria (SESI). Conselho Consultivo de Educação do Recife  1958 – Apresentou no II Congresso Nacional de Educação de Adultos o relatório intitulado “A Educação de Adultos e as populações marginais: o problema dos mocambos”
  • 14. 1958 / 1962 Primeiras experiências de alfabetização de adultos utilizando o sistema Método Paulo Freire de alfabetização
  • 15. Exílio O PORQUÊ DO EXÍLIO:  Inspiração para os professores por ensinar os mais pobres.  Brasileiro politizado, consciente das estratégias militares, por ver no amor a arma maior para a revolução, por acreditar na educação como fonte de libertação.  Sofreu perseguição do regime militar no Brasil (1964- 1985), sendo preso e forçado ao exílio.  A carreira no Brasil foi interrompida pelo golpe militar de 31 de março, mas foi preso só em Junho de 1964.  Acusado de subversão, ele passou 72 dias na prisão e, em seguida, partiu para o exílio.
  • 16. DURANTE O EXÍLIO:  Durante o exílio foi para o Chile, trabalhou por cinco anos no Instituto Chileno para a Reforma Agrária (ICIRA) alfabetizando camponeses.  Escreveu o seu principal livro: Pedagogia do Oprimido (1968).  Após isso foi para os Estados Unidos, e acabou ministrando aulas na Universidade de Harvard, e depois se fixou na Suíça.  Consultor especial do Departamento de Educação do Conselho Mundial de Igrejas, viajando e trabalhando em diferentes países, tornando-se mundialmente conhecido. Com outros companheiros de exílio, fundou o Instituto de Ação Cultural – IDAC.  No início dos anos 70 trabalhou na África, especialmente nas ex-colônias portuguesas onde fez campanhas de alfabetização e projetos educacionais naqueles países.  O exílio durou 16 anos.
  • 17. A VOLTA AO BRASIL:  Volta ao Brasil em 1980, com a anistia e escreve dois livros fundamentais em sua obra: Pedagogia da Esperança (1992) e À Sombra desta Mangueira (1995).  Recusou-se a pedir a reintegração a seu cargo na Universidade Federal de Pernambuco. Passou então a trabalhar como professor na PUC/São Paulo e foi secretário de Educação no Município de São Paulo. Em seguida, tornou-se professor da Universidade de Campinas - Unicamp, onde lecionou até o final de 1990.  Freire casou-se duas vezes, uma com a professora Elza Maia Costa Oliveira e outra com uma ex-aluna, em 1987, casou Ana Maria Hasche.  Enquanto foi secretário, em sua Gestão caracterizou-se por ampla discussão sobre condições de ensino e de trabalho, onde o método “ação - reflexão - ação”, enquanto um processo prático e exigente de Gestão Democrática ia se consolidando.  Investiu na formação permanente dos educadores e melhorou as condições de trabalho; aprovou o primeiro Estatuto do Magistério da rede municipal de São Paulo; promoveu a revisão curricular via projetos de interdisciplinaridade e uma nova organização do ensino por meio de ciclos.
  • 18. Desenvolveu o melhor projeto de formação de professores da cidade de São Paulo.  Deixou a Secretaria de Educação do Município de São Paulo, em 1991 e publicou diversos livros.  Faleceu no dia 2 de maio de 1997, aos 75 anos, pouco tempo após ter lançado o seu último livro: “Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa”.  Doou ao mundo uma história de vida que a todos ensina. Doou à Educação um conjunto de trabalhos em harmonia com as realidades sócio-políticas. Mostrou à academia que ela própria é culturalmente situada. Vida e obra transcenderam os padrões globalizados a favor da coerência e da justiça. Por isso, serão eternamente lembrados. Mais do que isso: servirão de parâmetro para quem vê “A Educação como Prática da Liberdade”.
  • 19. Obras de Paulo Freire  Sobre as obras de Paulo Freire, é importante destacar a Pedagogia do Oprimido e a Pedagogia da Autonomia.
  • 20. Pedagogia do Oprimido  É um dos mais conhecidos trabalhos de Paulo Freire. A Obra propõe uma nova forma de relacionamento entre professor, o estudante e a sociedade.  Dedicado aos que são referidos como "os oprimidos" e baseado em sua própria experiência ajudando adultos a aprender a ler e escrever, Freire inclui uma detalhada análise de classes marxista em sua exploração da relação entre os que ele chama de "colonizador" e "colonizado." O livro continua popular entre educadores no mundo inteiro e é um dos fundamentos da pedagogia crítica.  O livro foi escrito em 1968, quando o autor encontrava-se exilado no Chile. Proibido no Brasil, somente foi publicado no país em 1974.
  • 21. Pedagogia da Autonomia  Foi a ultima obra de Freire publicada ainda em vida (lançado em 1996).  Proposta de praticas pedagógicas à educação como forma de construir a autonomia dos educandos, valorizando e respeitando sua cultura e seu acervo de conhecimentos impiricos junto à sua individualidade.
  • 22. A obra reúne experiências e novos métodos, que valorizam a curiosidade dos educandos e educadores, condenand o a rigidez ética que se volta aos interesses capitalistas, que deixam à margem do processo de socialização os menos favorecidos.
  • 23. Escultura em Estocolmo, Suécia. Paulo Freire (segundo da esquerda para a direita) aparece ao lado de outras seis personalidades internacionais, entre elas Pablo Neruda e Mao Tsé-Tung.
  • 24. BIBLIOGRAFIA  http://pensador.uol.com.br/autor/paulo_freire/biografia/  http://www.ivanvalente.com.br/CANAIS/especiais/paulofreire/artigos/ Ivan_Valente.htm http://www2.fe.usp.br/~etnomat/homenagens-paulo-freire.shtml  http://en.wikipedia.org/wiki/Paulo_Freire  FREIRE, Paulo. Conscientização: Teoria e Prática da Libertação, Uma Introdução ao Pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Cortez & Moraes, 1979 (102 pág.).