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Questões de linguagens e
suas tecnologias: ENEM
facebook.com/ProfessoraFernandaBraga
ENEM 2011  
TEXTO I
Onde está a honestidade?
Você tem palacete reluzente
Tem joias e criados à vontade
Sem ter nenhuma herança ou parente
Só anda de automóvel na cidade...
E o povo pergunta com maldade:
Onde está a honestidade?
Onde está a honestidade?
O seu dinheiro nasce de repente
E embora não se saiba se é verdade
Você acha nas ruas diariamente
Anéis, dinheiro e felicidade...
Vassoura dos salões da sociedade
Que varre o que encontrar em sua frente
Promove festivais de caridade
Em nome de qualquer defunto ausente...
ROSA, N. Disponível em: http://www.mpbnet.com.br. Acesso em: abr. 2010
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TEXTO II
Um vulto da história da música popular brasileira, reconhecido
nacionalmente, é Noel Rosa. Ele nasceu em 1910, no Rio de Janeiro;
portanto, se estivesse vivo, estaria completando 100 anos. Mas faleceu aos
26 anos de idade, vítima de tuberculose, deixando um acervo de grande
valor para o patrimônio cultural brasileiro. Muitas de suas letras
representam a sociedade contemporânea, como se tivessem sido escritas
no século XXI.
Disponível em: http://www.mpbnet.com.br. Acesso em: abr. 2010.
facebook.com/ProfessoraFernandaBraga
Um texto pertencente ao patrimônio literário-cultural brasileiro é
atualizável, na medida em que ele se refere a valores e situações de
um povo. A atualidade da canção Onde está a honestidade?, de Noel
Rosa, evidencia-se por meio
B  da crítica aos ricos que possuem joias, mas não têm herança.
C  da maldade do povo a perguntar sobre a honestidade.
D  do privilégio de alguns em clamar pela honestidade.
E  da insistência em promover eventos beneficentes.
A  da ironia, ao se referir ao enriquecimento de origem duvidosa de alguns.
Resolução: na canção de Noel Rosa, o eu lírico contrapõe a riqueza de um
sujeito à origem obscura dos bens (“você tem palacete reluzente/tem
joias e criados à vontade”), revelando a ironia ao afirmar, por exemplo,
que “seu dinheiro nasce de repente”. A denúncia do enriquecimento ilícito
garante a atualidade do texto.
facebook.com/ProfessoraFernandaBraga
ENEM 2013  
Olá! Negro 
Os netos de teus mulatos e de teus cafuzos 
e a quarta e a quinta gerações de teu sangue sofredor 
tentarão apagar a tua cor! 
E as gerações dessas gerações quando apagarem 
a tua tatuagem execranda, 
não apagarão de suas almas, a tua alma, negro! 
Pai-João, Mãe-negra, Fulô, Zumbi, 
negro-fujão, negro cativo, negro rebelde 
negro cabinda, negro congo, negro íoruba, 
negro que foste para o algodão de USA
para os canaviais do Brasil,
para o tronco, para o colar de ferro, para a canga 
de todos os senhores do mundo;
eu melhor compreenda agora os teus blues
nesta hora triste da raça branca, negro! 
Olá, Negro! Olá. Negro! 
A raça que te enforca, enforca-se de tédio, negro! 
LIMA. J, Obras completas: Rio de Janeiro, Aguilar, 1958 (fragmento).
facebook.com/ProfessoraFernandaBraga
O conflito de gerações e de grupos étnicos reproduz, na visão do eu
lírico, um contexto social assinalado por
A  modernização dos modos de produção e consequente enriquecimento dos
brancos.
C superação dos costumes antigos por meio da incorporação de valores dos
colonizados.
D nivelamento social de descendentes de escravos e de senhores pela
condição de pobreza.
E antagonismo entre grupos de trabalhadores e lacunas de
hereditariedade.
B  preservação da memória ancestral e resistência negra à apatia cultural dos brancos.
Resolução: o eu lírico afirma que a preservação da herança cultural dos negros
está assegurada, ainda que descendentes desejem apagá-la (“tentarão apagar a
tua cor” x “não apagarão de suas almas a tua alma, negro”). A cultura ancestral,
marcada pelo sofrimento e apresentada na imagem do blues, sobrepõe-se à
apatia da civilização branca.
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ENEM 2013  
Até quando?
Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo). Rio
de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).
As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto
A caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet.
B cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas.
C tom de diálogo, pela recorrência de gírias.
E originalidade, pela concisão da linguagem.
D espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.
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RESOLUÇÃO:
A caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet.
Embora a letra apresente caráter atual, não são identificados termos específicos da
linguagem utilizada na internet.
B cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas.
Há caráter apelativo pela exortação ao leitor para tomar certas atitudes, mas esta
não se expressa, predominantemente, por meio de metáforas.
C tom de diálogo, pela recorrência de gírias.
Ainda que algumas expressões possam ser consideradas gírias, como “pode crer” e
“se liga aí”, não se pode afirmar que existe um tom de diálogo, já que o eu lírico
pretende atuar sobre o leitor com o objetivo de persuadi-lo.
A letra da música é marcada por linguagem simples e formas coloquiais de
expressão, como, por exemplo, “pra fazer” e “te botaram numa cruz”, o que
caracteriza a espontaneidade do texto.
E originalidade, pela concisão da linguagem.
O texto apresenta repetição de uma ideia central, por isso não se pode falar em
concisão.
D espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.

