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A CIVILIZAÇÃO INDUSTRIAL-ECONOMIA 
E SOCIEDADE; 
NACIONALISMO E CHOQUES 
IMPERIALISTAS 
RAQUEL FILIPA OLIVEIRA Nº18 11º14
EXPANSÃO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A LIGAÇÃO CIÊNCIA-TÉCNICA 
• Os primeiros avanços da indústria fizeram-se com 
maquinismos simples. 
• Em meados do século XIX, o progresso técnico transformou os 
maquinismos industriais em estruturas complexas e a 
concorrência cada vez maior obrigava a uma atualização 
constante das tecnologias de fabrico. 
• Os institutos e as universidades têm um papel fundamental, 
pois formavam técnicos especializados com a preparação 
cientifica necessária. Inicia-se a época dos engenheiros e da 
ligação entre ciência e técnica.
• As grandes empresas começam a investir enormes somas na 
investigação, equipando modernos laboratórios, onde 
trabalham uma equipa de “sábios”. 
• A invenção passa a ser de um só génio para um trabalho 
coletivo. 
• Cada avanço dá origem a novos desafios que a ciência tentará 
resolver. Desta forma geram-se processos cumulativos que 
resultam num progresso tecnológico: novas formas de energia, 
novos setores produtivos, novos meios de transportes e uma 
multiplicidade de novos objetos, que transformam o mundo. 
• Progressos Cumulativos- série de crescentes progressos que 
resultam da estreita ligação entre ciência e técnica.
INDÚSTRIA SIDERÚRGICA 
• A siderurgia, fornecedora de máquinas, carris, locomotivas e 
outros equipamentos, transformou-se na indústria de ponta da 
Segunda Revolução Industrial. 
• Em meados do século, H. Bessemer inventa um conversor capaz 
de transformar o ferro em aço. As suas potencialidades alargaram 
o mercado siderúrgico na industria pesada e na produção de bens 
de consumo. 
• W.H. Perkin sintetiza, no mesmo ano que Bessemer apresenta o 
seu conversor, o violeta de anilina e alizarina. A pesquisa e a 
produção de corantes continua na Alemanha, contribuindo para o 
crescimento da Badische Anilin und Soda Fabrik (BASF), a 
Farbenfabriken Vorn e a Bayer e Co. 
• A industria química foi um dos setores mais característicos da 
Segunda Revolução Industrial, pois desenvolveu produtos como 
os inseticidas, os fertilizantes e os medicamentos.
NOVAS FORMAS DE ENERGIA 
• Desenvolveram-se as duas fontes de energia mais importantes, 
nas últimas décadas do séc. XIX: o petróleo e a eletricidade. 
• Foram descobertas técnicas de refinação que abriram as 
perpetivas de aproveitamento do petróleo. 
• Em 1859, perfura-se na Pensilvânia o primeiro poço e os seus 
derivados passaram a ser lubrificantes e combustíveis para a 
iluminação. Em 1886 Gottlieb Daimler inventou o motor de 
explosão, movido a gasolina e em 1897, Rudolf Diesel constrói 
um modelo semelhante que utiliza o óleo pesado.
• A eletricidade foi aproveitada devido a uma série de invenções 
que permitiram a sua produção e transporte a grandes 
distâncias. 
• Foi possível utilizar a eletricidade na iluminação doméstica, 
devido à lâmpada de filamentos inventada por Edison. 
• A eletricidade substitui o gás na iluminação, privada e pública, 
e os carros elétricos e os metropolitanos aparecem. 
• A eletricidade foi uma das conquistas mais marcantes da era 
industrial e permitiu a invenção do telégrafo, do telefone, do 
gravador de som, da rádio e do cinema.
A ACELERAÇÃO DOS TRANSPORTES 
• Os transportes permitiram uma movimentação rápida e barata 
das crescentes matérias primas. 
• O comboio apareceu em 1830, quando George Stephenson 
inaugurou a linha Liverpool-Manchester. O seu êxito 
desencadeou uma febre de construções ferroviárias. 
• Os navios a vapor substituíram os antigos veleiros. A partir de 
1860 os vapores impõem-se na navegação intercontinental. A 
navegação a vapor movimentou capitais, dando origem a 
grandes empresas, que eram proprietários de muitas 
embarcações. Fizeram-se grandes obras de engenharia, como 
a abertura dos canais do Suez, em 1869 e do Panamá, em 
1914, que reduziram as ligações entre o Índico e Mediterrâneo 
e entre o Pacífico e o Atântico.
• Nos automóveis criaram-se o motor de explosão e na década 
de 1880, os automóveis já circulavam. As marcas mais 
conhecidas foram Daimler, Benz, Panhard-Levassor, Renault, 
Fiat e Ford, que originaram uma nova indústria que 
movimentava grossos capitais e que dava emprego a muitos 
operários. 
• Na aviação, Orville Wright voou com um motor a gasolina e 
hélice. Em 1909, os irmãos Voison desenharam um biplano e 
os seu sócio L. Blériot um monoplano, com o qual atravessou o 
canal da Mancha.
CONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL E 
BANCÁRIA 
• A partir de 1870 começa-se a falar de uma civilização 
industrial. Na Europa e nos Estados Unidos a industria moldava 
a vida económica e relações sociais. 
• Capitalismo Industrial - tipo de capitalismo que se desenvolveu 
na segunda metade do séc. XIX e é caracterizado por um 
investimento na indústria.
CONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL 
• As pequenas oficinas deram lugar às grandes fábricas. A 
maquinaria obrigou à criação de grandes espaços que 
empregava um grande número de trabalhadores. No século 
XIX as fábricas transformavam-se em grandes empresas que 
envolviam grandes capitais. 
• A concentração industrial acelerou-se na segunda metade do 
século. A evolução tecnológica reforça a supremacia da grande 
empresa. As mais pequenas abrem falência ou são absorvidas 
pelas firmas mais poderosas, ou algumas grandes empresas 
fundem-se entre si.
• Constituem-se dois tipos de concentração industrial: 
• Concentração vertical, que consistia na integração, na mesma 
empresa, de todas as fases de produção. Esta concentração 
assumiu um caracter monopolista. Alguns exemplos são Krupp, 
Thyssen, Schneider, Skoda e Carnegie. 
