Este documento descreve a expansão da Revolução Industrial na Europa e nos Estados Unidos entre os séculos XIX e início do XX. Detalha a concentração industrial e bancária, o desenvolvimento de novas tecnologias como petróleo e eletricidade, e a racionalização do trabalho através do taylorismo e fordismo. Também discute a geografia da industrialização, com o Reino Unido inicialmente na liderança e depois os EUA e Alemanha se tornando as principais potências industriais.
3. A LIGAÇÃO CIÊNCIA-TÉCNICA
• Os primeiros avanços da indústria fizeram-se com
maquinismos simples.
• Em meados do século XIX, o progresso técnico transformou os
maquinismos industriais em estruturas complexas e a
concorrência cada vez maior obrigava a uma atualização
constante das tecnologias de fabrico.
• Os institutos e as universidades têm um papel fundamental,
pois formavam técnicos especializados com a preparação
cientifica necessária. Inicia-se a época dos engenheiros e da
ligação entre ciência e técnica.
4. • As grandes empresas começam a investir enormes somas na
investigação, equipando modernos laboratórios, onde
trabalham uma equipa de “sábios”.
• A invenção passa a ser de um só génio para um trabalho
coletivo.
• Cada avanço dá origem a novos desafios que a ciência tentará
resolver. Desta forma geram-se processos cumulativos que
resultam num progresso tecnológico: novas formas de energia,
novos setores produtivos, novos meios de transportes e uma
multiplicidade de novos objetos, que transformam o mundo.
• Progressos Cumulativos- série de crescentes progressos que
resultam da estreita ligação entre ciência e técnica.
5. INDÚSTRIA SIDERÚRGICA
• A siderurgia, fornecedora de máquinas, carris, locomotivas e
outros equipamentos, transformou-se na indústria de ponta da
Segunda Revolução Industrial.
• Em meados do século, H. Bessemer inventa um conversor capaz
de transformar o ferro em aço. As suas potencialidades alargaram
o mercado siderúrgico na industria pesada e na produção de bens
de consumo.
• W.H. Perkin sintetiza, no mesmo ano que Bessemer apresenta o
seu conversor, o violeta de anilina e alizarina. A pesquisa e a
produção de corantes continua na Alemanha, contribuindo para o
crescimento da Badische Anilin und Soda Fabrik (BASF), a
Farbenfabriken Vorn e a Bayer e Co.
• A industria química foi um dos setores mais característicos da
Segunda Revolução Industrial, pois desenvolveu produtos como
os inseticidas, os fertilizantes e os medicamentos.
6. NOVAS FORMAS DE ENERGIA
• Desenvolveram-se as duas fontes de energia mais importantes,
nas últimas décadas do séc. XIX: o petróleo e a eletricidade.
• Foram descobertas técnicas de refinação que abriram as
perpetivas de aproveitamento do petróleo.
• Em 1859, perfura-se na Pensilvânia o primeiro poço e os seus
derivados passaram a ser lubrificantes e combustíveis para a
iluminação. Em 1886 Gottlieb Daimler inventou o motor de
explosão, movido a gasolina e em 1897, Rudolf Diesel constrói
um modelo semelhante que utiliza o óleo pesado.
7. • A eletricidade foi aproveitada devido a uma série de invenções
que permitiram a sua produção e transporte a grandes
distâncias.
• Foi possível utilizar a eletricidade na iluminação doméstica,
devido à lâmpada de filamentos inventada por Edison.
• A eletricidade substitui o gás na iluminação, privada e pública,
e os carros elétricos e os metropolitanos aparecem.
• A eletricidade foi uma das conquistas mais marcantes da era
industrial e permitiu a invenção do telégrafo, do telefone, do
gravador de som, da rádio e do cinema.
8. A ACELERAÇÃO DOS TRANSPORTES
• Os transportes permitiram uma movimentação rápida e barata
das crescentes matérias primas.
• O comboio apareceu em 1830, quando George Stephenson
inaugurou a linha Liverpool-Manchester. O seu êxito
desencadeou uma febre de construções ferroviárias.
