O documento discute a anatomia dos dentes e exames radiográficos odontológicos. Ele descreve os diferentes tipos de dentes, suas funções, anatomia interna e externa. Também explica os principais exames radiográficos intraorais e extraorais, incluindo radiografias panorâmicas, da ATM e telerradiografias.
3. OS DENTES
São órgãos calcificados
implantados nos alvéolos e
gengivas de ambos os
maxilares e da mandíbula.
Estão dispostos em duas
fileiras, uma superior e outra
inferior, formando as arcadas
dentárias.
Sua principal função consiste
em triturar e converter os
alimentos em partículas
diminutas que possam ser
ingeridas e digeridas. É usado
primariamente para a
preparação mecânica de
partículas de alimento,
preparando-as para serem
deglutidas.
Auxiliam na formação das
palavras e contribuem a dar
expressão ao rosto.
4. • Os dentes compreendem os grupos INCISIVOS, CANINOS,
PREMOLARES E MOLARES, casa um adaptado às funções
mastigatórias de apreender, cortar, dilacerar e triturar os
alimentos sólidos.
• O homem como animal difiodonte, tem 20 dentes decíduos e 32
permanentes.
OS DENTES
11. 1. INCISIVOS:
Dentes frontais afiados em forma de cinzel (quatro superiores, quatro
inferiores) para cortar os alimentos.
2. CANINOS:
Dentes com pontas agudas (cúspides) que rasgam os alimentos.
3. PRÉ-MOLARES:
Com duas pontas (cúspides) na superfície para esmagar e moer os alimentos.
4. MOLARES:
Para triturar os alimentos, estes dentes possuem várias cúspides na superfície
de mordida.
FUNÇÃO DOS DENTES
12. DENTIÇÃO
INFANTIL
• O Dente decíduo, dentição decídua, dentição de leite, ou dentição temporária,
conhecida também dentição infantil, primeira dentição, é o primeiro conjunto de
dentes que aparecem durante a ontogenia de humanos e outros mamíferos.
• O desenvolvimento dentário começa durante o período embrionário e os dentes
tornam-se visíveis (erupção dentária) na boca durante a infância. São geralmente
substituídos, após a sua queda, por dentes permanentes, embora, na ausência
desta, possam conservar-se e manter a sua função durante alguns anos.
13. OS DENTES PERMANENTES COMEÇAM A APARECER EM TORNO DOS CINCO OU
SEIS ANOS DE IDADE. QUANDO O DENTE PERMANENTE COMEÇA A NASCER, O
DENTE DE LEITE “PERDE” SUA RAIZ E É SUBSTITUÍDO.
Dentição Infantil
14. • Preparar os alimentos para a digestão e assimilação em etapas em que a criança
está em máximo crescimento;
• Servem de guia de erupção: mantêm o espaço para a dentição permanente;
• Estimulam o crescimento dos maxilares com a mastigação;
• Sons: os dentes anteriores intervêm na criação de certos sons.
FUNÇÕES DOS DENTES TEMPORÁRIOS
15. INCISIVOS:
-Localização: anterior
-Forma de chave de fenda
-Aproximadamente 20 à 25 mm
-Apenas 1 raiz
-Apenas 1 canal
-Função: incisão dos alimentos e fonação
CARACTERÍSTICAS DOS DENTES
17. - PRÉ MOLARES
- Localização: Posterior
- Forma: Pilão
- Aproximadamente 21 mm
- 1 ou 2 raízes
- 1 ou 2 canais
- Função: Triturar os alimentos
CARACTERÍSTICAS DOS DENTES
18. MOLARES
- Localização: Posterior
- Aproximadamente 22 mm
- Forma: Pilão
- 2 ou 3 raízes
- 3 ou 4 canais
- Função: Triturar os Alimentos
CARACTERÍSTICAS DOS DENTES
25. FACE DOS DENTES (TERMOS DE RELAÇÃO)
O dente possui 5 faces: Vestibular, lingual ou palatina, mesial, distal e oclusal ou inicial.
- Face Vestibular: É a face do dente voltada para a bochecha ou lábios;
- Face Lingual ou Palatina: É a face do dente que está voltada para dentro. Próximo a língua, para
os dentes da mandíbula, ou próximo ao palato, para os dentes da maxila;
- Face Mesial: É a face anterior do dente;
- Face Distal: É a face posterior do dente, oposta a face mesial;
- Face Oclusal ou Inicial: É a face do dente que oclui com o correspondente. Corresponde à
superfície superior dos dentes da mandíbula e a superfície inferior dos dentes da maxila.
