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RELATO DE UM CERTO 
ORIENTE • Autor: Milton Hatoum 
• Escola Literária: Literatura Contemporânea 
• Ano de Publicação: 1989 
• Gênero: Romance 
• Divisão da Obra: 8 capítulos 
• Local: Manaus 
• Narradores *
Milton Hatoum 
• Nasceu em Manaus no ano de 1952. 
• É professor de literatura na Universidade 
Federal do Amazonas. 
• Foi professor visitante da Universidade da 
Califórnia em Berkeley. 
• Escreveu três romances: Relato de um Certo 
Oriente, Dois Irmãos e Cinzas do Norte. 
• Os enredos se passam em Manaus e contam 
histórias de lares familiares que vão aos 
poucos se acabando. 
• Atualmente mora em São Paulo
A estrutura da obra 
Estrutura fragmentada e uma história formada 
por diversos relatos autônomos que se integram 
e se alteram. 
É interessante verificar que entre um capítulo e 
outro não existe um fechamento, uma vez que o 
capítulo anterior está sempre dialogando com o 
próximo sem deixar muito claro quem será o 
próximo narrador.
1 – Narradora protagonista 
2 – Hakim 
3 – Dorner 
4 – Dorner (relata o marido de Emile) 
5 – Dorner seguido de Hakim 
6 - Narradora protagonista 
7 – Hindié 
8 - Narradora protagonista
Enredo: Relato de um certo Oriente 
Tema bastante comum: a família e seus dramas. 
A memória, a identidade e a reconstituição de lembranças são 
os temas deste romance. 
Retrata as dificuldades presentes na convivência diária de 
familiares e amigos, seus segredos e diferentes comportamentos. 
A personagem protagonista de Relato de um certo 
Oriente consegue, por meio da rememoração de seu passado e 
com a ajuda das lembranças de outros, enriquecer sua vida, dar 
sentido e valor à sua origem. 
Fala-se em narrativa de encaixe porque se vão reunindo 
pequenos relatos para que o todo se completo.
Narradora – Protagonista 
Quando abri os olhos, vi o vulto de uma mulher e o de uma criança. 
A moça entra na casa e repara na mobília, como se tentasse resgatar 
um tempo passado. 
Samara Delia, que frequentava as novenas e lia os jornais de cabo a 
rabo com a esperança de encontrar uma descoberta da medicina que 
devolvesse à filha os dois sentidos que lhe faltavam. 
Ela ainda morava e trabalhava na Parisiense. Tinha um jeito estranho 
de ser, e ninguém sabia de sua vida. 
O pai tentava apaziguar os irmãos depois do nascimento de Soraya. 
Soraya morrera em um acidente, estava com sua boneca de pano. 
No momento em que o tio Hakim desembarcou, Emilie já tinha 
expirado.
Narrador : Hakim 
Fadei e Samira. Convento. 
“Esse martírio só pode ser obra de cristão”, proferia meu pai, sabendo 
que Hindié já fizera isso em outras casas e que era uma prática bastante 
difundida na cidade. 
Em um ataque de fúria durante a noite, o pai havia detonado todo o 
quarto. 
Nossa Senhora do Líbano; 
O marido começou a esconder os santos nos armários. 
Emilie havia escondido o livro! 
O narrador relata sua curiosidade pela língua falada pelos adultos. 
Emile lhe disse que no próximo sábado começaríamos a estudar. 
O baú lacrado que Emilie. 
Dorner fotografou Emir no centro do coreto da praça da Polícia.
Narrador: Dorner 
Um tio meu, Hanna, combateu pelo Brasão da República Brasileira; 
alcançou a patente de coronel das Forças Armadas. Onze anos, talvez 
em 1914, Hanna enviou-nos dois retratos seus, colados na frente e no 
verso de um papel cartão retangular; 
Ao ler o bilhete, o pai do marido de Emilie disse ao filho: chegou a tua 
vez de enfrentar o oceano e alcançar o desconhecido, no outro lado da 
terra. 
Mato. 
As febres. 
Ter vindo a Manaus foi meu último impulso aventureiro; decidi fixar-me 
nessa cidade.
Narradores: Dorner e Hakim 
Foi assim que teu pai resumiu sua vinda ao Brasil, numa tarde em que 
o procurei para puxar assunto. 
