O documento discute a importância dos deveres de cidadania para o exercício consciente dos direitos políticos. Em três parágrafos, argumenta que o cidadão maduro é aquele capaz de exercer seus direitos e cumprir suas obrigações, preferencialmente de modo deliberado e espontâneo, e que o cumprimento dos deveres é essencial para a vida em sociedade.
2. EXISTEM RECEITAS PARA FAZER UMA
BOA DISSERTAÇÃO?
Não existem receitas, mas apenas métodos. A
diferença é capital: a receita é do padronizado,
o método é sob medida.
Não é lendo um manual de natação que se
aprende a nadar, é mergulhando na piscina. O
mesmo vale para a dissertação.
O conselho mais importante é o seguinte: para
avançar, o único meio é fazer o máximo
possível de planos. Pratique.
3. Estrutura
Em geral para se obter maior clareza na exposição de um
ponto de vista, costuma-se distribuir a matéria em três
partes:
Introdução: em que se apresenta a ideia ou o ponto de vista
que será defendido;
Desenvolvimento ou argumentação: em que se
desenvolve o ponto de vista para tentar convencer o leitor;
para isso, deve-se usar uma sólida argumentação, citar
exemplos, recorrer a opiniões de especialistas, fornecer
dados...
Conclusão: em que se dá um fecho ao texto, coerente com
o desenvolvimento, com os argumentos apresentados.
4. PLANEJANDO A DISSERTAÇÃO
Quando queremos ir a algum lugar a que nunca fomos,
costumamos, mesmo que só mentalmente, estabelecer um
roteiro. Sem esse roteiro prévio, corremos o risco de ficar
rodando à toa e não chegar ao destino e, caso tenhamos a
sorte de chegar, teremos perdido muito tempo nessa
tarefa.
A elaboração de um texto, principalmente dissertativo-
argumentativo, não é diferente: se não tivermos um plano
ou um roteiro previamente preparados, correremos o risco
de ficar dando voltas em torno do tema, sem chegar a
lugar algum.
5. VIOLÊNCIA SOCIAL
Atualmente, um dos grandes problemas que afetam a vida de uma
sociedade, é a violência nela inserida. Violência essa que devido a
vários fatores, segundo sociólogos, psicólogos e outros estudantes das
ciências humanas, será praticamente impossível de ser eliminada.
A dificuldade na solução deste problema está na complexidade do
mesmo. Várias são as causas e para cada uma se faz necessária uma
medida especial, medidas essas que muitas vezes são impossíveis de
serem colocadas em prática.
A violência pode ser gerada pela própria sociedade, por crises
econômicas, por um problema mental do individua, pelo grande número
de adeptos ao uso de drogas, e por uma enorme série de outros
fatores.
Devido as perspectivas quase que inexistentes em uma solução a
curto ou médio prazo para a questão da violência, o melhor a fazer, é se
precaver para não se tornar mais uma vítima de uma dos problemas
mais sérios da nossa sociedade.
(Redação de aluno)
6. VIOLÊNCIA SOCIAL
A violência no Brasil acontece pela diferença econômica e social
que existe nas sociedades nacionais.
O Brasil está mudando, crescendo e progredindo, só que ainda
existe a má distribuição de renda para as populações. Assim o
“cidadão” privilegiado vivendo na pobreza, na miséria fica revoltado e
tem como solução de vida violentar os outros para sobreviver.
Para outros a sobrevivência formada na miséria é se adaptar as
drogas para fugir da realidade e não saber o que se faz.
Dentro dessas desigualdades encontra-se o comércio clandestino
de armas que se transforma em um ato comum do dia-a-dia do cidadão.
A arma é usada como um utensílio “doméstico”.
Entretanto o Estado deve dar prioridades a classe baixa,
investindo em educação, moradia, saúde, uma distribuição de renda
bem feita, para chegarem numa condição de vida melhor e para que
esta parte social não tenha necessidades de procurarem e violentarem
outras pessoas para terem uma vida decente.
7. ESQUEMA-PADRÃO
Inicialmente, é preciso não confundir esquema
com rascunho.
Cada texto dissertativo-argumentativo,
dependendo do tema e da argumentação, pede
um esquema.
Esquema, portanto, é um guia no qual
colocamos, em frases sucintas, o roteiro a ser
seguido para a elaboração do texto.