• Os navios a vapor substituíram os antigos veleiros. A partir de
1860 os vapores impõem-se na navegação intercontinental. A
navegação a vapor movimentou capitais, dando origem a
grandes empresas, que eram proprietários de muitas
embarcações. Fizeram-se grandes obras de engenharia, como
a abertura dos canais do Suez, em 1869 e do Panamá, em
1914, que reduziram as ligações entre o Índico e Mediterrâneo
e entre o Pacífico e o Atântico.
9. • Nos automóveis criaram-se o motor de explosão e na década
de 1880, os automóveis já circulavam. As marcas mais
conhecidas foram Daimler, Benz, Panhard-Levassor, Renault,
Fiat e Ford, que originaram uma nova indústria que
movimentava grossos capitais e que dava emprego a muitos
operários.
• Na aviação, Orville Wright voou com um motor a gasolina e
hélice. Em 1909, os irmãos Voison desenharam um biplano e
os seu sócio L. Blériot um monoplano, com o qual atravessou o
canal da Mancha.
10. CONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL E
BANCÁRIA
• A partir de 1870 começa-se a falar de uma civilização
industrial. Na Europa e nos Estados Unidos a industria moldava
a vida económica e relações sociais.
• Capitalismo Industrial - tipo de capitalismo que se desenvolveu
na segunda metade do séc. XIX e é caracterizado por um
investimento na indústria.
11. CONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL
• As pequenas oficinas deram lugar às grandes fábricas. A
maquinaria obrigou à criação de grandes espaços que
empregava um grande número de trabalhadores. No século
XIX as fábricas transformavam-se em grandes empresas que
envolviam grandes capitais.
• A concentração industrial acelerou-se na segunda metade do
século. A evolução tecnológica reforça a supremacia da grande
empresa. As mais pequenas abrem falência ou são absorvidas
pelas firmas mais poderosas, ou algumas grandes empresas
fundem-se entre si.
12. • Constituem-se dois tipos de concentração industrial:
• Concentração vertical, que consistia na integração, na mesma
empresa, de todas as fases de produção. Esta concentração
assumiu um caracter monopolista. Alguns exemplos são Krupp,
Thyssen, Schneider, Skoda e Carnegie.
• Concentração horizontal, que consistia numa associação de
empresas com o objetivo de evitar a concorrência. Acordavam as
quantidades a produzir, os preços de venda e as datas de
colocação no mercado. Na Europa ficaram conhecidas como
cartel.
• As duas concentrações constituíram grandes grupos
económicos que alargaram o seu quadro geográfico, dando
origem a multinacionais.
13. CONCENTRAÇÃO BANCÁRIA
• A atividade bancária permita a movimentação das somas
envolvidas no comércio internacional e que tornava possível a
ampliação e modernização das industrias.
• O sistema bancário integra-se na dinâmica do mundo
industrial: na segunda metade do século têm um forte
crescimento, acompanhado da diminuição do número de
instituições. Os pequenos bancos abrem falência e os maiores
ficam ainda maiores. Os bancos participaram diretamente no
desenvolvimento industrial.
• Em Paris, o banco mais importante era o Banque de Paris et
des Pays Bas e na Alemanha o Deutsch Bank.
14. RACIONALIZAÇÃO DO TRABALHO
• No contexto de produzir com qualidade e produzir a baixo
preço, F.W. Taylor publica Princípios de Direcção Científica da
Empresa, onde expõe o seu método para a optimização do
rendimento da fábrica, que ficou conhecido como Taylorismo.
• O Taylorismo assenta na divisão máxima do trabalho,
dividindo-o em pequenas tarefas elementares e encadeadas,
pois a cada pessoa executava apenas uma das tarefas, que era
continuada por outros, e que devia faze-la em tempo mínimo.
Este trabalho mecanizado resultava numa produção de objetos
iguais.
15. • Henry Ford foi o primeiro a pro em prática estas ideias. Em
1913, introduziu na sua fábrica uma linha de montagem,
segundo os principios do Taylorismo. O ritmo da produção
cresceu. O tempo e o custo diminuiram. Ford elevou os
salários para o dobro, o que possibilitou que os seus operários
comprassem automóveis, fazendo parte do dinheiro voltar
para a fábrica.
