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APOSTILA DE ARTE – PROF. ANDRÉA SANCHES – 7º. Ano “A” e “B”
ENSINO FUNDAMENTAL
Arte Renascentista
A Idade Média é assim chamada porque se situou entre dois picos de glória artística: o período clássico e o
Renascimento. Posto que a arte ainda vivia na Idade Média, o que renasceu no Renascimento – e se
estendeu pelo período barroco – foi a arte parecida com a vida. A passagem do interesse pelo sobrenatural
para o natural provocou essa mudança. A redescoberta da tradição Greco-romana ajudou os artistas a
reproduzirem acuradamente as imagens visuais. A expansão do conhecimento científico, com a maior
compreensão da anatomia e da perspectiva, possibilitou Aos pintores dos séculos XV e XVI superaram as
técnicas da Grécia e de Roma.
No período barroco dos séculos XVII e XVIII, a reverência pelo Classicismo persistiu, mas esses dois
séculos produziram uma aceleração inédita. Governados por monarcas absolutistas, as recém-unificadas de
dimensões sem precedentes, destinadas a arrebatar os sentidos e as emoções.
A Renascença: O começo da Pintura Moderna
No inicio dos anos 1400, o mundo acordou. Tendo inicio em Florença, a Renascença, ou renascimento da
cultura, se estendeu a Roma e Veneza e, em 1500, ao resto da Europa, atingindo os Países Baixos,
Alemanha, França, Espanha e Inglaterra, num movimento que ficou conhecido como a Renascença do
Norte.
Os elementos em comum foram a redescoberta da arte e da literatura da Grécia e de Roma, o estudo
científico do corpo humano e do mundo natural e a intenção de reproduzir com realismo as formas da
natureza.
Com o advento dos novos conhecimentos técnicos, como o estudo da anatomia, os artistas evoluíram na
arte de pintar retratos, paisagens, motivos mitológicos e religiosos. Em virtude do desenvolvimento das
técnicas de pintura, seu prestígio aumentou, chegando ao auge na Alta Renascença (1500-20) com
megastars como Leonardo, Michelangelo e Rafael.
Durante esse período, a exploração de novos continentes e a pesquisa científica proclamavam a confiança
no homem e, ao mesmo tempo,a Reforma Protestante diminuía o domínio da Igreja. O resultado foi que o
estudo de Deus como Ser Supremo foi substituído pelo estudo do ser humano. Desde os retratos
detalhistas de Jan van Durer, até os corpos contorcidos e a iluminação surreal de El Greco, a arte foi o meio
de explorar todas as facetas da vida na terra.
Os Quatro Grandes Patamares
Durante a Renascença, as inovações técnicas e as descobertas de obras-de-arte possibilitaram novos
estilos para representar a realidade. Os quatro grande passos foram a mudança de pintura a têmpera, em
painéis de madeira e afresco, em paredes de alvenaria, para a pintura a óleo em telas esticadas; o uso da
perspectiva, dando peso e profundidade à forma; o uso de luz e sombra, em oposição a linhas desenhadas;
e as composições piramidais na pintura.
1. Óleo sobre tela. O óleo sobre tela tornou-se o meio por excelência na Renascença. Com esse
método, um mineral como o lápis-lazuli era moído e o pó resultante misturado a terebintina (A terebintina é
um líquido conseguido através da destilação de resinas de árvores coníferas. Este líquido é geralmente
incolor, mas pode se apresentar por vezes levemente colorido devido ás impurezas. Pode ser composto por
um aroma forte e penetrante de pinho quando é fabricado a partir de resina de pinheiro. É um
bom solvente, muitas vezes usado nas tintas, vernizes e polidores. A terebentina è considerado um dos
diluentes ideais para tintas a óleo. Pode oferecer aos móveis encerados uma nova frescura. A sua aplicação
é feita com a ajuda de um pano de uma forma suave.) e aplicado sobre a tela. O aumento das opções de
cores com suaves nuance de tonalidades, permitiram aos pintores representar texturas e simular formas em
três dimensões.
2. Perspectiva. Umas das descobertas mais significativas da história da arte foi o método de criar a
ilusão de profundidade numa superfície plana, chamado “perspectiva”, que veio a ser a base da pintura
europeia nos quinhentos anos seguintes. A perspectiva linear cria o efeito ótico dos objetos se alinhando
conforme a distância por meio de linhas convergentes para um único ponto no quadro, chamado “ponto de
fuga”. Os pintores reduziam o tamanho dos objetos e apagavam as cores ou borravam detalhes à medida
que os objetos ficavam mais afastados.
3. O uso de luz e sombra. O chiaroscuro (pronuncia-se quiaroscuro), que significa “claro/escuro” em
italiano, se referia a uma nova técnica para modelar formas em que as partes mais claras parecem emergir
das áreas mais escuras produzindo, na superfície plana, a ilusão de um relevo escultural.
4. Configuração em pirâmide. Os rígidos retratos em perfil e o agrupamento de figuras numa grade
horizontal no primeiro plano da pintura deram lugar a uma “configuração piramidal”, mais tridimensional.
Essa composição simétrica alcança o clímax no centro, como a “Mona Lisa” de Leonardo, em que o ponto
focal é a cabeça da figura.
Primeiro período da Renascença: os três primeiros destaques
A Renascença nasceu em Florença. O triunvirato dos gênios do quatrocento (século XV) que inventaram
esse novo estilo é composto pelo pintor Masaccio, o escultor Donatello, que reintroduziu o Naturalismo, e o
pintor Boticelli, cujas elegantes figuras ;lineares chegaram ao auge do refinamento.
Massacio. O fundador da pintura da primeira fase da Renascença, que veio a ser a pedra angular da
pintura europeia por mais de seis séculos, foi Massacio (1401-28). Apelido de “Relaxado”, porque
descuidava de sua aparência em favor da arte, Massacio foi o primeiro, desde Giotto, a não pintar figura
humana como uma coluna linear, no estilo gótico, mas como um ser humano real. Outro pintor
reanscentista, Vasari, disse que “Massacio pôs as imagens de pé”. Também inovação de Massacio foi o
domínio da perspectiva e o uso de uma única fonte de luz constante laçando sombras precisas.
Donatello. O que Massacio fez na pintura, Donatello (1386-1466) fez na escultura. Sua obra recapturou a
descoberta central da escultura calssica: o contrapposto, ou peso concentrado numa das pernas e o resto
do corpo em relaxamento, ligeiramente virado para um lado. Donatello esculpia e drapeava as figuras com
realismo, de acordo com a estrutura óssea subjacente.
Seu “Davi” foi o primeiro nu em tamanho natural desde o período clássico. O brutal naturalismo de “Maria
Madalena”é ainda mais rigoroso, mais cruamente exato que as “verdadeiras” estatuas romanas antigas. O
artista esculpia Madalena idosa, como uma velha enrugada, encovada, com cabelos ressecados e olhos
fundos. A escultura de Donatello era tão viva que o artista, segundo dizem, gritou-lhe: “Fala, fala, ou
morreras de peste!”
Botticelli. Enquanto Donatello e Massacio lançavam as bases do realismo tridimensional, Botticelli (1444-
1510) se movia na direção oposta. Seu estilo decorativo linear e as louras donzelas flutuantes eram mais
um retrocesso à arte bizantina. Por outro lado, seus nus sintetizam a Renascença. O “Nascimento de
Venus” marca o renascimento da mitologia clássica.
A Renascença Italiana
Heróis da Alta Renascença. No século XVI, a liderança artística chegou a Roma e a Veneza, onde os
extraordinários Leonardo, Michelangelo e Rafael criaram esculturas e pinturas com total domínio das
técnicas. Sua obra fundiu as descobertas renascentistas de composição, proporções de ideais e perspectiva
de tal maneira que essa ficou conhecida como Alta Renascença (1500-20).
Leonardo da Vinci. O termo “homem da Renascença” veio a significar um indivíduo de talentos múltiplos,
que irradiava saber. Seu protótipo foi Leonardo (1452- 1519), que chegou mais perto desse ideal do que
qualquer outra pessoa de então e desde então.
Leonardo foi universalmente admirado por sua bela aparência, seu intelecto e seu charme. Sua “beleza
pessoal não podia ser maior”, segundo a opinião de um contemporâneo desse homem alto de longos
cabelos louros, “de quem cada movimento era a pura graciosidade, e cujas habilidades eram tão
excepcionais que ele resolvia prontamente qualquer dificuldade”. Como se não bastasse, Leonardo cantava
“divinamente” e “sua encantadora conversão conquistava todos os corações”.
Ávido alpinista, Leonardo adorava escalar altas montanhas e era também fascinado pelo vôo. Quando via
pássaros em gaiola, pegava ao dono para soltá-los. Esboços de asas eram frequentes nos cadernos em
que projetava os inventos voadores que veio a construir. Ele próprio os experimentava, na esperança de se
alçar às alturas. Certa vez escreveu: “Quero realizar milagres”, ambição evidente em suas invenções: uma
maquina para remover montanhas, um pára-quedas, um helicóptero, um tanque blindado, um sino de
mergulhador.
Leonardo fez mais que qualquer outro para criar o conceito de gênio-artista. Quando deu inicio ao seu
primeiro projeto, o artista era considerado um artesão servil. Ao acentuar permanentemente os aspectos
intelectuais da arte e da criatividade, Leonardo transformou o status do artista em, segundo suas palavras,
“Senhor e Deus”.
Seu brilho tinha uma mácula. O pintor contemporâneo Vasari qualificou Leonardo de “volúvel e cheio de
caprichos”. Sua curiosidade era tão onívora que as distrações o atraiam constantemente de um projeto
incompleto a outro. Quando foi contratado para pintar um altar, dedicou-se antes a estudar o movimento das
marés do Adriático e inventou sistemas de prevenção de deslizamentos de terra. Um padre disse que
Leonardo ficou tão obcecado com suas experiências matemáticas “que nem conseguia pegar nos pinceis”.
Menos de vinte trabalhos de Leonardo sobreviveram. Morreu aos 75 anos, na França, aonde fora a
chamado de Francisco I, unicamente para conversar o rei. Em seu leito de morte, segundo Vasari, Leonardo
admitiu que “tinha ofendido a Deus e a humanidade por não desenvolver sua arte como devia”.
Michelangelo: O divino. Michelangelo (1475-1564) foi criado por uma ama-de-leite cujo marido era um
cortador de pedra. O menino cresceu interessado em escultura, desenho e arte, apesar das surras que
levava para força-lo a uma “profissão respeitável”. Mas o príncipe Lourenço, o Magnífico, da família Médici,
reconheceu o talento do garoto e, quando Michelangelo tinha 15 anos, levou-o para a corte florentina, onde
o tratou como a um filho.
Foi Michelangelo quem mais contribuiu para elevar o status da atividade do artista. Acreditamos que a
criatividade era uma inspiração divina, quebrou todas as normas. Os admiradores se referiam a ele como “o
divino Michelangelo”, mas o preço da gloria foi a solidão. Certa vez Michelangelo perguntou a seu rival, o
gregário Rafael, que vivia cercado de cortesões: “Aonde você vai com tanta gente, tão contente quanto um
monsenhor?” E Rafael desferiu a resposta: “Aonde você vai, solitário como um carrasco?”.
Michelangelo se recusava a ensinar a aprendizes e não deixava ninguém ficar assistindo enquanto
trabalhava. Quando reprovavam o fato de não ter se casado e não ter deixado herdeiros, ele respondia:
“Sempre tive uma esposa muito exigente na minha arte, e meus filhos são minhas obras”. Era muito
emocional, rude e excêntrico. Só se sentia feliz quando estava trabalhando ou escolhendo um bloco de
mármore na pedraria. Seu humor podia ser cruel: quando lhe perguntaram por que uma coruja, num quadro
de outro artista, era tão mais convincente que os outros elementos, ele respondeu que “todo pintor faz um
bom auto-retrato”.
Arquiteto, escultor, pintor, poeta e engenheiro, Michelangelo não conhecia limitações. Certa vez, quis
esculpir um colosso numa montanha inteira. Fez esculturas até sua morte, com quase noventa anos. Suas
ultimas palavras foram: “Lamento estar morrendo justamente quando estou aprendendo o alfabeto da minha
profissão”.
O escultor. Michelangelo achava que, entre todas as artes, a mais próxima de Deus era a escultura. Deus
havia criado a vida a partir do barro, e o escultor libertava a beleza da pedra. Segundo ele, sua técnica
consistia em “libertar a figura do mármore que a aprisiona”. Enquanto outros escultores adicionavam
pedaços de mármore para disfarçar seus erros, Michelangelo fazia suas esculturas num bloco único. “Ainda
que rolem do alto de uma montanha, não cairá um só pedaço”, disse outro escultor da época.
