1. O documento apresenta um boletim de questões para uma prova composta por 54 questões objetivas e uma redação.
2. As instruções incluem conferir os dados no cartão-resposta e no caderno de respostas, marcar as alternativas no cartão-resposta, assinar o nome, e a duração da prova de 5 horas.
3. A redação deve ter entre 15 e 30 linhas e será anulada se fora do tema, em verso, ou ilegível. Dois temas são propostos para a redação baseados nos
1. UN
NIVERS
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011 RISE SUUBPROGRAMA XII
A
3 ETAPA
3ª
BOLE
ETIM DE QUEST S
Q TÕES
N
LEIA COM A
A, ATENÇÃO, AS SEGU
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NSTRUÇÕ
ÕES
1. E
Este boletim de questões é constituído de e: d) Quan ndo for entreegar o Cadern de Respost
no tas
- Reedação. de Reda ação, o fiscal da sua sala lhe devolverá oá
- 54 questões obj
4 jetivas. rodapé do caderno pa o seu cont
ara trole.
2. Confira se, além dess se boletim de LEEMBRE-SE
queestões, você recebeu o cartão-resposta 5. A durração desta pr rova é de 5 (c
cinco) horas,
destinado à mar rcação das re espostas das 54 iniciando às 8 (oito) h
horas e terminando às 13
queestões objetivas e o cadern de respostas
no (treze) horas.
para elaboração da Redação.
a d 6. É terminantemente proibida a comunicação
e
3. N CARTÃO-R
No RESPOSTA: entre caandidatos.
a) CConfira seu no ome e o núm mero de inscriç
ção A
ATENÇÃO
na parte superio do CARTÃ
or ÃO- RESPOS STA 7. Quanndo for marca r o Cartão-Re esposta, proceeda
que você recebeu
e u. da seguinte maneira: :
b) No caso de não coincid ir seu nome e e a) Faça uma revisão das alternativ marcadas no
vas
númmero de inscrição, devolv va-o ao fiscal e Boletim de Questões. .
peça-lhe o seu. Se o seu cartão não for b) Assin
nale, inicialme
ente, no Boletim de Questões,
encontrado, solic cite um cartão virgem, o que
o q a alternativa que j julgar correta, para depois
não prejudicará a correção de sua prova.
o marcá-la no Cartão-R Resposta definnitivamente.
c) A
Após a conferê ência, assine sseu nome no c) Marq que o Cartã ão-Resposta, usando cane eta
espaço correspondente do CARTÃ
ÃO- esferogr ráfica com tinta azuul ou pre
eta,
RESSPOSTA, utilizando canet esferográf
ta fica preenchhendo com
mpletamente o círculo
de ttinta preta ou azul. correspo ondente à altternativa escoolhida para caada
d) Para cada um das ques
ma stões existem 5
m questãoo.
(cin
nco) alternativas, classifi cadas com as d) Ao marcar a alte
m ernativa do Cartão-Respos
C sta,
letra a, b, c, d, e. Só uma respon
as , nde faça-o com cuidado, evitando rasg
c gá-lo ou furá--lo,
corrretamente ao quesito prop posto. Você de
eve tendo atenção para n não ultrapass os limites do
sar
mar rcar no Cartãoo-Resposta ap penas uma lettra. círculo.
Mar rcando mais de uma, v
s você anulará a
á Marque certo o seu cacartão como in ndicado:
queestão, mesm que uma das marcad
mo das
corrresponda à alt ternativa corr
reta. CER
RTO
e) O CARTÃO- -RESPOSTA não pode ser
dobbrado, nem am massado, nem rasgado.
m e) Além de sua resp
m posta e assina
atura, nos loc
cais
4. No CADER RNO DE RE ESPOSTAS DE indicado não marqu nem escrev mais nada no
os, ue va
REDDAÇÃO: Cartão-Resposta.
a) C
Confira seu no ome e número de inscrição na
o 8. Releia estas inst
truções antes de entregar a
r
part inferior do Caderno de Respostas de
te o e prova.
Reddação. 9. Ass sine a lista de presença, na lin
a nha
b) N Caderno de Respostas d Redação us
No e de se correspoondente, o s
seu nome, do mesmo mo
o odo
apeenas caneta es sferográfica az ou preta.
zul como foi assinado no seu documento de
o
c) SSua redação deverá conte r no mínimo 15 identida
ade.
e, no máximo 30 linhas. A redação se erá
anuulada caso seja a: BO PROVA!
OA
- re
edigida fora do tema propos
o sto;
- ap
presentada em forma de ve
m erso;
- es
scrita a lápis ou de forma ile
o egível;
- co marca que a identifique .
om e
PROGRA – Pró-Rei
AD itoria de Gra
aduação Belém – Pa
ará
DAA – Diretoria de Acesso e Av
D valiação Dezembro de 2010
D
2. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
REDAÇÃO
Prezado candidato.
Para elaborar sua Redação, leia atentamente os textos deste boletim de questões. Estes textos
nos falam de questões relacionadas à responsabilidade social, à sustentabilidade e também à ética. Com
base nessas leituras, somadas a outras que você já tem, escolha uma das PROPOSTAS que seguem e
elabore sua Redação.
Proposta 1: DISSERTAÇÃO
Vivemos um tempo de grandes descobertas científicas e criações tecnológicas de complexidade
admirável. Um tempo em que a preocupação com a natureza nunca esteve tão visível.
No entanto, a civilização humana evoluiu de forma descompassada e paradoxal: de um lado, o
homem atual, obeso de tecnologia e informação, mas de outro desnutrido de comida, diversão e arte,
alimentos básicos a sua sobrevivência.
Essa mesma sociedade que evolui tecnológica e cientificamente, o bastante para ser racional, não
é capaz de resolver uma questão crucial: a sustentabilidade da vida, em especial de nossas crianças, de
nossas Severinas e Severinos de todo o Brasil, que morrem de tantas mortes, um pouco e sempre por
dia, causadas pela violência, cuja expressão maior é a exclusão socioeconômica.
Sem paralelo na história, é difícil imaginar sinais mais evidentes dessas mortes no mundo
globalizado. Triste época a nossa! Somos uma sociedade que vê diariamente o colapso de sua
modernização e ainda assim mantém os olhos vidrados no lucro.
Atento a essas reflexões e considerando os textos desta prova, escreva uma DISSERTAÇÃO
sobre o tema: Uma sociedade que não cuida de suas crianças é suicida!
Proposta 2: CARTA ARGUMENTATIVA
Você acabou de se ver olhos nos olhos com uma criança dessas que vivem na rua. Você se sentiu
responsável por aquela situação? Você sentiu que não tem nada a ver com aquilo? Escreva uma CARTA a
um amigo ou amiga comentando como você se sentiu como cidadão que tem responsabilidade social.
Assine sua carta com pseudônimo.