• Concentração horizontal, que consistia numa associação de 
empresas com o objetivo de evitar a concorrência. Acordavam as 
quantidades a produzir, os preços de venda e as datas de 
colocação no mercado. Na Europa ficaram conhecidas como 
cartel. 
• As duas concentrações constituíram grandes grupos 
económicos que alargaram o seu quadro geográfico, dando 
origem a multinacionais.
CONCENTRAÇÃO BANCÁRIA 
• A atividade bancária permita a movimentação das somas 
envolvidas no comércio internacional e que tornava possível a 
ampliação e modernização das industrias. 
• O sistema bancário integra-se na dinâmica do mundo 
industrial: na segunda metade do século têm um forte 
crescimento, acompanhado da diminuição do número de 
instituições. Os pequenos bancos abrem falência e os maiores 
ficam ainda maiores. Os bancos participaram diretamente no 
desenvolvimento industrial. 
• Em Paris, o banco mais importante era o Banque de Paris et 
des Pays Bas e na Alemanha o Deutsch Bank.
RACIONALIZAÇÃO DO TRABALHO 
• No contexto de produzir com qualidade e produzir a baixo 
preço, F.W. Taylor publica Princípios de Direcção Científica da 
Empresa, onde expõe o seu método para a optimização do 
rendimento da fábrica, que ficou conhecido como Taylorismo. 
• O Taylorismo assenta na divisão máxima do trabalho, 
dividindo-o em pequenas tarefas elementares e encadeadas, 
pois a cada pessoa executava apenas uma das tarefas, que era 
continuada por outros, e que devia faze-la em tempo mínimo. 
Este trabalho mecanizado resultava numa produção de objetos 
iguais.
• Henry Ford foi o primeiro a pro em prática estas ideias. Em 
1913, introduziu na sua fábrica uma linha de montagem, 
segundo os principios do Taylorismo. O ritmo da produção 
cresceu. O tempo e o custo diminuiram. Ford elevou os 
salários para o dobro, o que possibilitou que os seus operários 
comprassem automóveis, fazendo parte do dinheiro voltar 
para a fábrica. 
• A visão empresarial de Ford criou o fordismo, uma nova forma 
de gerir grandes empresas. Os métodos Taylorizados 
provocaram a contestação de sindicatos e inteletuais, que 
criticavam a racionalização excessiva, retirando a criatividade 
do operário.
A GEOGRAFIA DA INDUSTRIALIZAÇÃO 
• Inglaterra 
• A Inglaterra era um país que tinha um grande avanço 
industrial, sendo a sal indústria bastante mecanizada e 
abastecia o mundo, tinham a maior frota mercante do 
planeta. 
• Este poderio criou uma acumulação de capitais, que foram 
aplicadas no espaço colonial inglês, na América Latina e na 
Ásia. A libra esterlina tornou-se a moeda-padrão. 
• No fim do século, o equipamento industrial tornou-se 
velho e não conseguia acompanhar o avanço tecnológico. 
A Inglaterra enfrentava também uma concorrência cada 
vez maior e é ultrapassada pelos EUA.
• Alemanha (unifica-se económica e politicamente) 
• A principal característica do processo industrial foi o seu 
dinamismo. 
• Em 1840, privilegiou-se os setores do carvão, do aço e dos 
caminhos de ferro. 
• Em 1870, os setores da química, da construção naval e 
eletricidade tiveram um arranque. No fim do século a 
indústria e o setor siderúrgico moveram uma forte 
concorrência aos produtos ingleses.
• EUA (potência extra-europeia) 
• A industrialização começou em 1830. 
• O setor têxtil foi favorecido com a abundância de matéria-prima 
e devido a uma política económica proteccionista 
que o fez prosperar rapidamente. 
• O setor siderúrgico foi o que dinamizou o crescimento 
económico e entre 1870 e 1887 formaram-se grandes 
concentrações, destacando-se a United States Steel 
Corporation. 
• Desenvolveram-se os setores energéticos modernos, como 
a eletricidade devido às grandes quedas d’água e do 
petróleo, devido às importantes jazidas. A industria 
automóvel teve uma rápida expansão. 
• No fim do séc. XIX, os EUA tornaram-se a primeira 
potência industrial do mundo, pois lideravam a produção 
de carvão, petróleo, ferro, aço, cobre, chumbo, zinco e 
alumínio e a sua produção têxtil estava no segundo lugar 
mundial.
• Japão 
• A modernização japonesa foi feita pelo imperador Mutsu- 
Hito, que lançou o país na era Meiji, a era do progresso. As 
reformas Meiji iniciaram-se em 1868 e transformaram o 
Japão numa nação industrial com bastante Competividade. 
• O impulso industrializador deveu-se sobretudo ao Estado, 
que promoveu a entrada de capitais e técnicos 
estrangeiros, financiou a criação de novas indústrias, 
concedendo exclusivos e privilégios. A industria japonesa 
estava avançada devido aos setores da siderurgia, 
construção naval e têxtil da seda, e foi contribuída com o 
grande crescimento demográfico e o orgulho nacional 
(superioridade face aos outros países).
• Bélgica 
• Desenvolve indústria siderúrgica, beneficia de capitais, 
com concentrações horizontais e verticais. Têm grandes 
caminhos de ferro e colónias em África. Beneficia recursos 
naturais energéticos e bolsa de valores.
PERMANÊNCIA DE FORMAS DE ECONOMIA 
TRADICIONAL 
• Entre 1815 a 1914, a agricultura, a industria, o comércio, o sistema 
bancário, os transportes , as comunicações tiveram uma profunda 
alteração, que distingue este século. As formas económicas novas 
coexistiram durante muito tempo com técnicas e sistemas de 
produção antigos. 
• No rural, mantiveram-se as velhas práticas e utensílios. O 
camponês agarra-se aos direitos comunitários e reage 
negativamente às inovações agrícolas que os destroem. Continua 
a praticar-se a agricultura de subsistência em muitas zonas 
agricolas. 
• Na indústria, as formas de economia tradicional tardam a 
desaparecer e o artesão mantém-se ativo, sobretudo nos ofícios 
que requerem gosto, minúcia e criatividade. 