29. PRINCIPAIS
PLANOS DE FACE
PARA RADIOLOGIA
ODONTOLÓGICA
Plano sagital mediano: Divide a cabeça
verticalmente em duas partes iguais,
direita e esquerda;
Plano frontal (coronal): È um plano
vertical em ângulo reto com plano
sagital, que divide a cabeça
verticalmente em parte anterior e parte
posterior;
Plano infra-orbitomeatal: Também
denominado plano horizontal alemão,
plano antropológico, ou plano de
Frankfurt. È um plano transversal
(horizontal) perpendicular aos planos
frontal (coronal) e sagital, que vai da
borda inferior das órbitas ao teto dos
poros acústicos externos, dividindo a
cabeça em partes superiores e inferior.
31. • Obedece aos mesmos princípios e composição dos aparelhos
utilizados em radiologia médica.
• São aparelhos pequenos, de pouca potência, que podem ser móveis
ou fixo na parede.
APARELHOS DE RAIOS-X
ODONTOLÓGICOS
33. FILMES RADIOGRÁFICOS
Os filmes radiográficos utilizados em radiologia odontológica podem
ser divididos basicamente em dois grupo:
• Intrabucais;
• Extrabucais.
34. FILMES RADIOGRÁFICOS INTRABUCAIS
• Também denominado filme intra-oral, é utilizado para
radiografias em que o filme é colocado dentro da boca do
paciente;
• É um tipo de filme radiográfico para exposição direta dos
raios-X, ou seja, não são usados em conjunto com écrans
intensificadores;
• Apresenta-se em embalagens individuais, podendo ser
simples (mais utilizados), com apenas uma película (filme) na
embalagem, ou duplos, com duas películas (filme), para
realização de incidências com cópia para arquivo.
36. TAMANHOS DOS FILMES INTRABUCAIS
Tamanho 22x35 mm: Também denominado número 1, é geralmente
utilizado para radiografia periapical e também para radiografia
interproximal (bitewing) em paciente pediátrico;
Tamanho 31x41mm: Também denominado número 2, é geralmente
utilizado para radiografia periapical e interproximal (bitewing) ;
Tamanho 57x76mm: Geralmente é utilizada para radiografia oclusal,
em áreas extensas da maxila e da mandíbula.
37. • Revestimento externo: Um invólucro plástico vedando a entrada de
luz e de saliva. O lado a ser exposto pelos raios X (parte anterior)
geralmente possui uma superficie lisa e branca. O lado oposto
(parte posterior), geralmente com duas cores, possui uma lingueta
em "V", que é utilizada para abrir a embalagem para processamento
do filme;
• Papel preto: Reveste todo o filme e possui as funções de vedação
da luz e proteção do filme durante o manuseio para o
processamento;
EMBALAGEM DO FILME RADIOGRÁFICO
INTRABUCAL
38. • Lâmina de chumbo: Uma fina lâmina de chumbo é posicionada na
parte posterior do filme (lado oposto ao da exposição pelo raios x).
A função dessa lâmina é absorver a radiação secundária e se
necessário, identificar ( através de marcas) o posicionamento errado
do filme para a incidência;
• Filme Radiográfico: Encontra-se no interior da embalagem,
revestido por um papel preto.
EMBALAGEM DO FILME RADIOGRÁFICO
INTRABUCAL
40. FILMES RADIOGRÁFICOS EXTRABUCAIS
• São utilizados em incidências em que o filme radiográfico fica
posicionado por fora da boca do paciente, como na radiografia
em perfil do crânio (cefalométrica), por exemplo;
• Esses filmes radiográficos são geralmente usados em
associação a écrans intensificadores;
• Os tamanhos mais usados são: 18 cm x 24 cm; 24 cm x 30 cm;
12cm x 30 cm e 15 cm x 30 cm.
41. EXAMES EM RADIOLOGIA
ODONTOLÓGICA
Os exames radiográficos realizados em odontologia são
divididos em exames extrabucais e intrabucais. Esses exames
podem ser realizados por dentistas ou por profissionais técnicos
em radiologia em serviços de documentação odontológica e
clínicas radiológicas especializadas, que possuam os
equipamentos necessários para execução deles.
42. EXAMES RADIOGRÁFICOS
EXTRABUCAIS X INTRABUCAIS
Os exames radiográficos mais realizados em um serviço de radiologia odontológica estão divididos em exames extrabucais e intrabucais:
Radiografias extrabucais:
Radiografia panorâmica;
Radiografia das ATMs;
Telerradiografia em lateral e frontal.