UEPA PROSEL – 3ª Etapa / PRISE - Subprograma XII Pág. 2
3. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
Leia os Textos I, II, III, IV e V para responder às questões de 1 a 4.
Texto I
Comida
Bebida é água! A gente não quer só comida
Comida é pasto! A gente quer comida
Você tem sede de quê? Diversão e arte
Você tem fome de quê?... A gente não quer só comida
A gente não quer só comida A gente quer saída
A gente quer comida Para qualquer parte...
Diversão e arte A gente não quer só comida
A gente não quer só comida A gente quer bebida
A gente quer saída Diversão, balé
Para qualquer parte... A gente não quer só comida
A gente não quer só comida A gente quer a vida
A gente quer bebida Como a vida quer...
Diversão, balé A gente não quer só comer
A gente não quer só comida A gente quer comer
A gente quer a vida E quer fazer amor
Como a vida quer... A gente não quer só comer
Bebida é água! A gente quer prazer
Comida é pasto! Pra aliviar a dor...
Você tem sede de quê? A gente não quer
Você tem fome de quê?... Só dinheiro
A gente não quer só comer A gente quer dinheiro
A gente quer comer E felicidade
E quer fazer amor A gente não quer
A gente não quer só comer Só dinheiro
A gente quer prazer A gente quer inteiro
Pra aliviar a dor... E não pela metade...
A gente não quer Diversão e arte
Só dinheiro Para qualquer parte
A gente quer dinheiro Diversão, balé
E felicidade Como a vida quer
A gente não quer Desejo, necessidade, vontade
Só dinheiro Necessidade, desejo, eh!
A gente quer inteiro Necessidade, vontade, eh!
E não pela metade... Necessidade...
Bebida é água!
Comida é pasto! (Arnaldo Antunes/Marcelo
Você tem sede de quê? Fromer/Sérgio Britto)
Você tem fome de quê?...
Texto II Texto III
O Estado não é um árbitro neutro, nem um Pauapixuna
juiz do bem-estar dos cidadãos. Nem é um Uma cantiga de amor se mexendo
instrumento, uma ferramenta nas mãos das classes Uma tapuia no porto a cantar
dominantes, para realizar seus interesses. O Estado Um pedacinho de lua nascendo
é uma relação social. Neste sentido, o Estado é um Uma cachaça de papo pro ar
campo de batalha, onde as diferentes frações da Um não sei que de saudade doendo
burguesia e certos interesses do grupo no poder se Uma saudade sem tempo ou lugar
defrontam e se conciliam com certos interesses das Uma saudade querendo querendo
classes dominadas (FALEIROS, 2000, p. 52). Querendo ir e querendo ficar
(Rui Barata e Paulo André Barata)
1. No Texto II, a ideia de o Estado ser um campo
de confrontos entre classes sociais, e, dentre 2. Assinale a alternativa cujo trecho do Texto I
esses confrontos, haver aquele que impõe o está diretamente relacionado à ideia expressa
direcionamento da vida pelas relações criadas no Texto III.
pelo próprio homem, está expressa na a A gente não quer só comida/A gente quer
alternativa: saída/Para qualquer parte.
b A gente quer comer/E quer fazer amor/A
a A gente não quer só comer/A gente quer
gente não quer só comer/A gente quer
prazer/Pra aliviar a dor.
prazer.
b A gente não quer só comer/A gente quer c A gente não quer só dinheiro/A gente quer
comer/E quer fazer amor. inteiro/E não pela metade.
c Diversão e arte/Para qualquer d A gente não quer só dinheiro/A gente quer
parte/Diversão, balé/Como a vida quer. dinheiro.
d Você tem sede de quê?/Você tem fome de e A gente não quer só comida/A gente quer a
quê? vida/Como a vida quer.
e Bebida é água!/Comida é pasto!
UEPA PROSEL – 3ª Etapa / PRISE - Subprograma XII Pág. 3
4. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
Texto IV Texto V
Morte e vida severina A natureza se organiza em ciclos de
reciclagem biogeoquímicos que proveem a sua
[...]
sustentabilidade. Todavia, a produção crescente de
E se somos Severinos/iguais em tudo na vida, resíduos coloca em risco a reprodução destes
morremos de morte igual,/mesma morte severina: ciclos, e, por conseguinte, da própria vida.
que é a morte de que se morre/de velhice antes dos (Adaptado de MELLO, 2000)
trinta, de emboscada antes dos vinte/de fome um
pouco por dia (de fraqueza e de doença/é que a 4. Comparando a ideia do Texto IV com a do
morte Severina ataca em qualquer idade,/e até Texto V, conclui-se que a temática é:
gente não nascida).
a ética, porque demonstra que o aspecto
[...]
relevante de fato é a vida de todos os
— Severino, retirante,/deixe agora que lhe diga: povos.
eu não sei bem a resposta/da pergunta que fazia,/
b social, porque oportuniza emprego à
se não vale mais saltar/fora da ponte e da vida/nem
sociedade e isso possibilita um
conheço essa resposta,/se quer mesmo que lhe
diga/é difícil defender,/só com palavras, a relacionamento mais afetivo entre as
vida,/ainda mais quando ela é/esta que vê, severina pessoas.
mas se responder não pude/à pergunta que c cultural, porque sua implementação garante
fazia,/ela, a vida, a respondeu /com sua presença maior integração entre as regiões
viva. brasileiras.
(MELO-NETO, João Cabral de) d política, porque se trata de uma questão
pública que visa ao melhoramento da vida
do cidadão.
3. Com relação ao ideário do Texto IV e "Bebida é e econômica, porque os resíduos serão
água!/Comida é pasto!/Você tem sede de produtos comercializados e sobre eles
quê?/Você tem fome de quê?... A gente não incidirá a cobrança de impostos.
quer só comida/A gente quer comida/Diversão
e arte", é correto afirmar que:
Leia o Texto VI para responder à questão 5.
a os governantes refletem sobre a vida do
Texto VI
povo nordestino, que sofre com a seca, o
que demonstra a falta de comprometimento A cidadania moderna implica, ao mesmo tempo, o
para com esses cidadãos. direito à liberdade, à participação e à garantia da
vida e da sobrevivência, pelo estado de direito, aos
b o ser humano é ávido por uma vida mais membros reconhecidos como cidadãos, de acordo
justa, na qual prevaleçam a justiça e a com o marco legal democraticamente estabelecido
soberania intelectual promovidas pelos (FALEIROS & FALEIROS,2006).
governantes para que os acontecimentos do
mundo sejam compreendidos. 5. Ao se levar em conta a leitura do Texto VI,
observa-se a preocupação com a dignidade
c os governantes não disponibilizam meios humana. Nesse sentido, a alternativa correta
para que o povo não sofra com a vida, por relacionada à temática em questão é:
isso a atitude de prover conhecimentos à
população é essencial, além de elaborar a e até quem me vê lendo o jornal na fila do
ações que diminuam os problemas sociais. pão sabe que eu te encontrei/E ninguém
dirá que é tarde demais/Que é tão diferente
d os governantes impossibilitam o cidadão de assim (Último Romance, Los Hermanos).