Indagou por onde andavam as fotografias de Emir. 
Material fotográfico: troquei tudo por uma biblioteca com obras 
raras. 
O convívio com teu pai me instigou a ler As mil e uma noites. 
O amigo misturava sua história com aquelas narradas em As mil e 
uma noites, mas falava com uma convicção, que pareciam ter 
realmente acontecido com ele.
Narrador: Hakim 
Após a morte de Emir, Dorner partiu para uma 
viagem de anos. 
Escreveu cartas copiosas que nunca deixei de reler. 
Ele passou a vida anotando suas impressões acerca 
da vida amazônica. O comportamento ético de 
brancos, caboclos e índios eram seus temas 
prediletos. 
Replicou as minhas insinuações a respeito da morte 
de Emir. 
Das leituras das cartas de V.B. 
Só se comunicava com a irmã na presença dos pais.
 Todos os anos, Emilie celebrava à sua maneira, a 
morte do irmão. 
 O filho de Emilie recordava-se, também, da forma 
cruel como tratavam os empregados. 
 Conivência de Emilie com os filhos me revoltava. 
 Emilie explorava empregados e não permitia que 
comessem de sua comida. No entanto, dava 
comida aos pobres no dia da morte de Emir. 
 Naturidade, tio de Anastácia Socorro. Grande 
Vidente. A amizade de Emilie com Lobato foi 
louvada por uns e tripudiada por outros. 
 Transcorridos mais de vinte anos. Emilie ainda se 
dedicava a uma prática filantrópica. Pai
 Quando lhe comuniquei diante dos outros irmãos a minha 
decisão de ir embora daqui, ela expressou sua surpresa 
com uma torrente verbal que só nós dois entendemos. 
 Ela convenceu meu pai de que eu devia continuar meus 
estudos no outro lado do país. Mesada. 
 Enviou-me fotografias durante quase vinte e cinco anos. 
 Samara Delia. 
 Só Emilie entrava no quarto para vista-la, como se aquele 
espaço vedado fosse um lugar perigoso, o antro do 
contágio, e da proliferação da peste.
 Demorou quase um ano para que os 
irmãos aceitassem a companhia velada de 
ambas. 
 Quando Soraya era bebê, a narradora tinha 
apenas quatro anos e, no dia em que se 
viram, brincaram muito. A narradora 
pergunta a Samara Delia sobre o bebê, que 
nunca havia visto, e sobre aquela mulher 
que vinha ali às vezes (era a mãe da 
narradora). Somente dois anos depois foi 
que ela descobrira que a criança era muda. 
 A relação entre pai e filha ficou também 
abalada após a gravidez. Logo que Soraya 
Ângela veio ao mundo, ele afastou-se dela 
e desprezou-a.
 Com o passar do tempo permitiu, e até 
exigiu, que mãe e filha sentassem à mesa 
para almoçar. 
 Depois da morte da menina, a irmã decidiu 
sair de casa. 
 Na Parisiense. Foi até lá, conversou com a 
irmã. 
 Também o que machucava muito Samara era 
o relacionamento com o pai. 
 Fala comigo como se falasse com um 
espelho, e passa horas lendo o Livro em voz 
baixa.
Narradora - Protagonista 
Menos de quinhentos metros separavam a casa 
onde nossa mãe morava da de Emilie. 
Quando cruzei o portão de ferro da casa de Emilie, 
também estranhei a ausência dos sons dos animais. 
Na rua, encontrou-se com Dorner. 
Talvez quisesse adiar o encontro com Emilie. 
Hindié me enlaçou com os braços.Foi doloroso não 
ter visto Emilie. Quando o último filho deixou o 
sobrado, ela fez questão de morar sozinha.
 Todos os dias, às sete horas, Hindié ia encontrar-se 
com a amiga. 
 Ao entrar na casa, Hindié viu a cena que a 
horrorizou: Emilie estava inerte, já quase sem 
vida, e o fio do telefone estava enroscado no 
pescoço e nos cabelos dela; o auricular sumia na 
sua mão direita, e outra mão cobria os seus olhos. 
 Ela ligou para a casa de Hector Dorado, mas o 
médico não atendeu à chamada. 
 Ligou para o tio Emílio, que logo reconheceu a voz 
de Hindié e entendeu o que falava. 