• A visão empresarial de Ford criou o fordismo, uma nova forma
de gerir grandes empresas. Os métodos Taylorizados
provocaram a contestação de sindicatos e inteletuais, que
criticavam a racionalização excessiva, retirando a criatividade
do operário.
16. A GEOGRAFIA DA INDUSTRIALIZAÇÃO
• Inglaterra
• A Inglaterra era um país que tinha um grande avanço
industrial, sendo a sal indústria bastante mecanizada e
abastecia o mundo, tinham a maior frota mercante do
planeta.
• Este poderio criou uma acumulação de capitais, que foram
aplicadas no espaço colonial inglês, na América Latina e na
Ásia. A libra esterlina tornou-se a moeda-padrão.
• No fim do século, o equipamento industrial tornou-se
velho e não conseguia acompanhar o avanço tecnológico.
A Inglaterra enfrentava também uma concorrência cada
vez maior e é ultrapassada pelos EUA.
17. • Alemanha (unifica-se económica e politicamente)
• A principal característica do processo industrial foi o seu
dinamismo.
• Em 1840, privilegiou-se os setores do carvão, do aço e dos
caminhos de ferro.
• Em 1870, os setores da química, da construção naval e
eletricidade tiveram um arranque. No fim do século a
indústria e o setor siderúrgico moveram uma forte
concorrência aos produtos ingleses.
18. • EUA (potência extra-europeia)
• A industrialização começou em 1830.
• O setor têxtil foi favorecido com a abundância de matéria-prima
e devido a uma política económica proteccionista
que o fez prosperar rapidamente.
• O setor siderúrgico foi o que dinamizou o crescimento
económico e entre 1870 e 1887 formaram-se grandes
concentrações, destacando-se a United States Steel
Corporation.
• Desenvolveram-se os setores energéticos modernos, como
a eletricidade devido às grandes quedas d’água e do
petróleo, devido às importantes jazidas. A industria
automóvel teve uma rápida expansão.
• No fim do séc. XIX, os EUA tornaram-se a primeira
potência industrial do mundo, pois lideravam a produção
de carvão, petróleo, ferro, aço, cobre, chumbo, zinco e
alumínio e a sua produção têxtil estava no segundo lugar
mundial.
19. • Japão
• A modernização japonesa foi feita pelo imperador Mutsu-
Hito, que lançou o país na era Meiji, a era do progresso. As
reformas Meiji iniciaram-se em 1868 e transformaram o
Japão numa nação industrial com bastante Competividade.
• O impulso industrializador deveu-se sobretudo ao Estado,
que promoveu a entrada de capitais e técnicos
estrangeiros, financiou a criação de novas indústrias,
concedendo exclusivos e privilégios. A industria japonesa
estava avançada devido aos setores da siderurgia,
construção naval e têxtil da seda, e foi contribuída com o
grande crescimento demográfico e o orgulho nacional
(superioridade face aos outros países).
20. • Bélgica
• Desenvolve indústria siderúrgica, beneficia de capitais,
com concentrações horizontais e verticais. Têm grandes
caminhos de ferro e colónias em África. Beneficia recursos
naturais energéticos e bolsa de valores.
21. PERMANÊNCIA DE FORMAS DE ECONOMIA
TRADICIONAL
• Entre 1815 a 1914, a agricultura, a industria, o comércio, o sistema
bancário, os transportes , as comunicações tiveram uma profunda
alteração, que distingue este século. As formas económicas novas
coexistiram durante muito tempo com técnicas e sistemas de
produção antigos.
• No rural, mantiveram-se as velhas práticas e utensílios. O
camponês agarra-se aos direitos comunitários e reage
negativamente às inovações agrícolas que os destroem. Continua
a praticar-se a agricultura de subsistência em muitas zonas
agricolas.
• Na indústria, as formas de economia tradicional tardam a
desaparecer e o artesão mantém-se ativo, sobretudo nos ofícios
que requerem gosto, minúcia e criatividade.
• Este panorama acentua-se em países de evolução mais lenta,
como Portugal e Itália. No século XIX o mundo vive a dois ritmos
e a novidade coexiste com a tradição.
22. A AGUDIZAÇÃO DAS DIFERENÇAS
• Os princípios do liberalismo económico encontraram fortes
resistências à sua aplicação. Os defensores da liberdade
política olhavam com desconfiança a livre circulação de
mercadorias.