conhecer o mundo novo, além de b tem um Brasil que é lindo, outro que fede/O
sonegarem conhecimento em função de um Brasil que dá/É igualzinho ao que pede...
determinado objetivo. (Brasis, Seu Jorge).
e a população, de um modo geral, se inflama c veado no mato é bicho corredor/Corre
por causa da atitude dos governantes em veado lá vem caçador/Lá vem caçador, lá
não serem transparentes em suas ações, o vem caçador/Corre veado lá vem caçador
que demonstra o descaso com o povo. (O Caçador, Mestre Lucindo).
d de tarde quero descansar/Chegar até a
praia e ver/Se o vento ainda está forte/E
vai ser bom subir nas pedras/Sei que faço
isso pra esquecer (Vento no Litoral, Legião
Urbana).
e devia ter amado mais/Ter chorado mais/Ter
visto o sol nascer/Devia ter arriscado
mais/E até errado mais/Ter feito o que eu
queria fazer... (Epitáfio, Titãs).
UEPA PROSEL – 3ª Etapa / PRISE - Subprograma XII Pág. 4
5. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
Leia os Textos VII e VIII para responder à 7. Ricardo Reis é um heterônimo de Fernando
questão 6. Pessoa que poetiza as relações do homem com
Texto VII a natureza. Assinale os versos em que ele-
numa reação à concepção utilitarista da vida,
Epitáfio segundo a qual tudo deve ter um resultado
Devia ter amado mais prático- eleva o pensamento aos temas mais
Ter chorado mais complexos da existência, buscando um gozo
Ter visto o sol nascer que ultrapassa os limites do corpo.
Devia ter arriscado mais a Não quieto nem inquieto, meu ser calmo
E até errado mais Quero erguer alto acima de onde os
Ter feito o que eu queria fazer... homens
Devia ter complicado menos Têm prazer ou dores.
Trabalhado menos b Anjos ou deuses, sempre nós tivemos,
Ter visto o sol se pôr A visão perturbada de que acima
Devia ter me importado menos De nós e compelindo-nos
Com problemas pequenos Agem outras presenças.
Ter morrido de amor...
c Só os deuses socorrem
(Titãs) Com seu exemplo aqueles
Que nada mais pretendem
Texto VIII Que ir no rio das coisas.
Brasis d Cada um cumpre o destino que lhe cumpre,
E deseja o destino que deseja;
Um Brasil que investe Nem cumpre o que deseja,
Outro que suga... Nem deseja o que cumpre.
Um de sunga e Dia após dia a mesma vida é a mesma.
Outro de gravata O que decorre, Lídia,
Tem um que faz amor No que nós somos como em que não somos
E tem o outro que mata Igualmente decorre.
Tem um Brasil que é lindo Leia o Texto IX para responder à questão 8.
Outro que fede
O Brasil que dá Texto IX
É igualzinho ao que pede...
ESTAVA LÁ AQUILES, QUE ABRAÇAVA
(Seu Jorge) Mário Faustino
6. Sobre a relação entre os textos, leia as Estava lá Aquiles, que abraçava
Enfim Heitor, secreto personagem
seguintes afirmativas:
Do sonho que na tenda o torturava;
I. As contradições presentes em Brasis Estava lá Saul, tendo por pajem
confirmam a fragilidade da condição Davi, que ao som da cítara cantava;
humana diante da hierarquia de valores E estavam lá seteiros que pensavam
da sociedade, cujo arrependimento é Sebastião e as chagas que o mataram.
expresso em Epitáfio. Nesse jardim, quantos as mãos deixavam
Levar aos lábios que os atraiçoaram!
II. Se importar menos com problemas Era a cidade exata, aberta, clara:
pequenos, ver o sol se pôr, dos quais nos Estava lá o arcanjo incendiado
fala Epitáfio, significa não ignorar os Sentado aos pés de quem desafiara;
Brasis. E estava lá um deus crucificado
III. Trabalhar menos e ver o sol se pôr nos Beijando uma vez mais o enforcado
remetem à preguiça e à orgia,
por outro lado, prosperidade e gravata, a 8. No poema acima, cria-se um espaço de
trabalho e seriedade. convivência harmônica, conciliação e
IV. O mundo hostil, de violência e morte, de coexistência entre opostos. Numa perspectiva
Brasis, não impede que ainda exista que mistura história, religião e mito, Mário
alguém que morra de amor, que haja Faustino sugere uma grande vontade de
ternura. apreender a inteireza do tempo e assimilar o
diferente. Para isso, o recurso estético utilizado
V. O espaço referencial no qual transitam as
no poema é/são:
ideias de Epitáfio revela apenas um dos
a situações paradoxais que mostram a
Brasis existentes em ambos os textos.
impossibilidade de comunhão entre opostos.
De acordo com as afirmativas acima, a b circunstâncias paradoxais que aspiram à
alternativa correta é: convergência de contrários.
a II, III e V c pleonasmos que reafirmam a
impossibilidade de convergência entre
b I, IV e V
contrários.
c I, II e IV d hipérboles que minimizam a possibilidade
d III, IV e V de que os opostos convivam.
e sinestesias que apelam à materialidade das
e II, III, IV sensações.
UEPA PROSEL – 3ª Etapa / PRISE - Subprograma XII Pág. 5
6. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
Leia com atenção o comentário a seguir para Leia o Texto XI para responder à questão 11.
responder à questão 9.
Texto XI
As narrativas têm por eixo central incidentes de
crime e violência. Nelas, homens rudes resolvem com
O ser humano parece ser um animal destinado
as próprias mãos suas desavenças. Vivem num
a viver contradições insolúveis. O progresso, por
ambiente rural integrados à natureza como as pedras
exemplo, traz consequências danosas ao equilíbrio
e os outros bichos. São camponeses de um mundo
dos sistemas ambientais. Até a luz elétrica, mesmo
que ainda desconhece as sutilezas da argumentação,
quando deriva basicamente da força motriz dos rios,
o respeito pela vida humana e pelos códigos legais
causa danos, pois o processo das barragens altera o
institucionalizados. Neste espaço geográfico, ainda
equilíbrio dos seres vivos ao seu redor. Todavia, sem
não chegaram os meios de transporte que utilizam os
ela, os autores modernos perderiam um grande
derivados do petróleo, não há poluição: as
aliado para poder estruturar criativamente o
personagens fazem longas caminhadas a pé. Os
processo de desenvolvimento da trama. Isso quer
homens estão harmonizados com a natureza e
dizer que, mesmo até boa parte do século XIX, o
desarmonizados entre si.