• Este panorama acentua-se em países de evolução mais lenta, 
como Portugal e Itália. No século XIX o mundo vive a dois ritmos 
e a novidade coexiste com a tradição.
A AGUDIZAÇÃO DAS DIFERENÇAS 
• Os princípios do liberalismo económico encontraram fortes 
resistências à sua aplicação. Os defensores da liberdade 
política olhavam com desconfiança a livre circulação de 
mercadorias. 
• A corrente livre-cambista era muito forte na Grã-Bretanha, 
berço de Adam Smith e David Ricardo. Segundo Ricardo, a 
liberdade comercial asseguraria o desenvolvimento e a riqueza 
de todas as religiões do mundo, da medida em que, face à 
concorrência, cada uma se veria compelida a produzir o que 
fosse mais compatível com as suas condições naturais.
• Estas ideias foram impostas por sir Robert Peel, chefe do 
governo, que assumiu funções em 1841. começou por baixar 
os direitos de entrada que recaíram sobre certos produtos 
básicos e a pauta alfandegária do Reino Unido foi diminuído. 
• A adoção do livre-cambismo em Inglaterra teve grandes 
repercussões no país e no estrangeiro, onde acabaria por se 
implantar. 
• Entre 1850 e 1870, a tendência livre-cambista dominou a 
Europa e os Estados Unidos, que protegeram a indústria e 
baixaram as tarifas aduaceiras. 
• O comercio internacional teve um período de forte 
crescimento.
• Livre Cambismo- sistema que liberaliza as trocas 
internacionais. Neste sistema, o Estado deve abster-se de 
interferir nas correntes de comércio e assim os direitos 
alfandegários, a fixação de contigentes e proibições de entrada 
ou saída devem ser abolidas ou reduzir-se ao mínimo. 
• Crise Cíclica- Estado períodico de agudo mal-estar e de mau 
funcionamento da economia.
DEBILIDADES DO LIVRE CAMBISMO 
• As previsões de crescimento igual e harmonioso entre todas as 
nações não se verificaram, contribuindo o livre-cambismo para 
colocar dificuldades acrescidas ao processo de industrialização 
dos países mais atrasados, que eram submersos pelos 
produtos das potências industriais. 
• Algumas vezes o ritmo económico era abalado por crises 
cíclicas, que faziam retrair os negócios e provocaram grandes 
falências.
• Crises Antigo Regime 
• Motivos- fracas colheitas 
• Preços- subida dos preços dos cereais 
• Periodicidade- irregular (fatores climáticos) 
• Dimensão – regional, nacional ou continental 
• Repercussões – escassez, fomes, mortalidade, desemprego 
urbano (menor procura de artesanato) 
• Crises Capitalismo (crises superprodução) 
• Motivos –superprodução, especulação financeira 
• Preços- baixa dos preços industriais e agrícolas 
• Periodicidade – cíclica (cerca de 10 anos) 
• Dimensão- mundial 
• Repercussões – descida acentuada da Bolsa, falências, 
desemprego, concentração de empresas
• O economista francês Clément Junglar foi o primeiro a estudar 
os ciclos económicos. No perídoo de crescimento, quando a 
procura se sobrepões à oferta, os preços sobem. Face a este 
estímulo, instalam-se e ampliam-se industrias, recorre-se ao 
crédito e especula-se na Bolsa. Mas em breve, por falta de 
previsão financeira e excesso de investimento, 
• Os stocks acumulam-se nos armazéns, fazendo suspender 
o fabrico e proceder a redução dos salários e 
despedimento de trabalhadores. 
• Os preços baixam a fim de dar saída a mercadorias 
acumuladas e as vezes destroem-se stocks para eviar que 
os preços desçam demasiado 
• Suspendem-se os pagamentos aos bancos, os créditos e 
os investimentos financeiros, que leva ao Crash bolsista, `*a 
falência de empresas e entidades bancárias 
• O desemprego crescente faz diminuir o consumo e a 
produção decai ainda mais.
• As crises podem iniciar-se num ou em vários países 
simultaneamente e propagam-se com rapidez, devido às 
ligações financeiras e comerciais entre as nações 
• Em 1810 registou-se a primeira crise e em 1929 a mais grave 
de todas elas. Foram vistas pelos economistas liberais como 
reajustamentos económicos, mas as crises cíclicas suscitaram 
protestos concertados contra os excessos do liberalismo 
económico. 
• No fim do século, o proteccionismo conquista terreno e , após 
a grave depressão iniciada em 1929, notou-se a intervenção do 
Estado na vida económica.
MERCADO INTERNACIONAL E A DIVISÃO DO 
TRABALHO 
• Ao longo do século XIX, o comércio mundial cresceu 
aceleradamente, devido ao contínuo aumento da produção, do 
progresso dos transportes e das comunicações. O caminho de 
ferro fez diminuir o custo do transporte terrestre e os transportes 
marítimos tiveram uma evolução idêntica. 
• A Inglaterra dominava o enorme fluxo de trocas, favorecida pelo 
seu avanço industrial e pela sua gigantesca frota mercante. Até 
1880, a França detém o segundo lugar, sendo depois ultrapassada 
pela Alemanha e os Estado Unidos. No iníco do século XX, estes 
quatro países são responsáveis por metade de todas as trocas 
realizadas. 
• A estrutura do comercio mundial reflete a divisão internacional do 
trabalho. Os quatro grandes países fornecem os países mais 
atrasados, aos quais adquirem produtos agrícolas e matérias-primas.
A EXPLOSÃO POPULACIONAL
EXPLOSÃO POPULACIONAL 
• Entre 1800 e 1914 a população mundial duplicou, o que 
resultou numa explosão demográfica no séc. XIX. 
• A europa teve um lugar de destaque pois a sua população 
duplicou e teve um crescimento mais rápido e intenso. A 
intensidade do crescimento demográfico revelou diferenças, 
pois a Europa do Noroeste apresentava taxas de crescimento 
anual muito maiores à Europa Oriental e Meridional.