Radiografias intrabucais:
Radiografia interproximal;
Radiografia oclusal;
Radiografia periapical.
43. EXAMES RADIOGRÁFICOS EXTRABUCAIS
Os exames radiográficos extrabucais usam filmes da
radiologia convencional para sua execução.
Caracterizam-se por serem posicionados no
equipamento de Raios-X, fora da boca do usuário.
44. PANORÂMICA
• A radiografia panorâmica é realizada em um equipamento
chamado ortopantomógrafo e é um dos exames mais
realizados em radiologia odontológica. Ela oferece uma visão
geral de todos os dentes e das regiões anatômicas de maxilas,
mandíbula e ATMs;
• É uma tomografia rotacional que produz uma imagem
radiográfica da totalidade do arco dental, ou seja, produz uma
imagem radiográfica panorâmica da maxila e da mandíbula.
O tubo de raios-X se move simultaneamente e em sentido
oposto ao filme radiográfico (chassi) ao redor do paciente.
46. PANORÂMICA
• Suas indicações principais são: impossibilidade do paciente
para a realização de incidência intrabucais (trismos, náuseas
ao contato com o filme intrabucal) e politraumatizados;
• Posicionamento da cabeça do paciente - O paciente deve ser
posicionado no aparelho com o plano horizontal alemão
paralelo ao chão e o plano sagital perpendicular a este.
50. VANTAGENS
Ampla cobertura da área examinada;
Pequena dose de radiação;
Melhor aceitação do paciente;
Melhor entendimento do paciente em relação ao tratamento;
Rapidez e simplicidade na execução;
Padronização da técnica;
Melhor controle de infecção.
51. DESVANTAGENS
Pode não englobar anormalidades;
Área focal pode não se adequar a todos os
arcos dentais;
Alto custo do aparelho;
Falta de detalhe;
Ampliação e distorção.
53. RADIOGRAFIA DA ATM
• A radiografia digital da ATM é um exame realizado
com a boca aberta e fechada para a obtenção de
imagens das estruturas ósseas da ATM. É indicado para
avaliar a integridade e o posicionamento do côndilo na
cavidade articular.
• Esse exame consiste na realização de duas tomadas
radiográficas, onde o paciente será colocado em
posição de relaxamento (RC – relação central) e em
máxima abertura.
55. TELERRADIOGRAFIAS
São exames radiográficos de crânio e face executadas no
ortopantomógrafo. Podem ser obtidas imagens em
lateral e em AP. São bastante utilizadas para elaboração
de traçados cefalométricos. Podem ser frontais ou
laterais.
56. TELERRADIOGRAFIA FRONTAL
É um exame de ossos da face em AP. Usa-se
posicionadores nos MAEs e no osso frontal para garantir
o correto posicionamento.
57. TELERRADIOGRAFIA DO
CRÂNIO EM PERFIL
Também denominada radiografia cefalométrica, é
utilizada para fazer mensurações lineares e angulares de
pontos ou estruturas anatômicas (ortodontia). Para a
execução, há necessidade de um cefalostato adaptado
ao aparelho, que possui a função de manter a cabeça do
paciente na posição correta para realização da
incidência.
60. EXAMES RADIOGRÁFICOS INTRABUCAIS
Os exames radiográficos intrabucais usam receptor de imagem da
radiologia odontológica específicos para essa finalidade. Eles
possuem como principais características serem de tamanho reduzido
para poderem ser acondicionados dentro da boca do usuário e
também por serem sensíveis aos Raios X, isto é, sem a necessidade
de telas intensificadora (ecran), por isso são denominados de “no
screen”.
61. RADIOGRAFIAS PERIAPICAIS
São radiografias intrabucais de regiões específicas da arcada dentária. Podem ser
pedidas individualmente, como complementação de outros exames, ou em um conjunto
de 14 exames, abrangendo assim todos os dentes, chamado de levantamento
periapiacal. Essas radiografias têm uma vantagem, pois, o RI é posicionado muito
próximo ao dente tornando seu tamanho quase real, diferenciando-se assim da
panorâmica que não apresenta o tamanho real da estrutura;
Sua finalidade é geralmente para tratamentos periodontais como tratamentos pré e
pós-cirúrgicos, acompanhamento de dentes inclusos, extrações dentárias, verificação de
cistos, visibilização de dentes supranumerários e análise de patologias em geral;
Essa técnica permite a visibilização de toda a estrutura dentária e suas adjacências. A
radiografia periapical abrange duas técnicas diferentes, a técnica da bissetriz, mais
utilizada em consultórios odontológicos e a técnica do paralelismo utilizada
frequentemente em clínicas de radiologia odontológica por sua praticidade.