O primeiro trabalho a lhe trazer renome, esculpido quando o artista tinha 23 anos, foi a “Pietà”, que significa
“piedade”. O arranjo piramidal é derivado de Leonardo, com a clássica postura do rosto da Virgem refletindo
a expressão calma, idealizada, das estátuas gregas. A precisão anatômica do corpo de Cristo se deve à
dissecação de cadáveres efetuada por Michelangelo. Quando a estátua foi descoberta, um apreciador a
atribuiu a um escultor mais experiente, recusando-se a acreditar que um jovem desconhecido fosse capaz
de realizar tal obra. Ao saber disso, Michelangelo esculpiu seu nome na faixa que atravessa o seio da
Virgem. Foi seu único trabalho assinado.
O pintor: a Capela Sistina. Uns vinhedos sobre o fundo azul – foi o que o Papa Julio II pediu para
embelezar o teto da Capela Sistina, que mais parecia o de um celeiro. E o artista lhe deu mais de 340
figuras representando a origem e a queda do homem, no empreendimento artístico mais ambicioso da
Renascença. O fato de Michelangelo ter realizado tal proeza em menos de quatro anos, sem assistentes, é
testemunha de sua singularidade.
Apenas as condições físicas apresentavam um formidável desafio. Com o comprimento de quase metade
de um campo de futebol, o teto apresentava três mil metros quadrados para projeto, esboço, alvenaria e
pintura. As infiltrações umedeciam demais a alvenaria. A curva da abobada cilíndrica, atravessada por
abóbodas cruzadas, dificultava ainda mais o trabalho de Michelangelo. Como se não bastasse, ele tinha que
trabalhar encolhido numa posição desconfortável, num andaime com altura equivalente a sete andares.
Apesar de seu desdém pela pintura, que ele considerava uma arte inferior, o afresco de Michelangelo
atingiu um ponto Maximo, com figuras retiradas não do mundo real, mas do mundo de sua própria criação.
Os nus, jamais pintados em escala tão colossal, são simplesmente apresentados, sem cenário e sem
ornamentos. Assim como em sua escultura, os torsos são mais expressivos que os rostos. As formas nuas,
contorcidas, têm uma qualidade de relevo, como se tivessem sido esculpidas em pedra colorida.
Tomando uma parede inteira da Capela Sisitina, o afresco “O Juízo Final”, de Michelangelo, foi terminado
29 anos após a pintura do teto. A pintura impressiona pela atmosfera sinistra. Cristo não é representado
como um Redentor misericordioso, mas como um Juiz vingativo, alcançando um efeito tão aterrorizante que
o Papa Paulo III, caiu de joelhos diante do afresco, gritando: “Senhor, perdoai os meus pecados!” Aqui
também Michelangelo mostrou sua habilidade suprema para apresentar formas humanas em movimento:
quase quatrocentas figuras contorcidas em luta, em resistência, sendo atiradas ao inferno.
O Arquiteto. Em seus últimos anos, Michelangelo dedicou-se à arquitetura, supervisionando a reconstrução
da Basílica de São Pedro, em Roma. Em virtude de seu eterno entusiasmo pelo corpo, não admira que
Michelangelo acreditasse que “os membros da arquitetura são derivados dos membros humanos”. Assim
como braços e pernas flanqueiam o tronco humano, as unidades arquitetônicas deveriam cercar
simetricamente um eixo vertical central.
O melhor exemplo desse estilo inovador é a Colina Capitolina, em Roma, o primeiro grande centro cívico da
Renascença. A colina havia sido o coração simbólico da Roma antiga, e o papa queria restaura-la em sua
primitiva grandiosidade. As duas edificações existentes então se situavam, uma em relação à outra, num
esdrúxulo ângulo de oitenta graus. Michelangelo tirou partido dessa disposição acrescentando outra
construção no mesmo ângulo, ladeando o edifício central, o Palácio dos Senadores. Isto feito, redesenhou a
fachada dos edifícios laterais de modo a ficarem idênticos e deixou o quarto lado aberto, com vista
panorâmica para o Vaticano.
Uma estátua do Imperador Marco Aurélio sobre um piso de padrão oval dava unidade ao conjunto. Os
arquitetos renascentistas julgavam o oval “instável”e o evitavam, mas, para Michelangelo, a medida e a
proporção não eram determinadas por formulas matemáticas e, sim, “guardadas nos olhos”.
Rafael. Dentre as três maiores figuras da escola da Alta Renascença (Leonardo, Michelangelo e Rafael),
Rafael (1483-1520) seria eleito o mais popular. Enquanto os outros dois eram reverenciados, Rafael era
adorado. Um contemporâneo dos três, chamado Vasari, que escreveu a primeira história da arte, afirmou
que Rafael era “tão amável e bondoso que até os animais o amavam”.
O pai de Rafael, um pintor medíocre, ensinou ao precoce filho os rudimentos da pintura. Aos 17 anos de
idade, Rafael era considerado um mestre independente. Aos 26 anos, chamado a Roma, pelo Papa para
decorar os aposentos do Vaticano, ele pintou afrescos, com a ajuda de cinquenta discípulos, no mesmo ano
em que Michelangelo terminou o teto da Capela Sistina. “Tudo o que ele sabe”, disse Michelangelo,
“aprendeu comigo”.
Rico, bonito e bem sucedido, seguindo de triunfo em triunfo, Rafael era uma estrela na esplendorosa corte
papal. Dedicado admirados das mulheres, ele era “muito amoroso”, segundo Vasari, e tinha “prazeres
secretos além de todas as medidas”. Quando apanhou uma febre, depois de um encontro à meia noite, e
morreu, no dia em que completava 37 anos, toda a corte “mergulhou em luto”.
A arte de Rafael foi a que mais expressou todas as qualidades da Alta Renascença. De Leonardo, ele
assimilou a composição piramidal e aprendeu a modelar rostos em luz e sombra (chiaroscuro). De
Michelangelo, Rafael adotou as figuras dinâmicas, de corpo inteiro, e a pose contrapposto.
Ticiano: Pai da Pintura Moderna. Assim como seus contemporâneos venezianos, Ticiano (1490?- 1576),
que dominou o mundo da arte durante sessenta anos, usava as cores fortes como principal meio
expressivo. Primeiro pintava a tela de vermelho, para dar calor ao quadro, depois pintava o fundo e as
figuras em matizes vívidos e acentuava as tonalidades usando de trinta ou quarenta camadas vidradas.
Esses trabalhoso método possibilitava uma pintura convincente de qualquer textura, de metal polido ao
brilho da seda, de cabelos louro-dourados à pele cálida. Um dos primeiros artistas a abandonar os painéis
de madeira, Ticiano adotou o óleo sobre tela como seu veiculo característico.
Depois que sua esposa morreu, em 1530, pintura de Ticiano emudeceu um pouco, tornando-se quase
monocromática. Extremamente prolífico até os oitenta e muitos anos, á medida que sua vista enfraquecia,
suas pinceladas amoleciam. No fim de sua vida, eram pinceladas largas, carregadas de tinta, largadas na
tela. Um discípulo afirmou que Ticiano “pintava mais com os dedos do que com os pinceis”.
A ESCOLA VENEZIANA. Enquanto os artistas de Roma e Florença se concentravam em formas esculturais
e temas épicos, os venezianos eram fascinados por cor, textura e clima. Giovanni Bellini (1430- 1516) foi o
primeiro mestra italiano da técnica de pintura a óleo. Mentor de Ticiano, Bellini foi também o primeiro a
integrar figura e paisagem. Giorgione (1476-1510) despertava a emoção por meio de luz e cor. Em sua
“Tempestade”, uma ameaçadora nuvem carregada cria um clima de tristeza e mistério. Depois de Ticiano –
o mias famoso entre os artistas venezianos - , Tintoretto e Veronese deram continuidade ao estilo
majestoso, de grandes dimensões, de alta dramaticidade e colorido intenso. No século XVIII, o pintor rococó
Tiepolo retomou a tradição veneziana, assim com Guardi e Canaletto, com suas paisagens urbanas com
atmosfera própria.
ARQUITETURA NA RENASCENÇA ITALIANA
Formada nos mesmos princípios da geometria harmoniosa em que se baseava a pintura e a escultura, a
arquitetura recuperou o esplendor da Roma Antiga. Os arquitetos renascentistas mais notáveis foram
Alberti, Brunelleschi, e Palladio.
Escritor, pintor escultor e arquiteto, Alberti (1404-72) foi o maior teórico da Renascença e deixou tratados
de pintura, escultura e arquitetura. Ele menosprezava o objetivo religioso da arte e propunha que os artistas
buscassem no estudo das ciências, como historia, a poesia e a matemática, os fundamentos de seu
trabalho. Alberti escreveu o primeiro manual sistematizado de perspectiva, oferecendo aos escultores as
normas das proporções humanas ideais.
Outro renascentista de múltiplos talentos foi Brunelleschi (1377-1446). Excelente ourives, escultor,
matemático, relojoeiro e arquiteto, ele é mais conhecido, porem, como o pai da engenharia moderna.
Brunelleschi não só descobriu a perspectiva matemática como lançou o projeto da igreja em plano central,
que veio a substituir a basílica medieval. Somente ele foi capaz de construir o domo da Catedral de
Florença, chamada então de oitava maravilha do mundo. Sua técnica consistiu em construir duas células,
uma apoiando a outra, encimadas por uma claraboia estabilizando o conjunto. No projeto da Capela Pazzi,
Brunellleschi utilizou motivos clássicos da fachada, ilustrando a retomada das formas romanas e a ênfase
renascentista na simetria e na regularidade.
Em 1502, Bramante (1444-1514) construiu o Tempietto (Pequeno Templo) em Roma, no local onde São
Pedro foi crucificado. Embora pequeno, é o protótipo perfeito da igreja com plano central encimada por
domo, expressando os ideais renascentistas de ordem, simplicidade e proporções harmoniosas.
Famoso por suas vilas e bseus palácios, Palladio (1508- 80) teve enorme influencia sobre os séculos
posteriores através do seu tratado Quatro Livros de Arquitetura. Pioneiros do neoclássico como Thomas
Jefferson e Chistopher Wren, se basearam no manual de Palladio. A Villa Rotonda incorporou detalhes
gregos e romanos, como pórticos, colunas jônicas, domo plano, como o do Panteon, e aposentos dispostos
simetricamente em torno de umaa rotunda central.
ALGUMAS OBRAS RENASCENTISTAS
“SANTA CEIA” OU “A ÚLTIMA CEIA” – Leonardo da Vinci
A Última Ceia é uma das pinturas mais famosas de Leonardo da Vinci, artista italiano da época do
Renascimento Cultural. É considerada por muitos historiadores e estudiosos de arte como uma das mais
importantes e representativas obras de arte de todos os tempos.
Esta pintura foi feita por Da Vinci entre os anos de 1495 e 1497. É uma pintura mural e está na parede do
refeitório do convento dominicano de Santa Maria da Graça, na cidade italiana de Milão (local original onde
foi pintada).
A pintura retrata a última ocasião em que Jesus Cristo se reuniu com seus apóstolos para compartilhar o
pão e o vinho, antes de sua morte.
Medidas: 460 cm de altura e 880 cm de largura.
- Método de pintura: mista com predominância da têmpera e óleo sobre camada dupla de preparação de
gesso aplicada sobre estuque (reboco).
Você sabia que: A Última Ceia foi encomendada por Ludovico Sforza, duque de Milão.
“A ESCOLA DE ATENAS “ – Rafael de Sanzio
Escola de Atenas, de Rafael, é um afresco emocionante e poderoso (7,70 m de base, 5,70 m de altura) que
tem sido motivo de admiração tanto para leigos quanto para eruditos, por 5 séculos. É pois oportuno,
quando comemoramos os 500 anos da descoberta do Brasil e o fim do milênio, nos inspirarmos em
reflexões sobre esta fantástica obra do alto renascimento.
A Escola de Atenas é um afresco (pintura mural) realizado por Rafael entre 1509-1511, como parte de um
grande ciclo de suas obras no Vaticano.
Para entendermos melhor o ambiente da corte papal naquela época, basta lembrar que aí trabalharam
Michelangelo, na Capela Sistina, Bramante, o grande arquiteto da Basílica de São Pedro e o próprio Rafael,
bem mais novo que ambos. Rafael vinha da mesma cidade de Bramante, Urbino, o que lhe deu importante
apoio como jovem iniciante de carreira no Vaticano, embora já aí tivesse chegado como notável mestre da
pintura, discípulo de Peruggino e criador de famosas madonas.
Rafael foi convidado, por indicação de Bramante, então arquiteto do Papa Júlio II, para pintar algumas salas
no Vaticano, em particular a biblioteca particular do Papa.
O Papa impressionou-se de tal forma com a pintura delicada e perfeita de Rafael que mandou apagar
algumas obras de grandes artistas mais antigos, inclusive do próprio Peruggino, mestre de Rafael, que
entretanto recusou-se a destruir a obra do antigo professor. A Escola de Atenas é parte de uma série de
obras em várias salas próximas à Capela Sistina, onde trabalhava simultaneamente Michelangelo. Estas
salas são hoje chamadas Stanze di Raffaello. Júlio II Giuliana Della Rovere, soube explorar a competição
entre Rafael e Michelangelo, que afinal produziram miraculosas obras no Vaticano e que ainda hoje, 500
anos depois, são tesouros da cultura. Infelizmente Rafael morreu jovem, aos 37 anos, de doença súbita que
o levou em poucos dias, tendo falecido no mesmo dia em que nascera: uma Sexta-Feira Santa.