recurso não esteve disponível para que dele
9. Assinale a alternativa que contém o autor, ou lançassem mão cenógrafos e iluminadores.
autores, e os títulos das obras que podem ser
corretamente associados ao comentário.
a Graciliano Ramos: Vidas Secas / Miguel 11. Assinale o objetivo de Nélson Rodrigues quando
Torga: O Lopo, A Confissão. utilizou a luz elétrica em Vestido de Noiva.
b Miguel Torga: A Confissão, O Lopo, Natal. a Para iluminar os momentos de maior
c Graciliano Ramos: Vidas Secas /Miguel violência dos atos das personagens e assim
Torga: A Confissão. intensificá-los.
d Nélson Rodrigues: Vestido de Noiva / b Para melhor caracterizar os sentimentos
Miguel Torga: O Lopo, A Confissão / dos personagens. Por exemplo, nas cenas
Graciliano Ramos: Vidas Secas. de ódio, usa a cor vermelha na iluminação.
e Miguel Torga: A Confissão, O Lopo. c Para desarticular a estrutura lógica do
tempo, permitindo um desenvolvimento da
Leia o Texto X para responder à questão 10. ação que se assemelha ao fluxo da
Texto X memória.
Água Morrente d Para economizar na construção do cenário,
realizando a peça em um só espaço.
Meus olhos apagados,
e Para intensificar o lado escuro da alma
Vede a água cair.
humana, fazendo a ação se desenrolar
Das beiras dos telhados,
quase sempre numa espécie de luz tênue.
Cair, sempre cair.
Das beiras dos telhados,
Cair, quase morrer... 12. As relações sociais derivam, em grande parte,
Meus olhos apagados, das relações econômicas. Em Vidas Secas, a
E cansados de ver. posse da terra nas mãos de poucos fazendeiros
Meus olhos, afogai-vos lhes dá um controle do meio ambiente que lhes
Na vã tristeza ambiente. permite dominar os vaqueiros. Este duplo
Caí e derramai-vos controle, que o Estado consente, é socialmente
Como a água morrente. irresponsável, pois gera ressentimentos graves,
como é possível observar no seguinte extrato
10. No conhecido poema de Camilo Pessanha, o do romance.
Sujeito reserva a si uma atitude passiva diante
a Pedir é um triste ofício, e pedir em Lourosa,
do mundo, fazendo sentir sobre si os efeitos da
pior. Ninguém dá nada. Tenha paciência,
paisagem natural; desse modo, há um
Deus o favoreça, hoje não pode ser – e
desequilíbrio existencial sugerido através de
beba um desgraçado água dos ribeiros e
uma metáfora. A esse propósito marque a
coma pedras.
opção correta.
a A imagem do Homem que emerge do caos b O que o segurava era a família. Vivia preso
sugere a resistência ao tempo, o desejo de como um novilho amarrado no mourão,
sobreviver a ele. suportando ferro quente. Se não fosse isso
b A submersão sugere que, existencialmente, o soldado amarelo não lhe pisava o pé, não.
o Homem vê-se desgastado e empurrado c Estás morto, é o que te vale. Mas mesmo
para o Fim. assim não vais deste mundo sem duas
c O navegar por entre águas insinua a busca bofetadas na cara, covarde. E deu-lhas.
humana por novos desafios que lhe dê
d O menino estava ficando muito curioso,
sentido à vida.
muito enxerido. Se continuasse assim,
d O desejo de emergir em meio a águas
metido com o que não era da conta dele,
agitadas sugere a vontade humana de
como iria acabar? Repeliu-o, vexado.
acompanhar as mudanças socioeconômicas
do início do século XX. e Deu um pontapé na cachorra, que se
e Todo o ambiente criado no poema afastou humilhada e com sentimentos
impressiona pelo misticismo vaporoso que revolucionários.
sugere o mistério para além da
materialidade.
UEPA PROSEL – 3ª Etapa / PRISE - Subprograma XII Pág. 6
7. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
13. O coronelismo foi uma forma de poder que 15. A campanha do governo getulista “o petróleo é
emergiu na Primeira República Brasileira. O nosso” serviu de bandeira para sustentar o
sistema federativo consagrado pela nacionalismo de Vargas e recebeu apoio de
Constituição de 1891 abriu espaço para o segmentos da sociedade que tinham interesses
surgimento de mecanismos que fortaleceram na manutenção do monopólio estatal no campo
politicamente as elites agrárias regionais. Os da exploração deste importante recurso natural.
coronéis, remanescentes da antiga Guarda No que se refere à Petrobrás e ao projeto de
Nacional, exerciam seu poder de mando no desenvolvimento industrial do país, afirma-se
interior do país, controlando a eleição de que:
prefeitos, a nomeação de juízes e de delegados.
a o estado brasileiro incorporou na lei
Instrumentos como o compadrio e a
trabalhista a divisão de lucros da empresa
jagunçagem foram muito úteis para a aplicação
entre os operários e o empresariado, o qual
do poder dos coronéis em seus “feudos
reagiu contra esta medida, pois considerava
políticos”. A reprodução desse sistema
a lei uma ameaça à propriedade privada,
oligárquico de poder no início do período
por ter sido inspirada nos ideais
republicano deveu-se:
comunistas. Isto provocou a reação de
a ao grande número de analfabetos no país, setores antinacionalistas, que retiraram o
facilmente manipuláveis pelos donos do apoio à Vargas nas eleições pós 1945.
poder local nas pequenas cidades do
interior. b a criação da estatal se inseria neste projeto
b à permanência de estruturas políticas de nacionalização dos recursos naturais e
herdadas da monarquia, em particular da das riquezas do subsolo, atendendo aos
Guarda Nacional. interesses do capitalismo financeiro.
c às alianças políticas entre elites agrárias e Enquanto isso, no campo social, embora
políticas dentro e entre os estados da tendo estendido os benefícios trabalhistas
federação, como foi evidenciado pela para o campo, os trabalhadores do novo
Política dos Governadores. parque industrial mantiveram-se regidos
d à identidade de interesses entre coronéis, por uma legislação conservadora e ligados a
cangaceiros e líderes religiosos milenaristas, um sindicato orgânico.
agentes manipuladores da massa c a estatização das riquezas minerais e do
camponesa. subsolo, representadas na criação da
e à adoção oficial do “voto do cabresto”, Petrobrás limitavam a ação do
empregado como mecanismo político em empresariado brasileiro interessado na
favor dos interesses dos grandes ampliação das refinarias, cujos royalties
fazendeiros e comerciantes. garantiriam ao setor de beneficiamento do
gás altos lucros no mercado internacional.