• A corrente livre-cambista era muito forte na Grã-Bretanha,
berço de Adam Smith e David Ricardo. Segundo Ricardo, a
liberdade comercial asseguraria o desenvolvimento e a riqueza
de todas as religiões do mundo, da medida em que, face à
concorrência, cada uma se veria compelida a produzir o que
fosse mais compatível com as suas condições naturais.
23. • Estas ideias foram impostas por sir Robert Peel, chefe do
governo, que assumiu funções em 1841. começou por baixar
os direitos de entrada que recaíram sobre certos produtos
básicos e a pauta alfandegária do Reino Unido foi diminuído.
• A adoção do livre-cambismo em Inglaterra teve grandes
repercussões no país e no estrangeiro, onde acabaria por se
implantar.
• Entre 1850 e 1870, a tendência livre-cambista dominou a
Europa e os Estados Unidos, que protegeram a indústria e
baixaram as tarifas aduaceiras.
• O comercio internacional teve um período de forte
crescimento.
24. • Livre Cambismo- sistema que liberaliza as trocas
internacionais. Neste sistema, o Estado deve abster-se de
interferir nas correntes de comércio e assim os direitos
alfandegários, a fixação de contigentes e proibições de entrada
ou saída devem ser abolidas ou reduzir-se ao mínimo.
• Crise Cíclica- Estado períodico de agudo mal-estar e de mau
funcionamento da economia.
25. DEBILIDADES DO LIVRE CAMBISMO
• As previsões de crescimento igual e harmonioso entre todas as
nações não se verificaram, contribuindo o livre-cambismo para
colocar dificuldades acrescidas ao processo de industrialização
dos países mais atrasados, que eram submersos pelos
produtos das potências industriais.
• Algumas vezes o ritmo económico era abalado por crises
cíclicas, que faziam retrair os negócios e provocaram grandes
falências.
26. • Crises Antigo Regime
• Motivos- fracas colheitas
• Preços- subida dos preços dos cereais
• Periodicidade- irregular (fatores climáticos)
• Dimensão – regional, nacional ou continental
• Repercussões – escassez, fomes, mortalidade, desemprego
urbano (menor procura de artesanato)
• Crises Capitalismo (crises superprodução)
• Motivos –superprodução, especulação financeira
• Preços- baixa dos preços industriais e agrícolas
• Periodicidade – cíclica (cerca de 10 anos)
• Dimensão- mundial
• Repercussões – descida acentuada da Bolsa, falências,
desemprego, concentração de empresas
27. • O economista francês Clément Junglar foi o primeiro a estudar
os ciclos económicos. No perídoo de crescimento, quando a
procura se sobrepões à oferta, os preços sobem. Face a este
estímulo, instalam-se e ampliam-se industrias, recorre-se ao
crédito e especula-se na Bolsa. Mas em breve, por falta de
previsão financeira e excesso de investimento,
• Os stocks acumulam-se nos armazéns, fazendo suspender
o fabrico e proceder a redução dos salários e
despedimento de trabalhadores.
• Os preços baixam a fim de dar saída a mercadorias
acumuladas e as vezes destroem-se stocks para eviar que
os preços desçam demasiado
• Suspendem-se os pagamentos aos bancos, os créditos e
os investimentos financeiros, que leva ao Crash bolsista, `*a
falência de empresas e entidades bancárias
• O desemprego crescente faz diminuir o consumo e a
produção decai ainda mais.
28. • As crises podem iniciar-se num ou em vários países
simultaneamente e propagam-se com rapidez, devido às
ligações financeiras e comerciais entre as nações
• Em 1810 registou-se a primeira crise e em 1929 a mais grave
de todas elas. Foram vistas pelos economistas liberais como
reajustamentos económicos, mas as crises cíclicas suscitaram
protestos concertados contra os excessos do liberalismo
económico.
• No fim do século, o proteccionismo conquista terreno e , após
a grave depressão iniciada em 1929, notou-se a intervenção do
Estado na vida económica.