MOTIVOS EXPLOSÃO POPULACIONAL 
• Existiu um decréscimo da mortalidade devido à: 
• Medicina 
• Vacina antivariólica de Jenner 
• Vacinas e soros tifo cólera, raiva, difteria 
• Operação com anestesia 
• Desinfecção e antissepasia 
• Melhor alimentação 
• Disponibilidade géneros, quantidade, qualidade e 
progresso de transportes foram travões às crises de 
abastecimento e às fomes 
• Melhor higiene 
• A nível individual, a mudança mais frequente do vestuário, 
de algodão, menos prospenço à propagação de parasitas. 
• A nível público, a construção de esgotos e instalações de 
água potável. Utilização de tijolo nas construções a 
substituir a madeira.
• Estes progressos permitiram uma maior esperança de vida 
• À exceção de França, todas as taxas de natalidade mantiveram-se 
elevadas ou decresceram lentamente durante o século XIX. 
Só após 1870 a natalidade declinou, dando início ao regime 
demográfico moderno. Existiu uma diminuição da idade do 
casamento e uma diminuição do celibato, que com a descida 
da mortalidade, permitiu o saldo fisiológico positivo e a 
exploração da população europeia.
EXPANSÃO URBANA 
• As cidades cresceram em número, em superfície e densidade 
populacional. A urbanização foi mais significativa nos países 
industrializadas e nos países novos. 
• Nova Iorque tornou-se a 2º cidade mundial
MOTIVOS EXPANSÃO URBANA 
• As cidades expandem-se porque existe um crescimento natural 
das populações. 
• O êxodo rural era provocado pelas transformações da 
agricultura e industrialização e é favorecido pela revolução dos 
transportes. Deixavam os campos para a cidade, como os 
pequenos proprietários, jornaleiros e profissionais de ofícios 
modestos. A cidade atraia, devido a uma possibilidade de 
emprego e melhores salários. O êxodo rural criou mudanças na 
estrutura profissional: o setor primário recuou e o secundário e 
o terciário cresceram. 
• A imigração foi um fator de crescimento urbano. Os 
trabalhadores situaram-se nas cidades industrias. Os 
habitantes das cidade procuravam empregos e promoção 
• A cidade é a representação dos abastados, das festas e 
espectáculos, luzes e êxito.
PROBLEMAS 
• AS cidades estavam mal preparadas para receberem a 
população. 
• Não possuíam adequados sistemas sanitários, redes de 
distribuição de água ou serviços de limpeza de ruas. 
• Os bairros populares eram sobrelotados e a população 
vivia ma miséria. 
• Famílias inteiras viviam numa pobre casa, num só 
compartimento. 
• Haviam grandes epidemias de cólera e tuberculose -> 
mortalidade infantil elevada 
• Existiam manifestações e delinquência e era frequente os 
nascimentos ilegítimos e divórcios, prostituição, 
mendicidade, alcoolismo e criminalidade
O NOVO URBANISMO
O NOVO URBANISMO 
• Foi levado a cabo no séc. XIX 
• Em Paris (cidades europeias), os planos foram levaods a cabo 
por o barão Haussman, para engrandecer e embelezar a 
cidade. A cidade cresce e a urbaniza-se em extensão, 
atravessando as muralhas. 
• Nos Estados Unidos (cidades americanas) a urbanização era 
feita em altura (arranha-céus). O centro tornou-se um local 
cuidado, com grandes obras de renovação. 
• Criaram-se bancos, bolsas de comércio e valores, grandes 
armazéns e mercados, edifícios governamentais e 
administrativos, gares ferroviárias, teatros, ópera, museus e 
cafés.
• A arquitectura era austera e neoclássica e utilizou-se o ferro e 
o vidro. As zonas verdes eram arranjadas, a pavimentação 
esmerada nas ruas e passeios, a água abunda, como esgotos e 
saneamento, condutas de abastecimento do gás. Construem-se 
praças e avenidas, para favorecer a iluminação, arejamento, 
circulação de pessoas e carros e vigilância policial. 
• As classes abastadas situavam-se em bairros ocidentais -> 
WEST End londrino e Oeste Parisiense; e os trabalhadores no 
Este de Paris, East End e docas do Tamisa. 
• A população urbana encontra-se nos bairros adjacentes. No 
fim do século XX, o núcleo das cidades já não tem condições 
para aceitar sucessivas populções: as rendas sobem e o 
alojamento falta. A população estabelece-se em subúrbios ( as 
casas apresentavam-se monótonas, ligadas entre si por 
escadas exteriores, galerias transversais e varandas de madeira.
MIGRAÇÕES INTERNAS E EMIGRAÇÃO 
• Várias correntes migratórias atravessaram o séc. XIX, em 
especial entre 1850 e 1914
MIGRAÇÕES INTERNAS 
• Algumas das migrações existiram dentro do mesmo país, 
designadas migrações internas, como: 
• As deslocações sazonais de trabalhadores entre zonas 
rurais. Decorreram na França e em Portugal; 
• OS fluxos migratórios dos campos para as cidades. Pelos 
empregos oferecidos nas fábricas, na construção civil, nos 
caminhos de ferro ou no serviço doméstico, as cidades 
foram poderosos polos de atracção para os camponeses.
EMIGRAÇÃO 
• Existiram emigrações da Ásia para a América, da Itália para a 
Suíça, Alemanha, Áustria e França. 
• Maior fluxo foi da Europa para o resto do mundo. Dirigiam-se 
para os EUA, Canadá, América Latina, Austrália, Nova Zelândia, 
África do Norte, África do Sul, Sibéria e regiões Cáucaso. Existiu 
uma “explosão branca”. 
• De 1845-1850 existiram partidas em massa favorecidas pela 
revolução dos transportes marítimos e da propaganda das 
companhias de navegação, os governos estimularam a 
emigração, para aliviar o mercado de trabalho interno. 
• Os ritmos de participação foram diversos. De todos os países 
da Europa Ocidental e Central, a França teve um fraco 
contributo emigratório.
MOTIVOS 
• Os motivos foram demográfico e económicos. 
• A europa era densamente povoada, com uma precária 
distribuição dos recursos, agricultura pouco compensadora e 
um desenvolvimento industrial insuficiente, o que fazia as 
pessoas quererem emigrar. 
• Razões opostas conduziram os britânicos à emigração. Os 
fatores económicos expulsaram os irlandeses e alemães para 
fora da Europa, como grande fomes. 