14. O modelo de desenvolvimento sócioeconômico
Isto abriria divisas tanto para a exportação
adotado pelos governos militares para a
de bens de consumo quanto para a
Amazônia, em particular durante a década de
importação de bens duráveis para atender
1970, estava ligado à estratégia de segurança
as demandas da classe média.
nacional, como expressava o seu lema
“Integrar para não entregar”. Foram aplicadas d a lei de criação da Petrobrás materializou o
como medidas “integradoras” a ocupação da discurso nacionalista de Vargas, revelando
Amazônia com agricultores vindos da Região que, embora fosse alinhado com as ideias
Sul, a abertura de rodovias que conectassem a liberais norte-americanas, o presidente
região ao restante do país, o incentivo à sustentava que cabia ao Estado proteger as
agropecuária em meio à floresta virgem e a riquezas naturais para assegurar a
implementação de projetos de exploração soberania nacional e manter o monopólio
mineral. Os resultados mais visíveis dessa estatal sobre as riquezas minerais do litoral
política de integração, nos dias de hoje, na brasileiro.
região são: e o modelo de desenvolvimento adotado pelo
a a substituição da rede hidrográfica pelas governo getulista negava o principio de
estradas de rodagem como via de intervenção do Estado na economia,
transporte de produtos e passageiros. embora a defesa de recursos naturais fosse
b a transposição do “milagre econômico” para considerada essencial para o crescimento
a região, engendrando uma era de econômico do país. Para o governo, as
prosperidade somente encerrada na década reservas de Petróleo garantiam ao país um
de 1980. lastro de capital financeiro para aplicação
c a efetiva ocupação da região, interpondo-se nos setores da educação e saúde.
aos interesses estrangeiros de
internacionalização da Amazônia.
d os conflitos pela terra vivenciados pela
população atraída para a região e que ficou
à margem dos benefícios dos projetos
agropecuários e de exploração mineral.
e a degradação da floresta amazônica,
provocada pela maciça industrialização
decorrente do desenvolvimento do
capitalismo na Amazônia.
UEPA PROSEL – 3ª Etapa / PRISE - Subprograma XII Pág. 7
8. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
Leia os textos XII e XIII para responder à 17. Na Amazônia, o projeto modernizador do final
questão 16. do século XIX e início do século XX esteve
associado ao discurso da civilização propalado
Texto XII
pelas elites políticas e econômicas da região. No
País Tropical caso de Belém, Antônio Lemos desenvolveu um
Moro num país tropical, abençoado por Deus projeto urbanístico inspirado na reestruturação
E bonito por natureza, mas que beleza urbana da cidade de Paris. Neste sentido,
Em fevereiro (em fevereiro) afirma-se que:
Tem carnaval (tem carnaval)
a ao executar o projeto urbanístico municipal,
Tenho um fusca e um violão
o intendente pretendia solucionar os
Sou Flamengo
Tenho uma nega
principais problemas da cidade de Belém,
Chamada Tereza [...] sobretudo no que tange ao clima. Nas áreas
centrais foi implantada a arborização de
Composição: Jorge Ben Jor / Wilson Simonal ruas e calçadas e nas áreas periféricas
foram construídos bosques e parques
ambientais protegidos por lei.
Texto XIII
b ao elaborar o projeto de urbanização, os
Maresia técnicos do governo municipal, preocupados
A criminalidade toma conta da cidade com a propagação de doenças tropicais,
A sociedade põe a culpa nas autoridades conseguiram que fosse aprovada na Câmara
Um cacique oficial viajou pro Pantanal a criação de crematórios, banheiros
Porque aqui a violência tá demais públicos, necrotérios e ampliação do
E lá encontrou um velho índio que usava um fio sistema de esgoto e de distribuição de
dental água, beneficiando toda a população urbana
E fumava um cachimbo da paz de então.
O presidente deu um "tapa" no cachimbo e na hora
De voltar pra capital ficou com preguiça c ao colocar em prática o projeto de
Trocou seu paletó pelo fio dental e nomeou urbanização, o intendente sofreu várias
O velho índio pra ministro da justiça críticas, expressas nos diferentes jornais da
E o novo ministro chegando na cidade, época, pois tanto a população mais pobre
Achou aquela tribo violenta demais quanto setores do comércio ressentiram-se
Viu que todo cara-pálida vivia atrás das grades com o aterramento de igarapés e de rios
E chamou a TV e os jornais que prejudicava o comércio e o uso
E disse: "Índio chegou trazendo novidade doméstico destes recursos naturais.
Índio trouxe o cachimbo da paz [...]".
d ao adotar o “francesismo”, o intendente
Composição: Gabriel Pensador renunciou à antiga estética colonial
portuguesa, promovendo uma renovação no
16. As letras das músicas acima se relacionam com cenário urbano, preferindo o uso do ferro e
vivências culturais de seu tempo e expressam: do vidro na composição de fachadas,
alargando as avenidas e boulevares,
a uma forma de interpretar a paisagem saneando e arejando os espaços públicos no
urbana, sendo que a primeira exalta a centro de Belém.
paisagem como expressão da criação divina
e a segunda descreve alguns problemas e ao desenvolver o projeto nas áreas
enfrentados pela sociedade. periféricas de Belém, os técnicos municipais
enfrentaram resistências da população que
b o movimento tropicalista, que tinha como
era forçada pelo código de posturas a
fonte de inspiração as belezas naturais da
coletar o lixo em dias pré-definidos pela
cidade do Rio de Janeiro, expresso na
Intendência, o que prejudicou, em parte, a
primeira composição e a música de protesto
execução do projeto de embelezamento da
expressa nos versos de Gabriel, o pensador.
cidade.
c o conformismo dos artistas da geração dos
anos 60 em relação ao regime militar e a
rebeldia politizada dos compositores
modernos contra os abusos de autoridades
civis e militares no contexto atual.
d a relação do homem urbano com a natureza
expressa tanto nas composições dos "anos
de chumbo" quanto nos tempos atuais,
presentes nos versos que destacam a
beleza do litoral e do pantanal.
e a resistência destes compositores às
políticas públicas de reformas urbanas que
retiram dos espaços da cidade a beleza
natural, sob a justificativa de combater a
violência e evitar os processos de migração
para a cidade.
UEPA PROSEL – 3ª Etapa / PRISE - Subprograma XII Pág. 8
9. UNIVERSID ADE DO ESTAD DO PARÁ
DO
19. No processo de a apropriação do territó ório
brasileiro, a heranç
, ça colonial deixou suas
marcas no deseenvolvimento o econôm
mico
nacional, uma vez que, ao fa azer parte ddas
nações industrializaadas periféricas, o p país
voltou-se para o exterior e permanec ceu
desarticulado inte
ernamente. Sobre a
diversidadde soci oeconômica brasile
eira
decorrent desse proc
te cesso afirma
a-se que:
a somen após a 1 Guerra mundial, com a
nte 1ª. m m
constr
rução de inffraestruturas como port
s tos,
ferrov
vias e rodov
vias, bem co omo da criação
dos polos indus striais, é que houve a
integr
ração da eco
onomia bras sileira em torno
de um centro pola
m arizador, o Sudeste.