29. MERCADO INTERNACIONAL E A DIVISÃO DO
TRABALHO
• Ao longo do século XIX, o comércio mundial cresceu
aceleradamente, devido ao contínuo aumento da produção, do
progresso dos transportes e das comunicações. O caminho de
ferro fez diminuir o custo do transporte terrestre e os transportes
marítimos tiveram uma evolução idêntica.
• A Inglaterra dominava o enorme fluxo de trocas, favorecida pelo
seu avanço industrial e pela sua gigantesca frota mercante. Até
1880, a França detém o segundo lugar, sendo depois ultrapassada
pela Alemanha e os Estado Unidos. No iníco do século XX, estes
quatro países são responsáveis por metade de todas as trocas
realizadas.
• A estrutura do comercio mundial reflete a divisão internacional do
trabalho. Os quatro grandes países fornecem os países mais
atrasados, aos quais adquirem produtos agrícolas e matérias-primas.
31. EXPLOSÃO POPULACIONAL
• Entre 1800 e 1914 a população mundial duplicou, o que
resultou numa explosão demográfica no séc. XIX.
• A europa teve um lugar de destaque pois a sua população
duplicou e teve um crescimento mais rápido e intenso. A
intensidade do crescimento demográfico revelou diferenças,
pois a Europa do Noroeste apresentava taxas de crescimento
anual muito maiores à Europa Oriental e Meridional.
32. MOTIVOS EXPLOSÃO POPULACIONAL
• Existiu um decréscimo da mortalidade devido à:
• Medicina
• Vacina antivariólica de Jenner
• Vacinas e soros tifo cólera, raiva, difteria
• Operação com anestesia
• Desinfecção e antissepasia
• Melhor alimentação
• Disponibilidade géneros, quantidade, qualidade e
progresso de transportes foram travões às crises de
abastecimento e às fomes
• Melhor higiene
• A nível individual, a mudança mais frequente do vestuário,
de algodão, menos prospenço à propagação de parasitas.
• A nível público, a construção de esgotos e instalações de
água potável. Utilização de tijolo nas construções a
substituir a madeira.
33. • Estes progressos permitiram uma maior esperança de vida
• À exceção de França, todas as taxas de natalidade mantiveram-se
elevadas ou decresceram lentamente durante o século XIX.
Só após 1870 a natalidade declinou, dando início ao regime
demográfico moderno. Existiu uma diminuição da idade do
casamento e uma diminuição do celibato, que com a descida
da mortalidade, permitiu o saldo fisiológico positivo e a
exploração da população europeia.
34. EXPANSÃO URBANA
• As cidades cresceram em número, em superfície e densidade
populacional. A urbanização foi mais significativa nos países
industrializadas e nos países novos.
• Nova Iorque tornou-se a 2º cidade mundial
35. MOTIVOS EXPANSÃO URBANA
• As cidades expandem-se porque existe um crescimento natural
das populações.
• O êxodo rural era provocado pelas transformações da
agricultura e industrialização e é favorecido pela revolução dos
transportes. Deixavam os campos para a cidade, como os
pequenos proprietários, jornaleiros e profissionais de ofícios
modestos. A cidade atraia, devido a uma possibilidade de
emprego e melhores salários. O êxodo rural criou mudanças na
estrutura profissional: o setor primário recuou e o secundário e
o terciário cresceram.
• A imigração foi um fator de crescimento urbano. Os
trabalhadores situaram-se nas cidades industrias. Os
habitantes das cidade procuravam empregos e promoção
• A cidade é a representação dos abastados, das festas e
espectáculos, luzes e êxito.
36. PROBLEMAS
• AS cidades estavam mal preparadas para receberem a
população.
• Não possuíam adequados sistemas sanitários, redes de
distribuição de água ou serviços de limpeza de ruas.
• Os bairros populares eram sobrelotados e a população
vivia ma miséria.
• Famílias inteiras viviam numa pobre casa, num só
compartimento.
• Haviam grandes epidemias de cólera e tuberculose ->
mortalidade infantil elevada
• Existiam manifestações e delinquência e era frequente os
nascimentos ilegítimos e divórcios, prostituição,
mendicidade, alcoolismo e criminalidade
38. O NOVO URBANISMO
• Foi levado a cabo no séc. XIX
• Em Paris (cidades europeias), os planos foram levaods a cabo
por o barão Haussman, para engrandecer e embelezar a
cidade. A cidade cresce e a urbaniza-se em extensão,
atravessando as muralhas.