• Os países novos, pouco povoados, precisavam de mão-de-obra 
para a exploração dos recursos materiais. Ofereciam 
sociedades abertas e flexíveis. 
• Motivos políticos e religiosos também causaram emigrações.
EMIGRAÇÃO PORTUGUESA 
• Na segunda metade do século XIX, Portugal teve uma 
assinalável participação no surto emigratório. 
• Na década de 1870, 10 mil portugueses deixavam o pais, 
aumentando o dobro na década seguinte. 
• Em Portugal a industrialização e urbanização não absorviam a 
população excedentária. A população ainda vivia em freguesias 
rurais e vilas. A maior parte dos emigrantes eram agricultores, 
no Norte eram confrontados com a pequena exploração que 
apenas garantia o autoconsumo e no sul, com a regressão dos 
cerais pela concorrência do trigo americano. 
• A emigração em Portugal foi uma forma de fuga à fome e à 
miséria.

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A civilização industrial - História 11ºano

  • 1. A CIVILIZAÇÃO INDUSTRIAL-ECONOMIA E SOCIEDADE; NACIONALISMO E CHOQUES IMPERIALISTAS RAQUEL FILIPA OLIVEIRA Nº18 11º14
  • 3. A LIGAÇÃO CIÊNCIA-TÉCNICA • Os primeiros avanços da indústria fizeram-se com maquinismos simples. • Em meados do século XIX, o progresso técnico transformou os maquinismos industriais em estruturas complexas e a concorrência cada vez maior obrigava a uma atualização constante das tecnologias de fabrico. • Os institutos e as universidades têm um papel fundamental, pois formavam técnicos especializados com a preparação cientifica necessária. Inicia-se a época dos engenheiros e da ligação entre ciência e técnica.
  • 4. • As grandes empresas começam a investir enormes somas na investigação, equipando modernos laboratórios, onde trabalham uma equipa de “sábios”. • A invenção passa a ser de um só génio para um trabalho coletivo. • Cada avanço dá origem a novos desafios que a ciência tentará resolver. Desta forma geram-se processos cumulativos que resultam num progresso tecnológico: novas formas de energia, novos setores produtivos, novos meios de transportes e uma multiplicidade de novos objetos, que transformam o mundo. • Progressos Cumulativos- série de crescentes progressos que resultam da estreita ligação entre ciência e técnica.
  • 5. INDÚSTRIA SIDERÚRGICA • A siderurgia, fornecedora de máquinas, carris, locomotivas e outros equipamentos, transformou-se na indústria de ponta da Segunda Revolução Industrial. • Em meados do século, H. Bessemer inventa um conversor capaz de transformar o ferro em aço. As suas potencialidades alargaram o mercado siderúrgico na industria pesada e na produção de bens de consumo. • W.H. Perkin sintetiza, no mesmo ano que Bessemer apresenta o seu conversor, o violeta de anilina e alizarina. A pesquisa e a produção de corantes continua na Alemanha, contribuindo para o crescimento da Badische Anilin und Soda Fabrik (BASF), a Farbenfabriken Vorn e a Bayer e Co. • A industria química foi um dos setores mais característicos da Segunda Revolução Industrial, pois desenvolveu produtos como os inseticidas, os fertilizantes e os medicamentos.
  • 6. NOVAS FORMAS DE ENERGIA • Desenvolveram-se as duas fontes de energia mais importantes, nas últimas décadas do séc. XIX: o petróleo e a eletricidade. • Foram descobertas técnicas de refinação que abriram as perpetivas de aproveitamento do petróleo. • Em 1859, perfura-se na Pensilvânia o primeiro poço e os seus derivados passaram a ser lubrificantes e combustíveis para a iluminação. Em 1886 Gottlieb Daimler inventou o motor de explosão, movido a gasolina e em 1897, Rudolf Diesel constrói um modelo semelhante que utiliza o óleo pesado.
  • 7. • A eletricidade foi aproveitada devido a uma série de invenções que permitiram a sua produção e transporte a grandes distâncias. • Foi possível utilizar a eletricidade na iluminação doméstica, devido à lâmpada de filamentos inventada por Edison. • A eletricidade substitui o gás na iluminação, privada e pública, e os carros elétricos e os metropolitanos aparecem. • A eletricidade foi uma das conquistas mais marcantes da era industrial e permitiu a invenção do telégrafo, do telefone, do gravador de som, da rádio e do cinema.
  • 8. A ACELERAÇÃO DOS TRANSPORTES • Os transportes permitiram uma movimentação rápida e barata das crescentes matérias primas. • O comboio apareceu em 1830, quando George Stephenson inaugurou a linha Liverpool-Manchester. O seu êxito desencadeou uma febre de construções ferroviárias. • Os navios a vapor substituíram os antigos veleiros. A partir de 1860 os vapores impõem-se na navegação intercontinental. A navegação a vapor movimentou capitais, dando origem a grandes empresas, que eram proprietários de muitas embarcações. Fizeram-se grandes obras de engenharia, como a abertura dos canais do Suez, em 1869 e do Panamá, em 1914, que reduziram as ligações entre o Índico e Mediterrâneo e entre o Pacífico e o Atântico.
  • 9. • Nos automóveis criaram-se o motor de explosão e na década de 1880, os automóveis já circulavam. As marcas mais conhecidas foram Daimler, Benz, Panhard-Levassor, Renault, Fiat e Ford, que originaram uma nova indústria que movimentava grossos capitais e que dava emprego a muitos operários. • Na aviação, Orville Wright voou com um motor a gasolina e hélice. Em 1909, os irmãos Voison desenharam um biplano e os seu sócio L. Blériot um monoplano, com o qual atravessou o canal da Mancha.
  • 10. CONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL E BANCÁRIA • A partir de 1870 começa-se a falar de uma civilização industrial. Na Europa e nos Estados Unidos a industria moldava a vida económica e relações sociais. • Capitalismo Industrial - tipo de capitalismo que se desenvolveu na segunda metade do séc. XIX e é caracterizado por um investimento na indústria.
  • 11. CONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL • As pequenas oficinas deram lugar às grandes fábricas. A maquinaria obrigou à criação de grandes espaços que empregava um grande número de trabalhadores. No século XIX as fábricas transformavam-se em grandes empresas que envolviam grandes capitais. • A concentração industrial acelerou-se na segunda metade do século. A evolução tecnológica reforça a supremacia da grande empresa. As mais pequenas abrem falência ou são absorvidas pelas firmas mais poderosas, ou algumas grandes empresas fundem-se entre si.
