As trincheiras da Primeira Guerra Mundial eram estreitas e profundas, com sacos de areia para proteção. Soldados descrevem a vida nas trincheiras como desumana, cercada de ratos e lama, sem privacidade. Apesar da violência, em 1914 houve uma trégua de Natal entre inimigos.
1. Como foi a luta de trincheiras
na Primeira Guerra Mundial?
2. BURACO APERTADO
Uma trincheira típica tinha pouco mais de
2 m de profundidade e cerca de 1,80 m de
largura. À frente e atrás, largas fileiras de
sacos de areia, com quase 1 m de altura,
aumentavam a proteção. Havia ainda um
degrau de tiro, 0,5 m acima do chão. Ele era
usado por sentinelas de vigia e na hora de
atirar contra o inimigo
5. "Pela manhã, quando ainda está escuro, há um
momento de emoção: pela entrada do nosso
abrigo precipita-se uma turba de ratos fugitivos,
que trepam por toda a parte a longo das
paredes. As lâmpadas de algibeira alumiam este
túmulo. Toda a gente grita, pragueja e bate nos
ratos. Descarregam-se, assim, a raiva e o
desespero acumulados durante numerosas
horas. As caras estão crispadas, os braços
ferem, os animais dão gritos penetrantes e temos
dificuldades em parar, pois estávamos prestes a
assaltar-nos mutuamente."
E. M. Remarque, pág. 113.
6.
7. "Perdemos todo o sentimento de
solidariedade. Mal nos reconhecemos
quando a nossa imagem de outrora cai
debaixo do nosso olhar de fera
perseguida. Somos mortos insensíveis
que, por um estratagema e um
encantamento perigoso, podemos
ainda correr e matar."
.
- E. M. Remarque, pág. 121
10. SEM DESCARGA
• Os "banheiros" eram buracos no chão
com 1,5 m de profundidade. Quando
estavam quase preenchidas, eram
cobertas com terra e escavavam-se novos
buracos - trabalho feito em geral por
soldados que levavam alguma punição.
Quando não dava tempo de chegar até a
latrina, o jeito era mandar ver na cratera
de bomba mais próxima...
11. FOLGA BEM GOZADA
• Nos períodos de calmaria, cada soldado
ficava oito dias em trincheiras da linha de
frente. Depois, passava quatro dias nas
trincheiras da retaguarda, mais tranqüilas.
Aí finalmente vinham quatro dias de folga,
gozados em acampamentos militares a
quilômetros do campo de batalha - muitas
vezes com bordéis cheios de prostitutas
na vizinhança
12. DE SACO CHEIO
Proteção barata e eficiente, os
sacos de areia eram capazes de
barrar os tiros inimigos. As balas
dos fuzis da época só
penetravam cerca de 40 cm
neles. Eram tão úteis que cada
soldado sempre carregava dois
sacos vazios, que podia encher
rapidamente para se proteger
13. Noite feliz na terra de ninguém:
Natal de 1914
“A Pequena Paz na Grande Guerra” –
Alemães, Franceses e Britânicos
Celebraram Juntos o Natal.
No Natal de 1914, em plena Primeira
Guerra Mundial, soldados ingleses e
alemães deixaram as trincheiras e fizeram
uma trégua. Durante seis dias, eles
enterraram seus mortos, trocaram
presentes e jogaram futebol
14. No calor da batalha!
• Durante as ofensivas, os soldados eram
instruídos a não parar para atender colegas
atingidos. Cada um levava um kit de
emergência e deveria cuidar de si até a
chegada dos padioleiros, que retiravam os
feridos em macas. Por causa do fogo cruzado
e da lama que atrapalhava o deslocamento,
era um trabalho super arriscado
15. TERRITÓRIO SELVAGEM
• Para conquistar uma trincheira
inimiga era preciso atravessar a
terra de ninguém, o espaço entre
as duas linhas que se
enfrentavam. A distância entre as
linhas variava de 100 m a 1 km,
num terreno enlameado e cheio de
crateras de bombas. No ataque,
os soldados corriam em
ziguezague para tentar escapar
dos tiros
16. TOCHA HUMANA
• O lança-chamas foi usado pela primeira vez
em combate na Primeira Guerra. Dois homens
operavam o equipamento, lançando jatos com
um alcance de 25 a 40 m. Seus operadores
corriam grande perigo: um único tiro no tanque
de combustível e eles iam pelos ares!
17. TÁTICA VENENOSA
• Na Primeira Guerra, mais de
91 mil soldados foram
mortos por gases
venenosos e outras armas
químicas. Esses produtos
podiam ser lançados por
projéteis da artilharia ou por
granadas carregadas pelos
soldados. Eram usadas
substâncias como o gás de
cloro, que provocava asfixia
nas vítimas