 Primeiro chegou tio Emílio, depois o médico e, 
mais tarde, os dois filhos com suas esposas.
Narradora: Hindié 
Hindié conta que, durante o velório, muitas pessoas 
vinham conversar com ela. 
A maior preocupação de Emilie não era o temor à 
morte solitária, e sim o segredo do cofre, pois, 
quando morresse, os filhos tomariam a casa e a 
Parisiense de assalto, e Samara seria jogada na rua, 
sem eira nem beira. 
Depois que ela perdeu o marido, a filha tomou 
conta da Parisiense sem a ajuda de ninguém, e deu 
um impulso tão grande na loja que no fim de alguns 
anos. Emilie chegou a caçoar do finado.
 Ganhamos em cinco anos o que deixamos de ganhar em 
cinquenta. 
 Deixou uma sacola para a mãe. Na noite do mesmo dia, ela 
resolveu levar a sacola ao cofre 
 Algo ali dizia que Samara não mais voltaria. A loja foi alugada 
na mesma semana, e toda a mercadoria vendida ao 
inquilino. 
 Seu tio Emílio, que se ofereceu a percorrer toda a cidade e 
até mesmo o país para encontrar a sobrinha.
Narradora - Protagonista 
A voz de Hindié cala subitamente, e por algum tempo uma 
tristeza desponta no olhar ela. 
Preferi chegar no fim de tudo, após o enfado do adeus, mas ainda 
pude observar, na porta da casa, o séquito. Os filhos iam à frente 
do cortejo, e as três amigas de Emilie alugaram carros para levar 
alguns frequentadores da casa. 
Só no dia seguinte retornei para visitar o jazigo. 
Lembro-me de que na penúltima carta quiseste saber quando eu 
ia deixar a clínica 
Fora internada a mando da nossa mãe, depois do meu último 
acesso de fúria e descontrole, quando nada ficou de pé nem inteiro 
no lugar.
 Visita da amiga Miriam. 
 Já passava das onze quando cheguei na casa que 
desconhecia. 
 Não esqueci o meu caderno de diário, e, na última 
hora, decidi trazer o gravador, as fitas e todas as 
tuas cartas. 
 Assim, os depoimentos gravados, os incidentes, e 
tudo o que era audível e visível passou a ser 
norteado por uma única voz, que se debatia entre 
a hesitação e os murmúrios do passado. 
 Para te revelar (numa carta que seria a compilação 
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A história fragmentada de uma família em Relato de um Certo Oriente

  • 1. RELATO DE UM CERTO ORIENTE • Autor: Milton Hatoum • Escola Literária: Literatura Contemporânea • Ano de Publicação: 1989 • Gênero: Romance • Divisão da Obra: 8 capítulos • Local: Manaus • Narradores *
  • 2. Milton Hatoum • Nasceu em Manaus no ano de 1952. • É professor de literatura na Universidade Federal do Amazonas. • Foi professor visitante da Universidade da Califórnia em Berkeley. • Escreveu três romances: Relato de um Certo Oriente, Dois Irmãos e Cinzas do Norte. • Os enredos se passam em Manaus e contam histórias de lares familiares que vão aos poucos se acabando. • Atualmente mora em São Paulo
  • 3. A estrutura da obra Estrutura fragmentada e uma história formada por diversos relatos autônomos que se integram e se alteram. É interessante verificar que entre um capítulo e outro não existe um fechamento, uma vez que o capítulo anterior está sempre dialogando com o próximo sem deixar muito claro quem será o próximo narrador.
  • 4. 1 – Narradora protagonista 2 – Hakim 3 – Dorner 4 – Dorner (relata o marido de Emile) 5 – Dorner seguido de Hakim 6 - Narradora protagonista 7 – Hindié 8 - Narradora protagonista
  • 5.
  • 6. Enredo: Relato de um certo Oriente Tema bastante comum: a família e seus dramas. A memória, a identidade e a reconstituição de lembranças são os temas deste romance. Retrata as dificuldades presentes na convivência diária de familiares e amigos, seus segredos e diferentes comportamentos. A personagem protagonista de Relato de um certo Oriente consegue, por meio da rememoração de seu passado e com a ajuda das lembranças de outros, enriquecer sua vida, dar sentido e valor à sua origem. Fala-se em narrativa de encaixe porque se vão reunindo pequenos relatos para que o todo se completo.