• Nos Estados Unidos (cidades americanas) a urbanização era
feita em altura (arranha-céus). O centro tornou-se um local
cuidado, com grandes obras de renovação.
• Criaram-se bancos, bolsas de comércio e valores, grandes
armazéns e mercados, edifícios governamentais e
administrativos, gares ferroviárias, teatros, ópera, museus e
cafés.
39. • A arquitectura era austera e neoclássica e utilizou-se o ferro e
o vidro. As zonas verdes eram arranjadas, a pavimentação
esmerada nas ruas e passeios, a água abunda, como esgotos e
saneamento, condutas de abastecimento do gás. Construem-se
praças e avenidas, para favorecer a iluminação, arejamento,
circulação de pessoas e carros e vigilância policial.
• As classes abastadas situavam-se em bairros ocidentais ->
WEST End londrino e Oeste Parisiense; e os trabalhadores no
Este de Paris, East End e docas do Tamisa.
• A população urbana encontra-se nos bairros adjacentes. No
fim do século XX, o núcleo das cidades já não tem condições
para aceitar sucessivas populções: as rendas sobem e o
alojamento falta. A população estabelece-se em subúrbios ( as
casas apresentavam-se monótonas, ligadas entre si por
escadas exteriores, galerias transversais e varandas de madeira.
40. MIGRAÇÕES INTERNAS E EMIGRAÇÃO
• Várias correntes migratórias atravessaram o séc. XIX, em
especial entre 1850 e 1914
41. MIGRAÇÕES INTERNAS
• Algumas das migrações existiram dentro do mesmo país,
designadas migrações internas, como:
• As deslocações sazonais de trabalhadores entre zonas
rurais. Decorreram na França e em Portugal;
• OS fluxos migratórios dos campos para as cidades. Pelos
empregos oferecidos nas fábricas, na construção civil, nos
caminhos de ferro ou no serviço doméstico, as cidades
foram poderosos polos de atracção para os camponeses.
42. EMIGRAÇÃO
• Existiram emigrações da Ásia para a América, da Itália para a
Suíça, Alemanha, Áustria e França.
• Maior fluxo foi da Europa para o resto do mundo. Dirigiam-se
para os EUA, Canadá, América Latina, Austrália, Nova Zelândia,
África do Norte, África do Sul, Sibéria e regiões Cáucaso. Existiu
uma “explosão branca”.
• De 1845-1850 existiram partidas em massa favorecidas pela
revolução dos transportes marítimos e da propaganda das
companhias de navegação, os governos estimularam a
emigração, para aliviar o mercado de trabalho interno.
• Os ritmos de participação foram diversos. De todos os países
da Europa Ocidental e Central, a França teve um fraco
contributo emigratório.
43. MOTIVOS
• Os motivos foram demográfico e económicos.
• A europa era densamente povoada, com uma precária
distribuição dos recursos, agricultura pouco compensadora e
um desenvolvimento industrial insuficiente, o que fazia as
pessoas quererem emigrar.
• Razões opostas conduziram os britânicos à emigração. Os
fatores económicos expulsaram os irlandeses e alemães para
fora da Europa, como grande fomes.
• Os países novos, pouco povoados, precisavam de mão-de-obra
para a exploração dos recursos materiais. Ofereciam
sociedades abertas e flexíveis.
• Motivos políticos e religiosos também causaram emigrações.
44. EMIGRAÇÃO PORTUGUESA
• Na segunda metade do século XIX, Portugal teve uma
assinalável participação no surto emigratório.
• Na década de 1870, 10 mil portugueses deixavam o pais,
aumentando o dobro na década seguinte.
• Em Portugal a industrialização e urbanização não absorviam a
população excedentária. A população ainda vivia em freguesias
rurais e vilas. A maior parte dos emigrantes eram agricultores,
no Norte eram confrontados com a pequena exploração que
apenas garantia o autoconsumo e no sul, com a regressão dos
cerais pela concorrência do trigo americano.
• A emigração em Portugal foi uma forma de fuga à fome e à
miséria.