Consideremos sua Escola de Atenas:
A teatralidade da obra é tal que ao observador parece que se abriram as cortinas de um cenário
monumental: 56 figuras em variadas vestes e cores cuja distribuição espacial é de grande impacto, apesar
de seu equilíbrio.
Pouco a pouco, passados os primeiros instantes de pura admiração, percebemos uma estrutura de grupos
distintos em torno das duas figuras centrais de Platão e Aristóteles. Platão, com o vulto de Leonardo, ergue
o indicador para o alto, simbolizando o poder das ideias abstratas. Aristóteles, com a mão espalmada para
baixo, indica a realidade material da natureza. Esta dualidade pode, entretanto ser interpretada como uma
grande síntese necessária para a compreensão filosófica da existência. Seria o que foi denominado, na
época de Rafael, a Pax Filosófica.
Esta interpretação é ampliada pela presença de Sócrates em discussão com Alcebíades (Alexandre?) e
pelo grupo de Pitágoras, mais embaixo, à esquerda, assistido por Averróes.
A presença da música ligada aos números é ilustrada pela lousa mostrada a Pitágoras por um belo menino
e que contém as famosas relações da harmonia do diapasão musical. Esta harmonia estendida ao universo
é sugerida pela presença de Euclides(grupo embaixo, à direita) com um compasso na mão, próximo a duas
magníficas figuras sustentando globos – globo celeste com Zoroastro (de frente) e globo terrestre com
Ptolomeu (de costas).
Euclides é representado pelo vulto de Bramante, amigo e protetor de Rafael na corte de Júlio II e arquiteto
de São Pedro. A monumentalidade da arquitetura representada no afresco é certamente de influência de
Bramante, enquanto a colocação nos nichos das figuras de Apolo (à esquerda) e Minerva (à direita) acentua
a complementaridade entre a perfeição da Beleza (Apolo) e a universalidade da Sabedoria (Minerva).
Duas figuras destacam-se pelo seu relativo isolamento: Diógenes, reclinado na escadaria, em pose
certamente displicente e quase depreciativa de todos, e Heráclito, com a mão no rosto escrevendo sobre
um bloco de mármore, e em atitude pensativa. O vulto de Heráclito é reconhecido como o de Michelangelo e
cabe aqui uma curiosa observação: uma análise da base do afresco ("intonaco") mostra que se trata de um
"pentimento", figuras colocadas após o término do trabalho, em nova porção do mural "al fresco", permitindo
a difusão da nova tinta. A generosa interpretação de alguns críticos é de que Rafael introduziu a figura de
Heráclito (com o vulto de Michelangelo) após o término do afresco e após ter visto, com admiração e com a
cumplicidade de Bramante, a Capela Sistina, pintada pelo grande rival. Este "sentimento" seria assim uma
nobre homenagem ao seu competidor na corte de Júlio II. Finalmente devemos mencionar o autorretrato
de Rafael (boina preta) com seu colega e amigo Sodoma(boina branca) junto à coluna inferior direita, como
que observando os espectadores.
O NASCIMENTO DE VÊNUS
O Nascimento de Vênus é uma obra do pintor italiano Sandro Botticelli. A pintura mostra a Vênus surgindo
nua de uma concha sobre as espumas do mar. A obra ainda apresenta Zéfiro, o vento do Oeste,
assoprando na direção da deusa, acompanhado pela ninfa Clóris. À direita de Vênus, há uma Hora
(deusas das estações) que lhe entrega um manto com flores bordadas.
Provavelmente, Botticelli tenha feito a obra no ano de 1486. Na época, O Nascimento de Vênus e A Alegoria
da Primavera, ambos de Botticelli, foram produzidos por encomenda de Lorenzo di Pierfrancesco, um
político e banqueiro italiano que queria enfeitar sua residência, a Villa Medicea di Castello.
Esta obra de Botticelli foi influenciada pelo neoplatonismo cristão, pois o pintor havia participado dos
círculos de Lourenço de Médici, que tinham por objetivo conciliar as ideias clássicas às cristãs.
Acredita-se que a nudez da deusa não representa a paixão carnal, mas sim a paixão espiritual. Na obra,
Vênus é apresentada de forma esguia e com traços harmoniosos. Além disso, Botticelli utiliza cores claras e
puras, exaltando a pureza da alma e a beleza clássica.
Em sua totalidade, a obra apresenta serenidade e luminosidade, o que pode ser compreendido de duas
formas. De certa maneira, aponta para a temática mitológica, levando-se em e consideração a influência
das esculturas gregas na composição da Vênus. Por outro lado, a obra apresenta símbolos cristãos como a
concha e a água (batismo de Jesus Cristo), além dos anjos, que seriam Zéfiro e Clóris.
Ao contrário das obras de Leonardo da Vinci e Rafael, a anatomia de O Nascimento de Vênus não
apresenta o realismo clássico. Nota-se que o pescoço da deusa é mais longo e seu ombro esquerdo tem
uma representação anatômica incorreta. Acredita-se que estes erros sejam uma espécie de licença artística
de Botticelli, sendo que alguns críticos de arte indiquem estes detalhes como influência do Maneirismo, que
era uma vertente revisionista dos valores clássicos e naturalistas do Humanismo renascentista.
OS QUATROS Rs DA ARQUITETURA DA RENASCENÇA
Ao quatro Rs da arquitetura renascentista são Roma. Regras. Razão e aRitmética (do inglês Rithmetic).
Roma. Em conformidade com sua paixão pelos clássicos, os arquitetos renascentistas mediam
sistematicamente as ruínas romanas para copiar o estilo e a proporção. Retomaram elementos como arco
pleno, construção em concreto, domo redondo, pórtico, abóbada cilíndrica e colunas.
Regras. Dado que os arquitetos se consideravam mais estudiosos do que construtores, baseavam seus
trabalhos nas teorias apresentadas nos diversos tratados. As regras estéticas formuladas por Alberti tinham
ampla aceitação.
Razão. As teorias enfatizavam a base racional contida nas ciências, na matemática e na engenharia. A
razão pura substituía a mentalidade mística da Idade Média.
aRitmética. Os arquitetos dependiam da aritmética para produzir a beleza e a harmonia. Um sistema de
proporções ideais assentavam as partes de um estilo em relações numéricas, como a razão de 2/1 para
uma nova com altura igual ao dobro da largura da igreja. As plantas dos prédios se baseavam em formas
geométricas, principalmente no círculo e no quadro.
Fonte:
http://www.gondim.net/2013/11/renascimento-cultural-resumo-e-100.html
ARTE COMENTADA (CAROL STRIKLAND)
http://www.ifsc.usp.br/~reginaldo/Historia/escola-atenas/
http://www.sabercultural.com/template/obrasCelebres/A-Escola-de-Atenas.html
Fontes:
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/03/17/pintura-nascimento-de-venus-1483-1485-
275237.asp
http://educacao.uol.com.br/biografias/sandro-botticelli.jhtm
Atividades
1) Inspirando-se na Antiguidade Clássica (Grécia-Roma), o Renascimento valorizava o homem,
refletindo mesmo uma visão antropocêntrica do mundo. Esse movimento teve origem:
a) na França
b) na Alemanha.
c) na Espanha.
d) em Portugal.
e) na Itália.
2) "Nós outros pintores queremos pelos movimentos do corpo mostrar os movimentos da alma (...) Convém,
portanto que os pintores tenham um conhecimento perfeito dos movimentos do corpo e os aprendam da
natureza para imitar, por mais difícil que seja os múltiplos movimentos da alma."
(ALBERTI, L.B. Della Pintura, livro II; 1453. In: TENENTI, Alberto. Florença na época dos Médici. São Paulo:
Perspectiva, 1973).
Este fragmento de texto referente à arte renascentista ajuda a explicar:
a) a influência do pensamento religioso na pintura renascentista que objetivava a manutenção do
teocentrismo.
b) a desvinculação entre arte e religião a partir da negação da existência da alma.
c) a aliança entre arte e religião na medida em que a arte representaria a concretização dos conceitos
religiosos.
d) a proibição da igreja de que os pintores representassem o ser humano.
e) a necessidade do estudo da anatomia para a produção de obras cada vez mais perfeitas.
2) O Renascimento teve início na Península Itálica, em uma época na qual ali já havia uma economia
próspera, geradora de excedentes que puderam ser investidos na cultura. Analise as afirmações
seguintes sobre o Renascimento e alguns de seus personagens.
I - Os renascentistas opunham-se ao misticismo, ao teocentrismo e ao geocentrismo.
II - Enquanto Copérnico afirmava que os planetas giravam ao redor do Sol, William Harvey e Miguel
Servet promoviam o avanço da Matemática, com a demonstração de vários teoremas.
III - Miguel Ângelo, gênio da escultura, foi também pintor, tendo decorado o teto da Capela Sistina
no Vaticano. Das suas esculturas destacam-se as obras “Moisés”, “Pietá” e “Davi”.
IV - Sandro Botticelli, com “Alegoria da Primavera”,e Ludovico Ariosto, com “Orlando Furioso”, foram
pintores que com estas obras enriqueceram a tradição pictórica italiana.
Estão corretas:
a)apenas II e III
b)apenas I e III
c) apenas II e IV
d) I, III e IV
e) apenas I e IV
4) O trecho abaixo é um diálogo entre D. Quixote e seu fiel escudeiro Sancho Pança, personagens da
monumental obra de Miguel Cervantes, Dom Quixote de La Mancha...
“...” Quais gigantes? – Disse Sancho Pança.- Aqueles que ali vês - respondeu o amo [...]- Olhe bem Vossa
Mercê - disse o escudeiro que aquilo não são gigantes, são moinhos de Vento.[...]- Bem se vê - respondeu
Dom Quixote - que não andas corrente nisto das aventuras, são gigantes, são; e se tens medo tira-te daí e
põe-te em oração enquanto eu vou entrar com eles em [...] desigual batalha. “...”
CERVANTES de Saavedra, Miguel de. Dom Quixote de La Mancha. São Paulo, Abril Cultural, 1981. p. 55.
Analisando o texto, o momento e as circunstâncias em que foi escrito, é correto afirmar, EXCETO:
a) Dom Quixote de La Mancha é uma das principais obras do chamado Renascimento Cultural.
b) Dom Quixote, como a maioria das obras do Renascimento, defende intransigentemente as
instituições medievais, daí seu principal personagem ser um cavaleiro andante.
c) William Shakespeare, autor de Romeu e Julieta, Hamlet, Macbeth e muitas outras obras e Luís de
Camões, autor de Os Lusíadas, também foram autores do chamado Renascimento Literário.
d) O Renascimento provocou mudanças na literatura, arquitetura, escultura, pintura, música e nas ciências.
e) O movimento renascentista representou o novo, o moderno – o mundo das cidades e do dinheiro, e se
opunha aos conceitos e instituições medievais.
5) Sobre o Renascimento cultural europeu, é CORRETO afirmar:
I - O homem passou a se dedicar mais a Deus do que a si próprio.
II - A classe burguesa desenvolveu a capacidade de competição aumentando a concorrência
III - A resignação permaneceu como herança da mentalidade cristã medieval.
IV - Os humanistas foram grandes admiradores da cultura greco-romana.
V - A visão racionalista do mundo foi substituída pela fé.
Estão corretas:
a) I e II;
b) II e III;
c) III e IV
d) II e IV
e) IV e V
6) Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) nas suas referências ao Renascimento:
I - O significado do termo Renascimento está associado à idéia de um novo nascimento da cultura européia,
nas suas variadas manifestações, especialmente nas artes.
II - Os pensadores renascentistas limitaram-se a imitar os modelos das civilizações grega e romana.
III - Entre os renascentistas mais conhecidos nas artes plásticas destacaram-se Miguel Ângelo, Leonardo da
Vinci e Rafael.
IV - Entre os escritos renascentistas destacaram-se O Elogio da Loucura (Erasmo de Rotterdam), O
Príncipe (Nicolau Maquiavel) e A Utopia (Thomas Morus).
V - Fenômeno marcante da cultura renascentista foi seu caráter universalista. O deísmo, porém, foi um dos
ideais almejados, pois dava acesso à sabedoria e à santidade.
VI - O renascimento religioso, identificado na Europa por vários historiadores, foi associado à Reforma
Protestante e à Contra-Reforma Católica.
a) I, II e III;
b) II, III e IV;
c) I, III e IV;
d) III, IV e V;
e) IV, V e VI
7) No contexto do Renascimento, é correto afirmar que o humanismo:
a) Apoiava-se em concepções nascidas na Antigüidade Clássica.
b) Teve em Erasmo de Roterdam um de seus principais expoentes.
c) Influenciou concepções que desencadearam a “Reforma Religiosa”.
d) Inspirou uma verdadeira revolução cultural, iniciada na Itália.
e) Todas estão corretas
8) O Renascimento teve seu início na Itália, sendo alguns de seus grandes representantes Michelangelo e
Leonardo da Vinci. Sobre o Renascimento europeu analise as afirmativas abaixo:
I) Significou uma mudança nos modos de pensar e agir no Ocidente.