S
Fonte: Engra
raxates egípcios l lustram os sapato de europeus n
os na
cidade do Caairo, por volta de 1870. b a part da segund metade do século XX o
tir da d X,
18 A imagem acima, an
8. m nalisada no contexto do compllexo amazôn nico passou por profundas
neocolonia
alismo, ident
tifica este pro
ocesso com:
: transf
formações ec conômicas, em decorrênncia
da implantação d os Grandes Projetos nessa
a a ideia da civilizaç
ção ocidental, cujo mode
elo região vindo a alinhar-se às econom
o, mias
de des senvolvimen nto se fund damentava na indust
trializadas do centro-sul.
o
conceppção da sup perioridade de raças e no
d
euroceentrismo, qu serviu de parâmet
ue d tro c apesar de industr tém
rializado, o Brasil mant
para oorganizar, classificar e determinar as
d em sua estrut tura interna índices de
a
demais organizaç
s ções sociais e cultura is,
s desenvolvimento econômico diferenciad dos,
incluind aquelas que já havia construí
do am ído com destaque pa
d ara a região concentra
o ada,
outros padrões d civilidade a exemp
de e, plo que reúne os p principais meios técnicos
m
daquelas situadas ao norte da África. ficos e as finanças do país, em
científ s
detrim
mento das deemais regiõees.
b a servidão e o domínio senho orial exercid
dos
ação entre e
na rela europeus e africanos n nos d distan
nte econommicamente das mais
dem
espaçoos de convivência ex xistentes eem regiõe brasileira
es as, o Nordeeste, conhec
cido
lugares públicos e privados, co
s onfirmando as como "região pr roblema", enfrenta graves
teorias
s de supperioridade das raç
ças conflit
tos sociais e econômicos, ligados à
s
defenddidas pelos intele
ectuais d
das questã da terra ao analf
ão a, fabetismo, e à
universsidades euro opeias e nor american
rte nas baixa capacidade de atrair investimen
e ntos
para justificar a ação colonizado
ora nacionnais e intern
nacionais.
empree endida pelos países capitalist
s tas e o modelo econ nômico de “arquipélago”
emerge entes. promo oveu a homogen
neização do
c o ava anço do capitalismo em áre eas desenvolvimento brasileiro, à medida q que
periféricas sob a é
égide do des
senvolvimen nto estimulou a ar rticulação comercial das
c
econôm mico. Em reegiões de conflito étnic
co, ativida
ades produ erligando, por
utivas inte
os europeus se po osicionaram em favor ddas exemplo, a cana--de-açúcar do Nordeste ao
d
camadas populares em razão do serviço q ue
s d café do Sudeste e à borracha do Norte.
d
estes prestavam às famílias aristocrátic cas
inglesaas e francesas que tinham se
estabelecido nas áreas colon niais desde o
início d processo de colonizaç
do ção.
d a heg gemonia d dos países da Euro pa
Ocidenntal na corrida imperialista em bussca
dos rec rais existente no norte da
cursos natur es
África. Adotou-se a tecnolog gia de ponnta
para s solucionar o problema ambienta
os as ais
enfrenttados pelas populaçõe locais n
s es nas
áreas oonde era uttilizada em larga escala a
l a
mão-de e-obra escrava e o mercúrio na
lavagem dos miner rais.
e a noçã de defes territorial presente no
ão sa
discurs ocidental e cristão dos governant
so tes
locais apoiados p por uma elite capitalissta
europeeia. Esta se beneficiava dos serviç
a ços
da poppulação mais carente nos arredor res
das cid
dades coloni iais que, em contato co
m om
a civilização, ab bandonava seus antig gos
costummes tribais para trabalha nos serviç
ar ços
domésticos nas cas de europ
sas peus.
UE
EPA PROSEL – 3ª Etapa / PRISE - Subp
programa XII Pág. 9
10. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
20. Décadas após a primeira crise do petróleo, o Leia o Texto XIV para responder à questão 21.
mundo ainda é dependente dos combustíveis
Texto XIV
fósseis. O Brasil iniciou, há mais de 30 anos, a
busca por fontes alternativas que propiciarão – “De um tempo lento, diferenciado segundo as
uma preservação ambiental mais eficiente e regiões, passamos a um tempo rápido, um tempo
melhor qualidade de vida para a população. Das hegemônico único, influenciado pelo dado
fontes energéticas utilizadas no Brasil, é correto internacional: os tempos do Estado e das
afirmar que: multinacionais”
a atualmente as políticas públicas para a (SANTOS; SILVEIRA, 2001, p. 52)
diversificação da matriz energética
brasileira concentram-se nos estudos do
21. Com base no Texto XIV e nos seus
petróleo do Pré-sal, cuja produção será
principalmente para exportação, uma vez conhecimentos sobre os avanços técnico
que os derivados de petróleo respondem científico-informacionais e suas repercussões
socioeconômicas no espaço brasileiro, é correto
pela menor parte da energia consumida no
país, daí ter melhorado muito nos últimos afirmar que:
anos a poluição do ar das grandes a o avanço tecnológico vivido nos tempos
metrópoles. rápidos dos dias de hoje nos meios de
b um ponto forte da matriz energética produção e circulação tem como
brasileira são as usinas hidroelétricas, fato repercussão socioeconômica a redução do
relacionado ao grande potencial hídrico do desemprego estrutural no Brasil que é
país que é usado para gerar eletricidade, resultante de uma reorganização do
uma diretriz mantida nas últimas décadas, processo produtivo do mercado atual.
haja vista que a construção das mesmas, b a revolução nas formas de circulação de
pouco interferem na preservação dinheiro, através dos progressos nas
socioambiental dos espaços onde são telecomunicações, na eletrônica e na
instaladas. informática autoriza a interligação, em
c a energia nuclear, obtida através do tempo real, das bolsas, dos bancos e das
enriquecimento do Urânio, é uma das praças financeiras, fazendo com que as
questões energéticas em discussão no crises financeiras sejam refletidas em
Brasil, que possui o domínio da tecnologia tempo real tanto nos países hegemônicos
nuclear, tendo conseguido, nos últimos, como nos periféricos, a exemplo do Brasil.
anos significativos avanços científicos c os tecnopolos, aglomerações industriais de
utilizados na farmacologia. tecnologia de ponta, que se localizam às
d em resposta à primeira crise internacional proximidades dos centros de pesquisa,
do petróleo, o governo brasileiro iniciou reorientam a produção industrial brasileira
investimentos no Programa Nacional do para as bordas das regiões capitalizadas,
Álcool (PROALCOOL), que visava à em virtude do inchaço populacional e dos
substituição da gasolina como combustível. problemas ambientais existentes nelas, vide
Este programa obteve pleno sucesso, uma o caso do Tietê em São Paulo.