  • 12. • Constituem-se dois tipos de concentração industrial: • Concentração vertical, que consistia na integração, na mesma empresa, de todas as fases de produção. Esta concentração assumiu um caracter monopolista. Alguns exemplos são Krupp, Thyssen, Schneider, Skoda e Carnegie. • Concentração horizontal, que consistia numa associação de empresas com o objetivo de evitar a concorrência. Acordavam as quantidades a produzir, os preços de venda e as datas de colocação no mercado. Na Europa ficaram conhecidas como cartel. • As duas concentrações constituíram grandes grupos económicos que alargaram o seu quadro geográfico, dando origem a multinacionais.
  • 13. CONCENTRAÇÃO BANCÁRIA • A atividade bancária permita a movimentação das somas envolvidas no comércio internacional e que tornava possível a ampliação e modernização das industrias. • O sistema bancário integra-se na dinâmica do mundo industrial: na segunda metade do século têm um forte crescimento, acompanhado da diminuição do número de instituições. Os pequenos bancos abrem falência e os maiores ficam ainda maiores. Os bancos participaram diretamente no desenvolvimento industrial. • Em Paris, o banco mais importante era o Banque de Paris et des Pays Bas e na Alemanha o Deutsch Bank.
  • 14. RACIONALIZAÇÃO DO TRABALHO • No contexto de produzir com qualidade e produzir a baixo preço, F.W. Taylor publica Princípios de Direcção Científica da Empresa, onde expõe o seu método para a optimização do rendimento da fábrica, que ficou conhecido como Taylorismo. • O Taylorismo assenta na divisão máxima do trabalho, dividindo-o em pequenas tarefas elementares e encadeadas, pois a cada pessoa executava apenas uma das tarefas, que era continuada por outros, e que devia faze-la em tempo mínimo. Este trabalho mecanizado resultava numa produção de objetos iguais.
  • 15. • Henry Ford foi o primeiro a pro em prática estas ideias. Em 1913, introduziu na sua fábrica uma linha de montagem, segundo os principios do Taylorismo. O ritmo da produção cresceu. O tempo e o custo diminuiram. Ford elevou os salários para o dobro, o que possibilitou que os seus operários comprassem automóveis, fazendo parte do dinheiro voltar para a fábrica. • A visão empresarial de Ford criou o fordismo, uma nova forma de gerir grandes empresas. Os métodos Taylorizados provocaram a contestação de sindicatos e inteletuais, que criticavam a racionalização excessiva, retirando a criatividade do operário.
  • 16. A GEOGRAFIA DA INDUSTRIALIZAÇÃO • Inglaterra • A Inglaterra era um país que tinha um grande avanço industrial, sendo a sal indústria bastante mecanizada e abastecia o mundo, tinham a maior frota mercante do planeta. • Este poderio criou uma acumulação de capitais, que foram aplicadas no espaço colonial inglês, na América Latina e na Ásia. A libra esterlina tornou-se a moeda-padrão. • No fim do século, o equipamento industrial tornou-se velho e não conseguia acompanhar o avanço tecnológico. A Inglaterra enfrentava também uma concorrência cada vez maior e é ultrapassada pelos EUA.
  • 17. • Alemanha (unifica-se económica e politicamente) • A principal característica do processo industrial foi o seu dinamismo. • Em 1840, privilegiou-se os setores do carvão, do aço e dos caminhos de ferro. • Em 1870, os setores da química, da construção naval e eletricidade tiveram um arranque. No fim do século a indústria e o setor siderúrgico moveram uma forte concorrência aos produtos ingleses.
  • 18. • EUA (potência extra-europeia) • A industrialização começou em 1830. • O setor têxtil foi favorecido com a abundância de matéria-prima e devido a uma política económica proteccionista que o fez prosperar rapidamente. • O setor siderúrgico foi o que dinamizou o crescimento económico e entre 1870 e 1887 formaram-se grandes concentrações, destacando-se a United States Steel Corporation. • Desenvolveram-se os setores energéticos modernos, como a eletricidade devido às grandes quedas d’água e do petróleo, devido às importantes jazidas. A industria automóvel teve uma rápida expansão. • No fim do séc. XIX, os EUA tornaram-se a primeira potência industrial do mundo, pois lideravam a produção de carvão, petróleo, ferro, aço, cobre, chumbo, zinco e alumínio e a sua produção têxtil estava no segundo lugar mundial.
  • 19. • Japão • A modernização japonesa foi feita pelo imperador Mutsu- Hito, que lançou o país na era Meiji, a era do progresso. As reformas Meiji iniciaram-se em 1868 e transformaram o Japão numa nação industrial com bastante Competividade. • O impulso industrializador deveu-se sobretudo ao Estado, que promoveu a entrada de capitais e técnicos estrangeiros, financiou a criação de novas indústrias, concedendo exclusivos e privilégios. A industria japonesa estava avançada devido aos setores da siderurgia, construção naval e têxtil da seda, e foi contribuída com o grande crescimento demográfico e o orgulho nacional (superioridade face aos outros países).
  • 20. • Bélgica • Desenvolve indústria siderúrgica, beneficia de capitais, com concentrações horizontais e verticais. Têm grandes caminhos de ferro e colónias em África. Beneficia recursos naturais energéticos e bolsa de valores.
  • 21. PERMANÊNCIA DE FORMAS DE ECONOMIA TRADICIONAL • Entre 1815 a 1914, a agricultura, a industria, o comércio, o sistema bancário, os transportes , as comunicações tiveram uma profunda alteração, que distingue este século. As formas económicas novas coexistiram durante muito tempo com técnicas e sistemas de produção antigos. • No rural, mantiveram-se as velhas práticas e utensílios. O camponês agarra-se aos direitos comunitários e reage negativamente às inovações agrícolas que os destroem. Continua a praticar-se a agricultura de subsistência em muitas zonas agricolas. • Na indústria, as formas de economia tradicional tardam a desaparecer e o artesão mantém-se ativo, sobretudo nos ofícios que requerem gosto, minúcia e criatividade. • Este panorama acentua-se em países de evolução mais lenta, como Portugal e Itália. No século XIX o mundo vive a dois ritmos e a novidade coexiste com a tradição.