II) Foi influenciado apenas pelo pensamento da Igreja Católica.
III) Buscou muitas referências na antigüidade clássica.
IV) Vários de seus representantes como Giordano Bruno e Galileu Galilei tiveram problemas com a
inquisição.
V) A pintura renascentista não teve na perspectiva um de seus pontos fortes.
VI) O Renascimento entra em decadência em fins do século XVI devido em grande parte aos
posicionamentos da Contra-Reforma Católica.
Estão INCORRETAS:
a) I e II;
b) II e III;
c) III e IV;
d) II e V;
e) IV e VI
9) São alternativas corretas referentes ao Renascimento:
I) O progresso econômico e social dos fins da Idade Média, criou o clima de euforia e autoconfiança na
burguesia, de que a arte renascentista foi a expressão máxima.
II) A invenção da imprensa por Gutemberg, facilitou a difusão dos ideais renascentistas.
III) O reflorescimento do sistema feudal lançou as bases do futuro movimento renascentista.
IV) O apoio da burguesia industrial do sul da Itália, explica a causa da prioridade italiana no Renascimento.
V) O espírito de observação e crítica (livre exame), que surgiu durante o Renascimento, favoreceu o
progresso de várias ciências.
VI) As riquezas, provenientes do Oriente, favoreceram o surgimento de grandes escritores renascentistas
em Portugal como Camões, Cervantes e Tomas Morus.
Estão corretas:
a) I, II e V;
b) I, III e VI;
c) II, III e IV
d) III, IV e V;
e) IV, V e VI
10) Na transição entre a Idade Média e a Idade Moderna:
I ) Na inspiração artística da Renascença, os motivos religiosos constituíram uma exceção, no conjunto das
obras do período, este foi o caso de Velázquez e Rembrandt.
II ) A arte renascentista preocupou-se com o homem e, tecnicamente, com o jogo de cores, luzes e
sombras, perspectiva e movimento.
III) Os princípios do racionalismo e do humanismo tiveram origem na teologia medieval, que defendia a
independência da razão frente ao mundo espiritual.
IV) O homem do Renascimento considerava-se inserido num “tempo novo”, que expressava a concepção de
mundo de uma sociedade marcada pelo desenvolvimento da economia mercantil.
V) O Renascimento artístico optou pelo gradual abandono dos valores e formas da Antigüidade Clássica
que haviam sido resgatados durante a Idade Média.
VI) As Grandes Navegações, ao abrirem novos mundos à exploração dos europeus, contribuíram para o
questionamento de valores filosóficos e culturais na Época Moderna.
Estão corretas:
a) I, III e V;
b) II, III e IV;
c) II, IV e VI;
d) III, IV e V;
e) IV, V e VI
11) O Humanismo renascentista assinala, no plano das transformações intelectuais, o início dos chamados
“Tempos Modernos”, podendo ser identificado por uma das seguintes proposições:
a) o Humanismo foi a doutrina filosófica de Renascimento e a imitação da Antigüidade greco-romana foi a
sua característica marcante;
b) o Humanismo, ao valorizar acima de tudo a tradição clássica greco-romana, constituiu um movimento
contrário ao Renascimento;
c) o Humanismo não teve características próprias, não foi um movimento autônomo, pois, desde o início,
esteve integrado ao Renascimento;
d) a valorização do homem moderno e a recusa em reconhecer todo e qualquer valor à Antigüidade
Clássica era a principal tônica do humanismo;
e) o Humanismo buscava recuperar a tradição clássica, os valores gregos e romanos, reinterpretando-os à
luz das novas preocupações culturais.
12) Tendo em vista as relações existentes entre o Humanismo e o Renascimento, poder-se-ia afirmar que:
a) O Humanismo constituiu um movimento filosófico contrário ao Renascimento;
b) o Humanismo foi o movimento que antecedeu ao Renascimento, sendo totalmente absorvido por este
último;
c) o Humanismo e o Renascimento são movimentos contemporâneos, embora totalmente distintos e sem
muitas relações entre si;
d) o Humanismo foi a visão do mundo que permitiu à herança greco-romana adquirir uma importância
renovada no âmbito do movimento renascentista;
e) o Humanismo foi a filosofia do Renascimento, imprimindo-lhe o caráter de imitação da Antigüidade greco-
romana.
13) O Humanismo foi um movimento que não pode ser definido por:
a) ser um movimento diretamente ligado ao Renascimento, por suas características antropocentristas e
individuais;
b) ter uma visão do mundo que recupera a herança greco-romana, utilizando-a como tema de inspiração;
c) ter valorizado o misticismo, o geocentrismo e as realizações culturais medievais;
d) centrar-se no homem, em oposição ao teocentrismo, encarando-o como medida comum de todas as
coisas;
e) romper os limites religiosos impostos pela Igreja às manifestações culturais.
14) “Se volveres a lembrança ao Gênese, entenderás que o homem retira da natureza o seu sustento e a
sua vida. O usurário, ao contrário, nega a vida, desprezando a natureza e o modo de viver que ela ensina,
pois outros são no mundo seus valores ideais” - Dante Aleghieri - A Divina Comédia -Inferno
Esta passagem do poeta florentino exprime:
a) Uma visão já moderna da natureza, que aqui aparece sobreposta aos interesses do homem;
b) um ponto de vista já ultrapassado no seu tempo, posto que a usura era uma prática comum e não mais
proibida;
c) uma nostalgia pela Antigüidade greco-romana, onde a prática da usura era severamente coibida;
d) uma concepção dominante na Baixa Idade Média, de condenação à prática da usura por ser contrária ao
espírito cristão;
e) uma perspectiva original, uma vez que combina a prática de usura com a felicidade humana.
15) “Que obra de arte é o homem: tão nobre no raciocínio; tão vário na capacidade; em forma e movimento,
tão preciso e admirável; na ação é como um anjo; no entendimento é como um Deus; a beleza do mundo; o
exemplo dos animais.”
Este comentário de Shakespeare, em Hamlet, define uma posição.
a) teocentrista;
b) humanista;
c) reformista;
d) atomista;
e) e) realista.
16) Com relação à arte medieval, o Renascimento destaca-se pelas seguintes características:
a) a perspectiva e a pintura a óleo;
b) as vidas de santos e o afresco;
c) a representação do nu e as iluminuras;
d) as alegorias mitológicas e o mosaico;
e) o retrato e o estilo romântico na arquitetura.
17) Sobre o Renascimento, assinale com V (verdadeiro) ou com F (falso) as afirmações abaixo.
( ) A arte renascentista italiana reforçou a concepção formal hierárquica e cristã herdada da arte românica.
( ) O Humanismo, enquanto elemento importante do Renascentismo, deve ser entendido como um
movimento intelectual de valorização da Antigüidade Clássica, sem que se pregasse um retorno ao
passado.
( ) Os novos conteúdos e estilos sociais do Renascimento eram exclusivamente burgueses, já que
precisavam romper com as práticas do feudalismo.
( ) O racionalismo renascentista pretendia explicar o mundo pela razão do homem e pela ciência.
( ) O teocentrismo e o caráter civil e cortesão foram algumas das características do Renascimento.
A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) V – F – F – F – V
b) F – V – F – V – F
c) F – F – V – F – V
d) V – F – F – V – V
e) F – V – V – F – F
18) Considere os textos abaixo:
I. O renascimento comercial reativou o intercâmbio cultural entre o Ocidente e Oriente.
II. A ascensão social e econômica da burguesia propiciava apoio e financiamento ao desenvolvimento da
nova cultura.
III. O aperfeiçoamento da imprensa teve importância no século XVI. Na verdade não pode ser considerado
um fator direto, pois, embora seja uma inovação de capital importância para a humanidade, seus efeitos só
se fizeram sentir no último século desse movimento.
Eles referem-se a:
a) resultados das idéias Iluministas;
b) causas que deram origem à Reforma;
c) fatores que geraram o Renascimento;
d) fatores que implementaram o Absolutismo;
e) conseqüências do Despotismo Esclarecido.
19) A invenção da imprensa no século XV o avanço técnico e científico promovido pela expansão comercial
e marítima e a proteção e financiamento dos artistas interessados em afirmar seus valores são fatores que
contribuíram para a eclosão do momento cultural europeu denominado:
a) iluminismo
b) antropocentrismo
c) reforma
d) renascimento
e) romantismo
20) “Os estudos sobre o Renascimento fracionaram o que a Renascença teve a paixão de unir. Nenhum dos
seus promotores se conformou em confinar a sua atividade num único domínio (...) Na sua maior parte,
estes criadores debruçaram-se atentamente sobre os dados teóricos das respectivas realizações, sem que
a sua reflexão se deixasse deter por quaisquer limites (...) e a arte era, sob a sua perspectiva, a maneira de
reproduzir ou de, pelo menos, revelar a ordem secreta do Universo.”
(RAPP, Francis. In: História Geral da Europa.)
Sobre o Renascimento, assinale o que for correto.
I – A arte renascentista é uma arte de pesquisa, invenção e inovação.
II – Entre os valores renascentistas não estavam incluídos o individualismo, o hedonismo e o espírito crítico.
III – O Renascimento foi essencialmente um movimento elitista. A partir dele, abriu-se uma nítida divisão
entre arte erudita e arte popular.
IV – No Renascimento, a burguesia, o clero e a nobreza se empenharam em harmonizar seus valores e
tradições.
V – As manifestações artísticas, preocupadas exclusivamente com a emoção e o sentimento, ignoraram as
contribuições das ciências.
a) I e II;
b) II e III;
c) I e III;
d) III e IV;
e) IV e V.
21) O Renascimento é considerado por muitos historiadores como um marco na revolução intelectual do
Ocidente. Ocorreu primeiro na Itália e pode ser caracterizado por modificações nas artes em geral e em
alguns conceitos anteriormente aceitos como imutáveis. Assinale o mais correto:
a) O humanismo, o heliocentrismo e o uso da fé como base para todo e qualquer pensamento ou criação
artística.
b) As idéias de Santo Tomás de Aquino, a estética e os conceitos medievais.
c) O rompimento com a cultura e estética medievais, a valorização da cultura grecoromana, o racionalismo e
o mecenato.
d) A resistência da burguesia aos novos valores.
e) O teocentrismo, a aceitação dos dogmas da Igreja, o anti-naturalismo.
22) A cultura renascentista favoreceu a valorização do homem, estimulando a liberdade de expressão
presente em diferentes manifestações artísticas e literárias. Entretanto, a participação da Igreja Católica,
entre os mecenas, pode ser associada:
a) à renovação das idéias defendidas pela hierarquia eclesiástica, que se deixara influenciar pelo liberalismo
burguês.
b) à continuidade do cristianismo como religião dominante, limitando a liberdade de expressão aos valores
estabelecidos pela igreja.
c) ao engajamento da intelectualidade católica nas experiências científicas, na tentativa de conciliar razão e
fé.
d) às novas condições de vida na Europa, que extinguiram a persistência dos valores religiosos na
sociedade.
e) ao surgimento de novas ordens religiosas, defensoras do mecenato como um meio de maior liberdade de
expressão.
23) “No quadro de Leonardo da Vinci, Gioconda, surpreendemos o equilíbrio e a perfeição. Michelangelo
domina a pedra, com a mesma loucura com que os descobridores esculpem sobre a cultura pré-colombiana
suas Igrejas, seus palácios, suas cidades, seus filhos... Descobrir a América, subjugar culturas
estabelecidas em continentes desconhecidos, provar que a Terra é redonda e montar uma economia
centralizada na Europa são gestos humanistas, gestos do descobridor de um homem renascentista.”
(THEODORO, Janice. Descobrimentos e Renascimento.
In: Repensando a História. São Paulo: Contexto, 1991 p. 26 e 64)
Pode-se afirmar que o momento histórico, referido no texto, entre outros fatos importantes, é caracterizado:
I. pela Reforma Protestante, dividindo a cristandade ocidental (em católicos e protestantes).
II. por um espírito crítico e uma acentuada influência do pensamento grego e romano.
III. pelo espírito liberal (liberalismo), fazendo surgir e consolidando os estados nacionais europeus.
Das afirmações, somente
a) I está correta.
b) II está correta.
c) I e II estão corretas.
d) I e III estão corretas.
e) II e III estão corretas.
24) A propósito do Renascimento Cultural, julgue as afirmações, verdadeiras ou falsas.
( ) Teve início na Alemanha, pois aquele país conseguiu de modo pioneiro unificar-se e propiciar condições
econômicas, políticas e culturais para desenvolver tal projeto.
( ) Um dos seus traços marcantes foi o racionalismo que atendia às expectativas da burguesia no sentido de
alcançar um domínio mais completo da natureza objetivando seus lucros.
( ) O teocentrismo desenvolveu-se como um importante valor cultural no período do Renascimento, marcado
pela sacralização do mundo.