62. TÉCNICA RADIOGRÁFICA DA BISSETRIZ
• Essa técnica proporciona um posicionamento relativamente
simples, rápido e confortável para o paciente.
• " A imagem projetada tem o mesmo comprimento e as
mesmas proporções do objeto, desde que o feixe de raios X
central seja perpendicular á bissetriz do ângulo formado pelo
filme e objeto". Ou seja, o raio central deve incidir
perpendicular á bissetriz do ângulo formado entre o eixo do
dente e o do filme radiográfico.
64. • Para as radiografias periapicais pela técnica de bissetriz na
maxila, a linha de Camper deve estar paralela ao chão;
• Para as radiografias periapicais pela técnica da bissetriz na
mandíbula, a linha trago comissura labial deve estar paralela ao
plano horizontal (chão).
POSICIONAMENTO DA CABEÇA DO
PACIENTE - BISSETRIZ
66. O filme radiográfico deve ser posicionado horizontalmente para
as radiografias dos pré-molares, e molares e verticalmente nos
casos de incisivos, e caninos, com o picote sempre voltado para
a coroa dental. Deve ser deixado um espaço de 2 a 3mm,
sobrando além da coroa dos dentes (bloco de mordida).
POSICIONAMENTO DA CABEÇA DO
PACIENTE - BISSETRIZ
68. Incisivos Superiores Caninos Superiores
Pré-molares Superiores Molares Superiores
POSICIONAMENTO DA CABEÇA DO
PACIENTE - BISSETRIZ
69. Incisivos Inferiores Caninos Inferiores
Pré-molares Inferiores Molares Inferiores
POSICIONAMENTO DA CABEÇA DO
PACIENTE - BISSETRIZ
70. Nessa técnica o filme radiográfico é
posicionado paralelamente ao plano do
eixo do dente com a ajuda de um
posicionador. O raio central deve incidir
perpendicularmente e em direção ao
centro do longo eixo do dente e do
plano do filme. Deve ser usado um
cilindro (cone) longo, para evitar a
distorção da imagem radiográfica.
TÉCNICA DO PARALELISMO
76. RADIOGRAFIA OCLUSAL
É uma incidência complementar, realizada com o filme
radiográfico posicionado no plano oclusal. As
radiografias oclusais mais realizadas são as totais de
maxila e de mandíbula.
77. INDICAÇÕES CLÍNICAS IMPORTANTES DA
RADIOGRAFIA OCLUSAL:
• Estudo das fraturas dos maxilares;
• Mensurações ortodônticas para determinação e
controle da tração nos maxilares;
• Estudo da fenda palatina;
• Localização de dentes extranumerários ;
• Pesquisa de raízes residuais;
• Dentes inclusos;
• Estudo de grandes áreas patológicas ou
anômalas.
78. TÉCNICA RADIOGRÁFICA OCLUSAL
O filme radiográfico é fixado pelos dentes quando o
paciente os possui. Quando for edêntulo (sem dente)
utiliza-se o dedo polegar do paciente para auxiliar na
fixação do filme.
79. POSICIONAMENTO DO FILME
RADIOGRÁFICO
O filme radiográfico é posicionado na boca do paciente,
com o lado do anterior (superfície convexa picote)
voltado para cima (direcionado ao tubo de raios x).
Deve ser centralizado na boca do paciente com o seu
maior eixo no sentido látero-lateral em adultos e no
sentido ântero-posterior em crianças. O paciente deve
ocluir suavemente segurando o filme.
81. A cabeça deve ser posicionada com o plano sagital mediano
perpendicular ao plano horizontal (chão). O plano oclusal deve
estar paralelo ao chão (a linha de Camper paralela ao chão).
POSICIONAMENTO DA CABEÇA DO PACIENTE (MAXILA)
82. A cabeça deve ser posicionada pra trás, com o plano sagital
mediano perpendicular ao plano horizontal (chão).
POSICIONAMENTO DA CABEÇA DO PACIENTE
(MANDIBULA)
83. RADIOGRAFIAS INTERPROXIMAIS
(BITEWINGS)
As radiografias interproximais são geralmente solicitadas para o
estudo de cáries entre os dentes. São realizados para dentes pré-
molares e molares. É possível observar nesse exame as coroas
dos dentes e as regiões proximais de dentes molares e pré-
molares. O exame completo é composto por quatro radiografias
do tamanho das periapicais ou apenas duas radiografias quando
utilizados RI mais alongados, especiais para esta técnica.