  • 22. A AGUDIZAÇÃO DAS DIFERENÇAS • Os princípios do liberalismo económico encontraram fortes resistências à sua aplicação. Os defensores da liberdade política olhavam com desconfiança a livre circulação de mercadorias. • A corrente livre-cambista era muito forte na Grã-Bretanha, berço de Adam Smith e David Ricardo. Segundo Ricardo, a liberdade comercial asseguraria o desenvolvimento e a riqueza de todas as religiões do mundo, da medida em que, face à concorrência, cada uma se veria compelida a produzir o que fosse mais compatível com as suas condições naturais.
  • 23. • Estas ideias foram impostas por sir Robert Peel, chefe do governo, que assumiu funções em 1841. começou por baixar os direitos de entrada que recaíram sobre certos produtos básicos e a pauta alfandegária do Reino Unido foi diminuído. • A adoção do livre-cambismo em Inglaterra teve grandes repercussões no país e no estrangeiro, onde acabaria por se implantar. • Entre 1850 e 1870, a tendência livre-cambista dominou a Europa e os Estados Unidos, que protegeram a indústria e baixaram as tarifas aduaceiras. • O comercio internacional teve um período de forte crescimento.
  • 24. • Livre Cambismo- sistema que liberaliza as trocas internacionais. Neste sistema, o Estado deve abster-se de interferir nas correntes de comércio e assim os direitos alfandegários, a fixação de contigentes e proibições de entrada ou saída devem ser abolidas ou reduzir-se ao mínimo. • Crise Cíclica- Estado períodico de agudo mal-estar e de mau funcionamento da economia.
  • 25. DEBILIDADES DO LIVRE CAMBISMO • As previsões de crescimento igual e harmonioso entre todas as nações não se verificaram, contribuindo o livre-cambismo para colocar dificuldades acrescidas ao processo de industrialização dos países mais atrasados, que eram submersos pelos produtos das potências industriais. • Algumas vezes o ritmo económico era abalado por crises cíclicas, que faziam retrair os negócios e provocaram grandes falências.
  • 26. • Crises Antigo Regime • Motivos- fracas colheitas • Preços- subida dos preços dos cereais • Periodicidade- irregular (fatores climáticos) • Dimensão – regional, nacional ou continental • Repercussões – escassez, fomes, mortalidade, desemprego urbano (menor procura de artesanato) • Crises Capitalismo (crises superprodução) • Motivos –superprodução, especulação financeira • Preços- baixa dos preços industriais e agrícolas • Periodicidade – cíclica (cerca de 10 anos) • Dimensão- mundial • Repercussões – descida acentuada da Bolsa, falências, desemprego, concentração de empresas
  • 27. • O economista francês Clément Junglar foi o primeiro a estudar os ciclos económicos. No perídoo de crescimento, quando a procura se sobrepões à oferta, os preços sobem. Face a este estímulo, instalam-se e ampliam-se industrias, recorre-se ao crédito e especula-se na Bolsa. Mas em breve, por falta de previsão financeira e excesso de investimento, • Os stocks acumulam-se nos armazéns, fazendo suspender o fabrico e proceder a redução dos salários e despedimento de trabalhadores. • Os preços baixam a fim de dar saída a mercadorias acumuladas e as vezes destroem-se stocks para eviar que os preços desçam demasiado • Suspendem-se os pagamentos aos bancos, os créditos e os investimentos financeiros, que leva ao Crash bolsista, `*a falência de empresas e entidades bancárias • O desemprego crescente faz diminuir o consumo e a produção decai ainda mais.
  • 28. • As crises podem iniciar-se num ou em vários países simultaneamente e propagam-se com rapidez, devido às ligações financeiras e comerciais entre as nações • Em 1810 registou-se a primeira crise e em 1929 a mais grave de todas elas. Foram vistas pelos economistas liberais como reajustamentos económicos, mas as crises cíclicas suscitaram protestos concertados contra os excessos do liberalismo económico. • No fim do século, o proteccionismo conquista terreno e , após a grave depressão iniciada em 1929, notou-se a intervenção do Estado na vida económica.
  • 29. MERCADO INTERNACIONAL E A DIVISÃO DO TRABALHO • Ao longo do século XIX, o comércio mundial cresceu aceleradamente, devido ao contínuo aumento da produção, do progresso dos transportes e das comunicações. O caminho de ferro fez diminuir o custo do transporte terrestre e os transportes marítimos tiveram uma evolução idêntica. • A Inglaterra dominava o enorme fluxo de trocas, favorecida pelo seu avanço industrial e pela sua gigantesca frota mercante. Até 1880, a França detém o segundo lugar, sendo depois ultrapassada pela Alemanha e os Estado Unidos. No iníco do século XX, estes quatro países são responsáveis por metade de todas as trocas realizadas. • A estrutura do comercio mundial reflete a divisão internacional do trabalho. Os quatro grandes países fornecem os países mais atrasados, aos quais adquirem produtos agrícolas e matérias-primas.
  • 31. EXPLOSÃO POPULACIONAL • Entre 1800 e 1914 a população mundial duplicou, o que resultou numa explosão demográfica no séc. XIX. • A europa teve um lugar de destaque pois a sua população duplicou e teve um crescimento mais rápido e intenso. A intensidade do crescimento demográfico revelou diferenças, pois a Europa do Noroeste apresentava taxas de crescimento anual muito maiores à Europa Oriental e Meridional.
  • 32. MOTIVOS EXPLOSÃO POPULACIONAL • Existiu um decréscimo da mortalidade devido à: • Medicina • Vacina antivariólica de Jenner • Vacinas e soros tifo cólera, raiva, difteria • Operação com anestesia • Desinfecção e antissepasia • Melhor alimentação • Disponibilidade géneros, quantidade, qualidade e progresso de transportes foram travões às crises de abastecimento e às fomes • Melhor higiene • A nível individual, a mudança mais frequente do vestuário, de algodão, menos prospenço à propagação de parasitas. • A nível público, a construção de esgotos e instalações de água potável. Utilização de tijolo nas construções a substituir a madeira.