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  • 1. Questões de linguagens e suas tecnologias: ENEM facebook.com/ProfessoraFernandaBraga
  • 2. ENEM 2011   TEXTO I Onde está a honestidade? Você tem palacete reluzente Tem joias e criados à vontade Sem ter nenhuma herança ou parente Só anda de automóvel na cidade... E o povo pergunta com maldade: Onde está a honestidade? Onde está a honestidade? O seu dinheiro nasce de repente E embora não se saiba se é verdade Você acha nas ruas diariamente Anéis, dinheiro e felicidade... Vassoura dos salões da sociedade Que varre o que encontrar em sua frente Promove festivais de caridade Em nome de qualquer defunto ausente... ROSA, N. Disponível em: http://www.mpbnet.com.br. Acesso em: abr. 2010 facebook.com/ProfessoraFernandaBraga
  • 3. facebook.com/ProfessoraFernandaBraga TEXTO II Um vulto da história da música popular brasileira, reconhecido nacionalmente, é Noel Rosa. Ele nasceu em 1910, no Rio de Janeiro; portanto, se estivesse vivo, estaria completando 100 anos. Mas faleceu aos 26 anos de idade, vítima de tuberculose, deixando um acervo de grande valor para o patrimônio cultural brasileiro. Muitas de suas letras representam a sociedade contemporânea, como se tivessem sido escritas no século XXI. Disponível em: http://www.mpbnet.com.br. Acesso em: abr. 2010.
  • 4. facebook.com/ProfessoraFernandaBraga Um texto pertencente ao patrimônio literário-cultural brasileiro é atualizável, na medida em que ele se refere a valores e situações de um povo. A atualidade da canção Onde está a honestidade?, de Noel Rosa, evidencia-se por meio B  da crítica aos ricos que possuem joias, mas não têm herança. C  da maldade do povo a perguntar sobre a honestidade. D  do privilégio de alguns em clamar pela honestidade. E  da insistência em promover eventos beneficentes. A  da ironia, ao se referir ao enriquecimento de origem duvidosa de alguns. Resolução: na canção de Noel Rosa, o eu lírico contrapõe a riqueza de um sujeito à origem obscura dos bens (“você tem palacete reluzente/tem joias e criados à vontade”), revelando a ironia ao afirmar, por exemplo, que “seu dinheiro nasce de repente”. A denúncia do enriquecimento ilícito garante a atualidade do texto.
  • 5. facebook.com/ProfessoraFernandaBraga ENEM 2013   Olá! Negro  Os netos de teus mulatos e de teus cafuzos  e a quarta e a quinta gerações de teu sangue sofredor  tentarão apagar a tua cor!  E as gerações dessas gerações quando apagarem  a tua tatuagem execranda,  não apagarão de suas almas, a tua alma, negro!  Pai-João, Mãe-negra, Fulô, Zumbi,  negro-fujão, negro cativo, negro rebelde  negro cabinda, negro congo, negro íoruba,  negro que foste para o algodão de USA para os canaviais do Brasil, para o tronco, para o colar de ferro, para a canga  de todos os senhores do mundo; eu melhor compreenda agora os teus blues nesta hora triste da raça branca, negro!  Olá, Negro! Olá. Negro!  A raça que te enforca, enforca-se de tédio, negro!  LIMA. J, Obras completas: Rio de Janeiro, Aguilar, 1958 (fragmento).
  • 6. facebook.com/ProfessoraFernandaBraga O conflito de gerações e de grupos étnicos reproduz, na visão do eu lírico, um contexto social assinalado por A  modernização dos modos de produção e consequente enriquecimento dos brancos. C superação dos costumes antigos por meio da incorporação de valores dos colonizados. D nivelamento social de descendentes de escravos e de senhores pela condição de pobreza. E antagonismo entre grupos de trabalhadores e lacunas de hereditariedade. B  preservação da memória ancestral e resistência negra à apatia cultural dos brancos. Resolução: o eu lírico afirma que a preservação da herança cultural dos negros está assegurada, ainda que descendentes desejem apagá-la (“tentarão apagar a tua cor” x “não apagarão de suas almas a tua alma, negro”). A cultura ancestral, marcada pelo sofrimento e apresentada na imagem do blues, sobrepõe-se à apatia da civilização branca.
  • 7. facebook.com/ProfessoraFernandaBraga ENEM 2013   Até quando? Não adianta olhar pro céu Com muita fé e pouca luta Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer E muita greve, você pode, você deve, pode crer Não adianta olhar pro chão Virar a cara pra não ver Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer! GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo). Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento). As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto A caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet. B cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas. C tom de diálogo, pela recorrência de gírias. E originalidade, pela concisão da linguagem. D espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.
  • 8. facebook.com/ProfessoraFernandaBraga RESOLUÇÃO: A caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet. Embora a letra apresente caráter atual, não são identificados termos específicos da linguagem utilizada na internet. B cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas. Há caráter apelativo pela exortação ao leitor para tomar certas atitudes, mas esta não se expressa, predominantemente, por meio de metáforas. C tom de diálogo, pela recorrência de gírias. Ainda que algumas expressões possam ser consideradas gírias, como “pode crer” e “se liga aí”, não se pode afirmar que existe um tom de diálogo, já que o eu lírico pretende atuar sobre o leitor com o objetivo de persuadi-lo. A letra da música é marcada por linguagem simples e formas coloquiais de expressão, como, por exemplo, “pra fazer” e “te botaram numa cruz”, o que caracteriza a espontaneidade do texto. E originalidade, pela concisão da linguagem. O texto apresenta repetição de uma ideia central, por isso não se pode falar em concisão. D espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.