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Revolução Mexicana
      Três fases, a primeira, iniciando-se em 1910 com a derrubada do
ditador que iria para o seu sétimo mandato, Porfírio Diaz, e a tentativa
fracassada do levante do líder do partido anti-reeleccionista Francisco
Maderos, marca o que se convenciona chamar do início da fase política
da revolução, a revolução maderista. Victoriano Huerta, que traindo o
país e a pátria, assassinou o presidente Maderos e seu vice, e assumiu o
poder, no episodio que ficou conhecido como la decena trágica.( 9 a 18
de fevereiro de 1913).
       O governo de Huerta inauguraria a segunda fase da Revolução
e contaria de certa forma com o apoio internacional, dos países que
não reconheceriam a oficialidade da tomada de poder. As tropas
Zapatistas continuaram a luta, ao lado de Villa e Obregón, e mais
uma nova força representada pelo Governador Venustiano
Carranza, aliado às forças políticas do estado de Sonora.

      A partir de 1914, inicia-se a terceira fase, a mais problemática do
processo revolucionário, com a fragmentação das forças antes
conjuntas e a radicalidade das facções camponesas que se opunham
aos constitucionalistas. Os conflitos se arrastariam com vitórias e
derrotas para todos, levando o Estado Mexicano a exaurir suas
economias e paralisar o crescimento e desenvolvimento do país.
Assembléia Constituinte em 1917 dá um rumo à política nacional. E
certo retorno do México e do crescimento de sua economia.

       A briga pelo poder causou uma onda de violência que durou De
1918 a 1920 com nova investida da oposição e terminou com a posse de
Álvares Obregón. A partir daí, a Revolução seria institucionalizada e o
Norte viria a dominar a cena durante um longo período, o que faz com
a periodização sobre a Revolução mexicana seja motivo de discórdia na
historiografia.

Eric HOBSBAWM, Rumo à revolução, In: A era dos impérios, p.396.
Ana Maria Martinez CORREA, A Revolução Mexicana, 1910-1917.

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