( ) O Renascimento retirou da Igreja o monopólio da explicação das coisas do mundo, fato que culminou no
empirismo científico dos séculos XVII e XVIII.
a) F – V – F – V
b) V – V – V – F
c) F – F – V – V
d) F – V – V – F
e) V – F – V – F
25) “Que obra de arte é o homem; tão nobre no raciocínio; tão vário na capacidade; em forma e movimento;
tão preciso e admirável, na ação é como um anjo; no entendimento é como um Deus; a beleza do mundo; o
exemplo dos animais”. (Shakespeare)
A frase acima refere-se a uma das principais características do Renascimento, ou seja, ao:
a) teocentrismo
b) pessimismo
c) absolutismo
d) antropocentrismo
e) calvinismo

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Escola CEJAR - Aquidauana - Apostila Arte 7 ano A e B 1ºB

  • 1. APOSTILA DE ARTE – PROF. ANDRÉA SANCHES – 7º. Ano “A” e “B” ENSINO FUNDAMENTAL Arte Renascentista A Idade Média é assim chamada porque se situou entre dois picos de glória artística: o período clássico e o Renascimento. Posto que a arte ainda vivia na Idade Média, o que renasceu no Renascimento – e se estendeu pelo período barroco – foi a arte parecida com a vida. A passagem do interesse pelo sobrenatural para o natural provocou essa mudança. A redescoberta da tradição Greco-romana ajudou os artistas a reproduzirem acuradamente as imagens visuais. A expansão do conhecimento científico, com a maior compreensão da anatomia e da perspectiva, possibilitou Aos pintores dos séculos XV e XVI superaram as técnicas da Grécia e de Roma. No período barroco dos séculos XVII e XVIII, a reverência pelo Classicismo persistiu, mas esses dois séculos produziram uma aceleração inédita. Governados por monarcas absolutistas, as recém-unificadas de dimensões sem precedentes, destinadas a arrebatar os sentidos e as emoções. A Renascença: O começo da Pintura Moderna No inicio dos anos 1400, o mundo acordou. Tendo inicio em Florença, a Renascença, ou renascimento da cultura, se estendeu a Roma e Veneza e, em 1500, ao resto da Europa, atingindo os Países Baixos, Alemanha, França, Espanha e Inglaterra, num movimento que ficou conhecido como a Renascença do Norte. Os elementos em comum foram a redescoberta da arte e da literatura da Grécia e de Roma, o estudo científico do corpo humano e do mundo natural e a intenção de reproduzir com realismo as formas da natureza. Com o advento dos novos conhecimentos técnicos, como o estudo da anatomia, os artistas evoluíram na arte de pintar retratos, paisagens, motivos mitológicos e religiosos. Em virtude do desenvolvimento das técnicas de pintura, seu prestígio aumentou, chegando ao auge na Alta Renascença (1500-20) com megastars como Leonardo, Michelangelo e Rafael. Durante esse período, a exploração de novos continentes e a pesquisa científica proclamavam a confiança no homem e, ao mesmo tempo,a Reforma Protestante diminuía o domínio da Igreja. O resultado foi que o estudo de Deus como Ser Supremo foi substituído pelo estudo do ser humano. Desde os retratos detalhistas de Jan van Durer, até os corpos contorcidos e a iluminação surreal de El Greco, a arte foi o meio de explorar todas as facetas da vida na terra. Os Quatro Grandes Patamares Durante a Renascença, as inovações técnicas e as descobertas de obras-de-arte possibilitaram novos estilos para representar a realidade. Os quatro grande passos foram a mudança de pintura a têmpera, em painéis de madeira e afresco, em paredes de alvenaria, para a pintura a óleo em telas esticadas; o uso da perspectiva, dando peso e profundidade à forma; o uso de luz e sombra, em oposição a linhas desenhadas; e as composições piramidais na pintura. 1. Óleo sobre tela. O óleo sobre tela tornou-se o meio por excelência na Renascença. Com esse método, um mineral como o lápis-lazuli era moído e o pó resultante misturado a terebintina (A terebintina é um líquido conseguido através da destilação de resinas de árvores coníferas. Este líquido é geralmente incolor, mas pode se apresentar por vezes levemente colorido devido ás impurezas. Pode ser composto por um aroma forte e penetrante de pinho quando é fabricado a partir de resina de pinheiro. É um bom solvente, muitas vezes usado nas tintas, vernizes e polidores. A terebentina è considerado um dos
  • 2. diluentes ideais para tintas a óleo. Pode oferecer aos móveis encerados uma nova frescura. A sua aplicação é feita com a ajuda de um pano de uma forma suave.) e aplicado sobre a tela. O aumento das opções de cores com suaves nuance de tonalidades, permitiram aos pintores representar texturas e simular formas em três dimensões. 2. Perspectiva. Umas das descobertas mais significativas da história da arte foi o método de criar a ilusão de profundidade numa superfície plana, chamado “perspectiva”, que veio a ser a base da pintura europeia nos quinhentos anos seguintes. A perspectiva linear cria o efeito ótico dos objetos se alinhando conforme a distância por meio de linhas convergentes para um único ponto no quadro, chamado “ponto de fuga”. Os pintores reduziam o tamanho dos objetos e apagavam as cores ou borravam detalhes à medida que os objetos ficavam mais afastados. 3. O uso de luz e sombra. O chiaroscuro (pronuncia-se quiaroscuro), que significa “claro/escuro” em italiano, se referia a uma nova técnica para modelar formas em que as partes mais claras parecem emergir das áreas mais escuras produzindo, na superfície plana, a ilusão de um relevo escultural. 4. Configuração em pirâmide. Os rígidos retratos em perfil e o agrupamento de figuras numa grade horizontal no primeiro plano da pintura deram lugar a uma “configuração piramidal”, mais tridimensional. Essa composição simétrica alcança o clímax no centro, como a “Mona Lisa” de Leonardo, em que o ponto focal é a cabeça da figura. Primeiro período da Renascença: os três primeiros destaques A Renascença nasceu em Florença. O triunvirato dos gênios do quatrocento (século XV) que inventaram esse novo estilo é composto pelo pintor Masaccio, o escultor Donatello, que reintroduziu o Naturalismo, e o pintor Boticelli, cujas elegantes figuras ;lineares chegaram ao auge do refinamento. Massacio. O fundador da pintura da primeira fase da Renascença, que veio a ser a pedra angular da pintura europeia por mais de seis séculos, foi Massacio (1401-28). Apelido de “Relaxado”, porque descuidava de sua aparência em favor da arte, Massacio foi o primeiro, desde Giotto, a não pintar figura humana como uma coluna linear, no estilo gótico, mas como um ser humano real. Outro pintor reanscentista, Vasari, disse que “Massacio pôs as imagens de pé”. Também inovação de Massacio foi o domínio da perspectiva e o uso de uma única fonte de luz constante laçando sombras precisas. Donatello. O que Massacio fez na pintura, Donatello (1386-1466) fez na escultura. Sua obra recapturou a descoberta central da escultura calssica: o contrapposto, ou peso concentrado numa das pernas e o resto do corpo em relaxamento, ligeiramente virado para um lado. Donatello esculpia e drapeava as figuras com realismo, de acordo com a estrutura óssea subjacente. Seu “Davi” foi o primeiro nu em tamanho natural desde o período clássico. O brutal naturalismo de “Maria Madalena”é ainda mais rigoroso, mais cruamente exato que as “verdadeiras” estatuas romanas antigas. O artista esculpia Madalena idosa, como uma velha enrugada, encovada, com cabelos ressecados e olhos fundos. A escultura de Donatello era tão viva que o artista, segundo dizem, gritou-lhe: “Fala, fala, ou morreras de peste!” Botticelli. Enquanto Donatello e Massacio lançavam as bases do realismo tridimensional, Botticelli (1444- 1510) se movia na direção oposta. Seu estilo decorativo linear e as louras donzelas flutuantes eram mais um retrocesso à arte bizantina. Por outro lado, seus nus sintetizam a Renascença. O “Nascimento de Venus” marca o renascimento da mitologia clássica.
  • 3. A Renascença Italiana Heróis da Alta Renascença. No século XVI, a liderança artística chegou a Roma e a Veneza, onde os extraordinários Leonardo, Michelangelo e Rafael criaram esculturas e pinturas com total domínio das técnicas. Sua obra fundiu as descobertas renascentistas de composição, proporções de ideais e perspectiva de tal maneira que essa ficou conhecida como Alta Renascença (1500-20). Leonardo da Vinci. O termo “homem da Renascença” veio a significar um indivíduo de talentos múltiplos, que irradiava saber. Seu protótipo foi Leonardo (1452- 1519), que chegou mais perto desse ideal do que qualquer outra pessoa de então e desde então. Leonardo foi universalmente admirado por sua bela aparência, seu intelecto e seu charme. Sua “beleza pessoal não podia ser maior”, segundo a opinião de um contemporâneo desse homem alto de longos cabelos louros, “de quem cada movimento era a pura graciosidade, e cujas habilidades eram tão excepcionais que ele resolvia prontamente qualquer dificuldade”. Como se não bastasse, Leonardo cantava “divinamente” e “sua encantadora conversão conquistava todos os corações”. Ávido alpinista, Leonardo adorava escalar altas montanhas e era também fascinado pelo vôo. Quando via pássaros em gaiola, pegava ao dono para soltá-los. Esboços de asas eram frequentes nos cadernos em que projetava os inventos voadores que veio a construir. Ele próprio os experimentava, na esperança de se alçar às alturas. Certa vez escreveu: “Quero realizar milagres”, ambição evidente em suas invenções: uma maquina para remover montanhas, um pára-quedas, um helicóptero, um tanque blindado, um sino de mergulhador. Leonardo fez mais que qualquer outro para criar o conceito de gênio-artista. Quando deu inicio ao seu primeiro projeto, o artista era considerado um artesão servil. Ao acentuar permanentemente os aspectos intelectuais da arte e da criatividade, Leonardo transformou o status do artista em, segundo suas palavras, “Senhor e Deus”. Seu brilho tinha uma mácula. O pintor contemporâneo Vasari qualificou Leonardo de “volúvel e cheio de caprichos”. Sua curiosidade era tão onívora que as distrações o atraiam constantemente de um projeto incompleto a outro. Quando foi contratado para pintar um altar, dedicou-se antes a estudar o movimento das marés do Adriático e inventou sistemas de prevenção de deslizamentos de terra. Um padre disse que Leonardo ficou tão obcecado com suas experiências matemáticas “que nem conseguia pegar nos pinceis”. Menos de vinte trabalhos de Leonardo sobreviveram. Morreu aos 75 anos, na França, aonde fora a chamado de Francisco I, unicamente para conversar o rei. Em seu leito de morte, segundo Vasari, Leonardo admitiu que “tinha ofendido a Deus e a humanidade por não desenvolver sua arte como devia”. Michelangelo: O divino. Michelangelo (1475-1564) foi criado por uma ama-de-leite cujo marido era um cortador de pedra. O menino cresceu interessado em escultura, desenho e arte, apesar das surras que levava para força-lo a uma “profissão respeitável”. Mas o príncipe Lourenço, o Magnífico, da família Médici, reconheceu o talento do garoto e, quando Michelangelo tinha 15 anos, levou-o para a corte florentina, onde o tratou como a um filho. Foi Michelangelo quem mais contribuiu para elevar o status da atividade do artista. Acreditamos que a criatividade era uma inspiração divina, quebrou todas as normas. Os admiradores se referiam a ele como “o divino Michelangelo”, mas o preço da gloria foi a solidão. Certa vez Michelangelo perguntou a seu rival, o gregário Rafael, que vivia cercado de cortesões: “Aonde você vai com tanta gente, tão contente quanto um monsenhor?” E Rafael desferiu a resposta: “Aonde você vai, solitário como um carrasco?”. Michelangelo se recusava a ensinar a aprendizes e não deixava ninguém ficar assistindo enquanto trabalhava. Quando reprovavam o fato de não ter se casado e não ter deixado herdeiros, ele respondia: “Sempre tive uma esposa muito exigente na minha arte, e meus filhos são minhas obras”. Era muito emocional, rude e excêntrico. Só se sentia feliz quando estava trabalhando ou escolhendo um bloco de mármore na pedraria. Seu humor podia ser cruel: quando lhe perguntaram por que uma coruja, num quadro
