Este documento resume a vida e obra do educador brasileiro Paulo Freire, conhecido por seu método de alfabetização de adultos que enfatiza a conscientização. Ele desenvolveu com sucesso seu método em 1962 no Rio Grande do Norte e sofreu exílio devido à ditadura militar brasileira de 1964 a 1980. Suas obras fundamentais incluem Pedagogia do Oprimido e Pedagogia da Autonomia.
1. Paulo Freire
História Da Educação: Hist. Da Escolarização
Bras. E Processos Pedagógicos
Profª. Simone Valdete
Bruno B. de Souza
Betina Zigue
Cauê Steques
Rafael Engling
Viviane Savela
2. • Lei 12.612, de 13 de abril de 2012 – sanciona o educador Paulo
Freire Patrono da Educação Brasileira.
• Ganhou 41 títulos de Doutor Honoris Causa de universidades
como Harvard, Cambridge e Oxford, sendo o brasileiro mais
homenageado da história.
4. Método Paulo Freire
O método Paulo Freire: Não só alfabetizar, mas também
conscientizar. (Não utiliza a cartilha)
Primeira aplicação em 1962. Alfabetizou 300 cortadores de cana em
apenas 45 dias. (Angicos – RN)
Escolas tradicionais → escolas bancárias. O professor apenas
depositava conhecimento em um aluno receptivo e dócil.
5. Etapas do Método
Investigação: busca conjunta entre professor e aluno das
palavras e temas mais significativos da vida do aluno, dentro
de seu universo vocabular e da comunidade onde ele vive.
Tematização: momento da tomada de consciência do
mundo, através da análise dos significados sociais dos temas
e palavras.
Problematização: etapa em que o professor desafia e inspira
o aluno a superar a visão do mundo, para uma postura
conscientizada.
7. Aplicação do Método
O método é aplicado em 5 etapas, são elas:
Levantamento do universo vocabular do grupo;
Escolha das palavras selecionadas, palavras geradoras;
Criação de situações existenciais características do grupo;
Criação das fichas-roteiro;
Criação de fichas de palavras.
9. O mundo de suas primeiras
“leituras”
Infância
Plantas;
Animais;
10. O universo de linguagem dos mais
velhos;
“...Não havia melhor clima para
peraltices das almas que aquele.
Lembro-me das noites em
que, evolvido em meu próprio
medo, esperava que o tempo
passasse, que a noite se fosse, que
a madrugada semi-clareada viesse
chegando, trazendo com ela o canto
dos passarinhos “manhecedores”.”
Lampiões a Gás
“Na medida, porém que me fui me
tornado íntimo do meu mundo, em que
melhor o percebia e o entendia na
“leitura” que dele ia fazendo, os meus
temores iam diminuindo.”
11. “Fui alfabetizado no chão do quintal
de minha casa, à sombra das
mangueiras, com palavras do meu
mundo e não do mundo maior dos
meus pais. O chão foi meu quadro
negro; gravetos, o meu giz”
Em 1931 mudam-se
para Jaboatão
12. Jaboatão dos
Guararapes
Morte do
Pai
Colégio
Oswaldo Cruz
Faculdade
de Direito
Elsa Maria Costa Oliveira
Professor de
Língua
Portuguesa
13. Setor de Educação e
Cultura do serviço
Social da Industria
(SESI).
Conselho Consultivo de
Educação do Recife
1958 – Apresentou no II Congresso Nacional de
Educação de Adultos o relatório intitulado “A
Educação de Adultos e as populações marginais: o
problema dos mocambos”
14. 1958 / 1962
Primeiras experiências de
alfabetização de adultos utilizando o
sistema
Método Paulo Freire de alfabetização
15. Exílio
O PORQUÊ DO EXÍLIO:
Inspiração para os professores por ensinar os mais pobres.
Brasileiro politizado, consciente das estratégias militares, por
ver no amor a arma maior para a revolução, por acreditar na
educação como fonte de libertação.
Sofreu perseguição do regime militar no Brasil (1964-
1985), sendo preso e forçado ao exílio.
A carreira no Brasil foi interrompida pelo golpe militar de 31
de março, mas foi preso só em Junho de 1964.
Acusado de subversão, ele passou 72 dias na prisão e, em
seguida, partiu para o exílio.
16. DURANTE O EXÍLIO:
Durante o exílio foi para o Chile, trabalhou por cinco anos no
Instituto Chileno para a Reforma Agrária (ICIRA)
alfabetizando camponeses.
Escreveu o seu principal livro: Pedagogia do Oprimido
(1968).
Após isso foi para os Estados Unidos, e acabou ministrando
aulas na Universidade de Harvard, e depois se fixou na
Suíça.