  • 7. Narradora – Protagonista Quando abri os olhos, vi o vulto de uma mulher e o de uma criança. A moça entra na casa e repara na mobília, como se tentasse resgatar um tempo passado. Samara Delia, que frequentava as novenas e lia os jornais de cabo a rabo com a esperança de encontrar uma descoberta da medicina que devolvesse à filha os dois sentidos que lhe faltavam. Ela ainda morava e trabalhava na Parisiense. Tinha um jeito estranho de ser, e ninguém sabia de sua vida. O pai tentava apaziguar os irmãos depois do nascimento de Soraya. Soraya morrera em um acidente, estava com sua boneca de pano. No momento em que o tio Hakim desembarcou, Emilie já tinha expirado.
  • 8. Narrador : Hakim Fadei e Samira. Convento. “Esse martírio só pode ser obra de cristão”, proferia meu pai, sabendo que Hindié já fizera isso em outras casas e que era uma prática bastante difundida na cidade. Em um ataque de fúria durante a noite, o pai havia detonado todo o quarto. Nossa Senhora do Líbano; O marido começou a esconder os santos nos armários. Emilie havia escondido o livro! O narrador relata sua curiosidade pela língua falada pelos adultos. Emile lhe disse que no próximo sábado começaríamos a estudar. O baú lacrado que Emilie. Dorner fotografou Emir no centro do coreto da praça da Polícia.
  • 9. Narrador: Dorner Um tio meu, Hanna, combateu pelo Brasão da República Brasileira; alcançou a patente de coronel das Forças Armadas. Onze anos, talvez em 1914, Hanna enviou-nos dois retratos seus, colados na frente e no verso de um papel cartão retangular; Ao ler o bilhete, o pai do marido de Emilie disse ao filho: chegou a tua vez de enfrentar o oceano e alcançar o desconhecido, no outro lado da terra. Mato. As febres. Ter vindo a Manaus foi meu último impulso aventureiro; decidi fixar-me nessa cidade.
  • 10. Narradores: Dorner e Hakim Foi assim que teu pai resumiu sua vinda ao Brasil, numa tarde em que o procurei para puxar assunto. Indagou por onde andavam as fotografias de Emir. Material fotográfico: troquei tudo por uma biblioteca com obras raras. O convívio com teu pai me instigou a ler As mil e uma noites. O amigo misturava sua história com aquelas narradas em As mil e uma noites, mas falava com uma convicção, que pareciam ter realmente acontecido com ele.
  • 11. Narrador: Hakim Após a morte de Emir, Dorner partiu para uma viagem de anos. Escreveu cartas copiosas que nunca deixei de reler. Ele passou a vida anotando suas impressões acerca da vida amazônica. O comportamento ético de brancos, caboclos e índios eram seus temas prediletos. Replicou as minhas insinuações a respeito da morte de Emir. Das leituras das cartas de V.B. Só se comunicava com a irmã na presença dos pais.
  • 12.  Todos os anos, Emilie celebrava à sua maneira, a morte do irmão.  O filho de Emilie recordava-se, também, da forma cruel como tratavam os empregados.  Conivência de Emilie com os filhos me revoltava.  Emilie explorava empregados e não permitia que comessem de sua comida. No entanto, dava comida aos pobres no dia da morte de Emir.  Naturidade, tio de Anastácia Socorro. Grande Vidente. A amizade de Emilie com Lobato foi louvada por uns e tripudiada por outros.  Transcorridos mais de vinte anos. Emilie ainda se dedicava a uma prática filantrópica. Pai
  • 13.  Quando lhe comuniquei diante dos outros irmãos a minha decisão de ir embora daqui, ela expressou sua surpresa com uma torrente verbal que só nós dois entendemos.  Ela convenceu meu pai de que eu devia continuar meus estudos no outro lado do país. Mesada.  Enviou-me fotografias durante quase vinte e cinco anos.  Samara Delia.  Só Emilie entrava no quarto para vista-la, como se aquele espaço vedado fosse um lugar perigoso, o antro do contágio, e da proliferação da peste.