  • 4. de outro artista, era tão mais convincente que os outros elementos, ele respondeu que “todo pintor faz um bom auto-retrato”. Arquiteto, escultor, pintor, poeta e engenheiro, Michelangelo não conhecia limitações. Certa vez, quis esculpir um colosso numa montanha inteira. Fez esculturas até sua morte, com quase noventa anos. Suas ultimas palavras foram: “Lamento estar morrendo justamente quando estou aprendendo o alfabeto da minha profissão”. O escultor. Michelangelo achava que, entre todas as artes, a mais próxima de Deus era a escultura. Deus havia criado a vida a partir do barro, e o escultor libertava a beleza da pedra. Segundo ele, sua técnica consistia em “libertar a figura do mármore que a aprisiona”. Enquanto outros escultores adicionavam pedaços de mármore para disfarçar seus erros, Michelangelo fazia suas esculturas num bloco único. “Ainda que rolem do alto de uma montanha, não cairá um só pedaço”, disse outro escultor da época. O primeiro trabalho a lhe trazer renome, esculpido quando o artista tinha 23 anos, foi a “Pietà”, que significa “piedade”. O arranjo piramidal é derivado de Leonardo, com a clássica postura do rosto da Virgem refletindo a expressão calma, idealizada, das estátuas gregas. A precisão anatômica do corpo de Cristo se deve à dissecação de cadáveres efetuada por Michelangelo. Quando a estátua foi descoberta, um apreciador a atribuiu a um escultor mais experiente, recusando-se a acreditar que um jovem desconhecido fosse capaz de realizar tal obra. Ao saber disso, Michelangelo esculpiu seu nome na faixa que atravessa o seio da Virgem. Foi seu único trabalho assinado. O pintor: a Capela Sistina. Uns vinhedos sobre o fundo azul – foi o que o Papa Julio II pediu para embelezar o teto da Capela Sistina, que mais parecia o de um celeiro. E o artista lhe deu mais de 340 figuras representando a origem e a queda do homem, no empreendimento artístico mais ambicioso da Renascença. O fato de Michelangelo ter realizado tal proeza em menos de quatro anos, sem assistentes, é testemunha de sua singularidade. Apenas as condições físicas apresentavam um formidável desafio. Com o comprimento de quase metade de um campo de futebol, o teto apresentava três mil metros quadrados para projeto, esboço, alvenaria e pintura. As infiltrações umedeciam demais a alvenaria. A curva da abobada cilíndrica, atravessada por abóbodas cruzadas, dificultava ainda mais o trabalho de Michelangelo. Como se não bastasse, ele tinha que trabalhar encolhido numa posição desconfortável, num andaime com altura equivalente a sete andares. Apesar de seu desdém pela pintura, que ele considerava uma arte inferior, o afresco de Michelangelo atingiu um ponto Maximo, com figuras retiradas não do mundo real, mas do mundo de sua própria criação. Os nus, jamais pintados em escala tão colossal, são simplesmente apresentados, sem cenário e sem ornamentos. Assim como em sua escultura, os torsos são mais expressivos que os rostos. As formas nuas, contorcidas, têm uma qualidade de relevo, como se tivessem sido esculpidas em pedra colorida. Tomando uma parede inteira da Capela Sisitina, o afresco “O Juízo Final”, de Michelangelo, foi terminado 29 anos após a pintura do teto. A pintura impressiona pela atmosfera sinistra. Cristo não é representado como um Redentor misericordioso, mas como um Juiz vingativo, alcançando um efeito tão aterrorizante que o Papa Paulo III, caiu de joelhos diante do afresco, gritando: “Senhor, perdoai os meus pecados!” Aqui também Michelangelo mostrou sua habilidade suprema para apresentar formas humanas em movimento: quase quatrocentas figuras contorcidas em luta, em resistência, sendo atiradas ao inferno. O Arquiteto. Em seus últimos anos, Michelangelo dedicou-se à arquitetura, supervisionando a reconstrução da Basílica de São Pedro, em Roma. Em virtude de seu eterno entusiasmo pelo corpo, não admira que Michelangelo acreditasse que “os membros da arquitetura são derivados dos membros humanos”. Assim como braços e pernas flanqueiam o tronco humano, as unidades arquitetônicas deveriam cercar simetricamente um eixo vertical central. O melhor exemplo desse estilo inovador é a Colina Capitolina, em Roma, o primeiro grande centro cívico da Renascença. A colina havia sido o coração simbólico da Roma antiga, e o papa queria restaura-la em sua primitiva grandiosidade. As duas edificações existentes então se situavam, uma em relação à outra, num esdrúxulo ângulo de oitenta graus. Michelangelo tirou partido dessa disposição acrescentando outra construção no mesmo ângulo, ladeando o edifício central, o Palácio dos Senadores. Isto feito, redesenhou a fachada dos edifícios laterais de modo a ficarem idênticos e deixou o quarto lado aberto, com vista panorâmica para o Vaticano.
  • 5. Uma estátua do Imperador Marco Aurélio sobre um piso de padrão oval dava unidade ao conjunto. Os arquitetos renascentistas julgavam o oval “instável”e o evitavam, mas, para Michelangelo, a medida e a proporção não eram determinadas por formulas matemáticas e, sim, “guardadas nos olhos”. Rafael. Dentre as três maiores figuras da escola da Alta Renascença (Leonardo, Michelangelo e Rafael), Rafael (1483-1520) seria eleito o mais popular. Enquanto os outros dois eram reverenciados, Rafael era adorado. Um contemporâneo dos três, chamado Vasari, que escreveu a primeira história da arte, afirmou que Rafael era “tão amável e bondoso que até os animais o amavam”. O pai de Rafael, um pintor medíocre, ensinou ao precoce filho os rudimentos da pintura. Aos 17 anos de idade, Rafael era considerado um mestre independente. Aos 26 anos, chamado a Roma, pelo Papa para decorar os aposentos do Vaticano, ele pintou afrescos, com a ajuda de cinquenta discípulos, no mesmo ano em que Michelangelo terminou o teto da Capela Sistina. “Tudo o que ele sabe”, disse Michelangelo, “aprendeu comigo”. Rico, bonito e bem sucedido, seguindo de triunfo em triunfo, Rafael era uma estrela na esplendorosa corte papal. Dedicado admirados das mulheres, ele era “muito amoroso”, segundo Vasari, e tinha “prazeres secretos além de todas as medidas”. Quando apanhou uma febre, depois de um encontro à meia noite, e morreu, no dia em que completava 37 anos, toda a corte “mergulhou em luto”. A arte de Rafael foi a que mais expressou todas as qualidades da Alta Renascença. De Leonardo, ele assimilou a composição piramidal e aprendeu a modelar rostos em luz e sombra (chiaroscuro). De Michelangelo, Rafael adotou as figuras dinâmicas, de corpo inteiro, e a pose contrapposto. Ticiano: Pai da Pintura Moderna. Assim como seus contemporâneos venezianos, Ticiano (1490?- 1576), que dominou o mundo da arte durante sessenta anos, usava as cores fortes como principal meio expressivo. Primeiro pintava a tela de vermelho, para dar calor ao quadro, depois pintava o fundo e as figuras em matizes vívidos e acentuava as tonalidades usando de trinta ou quarenta camadas vidradas. Esses trabalhoso método possibilitava uma pintura convincente de qualquer textura, de metal polido ao brilho da seda, de cabelos louro-dourados à pele cálida. Um dos primeiros artistas a abandonar os painéis de madeira, Ticiano adotou o óleo sobre tela como seu veiculo característico. Depois que sua esposa morreu, em 1530, pintura de Ticiano emudeceu um pouco, tornando-se quase monocromática. Extremamente prolífico até os oitenta e muitos anos, á medida que sua vista enfraquecia, suas pinceladas amoleciam. No fim de sua vida, eram pinceladas largas, carregadas de tinta, largadas na tela. Um discípulo afirmou que Ticiano “pintava mais com os dedos do que com os pinceis”. A ESCOLA VENEZIANA. Enquanto os artistas de Roma e Florença se concentravam em formas esculturais e temas épicos, os venezianos eram fascinados por cor, textura e clima. Giovanni Bellini (1430- 1516) foi o primeiro mestra italiano da técnica de pintura a óleo. Mentor de Ticiano, Bellini foi também o primeiro a integrar figura e paisagem. Giorgione (1476-1510) despertava a emoção por meio de luz e cor. Em sua “Tempestade”, uma ameaçadora nuvem carregada cria um clima de tristeza e mistério. Depois de Ticiano – o mias famoso entre os artistas venezianos - , Tintoretto e Veronese deram continuidade ao estilo majestoso, de grandes dimensões, de alta dramaticidade e colorido intenso. No século XVIII, o pintor rococó Tiepolo retomou a tradição veneziana, assim com Guardi e Canaletto, com suas paisagens urbanas com atmosfera própria. ARQUITETURA NA RENASCENÇA ITALIANA Formada nos mesmos princípios da geometria harmoniosa em que se baseava a pintura e a escultura, a arquitetura recuperou o esplendor da Roma Antiga. Os arquitetos renascentistas mais notáveis foram Alberti, Brunelleschi, e Palladio.
  • 6. Escritor, pintor escultor e arquiteto, Alberti (1404-72) foi o maior teórico da Renascença e deixou tratados de pintura, escultura e arquitetura. Ele menosprezava o objetivo religioso da arte e propunha que os artistas buscassem no estudo das ciências, como historia, a poesia e a matemática, os fundamentos de seu trabalho. Alberti escreveu o primeiro manual sistematizado de perspectiva, oferecendo aos escultores as normas das proporções humanas ideais. Outro renascentista de múltiplos talentos foi Brunelleschi (1377-1446). Excelente ourives, escultor, matemático, relojoeiro e arquiteto, ele é mais conhecido, porem, como o pai da engenharia moderna. Brunelleschi não só descobriu a perspectiva matemática como lançou o projeto da igreja em plano central, que veio a substituir a basílica medieval. Somente ele foi capaz de construir o domo da Catedral de Florença, chamada então de oitava maravilha do mundo. Sua técnica consistiu em construir duas células, uma apoiando a outra, encimadas por uma claraboia estabilizando o conjunto. No projeto da Capela Pazzi, Brunellleschi utilizou motivos clássicos da fachada, ilustrando a retomada das formas romanas e a ênfase renascentista na simetria e na regularidade. Em 1502, Bramante (1444-1514) construiu o Tempietto (Pequeno Templo) em Roma, no local onde São Pedro foi crucificado. Embora pequeno, é o protótipo perfeito da igreja com plano central encimada por domo, expressando os ideais renascentistas de ordem, simplicidade e proporções harmoniosas. Famoso por suas vilas e bseus palácios, Palladio (1508- 80) teve enorme influencia sobre os séculos posteriores através do seu tratado Quatro Livros de Arquitetura. Pioneiros do neoclássico como Thomas Jefferson e Chistopher Wren, se basearam no manual de Palladio. A Villa Rotonda incorporou detalhes gregos e romanos, como pórticos, colunas jônicas, domo plano, como o do Panteon, e aposentos dispostos simetricamente em torno de umaa rotunda central. ALGUMAS OBRAS RENASCENTISTAS “SANTA CEIA” OU “A ÚLTIMA CEIA” – Leonardo da Vinci A Última Ceia é uma das pinturas mais famosas de Leonardo da Vinci, artista italiano da época do Renascimento Cultural. É considerada por muitos historiadores e estudiosos de arte como uma das mais importantes e representativas obras de arte de todos os tempos. Esta pintura foi feita por Da Vinci entre os anos de 1495 e 1497. É uma pintura mural e está na parede do refeitório do convento dominicano de Santa Maria da Graça, na cidade italiana de Milão (local original onde foi pintada). A pintura retrata a última ocasião em que Jesus Cristo se reuniu com seus apóstolos para compartilhar o pão e o vinho, antes de sua morte. Medidas: 460 cm de altura e 880 cm de largura. - Método de pintura: mista com predominância da têmpera e óleo sobre camada dupla de preparação de gesso aplicada sobre estuque (reboco). Você sabia que: A Última Ceia foi encomendada por Ludovico Sforza, duque de Milão. “A ESCOLA DE ATENAS “ – Rafael de Sanzio Escola de Atenas, de Rafael, é um afresco emocionante e poderoso (7,70 m de base, 5,70 m de altura) que tem sido motivo de admiração tanto para leigos quanto para eruditos, por 5 séculos. É pois oportuno, quando comemoramos os 500 anos da descoberta do Brasil e o fim do milênio, nos inspirarmos em reflexões sobre esta fantástica obra do alto renascimento. A Escola de Atenas é um afresco (pintura mural) realizado por Rafael entre 1509-1511, como parte de um grande ciclo de suas obras no Vaticano. Para entendermos melhor o ambiente da corte papal naquela época, basta lembrar que aí trabalharam Michelangelo, na Capela Sistina, Bramante, o grande arquiteto da Basílica de São Pedro e o próprio Rafael, bem mais novo que ambos. Rafael vinha da mesma cidade de Bramante, Urbino, o que lhe deu importante apoio como jovem iniciante de carreira no Vaticano, embora já aí tivesse chegado como notável mestre da pintura, discípulo de Peruggino e criador de famosas madonas.