vez que o etanol produzido a partir da cana- d o avanço dos meios informacionais tem
de-açúcar é atualmente o combustível mais contribuído para a transformação e
utilizado no país. aniquilamento das culturas regionais e
e ocorrem investimentos públicos nas locais, haja vista que se propagam hábitos
pesquisas e produção das energias e costumes próprios do mundo capitalista;
renováveis e limpas através do Programa um exemplo desse fato é a aculturação das
de Incentivo às Fontes Alternativas comunidades indígenas e quilombolas da
(Proinfa) com estímulo ao uso da energia Amazônia que passam por um intenso
renovável: biomassa, biodiesel, biogás, processo de americanização de seus
energia solar e eólica, todas elas costumes.
largamente utilizada nas áreas rurais do e através do funcionamento de uma estrutura
país, em especial o biogás. unificadora a EMBRAPA, com seu perfil agro
florestal, desenvolve suas pesquisas
atualmente centralizadas no Estado de São
Paulo com o uso de tecnologias de ponta,
que intensifica a eficiência e a produtividade
dos grãos, porém com danos ao meio
ambiente.
UEPA PROSEL – 3ª Etapa / PRISE - Subprograma XII Pág. 10
11. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
22. O processo de ocupação e valorização 23. A regionalização, que divide o Brasil em 3
econômica da região Amazônica, especialmente grandes regiões geoeconômicas, destaca
ao longo do século XX e mais especificamente características comuns entre os estados que
nas décadas posteriores a 1960, ensejou várias compõem cada região, sem perder de vista as
formas de estruturação do espaço paraense. particularidades socioeconômicas existentes
Neste contexto, é verdadeiro afirmar que: entre eles. Sobre o processo de apropriação da
natureza nestes complexos, é correto afirmar
a o noroeste do estado que corresponde, em
que:
grande parte, às fronteiras internacionais
com a República da Guiana e o Suriname, é a o complexo amazônico tem na economia
uma das áreas de intensa transformação extrativista vegetal sua base produtiva, com
espacial, significativa densidade destaque para a produção da borracha,
demográfica e valorização econômica, fatos atividade que, no passado, foi responsável
estes relacionados à implantação de pela inserção desta região à economia
reservas extrativistas (RESEXs) que nacional e internacional.
mantêm a dinâmica econômica baseada na b a concentração da atividade industrial na
exploração da borracha. região centro-sul, com a criação das
b o sul/sudeste do estado tem áreas indústrias automotivas dentre outras, pôs
diversificadas, com forte ocupação recente em curso uma crise ambiental irreparável
induzida principalmente pelo Estado, em estados como São Paulo, impedindo, em
responsável pela implantação de fins do século XX, que este estado se
infraestrutura, especialmente energética e mantivesse atrativo para investimentos
viária, implementação de políticas econômicos.
migratórias e concessão de incentivos c a inserção da economia regional amazônica
fiscais, criando condições para a expansão ao contexto nacional, a partir da década de
econômica. Embora intensamente ocupada, 1970, produziu efeitos na organização
preserva grande parte das paisagens espacial dessa região. Mais recentemente
vegetais originais e a prática de atividades destaca-se a expansão do cultivo de grãos,
tradicionais, o extrativismo vegetal e a particularmente a soja no Oeste Paraense,
agricultura de subsistência. que influenciou na implantação de uma
c a área circunvizinha a Belém possui uma infraestrutura portuária (porto da Cargill).
estrutura espacial organizada, sendo a d o Centro Sul, primeira região do território
capital paraense a única cidade da região brasileiro ocupada pelos colonizadores, polo
que tem o “status de região metropolitana”. econômico mais importante da América
Nos últimos anos, esta área teve seu portuguesa, vem gradativamente
dinamismo econômico intensificado em melhorando suas condições de produção,
função da significativa atividade portuária mas ainda se encontra distante de oferecer
relacionada à exportação de ferro via Vila uma economia competitiva a longo prazo.
do Conde.
e as transformações introduzidas nas zonas
d o oeste paraense é uma das áreas de maior irrigadas do Vale do São Francisco e a
conservação ambiental do estado, possui criação de zonas industriais na área
larga produção de bauxita, sendo também litorânea no Nordeste brasileiro, ocorreram
uma fronteira agrícola em franca expansão em virtude da introdução de um padrão
com destaque para o cultivo do algodão. sustentável de apropriação da natureza
Esta potencialidade de recursos torna a nesta região do Brasil.
economia local dinâmica, é uma área
servida por excelente rede viária, com
estradas federais de ótimas condições: a
Transamazônica e a Santarém-Cuiabá.
e localizada no centro do Pará, a Terra do
Meio é uma das regiões mais importantes
para conservação da sociobiodiversidade da
Amazônia, mas também o palco de intensos
conflitos fundiários. Segundo o Greenpeace,
na região continuam ocorrendo intensas
queimadas, extração ilegal de madeira e
implantação de pastos para a pecuária,
atividade responsável, em grande parte,
pela degradação ambiental que aí ocorre.
UEPA PROSEL – 3ª Etapa / PRISE - Subprograma XII Pág. 11
12. UNIVERSID ADE DO ESTAD DO PARÁ
DO
24 Com a in
4. ntegração d Amazônia ao circui
da ito Leia o Te
exto XV para responder à questão 26
a 6.
produtivo nacional e internacion nal promovi da
Text XV
to
pelo gove erno federal, no século passado, a
o
partir do II e III P PND (Plano Nacional de A construç
ção das eclus
sas
Desenvolvimento), atr ravés do imp pulso ao settor de Tucuruí é essencial pa
e ara
mineral, o Estado do Pará passo a conviv
o ou ver qu ue uma embarcaçção
com novas formas de produção e circulaçã
e ão; ransponha a diferença de
tra
esse fato gerou cons sequências socioespacia is.
s níível existente e o rio se
e eja
Sobre ess sas consequências é co orreto afirmmar na avegável en ntre os dois
que: la dos da barragem da
a nesse período, a in ndústria minneral paraennse hidrelétrica, permitindo o desenv
h volvimento de
visou aatender o m mercado ext terno, crian do atividades ec
a conômicas e sociais das populações q
p que
então uma dinâm mica endóge ena à regiã ão, vivem na re
v egião. A eclu
usa é um re eservatório e
em
que p promoveu m maiores vínculos com a forma de câm
f mara, que fuunciona como uma espécie
econommia local, aumentando a capacida de de elevador, através de seu enchimento e
d
para a criação de eempregos ao paraenses
os s. esvaziamento
e o.