Consultor especial do Departamento de Educação do
Conselho Mundial de Igrejas, viajando e trabalhando em
diferentes países, tornando-se mundialmente conhecido.
Com outros companheiros de exílio, fundou o Instituto de
Ação Cultural – IDAC.
No início dos anos 70 trabalhou na África, especialmente nas
ex-colônias portuguesas onde fez campanhas de
alfabetização e projetos educacionais naqueles países.
O exílio durou 16 anos.
17. A VOLTA AO BRASIL:
Volta ao Brasil em 1980, com a anistia e escreve dois livros
fundamentais em sua obra: Pedagogia da Esperança (1992) e À
Sombra desta Mangueira (1995).
Recusou-se a pedir a reintegração a seu cargo na Universidade
Federal de Pernambuco. Passou então a trabalhar como professor
na PUC/São Paulo e foi secretário de Educação no Município de
São Paulo. Em seguida, tornou-se professor da Universidade de
Campinas - Unicamp, onde lecionou até o final de 1990.
Freire casou-se duas vezes, uma com a professora Elza Maia Costa
Oliveira e outra com uma ex-aluna, em 1987, casou Ana Maria
Hasche.
Enquanto foi secretário, em sua Gestão caracterizou-se por ampla
discussão sobre condições de ensino e de trabalho, onde o método
“ação - reflexão - ação”, enquanto um processo prático e exigente
de Gestão Democrática ia se consolidando.
Investiu na formação permanente dos educadores e melhorou as
condições de trabalho; aprovou o primeiro Estatuto do Magistério da
rede municipal de São Paulo; promoveu a revisão curricular via
projetos de interdisciplinaridade e uma nova organização do ensino
por meio de ciclos.
18. Desenvolveu o melhor projeto de formação de professores
da cidade de São Paulo.
Deixou a Secretaria de Educação do Município de São
Paulo, em 1991 e publicou diversos livros.
Faleceu no dia 2 de maio de 1997, aos 75 anos, pouco
tempo após ter lançado o seu último livro: “Pedagogia da
Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa”.
Doou ao mundo uma história de vida que a todos ensina.
Doou à Educação um conjunto de trabalhos em harmonia
com as realidades sócio-políticas. Mostrou à academia que
ela própria é culturalmente situada. Vida e obra
transcenderam os padrões globalizados a favor da coerência
e da justiça. Por isso, serão eternamente lembrados. Mais do
que isso: servirão de parâmetro para quem vê “A Educação
como Prática da Liberdade”.
19. Obras de Paulo Freire
Sobre as obras de Paulo Freire, é importante destacar a
Pedagogia do Oprimido e a Pedagogia da Autonomia.
20. Pedagogia do Oprimido
É um dos mais conhecidos trabalhos de Paulo Freire. A Obra
propõe uma nova forma de relacionamento entre professor, o
estudante e a sociedade.
Dedicado aos que são referidos como "os oprimidos" e
baseado em sua própria experiência ajudando adultos a
aprender a ler e escrever, Freire inclui uma detalhada análise
de classes marxista em sua exploração da relação entre os
que ele chama de "colonizador" e "colonizado." O livro
continua popular entre educadores no mundo inteiro e é um
dos fundamentos da pedagogia crítica.
O livro foi escrito em 1968, quando o autor encontrava-se
exilado no Chile. Proibido no Brasil, somente foi publicado no
país em 1974.
21. Pedagogia da Autonomia
Foi a ultima obra de Freire publicada
ainda em vida (lançado em 1996).
Proposta de praticas pedagógicas
à educação como forma de construir
a autonomia dos educandos,
valorizando e respeitando sua
cultura e seu acervo
de conhecimentos impiricos junto à
sua individualidade.
22. A obra reúne experiências e novos
métodos, que valorizam a curiosidade
dos
educandos e educadores, condenand
o a rigidez ética que se volta aos
interesses capitalistas, que deixam à
margem do processo de socialização
os menos favorecidos.
23. Escultura em Estocolmo, Suécia. Paulo Freire (segundo da
esquerda para a direita) aparece ao lado de outras seis
personalidades internacionais, entre elas Pablo Neruda e Mao
Tsé-Tung.
24. BIBLIOGRAFIA
http://pensador.uol.com.br/autor/paulo_freire/biografia/
http://www.ivanvalente.com.br/CANAIS/especiais/paulofreire/artigos/
Ivan_Valente.htm
http://www2.fe.usp.br/~etnomat/homenagens-paulo-freire.shtml
http://en.wikipedia.org/wiki/Paulo_Freire
FREIRE, Paulo. Conscientização: Teoria e Prática da
Libertação, Uma Introdução ao Pensamento de Paulo Freire. São
Paulo: Cortez & Moraes, 1979 (102 pág.).