  • 7. Rafael foi convidado, por indicação de Bramante, então arquiteto do Papa Júlio II, para pintar algumas salas no Vaticano, em particular a biblioteca particular do Papa. O Papa impressionou-se de tal forma com a pintura delicada e perfeita de Rafael que mandou apagar algumas obras de grandes artistas mais antigos, inclusive do próprio Peruggino, mestre de Rafael, que entretanto recusou-se a destruir a obra do antigo professor. A Escola de Atenas é parte de uma série de obras em várias salas próximas à Capela Sistina, onde trabalhava simultaneamente Michelangelo. Estas salas são hoje chamadas Stanze di Raffaello. Júlio II Giuliana Della Rovere, soube explorar a competição entre Rafael e Michelangelo, que afinal produziram miraculosas obras no Vaticano e que ainda hoje, 500 anos depois, são tesouros da cultura. Infelizmente Rafael morreu jovem, aos 37 anos, de doença súbita que o levou em poucos dias, tendo falecido no mesmo dia em que nascera: uma Sexta-Feira Santa. Consideremos sua Escola de Atenas: A teatralidade da obra é tal que ao observador parece que se abriram as cortinas de um cenário monumental: 56 figuras em variadas vestes e cores cuja distribuição espacial é de grande impacto, apesar de seu equilíbrio. Pouco a pouco, passados os primeiros instantes de pura admiração, percebemos uma estrutura de grupos distintos em torno das duas figuras centrais de Platão e Aristóteles. Platão, com o vulto de Leonardo, ergue o indicador para o alto, simbolizando o poder das ideias abstratas. Aristóteles, com a mão espalmada para baixo, indica a realidade material da natureza. Esta dualidade pode, entretanto ser interpretada como uma grande síntese necessária para a compreensão filosófica da existência. Seria o que foi denominado, na época de Rafael, a Pax Filosófica. Esta interpretação é ampliada pela presença de Sócrates em discussão com Alcebíades (Alexandre?) e pelo grupo de Pitágoras, mais embaixo, à esquerda, assistido por Averróes. A presença da música ligada aos números é ilustrada pela lousa mostrada a Pitágoras por um belo menino e que contém as famosas relações da harmonia do diapasão musical. Esta harmonia estendida ao universo é sugerida pela presença de Euclides(grupo embaixo, à direita) com um compasso na mão, próximo a duas magníficas figuras sustentando globos – globo celeste com Zoroastro (de frente) e globo terrestre com Ptolomeu (de costas). Euclides é representado pelo vulto de Bramante, amigo e protetor de Rafael na corte de Júlio II e arquiteto de São Pedro. A monumentalidade da arquitetura representada no afresco é certamente de influência de Bramante, enquanto a colocação nos nichos das figuras de Apolo (à esquerda) e Minerva (à direita) acentua a complementaridade entre a perfeição da Beleza (Apolo) e a universalidade da Sabedoria (Minerva). Duas figuras destacam-se pelo seu relativo isolamento: Diógenes, reclinado na escadaria, em pose certamente displicente e quase depreciativa de todos, e Heráclito, com a mão no rosto escrevendo sobre um bloco de mármore, e em atitude pensativa. O vulto de Heráclito é reconhecido como o de Michelangelo e cabe aqui uma curiosa observação: uma análise da base do afresco ("intonaco") mostra que se trata de um "pentimento", figuras colocadas após o término do trabalho, em nova porção do mural "al fresco", permitindo a difusão da nova tinta. A generosa interpretação de alguns críticos é de que Rafael introduziu a figura de Heráclito (com o vulto de Michelangelo) após o término do afresco e após ter visto, com admiração e com a cumplicidade de Bramante, a Capela Sistina, pintada pelo grande rival. Este "sentimento" seria assim uma nobre homenagem ao seu competidor na corte de Júlio II. Finalmente devemos mencionar o autorretrato de Rafael (boina preta) com seu colega e amigo Sodoma(boina branca) junto à coluna inferior direita, como que observando os espectadores. O NASCIMENTO DE VÊNUS O Nascimento de Vênus é uma obra do pintor italiano Sandro Botticelli. A pintura mostra a Vênus surgindo nua de uma concha sobre as espumas do mar. A obra ainda apresenta Zéfiro, o vento do Oeste, assoprando na direção da deusa, acompanhado pela ninfa Clóris. À direita de Vênus, há uma Hora (deusas das estações) que lhe entrega um manto com flores bordadas. Provavelmente, Botticelli tenha feito a obra no ano de 1486. Na época, O Nascimento de Vênus e A Alegoria da Primavera, ambos de Botticelli, foram produzidos por encomenda de Lorenzo di Pierfrancesco, um político e banqueiro italiano que queria enfeitar sua residência, a Villa Medicea di Castello. Esta obra de Botticelli foi influenciada pelo neoplatonismo cristão, pois o pintor havia participado dos círculos de Lourenço de Médici, que tinham por objetivo conciliar as ideias clássicas às cristãs. Acredita-se que a nudez da deusa não representa a paixão carnal, mas sim a paixão espiritual. Na obra, Vênus é apresentada de forma esguia e com traços harmoniosos. Além disso, Botticelli utiliza cores claras e puras, exaltando a pureza da alma e a beleza clássica.
  • 8. Em sua totalidade, a obra apresenta serenidade e luminosidade, o que pode ser compreendido de duas formas. De certa maneira, aponta para a temática mitológica, levando-se em e consideração a influência das esculturas gregas na composição da Vênus. Por outro lado, a obra apresenta símbolos cristãos como a concha e a água (batismo de Jesus Cristo), além dos anjos, que seriam Zéfiro e Clóris. Ao contrário das obras de Leonardo da Vinci e Rafael, a anatomia de O Nascimento de Vênus não apresenta o realismo clássico. Nota-se que o pescoço da deusa é mais longo e seu ombro esquerdo tem uma representação anatômica incorreta. Acredita-se que estes erros sejam uma espécie de licença artística de Botticelli, sendo que alguns críticos de arte indiquem estes detalhes como influência do Maneirismo, que era uma vertente revisionista dos valores clássicos e naturalistas do Humanismo renascentista. OS QUATROS Rs DA ARQUITETURA DA RENASCENÇA Ao quatro Rs da arquitetura renascentista são Roma. Regras. Razão e aRitmética (do inglês Rithmetic). Roma. Em conformidade com sua paixão pelos clássicos, os arquitetos renascentistas mediam sistematicamente as ruínas romanas para copiar o estilo e a proporção. Retomaram elementos como arco pleno, construção em concreto, domo redondo, pórtico, abóbada cilíndrica e colunas. Regras. Dado que os arquitetos se consideravam mais estudiosos do que construtores, baseavam seus trabalhos nas teorias apresentadas nos diversos tratados. As regras estéticas formuladas por Alberti tinham ampla aceitação. Razão. As teorias enfatizavam a base racional contida nas ciências, na matemática e na engenharia. A razão pura substituía a mentalidade mística da Idade Média. aRitmética. Os arquitetos dependiam da aritmética para produzir a beleza e a harmonia. Um sistema de proporções ideais assentavam as partes de um estilo em relações numéricas, como a razão de 2/1 para uma nova com altura igual ao dobro da largura da igreja. As plantas dos prédios se baseavam em formas geométricas, principalmente no círculo e no quadro. Fonte: http://www.gondim.net/2013/11/renascimento-cultural-resumo-e-100.html ARTE COMENTADA (CAROL STRIKLAND) http://www.ifsc.usp.br/~reginaldo/Historia/escola-atenas/ http://www.sabercultural.com/template/obrasCelebres/A-Escola-de-Atenas.html Fontes: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/03/17/pintura-nascimento-de-venus-1483-1485- 275237.asp http://educacao.uol.com.br/biografias/sandro-botticelli.jhtm Atividades
  • 9. 1) Inspirando-se na Antiguidade Clássica (Grécia-Roma), o Renascimento valorizava o homem, refletindo mesmo uma visão antropocêntrica do mundo. Esse movimento teve origem: a) na França b) na Alemanha. c) na Espanha. d) em Portugal. e) na Itália. 2) "Nós outros pintores queremos pelos movimentos do corpo mostrar os movimentos da alma (...) Convém, portanto que os pintores tenham um conhecimento perfeito dos movimentos do corpo e os aprendam da natureza para imitar, por mais difícil que seja os múltiplos movimentos da alma." (ALBERTI, L.B. Della Pintura, livro II; 1453. In: TENENTI, Alberto. Florença na época dos Médici. São Paulo: Perspectiva, 1973). Este fragmento de texto referente à arte renascentista ajuda a explicar: a) a influência do pensamento religioso na pintura renascentista que objetivava a manutenção do teocentrismo. b) a desvinculação entre arte e religião a partir da negação da existência da alma. c) a aliança entre arte e religião na medida em que a arte representaria a concretização dos conceitos religiosos. d) a proibição da igreja de que os pintores representassem o ser humano. e) a necessidade do estudo da anatomia para a produção de obras cada vez mais perfeitas. 2) O Renascimento teve início na Península Itálica, em uma época na qual ali já havia uma economia próspera, geradora de excedentes que puderam ser investidos na cultura. Analise as afirmações seguintes sobre o Renascimento e alguns de seus personagens. I - Os renascentistas opunham-se ao misticismo, ao teocentrismo e ao geocentrismo. II - Enquanto Copérnico afirmava que os planetas giravam ao redor do Sol, William Harvey e Miguel Servet promoviam o avanço da Matemática, com a demonstração de vários teoremas. III - Miguel Ângelo, gênio da escultura, foi também pintor, tendo decorado o teto da Capela Sistina no Vaticano. Das suas esculturas destacam-se as obras “Moisés”, “Pietá” e “Davi”. IV - Sandro Botticelli, com “Alegoria da Primavera”,e Ludovico Ariosto, com “Orlando Furioso”, foram pintores que com estas obras enriqueceram a tradição pictórica italiana. Estão corretas: a)apenas II e III b)apenas I e III c) apenas II e IV d) I, III e IV e) apenas I e IV 4) O trecho abaixo é um diálogo entre D. Quixote e seu fiel escudeiro Sancho Pança, personagens da monumental obra de Miguel Cervantes, Dom Quixote de La Mancha... “...” Quais gigantes? – Disse Sancho Pança.- Aqueles que ali vês - respondeu o amo [...]- Olhe bem Vossa Mercê - disse o escudeiro que aquilo não são gigantes, são moinhos de Vento.[...]- Bem se vê - respondeu Dom Quixote - que não andas corrente nisto das aventuras, são gigantes, são; e se tens medo tira-te daí e põe-te em oração enquanto eu vou entrar com eles em [...] desigual batalha. “...” CERVANTES de Saavedra, Miguel de. Dom Quixote de La Mancha. São Paulo, Abril Cultural, 1981. p. 55. Analisando o texto, o momento e as circunstâncias em que foi escrito, é correto afirmar, EXCETO:
  • 10. a) Dom Quixote de La Mancha é uma das principais obras do chamado Renascimento Cultural. b) Dom Quixote, como a maioria das obras do Renascimento, defende intransigentemente as instituições medievais, daí seu principal personagem ser um cavaleiro andante. c) William Shakespeare, autor de Romeu e Julieta, Hamlet, Macbeth e muitas outras obras e Luís de Camões, autor de Os Lusíadas, também foram autores do chamado Renascimento Literário. d) O Renascimento provocou mudanças na literatura, arquitetura, escultura, pintura, música e nas ciências. e) O movimento renascentista representou o novo, o moderno – o mundo das cidades e do dinheiro, e se opunha aos conceitos e instituições medievais. 5) Sobre o Renascimento cultural europeu, é CORRETO afirmar: I - O homem passou a se dedicar mais a Deus do que a si próprio. II - A classe burguesa desenvolveu a capacidade de competição aumentando a concorrência III - A resignação permaneceu como herança da mentalidade cristã medieval. IV - Os humanistas foram grandes admiradores da cultura greco-romana. V - A visão racionalista do mundo foi substituída pela fé. Estão corretas: a) I e II; b) II e III; c) III e IV d) II e IV e) IV e V 6) Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) nas suas referências ao Renascimento: I - O significado do termo Renascimento está associado à idéia de um novo nascimento da cultura européia, nas suas variadas manifestações, especialmente nas artes. II - Os pensadores renascentistas limitaram-se a imitar os modelos das civilizações grega e romana. III - Entre os renascentistas mais conhecidos nas artes plásticas destacaram-se Miguel Ângelo, Leonardo da Vinci e Rafael. IV - Entre os escritos renascentistas destacaram-se O Elogio da Loucura (Erasmo de Rotterdam), O Príncipe (Nicolau Maquiavel) e A Utopia (Thomas Morus). V - Fenômeno marcante da cultura renascentista foi seu caráter universalista. O deísmo, porém, foi um dos ideais almejados, pois dava acesso à sabedoria e à santidade. VI - O renascimento religioso, identificado na Europa por vários historiadores, foi associado à Reforma Protestante e à Contra-Reforma Católica. a) I, II e III; b) II, III e IV; c) I, III e IV; d) III, IV e V; e) IV, V e VI 7) No contexto do Renascimento, é correto afirmar que o humanismo: a) Apoiava-se em concepções nascidas na Antigüidade Clássica. b) Teve em Erasmo de Roterdam um de seus principais expoentes.