86. PROCESSAMENTO RADIOGRÁFICO
• O filme radiográfico intrabucal (intra-oral) e extrabucal após a
exposição deve ser processado (revelado).
• Esse processamento pode ser manual ou automático. No
processamento manual dos filmes radiográficos intra-orais
(intrabucais), é necessária a identificação nas colgaduras, pois não
há espaço suficiente no filme para fazê-la.
88. FILME RADIOGRÁFICO INTRABUCAL
AUTOPROCESSADOR
Esse tipo de filme é uma alternativa ao
processamento manual, dispensando o
uso de câmara escura para o
processamento.
É apresentado em uma embalagem
especial, que contém os agentes
reveladores e fixadores, além da película
do filme, isso permite o processamento do
filme radiográfico logo após a exposição
sem a necessidade do manuseio em
câmara escura
89. MÉTODO DE MILLER & WINTER
Criado em 1914 pelo Dr. Fred Miller e posteriormente divulgado por Winter.
Também conhecido como técnica do ângulo reto ou da dupla incidência.
É indicado para a localização de dentes inclusos, corpos estranhos e
processos patológicos em mandíbula.
A técnica consiste em: uma radiografia periapical e uma radiografia
oclusal (com filme periapical) cujas incidências são perpendiculares entre si,
daí o nome técnica do ângulo reto. Na periapical o ideal é que faça-a com
a técnica do paralelismo, já na oclusal o paciente morde levemente a película
e inclina a cabeça para trás.
Vantagem: dependendo da posição do elemento a ser radiografado esta
técnica permite boa visualização.
Desvantagens: São necessárias duas radiografias; pacientes com náuseas,
trismo, hiperativo.
90. MÉTODO DE DONOVAN
Quando a técnica de Miller & Winter não registra inteiramente o terceiro
molar incluso. Geralmente quando estão na horizontal ou inclinas fica difícil,
pois o ramo da mandíbula dificulta o posicionamento do filme para a
radiografia oclusal. Esta técnica é indicada sempre que a radiografia oclusal
da técnica Miller & Winter não mostrar, inteiramente, as raízes do 3° molar
inferior.
A técnica consiste em: posicionar o filme inclinado sobre o ramo da
mandíbula; pedir ao paciente para segurar o filme com o dedo indicador do
lado oposto na região mésio-oclusal do 2° molar; o paciente inclina a cabeça
para trás e para o lado oposto; a incidência do feixe deve ser no sentido
ângulo da mandíbula-ápice do nariz.
Vantagens: utilização de uma película apenas, praticidade da técnica.
Desvantagens: paciente impossibilitado de usar as mãos, com trismo, com
náusea.
91. MÉTODO DE CLARK
Essa técnica é indicada para a localização de dentes inclusos, processos
patológicos e corpos estranhos na maxila; localização de pontos anatômicos como
forame mentual e incisivo; dissociação de raízes e condutos radiculares. A teoria
consiste na variação do ângulo horizontal de incidência do raio-x. Onde levamos
em consideração o princípio de Paralaxe: dados dois objetos em linha reta com o
observador, o objeto mais afastado será escondido pelo outro objeto. Se o
observador move-se para a direita, o objeto mais distante aparentemente se
moverá para a direita, ou seja, o objeto mais distante acompanha o observador e o
mais próximo faz o movimento contrário ao observador.
A técnica consiste em: 3 tomadas radiográficas, sendo uma em posição central, as
demais variando a angulação para direita e para a esquerda (mesial e distal).
Depois é só interpretar as imagens, para saber a localização do objeto (dente,
forame, raiz…).
Esta técnica é de grande importância para a Endodontia.
Desvantagens: paciente com náuseas, hiperativo, com trismo, edêntulo ou que não
pode utilizar as mãos.
92. MÉTODO PARMA
Esta técnica é indicada para mandíbula quando a
radiografia periapical convencional não registra
inteiramente o terceiro molar inferior incluso.
A técnica consiste em: inclinar o filme deixando a
sua borda disto-inferior próxima ao assoalho bucal
( se causar desconforto pode dobrar essa borda
para lingual)
93. MÉTODO DE LE MASTER
Técnica indicada para maxila quando ocorrer
sobreposição das imagens do processo
zigomático da maxila e das raízes dos molares
superiores.
A técnica consiste em: colocar um rolete de
algodão preso com fita crepe na metade
inferior do filme; isso diminui a angulação
vertical eliminando-se a sobreposição de
imagens.