  • 14.  Demorou quase um ano para que os irmãos aceitassem a companhia velada de ambas.  Quando Soraya era bebê, a narradora tinha apenas quatro anos e, no dia em que se viram, brincaram muito. A narradora pergunta a Samara Delia sobre o bebê, que nunca havia visto, e sobre aquela mulher que vinha ali às vezes (era a mãe da narradora). Somente dois anos depois foi que ela descobrira que a criança era muda.  A relação entre pai e filha ficou também abalada após a gravidez. Logo que Soraya Ângela veio ao mundo, ele afastou-se dela e desprezou-a.
  • 15.  Com o passar do tempo permitiu, e até exigiu, que mãe e filha sentassem à mesa para almoçar.  Depois da morte da menina, a irmã decidiu sair de casa.  Na Parisiense. Foi até lá, conversou com a irmã.  Também o que machucava muito Samara era o relacionamento com o pai.  Fala comigo como se falasse com um espelho, e passa horas lendo o Livro em voz baixa.
  • 16. Narradora - Protagonista Menos de quinhentos metros separavam a casa onde nossa mãe morava da de Emilie. Quando cruzei o portão de ferro da casa de Emilie, também estranhei a ausência dos sons dos animais. Na rua, encontrou-se com Dorner. Talvez quisesse adiar o encontro com Emilie. Hindié me enlaçou com os braços.Foi doloroso não ter visto Emilie. Quando o último filho deixou o sobrado, ela fez questão de morar sozinha.
  • 17.  Todos os dias, às sete horas, Hindié ia encontrar-se com a amiga.  Ao entrar na casa, Hindié viu a cena que a horrorizou: Emilie estava inerte, já quase sem vida, e o fio do telefone estava enroscado no pescoço e nos cabelos dela; o auricular sumia na sua mão direita, e outra mão cobria os seus olhos.  Ela ligou para a casa de Hector Dorado, mas o médico não atendeu à chamada.  Ligou para o tio Emílio, que logo reconheceu a voz de Hindié e entendeu o que falava.  Primeiro chegou tio Emílio, depois o médico e, mais tarde, os dois filhos com suas esposas.
  • 18. Narradora: Hindié Hindié conta que, durante o velório, muitas pessoas vinham conversar com ela. A maior preocupação de Emilie não era o temor à morte solitária, e sim o segredo do cofre, pois, quando morresse, os filhos tomariam a casa e a Parisiense de assalto, e Samara seria jogada na rua, sem eira nem beira. Depois que ela perdeu o marido, a filha tomou conta da Parisiense sem a ajuda de ninguém, e deu um impulso tão grande na loja que no fim de alguns anos. Emilie chegou a caçoar do finado.
  • 19.  Ganhamos em cinco anos o que deixamos de ganhar em cinquenta.  Deixou uma sacola para a mãe. Na noite do mesmo dia, ela resolveu levar a sacola ao cofre  Algo ali dizia que Samara não mais voltaria. A loja foi alugada na mesma semana, e toda a mercadoria vendida ao inquilino.  Seu tio Emílio, que se ofereceu a percorrer toda a cidade e até mesmo o país para encontrar a sobrinha.
  • 20. Narradora - Protagonista A voz de Hindié cala subitamente, e por algum tempo uma tristeza desponta no olhar ela. Preferi chegar no fim de tudo, após o enfado do adeus, mas ainda pude observar, na porta da casa, o séquito. Os filhos iam à frente do cortejo, e as três amigas de Emilie alugaram carros para levar alguns frequentadores da casa. Só no dia seguinte retornei para visitar o jazigo. Lembro-me de que na penúltima carta quiseste saber quando eu ia deixar a clínica Fora internada a mando da nossa mãe, depois do meu último acesso de fúria e descontrole, quando nada ficou de pé nem inteiro no lugar.
  • 21.  Visita da amiga Miriam.  Já passava das onze quando cheguei na casa que desconhecia.  Não esqueci o meu caderno de diário, e, na última hora, decidi trazer o gravador, as fitas e todas as tuas cartas.  Assim, os depoimentos gravados, os incidentes, e tudo o que era audível e visível passou a ser norteado por uma única voz, que se debatia entre a hesitação e os murmúrios do passado.  Para te revelar (numa carta que seria a compilação abreviada de uma vida) que Emilie se foi para sempre.