b o des senvolvimennto do se etor míner ro-
26. Sabendo-se que a for
rma da câma das eclusas
ara
metalúúrgico pensado para ess estado te ve
se
de Tucuruí é de um paralelepípedo, c com
como c consequências a atração de empres
o sas
dimensões internas d 210m de comprimen
de e nto,
e de atividades agregadas, as qua
s ais
33m de largura e 35m de alt tura, e que a
e
geraram mais empregos acom mpanhados de
velocidade média d e enchimennto é de 3 300
altos salários qu ue promove eram grand des
m³/s, o te
empo médio de enchime
o ento da câmara
melhor rias nas c condições de vida da
será de aproximadam
mente:
população paraens se.
c a entr rada dos investimentos minerador
s res a 2 minutos
de po orte e das tecnologias de padr rão b 5 minutos
interna
acional imp pôs à eco onomia loc cal
c 7 minutos
tradicio
onal alteraçções em suas relaçõ
s ões
sociais e em sua mobilidad
as des espacia is, d 10 minutos
promov vendo significativos
s s impacttos e 13 minutos
socioammbientais.
d a posiç ção de destaque, que o Pará possu ui, 27. Um professor de mate emática preocupado com o
m
no f
fornecimento o de maatérias-prim
mas desmatammento na
a Amazôn nia resolv
veu
minera contribuiu para que os municípi
ais ios desenvolv uma ativ
ver vidade com seus alunos, na
s ,
paraennses envolvidos no PG GC (Program ma qual abo ordava o desmatame ento de u uma
Grande Carajás) p
e passassem a ter a ren da determinaada área. O objetivo da ativida ade
per cappita acima ddos municípi ios do Centrro- estava relacionado à sensibilização para a a
Sul braasileiro. necessária preservaçção da flores
sta amazônica.
e com o recorde na arrecadaçã da receit
a ão ta, Na atividade foram apresentados os gráficos
os mu unicípios do PGC passa am a ter u um abaixo, com a figura 1 represe
c a entando a área
papel d destaque nacional no fornecimen
de o nto sem o desmatammento e a figura 2
de matérias-primas minera is, representtando a áre com o desmatame
ea ento
transfo
ormando seus recursos em polític
s cas existente. Se a ár
. rea desmatada pode ser
sociais e ambienta que bene
ais eficiam gran de represent quação da circunferência x2
tada pela eq a
parte d população e reduzem os impact
da m tos + y2 – 8x – 10y + 40 = 0, en
8 ntão o número
ambien ntais. aproximado, em p orcentagem, dessa área
desmatad é:
da
25 A construç
5. ção da usina de Belo Monte, no R
M Rio
Xingu, devverá ser a tterceira maior hidrelétriica Dado: π=3
3,14
do mundo e irá i inundar ter rras de tr rês
municípios principalm
s, mente de Vit tória do Xinggu
e Altamira, forma
ando um lago co
om a 9,81
aproximad damente 516 km² de área. Algu ns
b 12,42
especialistas defende em que a alteração d do
regime do rio deve af fetar a fauna e a flora da
c 14,32
região, ennquanto out tros defende em o proje eto
pela sua importânc cia econôm mica, geran do
d 15,78
8
milhares de empregos e grand oferta de
de
energia. C Considere q que, hipote eticamente, a e 17,41
forma doo lago se
s assemeelha a u
um
paralelepíp
pedo e a pro ofundidade média do la go
m
será de 20 0m. Desse m modo, o volume de ág ua
aproximad que terá e
do esse lago serrá:
a 1,032 km³
b 10,32 km³
c 103,2 km³
d 1.032 km³
e 10.320 km³
0
UE
EPA PROSEL – 3ª Etapa / PRISE - Subp
programa XII Pág. 12
13. UNIVERSID ADE DO ESTAD DO PARÁ
DO
Leia o Tex XVI para responder à questão 28
xto 8. 30. Em uma empresa na qual foi implantado um
a i
projeto de coleta seletiva se
d erá necessá ário
Texto XVI
o
comprar coletores pa ara pilhas e lâmpadas. Ao
O matapi é um instrumento especialment
i te se fazer o orçament desses coletores for
to c ram
projetado para a captura d camarão, feito de tala
a de as recebidas propostas de dua
s as lojas q que
de folha de p
e palmeira (miriti) amarradas com cip pó apresentaaram o m mesmo preç ço para ca ada
titica e muito utilizado na região amaz zônica. Esse é coletor, conforme ind
dicado na tab bela abaixo. Se
um estilo de p pesca artesan que não agride o me io
nal a decisão for de compprar 3 coleto
ores de pilha e
as
ambiente. A f forma do ma atapi é comp posta por do ois 2 coletore de lâmpad
es das, será gasto o valor d
de:
ones dentro de um cilindro. Inte
co o ernamente h há Coletor Coletor
aberturas nos ápices dos cones, funcionando com
s mo Orçamento Total
Lâmpada Pilhas
unis, por ond o camarão entra para comer a isc
fu de o ca LOJA 1 2 unidades
s 2 unidades R$ 1.060,0
00
ali colocada, ficando preso no interior do artefato.
d LOJA 2 3 unidades
s 1 unidade
e R$ 1.130,0
00
a R$ 1.0
005,00
b R$ 1.2
236,00
c R$ 1.2
290,00
d R$ 2.2
233,00
e R$ 2.3
370,00
31. Um equippamento de mamografia que é usa
a, ado
para fazer uma radioografia da mama por m
m meio
de raios X, opera nuum potencia constante de
al
30 kV e corrente de 2
200 mA. Se o equipame
ento
28 Considere, com as necessárias e devid
8. , das operar durante 2 segundos s, a ener rgia
aproximações, que a altura de um cone é 1 1/3 consumida, em kW.s, será igual a:
, a
da altura d cilindro e que os raio dessas du
do os uas
a 3
figuras são iguais. Des
o sse modo, a razão entre o
e
volume do cone e o vo olume do cilindro é: b 6
a 1/9 c 9
b 1/6 d 12
c 1/3 e 15
d 3
32. A radiaçã ultraviolleta é letal para mui
ão itos
e 9
microorgaanismos, coomo bactéri ias, levedur
ras,
algas e vírus. Adm mita que a dose letal da
29 Um pesqui
9. isador preoc
cupado com os constant tes radiação ultravioleta de 248 nm, para u
n uma
focos de in
ncêndios florestais ocorridos em um
ma bactéria, seja de 12 MeV. O núm mero de fótoons
cidade ressolveu mape ear esses foocos em umma desta raddiação que ccorresponde à dose leta é
al
malha. As distâncias entre as linnhas paralel
las da ordem de:
da malha são todas i iguais a um unidade de
ma
comprimen nto, confor rme figura abaixo. A
a Use, se necessário.
e
distância e linha reta do foco 1 para o foco 3
em o 1240 eV. nm
0
é: Ene
ergia do fóto
on: E =
λ
a 58 u
u.c
a 102
b 70 u
u.c
b 104
c 73 u
u.c c 106
d 108
d 4 5 u.
.c
e 1010
e 5 6 u.
.c
UE
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programa XII Pág. 13