  • 11. c) Influenciou concepções que desencadearam a “Reforma Religiosa”. d) Inspirou uma verdadeira revolução cultural, iniciada na Itália. e) Todas estão corretas 8) O Renascimento teve seu início na Itália, sendo alguns de seus grandes representantes Michelangelo e Leonardo da Vinci. Sobre o Renascimento europeu analise as afirmativas abaixo: I) Significou uma mudança nos modos de pensar e agir no Ocidente. II) Foi influenciado apenas pelo pensamento da Igreja Católica. III) Buscou muitas referências na antigüidade clássica. IV) Vários de seus representantes como Giordano Bruno e Galileu Galilei tiveram problemas com a inquisição. V) A pintura renascentista não teve na perspectiva um de seus pontos fortes. VI) O Renascimento entra em decadência em fins do século XVI devido em grande parte aos posicionamentos da Contra-Reforma Católica. Estão INCORRETAS: a) I e II; b) II e III; c) III e IV; d) II e V; e) IV e VI 9) São alternativas corretas referentes ao Renascimento: I) O progresso econômico e social dos fins da Idade Média, criou o clima de euforia e autoconfiança na burguesia, de que a arte renascentista foi a expressão máxima. II) A invenção da imprensa por Gutemberg, facilitou a difusão dos ideais renascentistas. III) O reflorescimento do sistema feudal lançou as bases do futuro movimento renascentista. IV) O apoio da burguesia industrial do sul da Itália, explica a causa da prioridade italiana no Renascimento. V) O espírito de observação e crítica (livre exame), que surgiu durante o Renascimento, favoreceu o progresso de várias ciências. VI) As riquezas, provenientes do Oriente, favoreceram o surgimento de grandes escritores renascentistas em Portugal como Camões, Cervantes e Tomas Morus. Estão corretas: a) I, II e V; b) I, III e VI; c) II, III e IV d) III, IV e V; e) IV, V e VI 10) Na transição entre a Idade Média e a Idade Moderna: I ) Na inspiração artística da Renascença, os motivos religiosos constituíram uma exceção, no conjunto das obras do período, este foi o caso de Velázquez e Rembrandt.
  • 12. II ) A arte renascentista preocupou-se com o homem e, tecnicamente, com o jogo de cores, luzes e sombras, perspectiva e movimento. III) Os princípios do racionalismo e do humanismo tiveram origem na teologia medieval, que defendia a independência da razão frente ao mundo espiritual. IV) O homem do Renascimento considerava-se inserido num “tempo novo”, que expressava a concepção de mundo de uma sociedade marcada pelo desenvolvimento da economia mercantil. V) O Renascimento artístico optou pelo gradual abandono dos valores e formas da Antigüidade Clássica que haviam sido resgatados durante a Idade Média. VI) As Grandes Navegações, ao abrirem novos mundos à exploração dos europeus, contribuíram para o questionamento de valores filosóficos e culturais na Época Moderna. Estão corretas: a) I, III e V; b) II, III e IV; c) II, IV e VI; d) III, IV e V; e) IV, V e VI 11) O Humanismo renascentista assinala, no plano das transformações intelectuais, o início dos chamados “Tempos Modernos”, podendo ser identificado por uma das seguintes proposições: a) o Humanismo foi a doutrina filosófica de Renascimento e a imitação da Antigüidade greco-romana foi a sua característica marcante; b) o Humanismo, ao valorizar acima de tudo a tradição clássica greco-romana, constituiu um movimento contrário ao Renascimento; c) o Humanismo não teve características próprias, não foi um movimento autônomo, pois, desde o início, esteve integrado ao Renascimento; d) a valorização do homem moderno e a recusa em reconhecer todo e qualquer valor à Antigüidade Clássica era a principal tônica do humanismo; e) o Humanismo buscava recuperar a tradição clássica, os valores gregos e romanos, reinterpretando-os à luz das novas preocupações culturais. 12) Tendo em vista as relações existentes entre o Humanismo e o Renascimento, poder-se-ia afirmar que: a) O Humanismo constituiu um movimento filosófico contrário ao Renascimento; b) o Humanismo foi o movimento que antecedeu ao Renascimento, sendo totalmente absorvido por este último; c) o Humanismo e o Renascimento são movimentos contemporâneos, embora totalmente distintos e sem muitas relações entre si; d) o Humanismo foi a visão do mundo que permitiu à herança greco-romana adquirir uma importância renovada no âmbito do movimento renascentista; e) o Humanismo foi a filosofia do Renascimento, imprimindo-lhe o caráter de imitação da Antigüidade greco- romana. 13) O Humanismo foi um movimento que não pode ser definido por: a) ser um movimento diretamente ligado ao Renascimento, por suas características antropocentristas e individuais; b) ter uma visão do mundo que recupera a herança greco-romana, utilizando-a como tema de inspiração; c) ter valorizado o misticismo, o geocentrismo e as realizações culturais medievais;
  • 13. d) centrar-se no homem, em oposição ao teocentrismo, encarando-o como medida comum de todas as coisas; e) romper os limites religiosos impostos pela Igreja às manifestações culturais. 14) “Se volveres a lembrança ao Gênese, entenderás que o homem retira da natureza o seu sustento e a sua vida. O usurário, ao contrário, nega a vida, desprezando a natureza e o modo de viver que ela ensina, pois outros são no mundo seus valores ideais” - Dante Aleghieri - A Divina Comédia -Inferno Esta passagem do poeta florentino exprime: a) Uma visão já moderna da natureza, que aqui aparece sobreposta aos interesses do homem; b) um ponto de vista já ultrapassado no seu tempo, posto que a usura era uma prática comum e não mais proibida; c) uma nostalgia pela Antigüidade greco-romana, onde a prática da usura era severamente coibida; d) uma concepção dominante na Baixa Idade Média, de condenação à prática da usura por ser contrária ao espírito cristão; e) uma perspectiva original, uma vez que combina a prática de usura com a felicidade humana. 15) “Que obra de arte é o homem: tão nobre no raciocínio; tão vário na capacidade; em forma e movimento, tão preciso e admirável; na ação é como um anjo; no entendimento é como um Deus; a beleza do mundo; o exemplo dos animais.” Este comentário de Shakespeare, em Hamlet, define uma posição. a) teocentrista; b) humanista; c) reformista; d) atomista; e) e) realista. 16) Com relação à arte medieval, o Renascimento destaca-se pelas seguintes características: a) a perspectiva e a pintura a óleo; b) as vidas de santos e o afresco; c) a representação do nu e as iluminuras; d) as alegorias mitológicas e o mosaico; e) o retrato e o estilo romântico na arquitetura. 17) Sobre o Renascimento, assinale com V (verdadeiro) ou com F (falso) as afirmações abaixo. ( ) A arte renascentista italiana reforçou a concepção formal hierárquica e cristã herdada da arte românica. ( ) O Humanismo, enquanto elemento importante do Renascentismo, deve ser entendido como um movimento intelectual de valorização da Antigüidade Clássica, sem que se pregasse um retorno ao passado. ( ) Os novos conteúdos e estilos sociais do Renascimento eram exclusivamente burgueses, já que precisavam romper com as práticas do feudalismo. ( ) O racionalismo renascentista pretendia explicar o mundo pela razão do homem e pela ciência. ( ) O teocentrismo e o caráter civil e cortesão foram algumas das características do Renascimento. A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: a) V – F – F – F – V b) F – V – F – V – F c) F – F – V – F – V d) V – F – F – V – V e) F – V – V – F – F
  • 14. 18) Considere os textos abaixo: I. O renascimento comercial reativou o intercâmbio cultural entre o Ocidente e Oriente. II. A ascensão social e econômica da burguesia propiciava apoio e financiamento ao desenvolvimento da nova cultura. III. O aperfeiçoamento da imprensa teve importância no século XVI. Na verdade não pode ser considerado um fator direto, pois, embora seja uma inovação de capital importância para a humanidade, seus efeitos só se fizeram sentir no último século desse movimento. Eles referem-se a: a) resultados das idéias Iluministas; b) causas que deram origem à Reforma; c) fatores que geraram o Renascimento; d) fatores que implementaram o Absolutismo; e) conseqüências do Despotismo Esclarecido. 19) A invenção da imprensa no século XV o avanço técnico e científico promovido pela expansão comercial e marítima e a proteção e financiamento dos artistas interessados em afirmar seus valores são fatores que contribuíram para a eclosão do momento cultural europeu denominado: a) iluminismo b) antropocentrismo c) reforma d) renascimento e) romantismo 20) “Os estudos sobre o Renascimento fracionaram o que a Renascença teve a paixão de unir. Nenhum dos seus promotores se conformou em confinar a sua atividade num único domínio (...) Na sua maior parte, estes criadores debruçaram-se atentamente sobre os dados teóricos das respectivas realizações, sem que a sua reflexão se deixasse deter por quaisquer limites (...) e a arte era, sob a sua perspectiva, a maneira de reproduzir ou de, pelo menos, revelar a ordem secreta do Universo.” (RAPP, Francis. In: História Geral da Europa.) Sobre o Renascimento, assinale o que for correto. I – A arte renascentista é uma arte de pesquisa, invenção e inovação. II – Entre os valores renascentistas não estavam incluídos o individualismo, o hedonismo e o espírito crítico. III – O Renascimento foi essencialmente um movimento elitista. A partir dele, abriu-se uma nítida divisão entre arte erudita e arte popular. IV – No Renascimento, a burguesia, o clero e a nobreza se empenharam em harmonizar seus valores e tradições. V – As manifestações artísticas, preocupadas exclusivamente com a emoção e o sentimento, ignoraram as contribuições das ciências. a) I e II; b) II e III; c) I e III; d) III e IV; e) IV e V.
  • 15. 21) O Renascimento é considerado por muitos historiadores como um marco na revolução intelectual do Ocidente. Ocorreu primeiro na Itália e pode ser caracterizado por modificações nas artes em geral e em alguns conceitos anteriormente aceitos como imutáveis. Assinale o mais correto: a) O humanismo, o heliocentrismo e o uso da fé como base para todo e qualquer pensamento ou criação artística. b) As idéias de Santo Tomás de Aquino, a estética e os conceitos medievais. c) O rompimento com a cultura e estética medievais, a valorização da cultura grecoromana, o racionalismo e o mecenato. d) A resistência da burguesia aos novos valores. e) O teocentrismo, a aceitação dos dogmas da Igreja, o anti-naturalismo. 22) A cultura renascentista favoreceu a valorização do homem, estimulando a liberdade de expressão presente em diferentes manifestações artísticas e literárias. Entretanto, a participação da Igreja Católica, entre os mecenas, pode ser associada: a) à renovação das idéias defendidas pela hierarquia eclesiástica, que se deixara influenciar pelo liberalismo burguês. b) à continuidade do cristianismo como religião dominante, limitando a liberdade de expressão aos valores estabelecidos pela igreja. c) ao engajamento da intelectualidade católica nas experiências científicas, na tentativa de conciliar razão e fé. d) às novas condições de vida na Europa, que extinguiram a persistência dos valores religiosos na sociedade. e) ao surgimento de novas ordens religiosas, defensoras do mecenato como um meio de maior liberdade de expressão. 23) “No quadro de Leonardo da Vinci, Gioconda, surpreendemos o equilíbrio e a perfeição. Michelangelo domina a pedra, com a mesma loucura com que os descobridores esculpem sobre a cultura pré-colombiana suas Igrejas, seus palácios, suas cidades, seus filhos... Descobrir a América, subjugar culturas estabelecidas em continentes desconhecidos, provar que a Terra é redonda e montar uma economia centralizada na Europa são gestos humanistas, gestos do descobridor de um homem renascentista.” (THEODORO, Janice. Descobrimentos e Renascimento. In: Repensando a História. São Paulo: Contexto, 1991 p. 26 e 64) Pode-se afirmar que o momento histórico, referido no texto, entre outros fatos importantes, é caracterizado: I. pela Reforma Protestante, dividindo a cristandade ocidental (em católicos e protestantes). II. por um espírito crítico e uma acentuada influência do pensamento grego e romano. III. pelo espírito liberal (liberalismo), fazendo surgir e consolidando os estados nacionais europeus. Das afirmações, somente a) I está correta. b) II está correta. c) I e II estão corretas. d) I e III estão corretas. e) II e III estão corretas. 24) A propósito do Renascimento Cultural, julgue as afirmações, verdadeiras ou falsas. ( ) Teve início na Alemanha, pois aquele país conseguiu de modo pioneiro unificar-se e propiciar condições econômicas, políticas e culturais para desenvolver tal projeto.
  • 16. ( ) Um dos seus traços marcantes foi o racionalismo que atendia às expectativas da burguesia no sentido de alcançar um domínio mais completo da natureza objetivando seus lucros. ( ) O teocentrismo desenvolveu-se como um importante valor cultural no período do Renascimento, marcado pela sacralização do mundo. ( ) O Renascimento retirou da Igreja o monopólio da explicação das coisas do mundo, fato que culminou no empirismo científico dos séculos XVII e XVIII. a) F – V – F – V b) V – V – V – F c) F – F – V – V d) F – V – V – F e) V – F – V – F 25) “Que obra de arte é o homem; tão nobre no raciocínio; tão vário na capacidade; em forma e movimento; tão preciso e admirável, na ação é como um anjo; no entendimento é como um Deus; a beleza do mundo; o exemplo dos animais”. (Shakespeare) A frase acima refere-se a uma das principais características do Renascimento, ou seja, ao: a) teocentrismo b) pessimismo c) absolutismo d) antropocentrismo e) calvinismo