  • 33. • Estes progressos permitiram uma maior esperança de vida • À exceção de França, todas as taxas de natalidade mantiveram-se elevadas ou decresceram lentamente durante o século XIX. Só após 1870 a natalidade declinou, dando início ao regime demográfico moderno. Existiu uma diminuição da idade do casamento e uma diminuição do celibato, que com a descida da mortalidade, permitiu o saldo fisiológico positivo e a exploração da população europeia.
  • 34. EXPANSÃO URBANA • As cidades cresceram em número, em superfície e densidade populacional. A urbanização foi mais significativa nos países industrializadas e nos países novos. • Nova Iorque tornou-se a 2º cidade mundial
  • 35. MOTIVOS EXPANSÃO URBANA • As cidades expandem-se porque existe um crescimento natural das populações. • O êxodo rural era provocado pelas transformações da agricultura e industrialização e é favorecido pela revolução dos transportes. Deixavam os campos para a cidade, como os pequenos proprietários, jornaleiros e profissionais de ofícios modestos. A cidade atraia, devido a uma possibilidade de emprego e melhores salários. O êxodo rural criou mudanças na estrutura profissional: o setor primário recuou e o secundário e o terciário cresceram. • A imigração foi um fator de crescimento urbano. Os trabalhadores situaram-se nas cidades industrias. Os habitantes das cidade procuravam empregos e promoção • A cidade é a representação dos abastados, das festas e espectáculos, luzes e êxito.
  • 36. PROBLEMAS • AS cidades estavam mal preparadas para receberem a população. • Não possuíam adequados sistemas sanitários, redes de distribuição de água ou serviços de limpeza de ruas. • Os bairros populares eram sobrelotados e a população vivia ma miséria. • Famílias inteiras viviam numa pobre casa, num só compartimento. • Haviam grandes epidemias de cólera e tuberculose -> mortalidade infantil elevada • Existiam manifestações e delinquência e era frequente os nascimentos ilegítimos e divórcios, prostituição, mendicidade, alcoolismo e criminalidade
  • 38. O NOVO URBANISMO • Foi levado a cabo no séc. XIX • Em Paris (cidades europeias), os planos foram levaods a cabo por o barão Haussman, para engrandecer e embelezar a cidade. A cidade cresce e a urbaniza-se em extensão, atravessando as muralhas. • Nos Estados Unidos (cidades americanas) a urbanização era feita em altura (arranha-céus). O centro tornou-se um local cuidado, com grandes obras de renovação. • Criaram-se bancos, bolsas de comércio e valores, grandes armazéns e mercados, edifícios governamentais e administrativos, gares ferroviárias, teatros, ópera, museus e cafés.
  • 39. • A arquitectura era austera e neoclássica e utilizou-se o ferro e o vidro. As zonas verdes eram arranjadas, a pavimentação esmerada nas ruas e passeios, a água abunda, como esgotos e saneamento, condutas de abastecimento do gás. Construem-se praças e avenidas, para favorecer a iluminação, arejamento, circulação de pessoas e carros e vigilância policial. • As classes abastadas situavam-se em bairros ocidentais -> WEST End londrino e Oeste Parisiense; e os trabalhadores no Este de Paris, East End e docas do Tamisa. • A população urbana encontra-se nos bairros adjacentes. No fim do século XX, o núcleo das cidades já não tem condições para aceitar sucessivas populções: as rendas sobem e o alojamento falta. A população estabelece-se em subúrbios ( as casas apresentavam-se monótonas, ligadas entre si por escadas exteriores, galerias transversais e varandas de madeira.
  • 40. MIGRAÇÕES INTERNAS E EMIGRAÇÃO • Várias correntes migratórias atravessaram o séc. XIX, em especial entre 1850 e 1914
  • 41. MIGRAÇÕES INTERNAS • Algumas das migrações existiram dentro do mesmo país, designadas migrações internas, como: • As deslocações sazonais de trabalhadores entre zonas rurais. Decorreram na França e em Portugal; • OS fluxos migratórios dos campos para as cidades. Pelos empregos oferecidos nas fábricas, na construção civil, nos caminhos de ferro ou no serviço doméstico, as cidades foram poderosos polos de atracção para os camponeses.
  • 42. EMIGRAÇÃO • Existiram emigrações da Ásia para a América, da Itália para a Suíça, Alemanha, Áustria e França. • Maior fluxo foi da Europa para o resto do mundo. Dirigiam-se para os EUA, Canadá, América Latina, Austrália, Nova Zelândia, África do Norte, África do Sul, Sibéria e regiões Cáucaso. Existiu uma “explosão branca”. • De 1845-1850 existiram partidas em massa favorecidas pela revolução dos transportes marítimos e da propaganda das companhias de navegação, os governos estimularam a emigração, para aliviar o mercado de trabalho interno. • Os ritmos de participação foram diversos. De todos os países da Europa Ocidental e Central, a França teve um fraco contributo emigratório.
  • 43. MOTIVOS • Os motivos foram demográfico e económicos. • A europa era densamente povoada, com uma precária distribuição dos recursos, agricultura pouco compensadora e um desenvolvimento industrial insuficiente, o que fazia as pessoas quererem emigrar. • Razões opostas conduziram os britânicos à emigração. Os fatores económicos expulsaram os irlandeses e alemães para fora da Europa, como grande fomes. • Os países novos, pouco povoados, precisavam de mão-de-obra para a exploração dos recursos materiais. Ofereciam sociedades abertas e flexíveis. • Motivos políticos e religiosos também causaram emigrações.
  • 44. EMIGRAÇÃO PORTUGUESA • Na segunda metade do século XIX, Portugal teve uma assinalável participação no surto emigratório. • Na década de 1870, 10 mil portugueses deixavam o pais, aumentando o dobro na década seguinte. • Em Portugal a industrialização e urbanização não absorviam a população excedentária. A população ainda vivia em freguesias rurais e vilas. A maior parte dos emigrantes eram agricultores, no Norte eram confrontados com a pequena exploração que apenas garantia o autoconsumo e no sul, com a regressão dos cerais pela concorrência do trigo americano. • A emigração em Portugal foi uma forma de fuga à fome e à miséria.