8. ESQUEMA I
TÍTULO
1º PARÁGRAFO: TEMA + ARGUMENTO 1 +
ARGUMENTO 2
2º PARÁGRAFO: DESENVOLVIMENTO DO
ARGUMENTO 1
3º PARÁGRAFO: DESENVOLVIMENTO DO
ARGUMENTO 2
4º PARÁGRAFO: REAFIRMAÇÃO DO TEMA +
OBSERVAÇÃO FINAL
9. ESQUEMA II
TÍTULO
1º PARÁGRAFO: APRESENTAÇÃO DO TEMA
2º PARÁGRAFO: CAUSA (COM EXPLICAÇÕES ADICIONAIS)
3º PARÁGRAFO: CONSEQUÊNCIA (COM EXPLICAÇÕES
ADICIONAIS)
4º PARÁGRAFO: REAFIRMAÇÃO DO TEMA + OBSERVAÇÃO
FINAL
10. ESQUEMA III
TÍTULO
1º PARÁGRAFO: APRESENTAÇÃO DO TEMA
2º PARÁGRAFO: ASPECTOS FAVORÁVEIS
3º PARÁGRAFO: ASPECTOS CONTRÁRIOS
4º PARÁGRAFO: POSICIONAMENTO PESSOAL EM RELAÇÃO
AO TEMA + OBSERVAÇÃO FINAL
11. ESQUEMA IV
TÍTULO
1º PARÁGRAFO: APRESENTAÇÃO DO TEMA
2º PARÁGRAFO: ÉPOCA MAIS DISTANTE
3º PARÁGRAFO: ÉPOCA MAIS PRÓXIMA E ÉPOCA ATUAL
4º PARÁGRAFO: RETOMADA DO TEMA AGORA SOB UMA
PERSPECTIVA HISTÓRICA
12. Tipos de introdução:
Definição: Pode-se começar a dissertar
fazendo uma definição do tema, para atribuir
maior clareza e objetividade ao texto.
Violência é...
A violência se caracteriza como....
Um ato é violento quando...
Existe violência se...
13. Comparação: Tem-se também a opção de
começar, buscando uma definição do tema
por comparação.
A violência é como...
A violência é semelhante a...
A violência parece-se com..., lembra...
14. Citação: Pode-se ainda iniciar o texto com
uma citação relativa ao tema. Uma frase
interessante, um verso, um fragmento...
O ideal é que a citação seja feita do
modo clássico: entre aspas, reproduzindo
exatamente as palavras do autor e com
indicação da fonte de onde foi retirada. Em
seguida, faz-se uma pequena análise, um
breve comentário a respeito da opinião
citada, expondo, ao mesmo tempo, nosso
ponto de vista sobre o assunto.
15. Histórico: o início do texto pode fazer um
histórico, uma explanação rápida do tema
através dos tempos, dando ao tema uma
abordagem temporal.
Antes, a violência era “X”; agora é...
Ontem, a violência era “X”; hoje é “Y”;
amanhã será...
Depois do histórico, apresenta-se a tese e
inicia-se a argumentação.
16. Exemplo: Pode-se também escolher um
fato-exemplo expressivo para iniciar o texto.
Em seguida, fazemos uma análise
interpretativa desse exemplo – que poderá
ou não ser retomado mais adiante – ,
revelando nossa visão sobre o tema.
Iniciar uma dissertação a partir de um
exemplo dá concretude e comunicabilidade
ao texto.
17. Estatística: Pode-se começar a redação pela
apresentação de um dado estatístico
esclarecedor sobre o tema. O procedimento
é praticamente idêntico ao de iniciar o texto
pela exemplificação.
Resumo: Um resumo daquilo que se pensa
sobre o assunto da redação é uma das
possibilidades de início. O começo da
dissertação funcionaria, assim, como uma
espécie de índice, de sumário do texto, em
que se apresentaria de modo sintético o
tema, o ponto de vista e a argumentação.
18. A IMPORTÂNCIA DO EXEMPLO
Os exemplos dão vida ao texto.
Esclarecem o raciocínio.
Iluminam a compreensão.
Intensificam o processo de persuasão,
expondo as ideias de modo concreto.
Não só ilustram o texto, mas levam o leitor
a sentir, a pensar, a viver.
19. 1. Leia atentamente o texto seguinte.
Numa sociedade marcada por desigualdades, como a
brasileira, o ato de votar é o momento em que todos
são realmente iguais, ao exercer seu direito de
cidadania. Há que considerar, no entanto, a
contrapartida dos deveres.
Cidadão consciente é aquele que, capaz de exercer
seus direitos, cumpre também com seus deveres.
2. Redija um texto dissertativo, com argumentos, a
respeito da afirmação em negrito.
3. Sua dissertação deverá ter no mínimo 20 e no
máximo 30 linhas, considerando-se letra de tamanho
regular.
20. DIREITOS E DEVERES
Votar é um ato que coloca os cidadãos em um mesmo nível. As diferenças
desfazem-se pelo exercício da cidadania no dia das eleições, e esse evento
nos propõe uma singela reflexão. A conscientização política pressupõe duplo
reconhecimento: um, da capacidade de exercer direitos; o outro, do
cumprimento de obrigações.
O cumprimento dos deveres de cidadania pode dar-se de dois modos: pela
coerção do estado ou deliberadamente. O modo que aqui se focaliza é pela
maneira deliberada, pela espontaneidade, é evidente. E isso, convenhamos,
só poderia ocorrer como fruto da conscientização.
De um direito podemos até abrir mão, pois, na maioria das vezes, isso ocorre,
exclusivamente, em prejuízo de quem assim o decide. Já, na esfera das
obrigações, a desistência não é um instituto legítimo. Os direitos, em sua
quase totalidade, são passíveis de opção de quem os exerce. Possibilidade
esta que jamais ocorre com as obrigações. Estas devem ser cumpridas de um
modo ou de outro, conforme tratamos acima.
A consciência do cumprimento de seus deveres é o maior indício de
maturidade política do civilmente capaz, uma vez que a realização deliberada
dos atos de obrigação é o passaporte do cidadão para a vida em comunidade.