O documento resume os principais estilos artísticos entre o Renascimento e o Romantismo, incluindo suas características nas áreas de arquitetura, pintura e escultura.
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
História da Arte: Linha do tempo - Renascimento ao Romantismo
1. A Arte do Renascimento
ao Romantismo
Profº Raphael Lanzillotte
(arte-educador@hotmail.com)
2. O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização
européia que se desenvolveu entre 1300 e 1650.
Retomada da antiga cultura greco-romana com a reutilização dos
cânones (regras).
Progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da
literatura e das ciências;
Racionalidade;
Dignidade do Ser Humano;
Ideal Humanista / Antropocentrismo – o homem no centro do
universo (homem tem valor principal e Deus tem caráter
secundário);
3. Arquitetura renascentista
Principais características:
Reutilização das ordens
Arquitetônicas greco-
romanas;
Arcos de volta-perfeita (arcos
plenos);
Simplicidade na construção;
A escultura e a pintura se
desprendem da arquitetura e
passam a ser autônomas;
Construções: palácios,
igrejas, vilas (casa de
descanso fora da cidade),
fortalezas
(funções militares).
4. Arco pleno ou arco de volta
perfeita: herança dos romanos
que passa a ser reutilizada no
Renascimento e mais tarde no
Neoclassicismo.
5. O arco ogival ou em ponta é
típico do estilo gótico e permitia
sustentar abóbadas elevadas.
O arco renascentista, ao contrário
do arco gótico, tinha a forma
curvilínea, de pura inspiração
romana clássica.
A coluna gótica,
constituída de feixes de
pilares, devia servir de
sustentáculo à estrutura
da abóbada. A coluna
renascentista, simples,
com capitéis coríntios, foi
empregada na
construção de pórticos e
arcadas.
Nas abóbadas góticas, arcos
ogivais encontram-se no alto
e se apoiam em colunas: é a
abóbada de nervuras. A
abóbada renascentista tem a
forma de um semi-círculo
formando um teto liso ou
ainda em quadros.
A janela gótica, alta e estreita, tem vitrais coloridos e
frontões bastante pontiagudos. A janela renascentista,
quadrada e mais ampla que a gótica, tem o vidro
transparente e incolor, dando maior claridade.
7. Perspectiva;
Uso do claro-escuro: reforça a sugestão
de volume dos corpos;
Realismo;
Inicia-se o uso da tela e da tinta à óleo;
Tanto a pintura como a escultura tornam-
se manifestações artísticas
independentes;
Surgimento de artistas com um estilo
pessoal.
Alguns dos principais pintores:
Botticelli, Leonardo da Vinci, Michelângelo,
Rafael.
Pintura renascentista
Monalisa (1503/07)
Leonardo da Vinci
8. O nascimento de Vênus (1485)
Sandro Botticelli
Capela Sistina (Vaticano)
MichelangeloCapela Sistina (Vaticano) - Michelangelo
Detalhe – Expulsão de Adão e Eva do paraíso
9. Escultura renascentista
Representação do homem tal
como ele é na realidade;
Perspectiva;
Estudo do corpo e do caráter
humano.
Alguns dos principais escultores:
Michelângelo, Boticelli, Andrea del
Verrochio, Dürer, Hans Holbein,
Bosch e Bruegel
Pietá (1499) – Sandro Botticelli
10. As obras barrocas romperam o equilíbrio entre o sentimento e a
razão ou entre a arte e a ciência, que os artistas renascentistas
procuram realizar de forma muito consciente; na arte barroca
predominam as emoções e não o racionalismo da Arte
Renascentista.
Emocional sobre o racional. Seu propósito é impressionar os
sentidos do observador;
Busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas,
contracurvas, colunas retorcidas;
Entrelaçamento entre a arquitetura e escultura;
Violentos contrastes de luz e sombra;
Pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a impressão
de ver o céu, tal a aparência de profundidade conseguida.
11. Pintura barroca
Composição assimétrica, em
diagonal;
Acentuado contraste de claro-
escuro (expressão dos
sentimentos);
Realismo;
Abrange todas as camadas
sociais;
Escolha de cenas no seu
momento de maior intensidade
dramática (dramaticidade).
Principais pintores barrocos:
Caravaggio, Andrea Pozzo,
Velázquez, Rubens, Rembrandt
Infanta Margarida da
Áustria - Velázquez
12. Os jogadores de cartas (1594) –
Caravaggio.
A lição de Anatomia do Dr. Tulp (1632) –
Rembrandt
13. Escultura barroca
Predomínio das linhas curvas, dos drapeados das vestes e do
uso do dourado;
Os gestos e os rostos das personagens revelam emoções
violentas e a dramaticidade desconhecida no Renascimento.
Um dos mais importantes escultores desse período foi Bernini
14. Barroco brasileiro
O estilo Barroco desenvolveu-se
plenamente no Brasil durante o
século XVIII, perdurando ainda no
início do século XIX. O Barroco
brasileiro é claramente
associado à religião católica.
O ponto culminante da integração
entre arquitetura, escultura, talha
e pintura aparece em Minas
Gerais, sem dúvida a partir dos
trabalhos de Antônio Francisco
Lisboa, o Aleijadinho
Detalhe do “Cristo carregando a cruz”,
madeira policromada – Aleijadinho –
Santuário de Bom Jesus de Matosinhos/MG
15. Uma das obras de
Aleijadinho, O Santuário
do Bom Jesus de
Matosinhos, em
Congonhas do
Campo/MG, é constituído
por uma igreja em cujo
adro (pátio frontal da
igreja) estão as esculturas
em pedra-sabão de doze
profetas, cada um desses
personagens numa
posição diferente e
executando gestos que se
coordenam dando a
impressão de estarem se
movimentando.
Detalhe do busto do Profeta Daniel , em pedra
sabão, por Aleijadinho – Santuário de Bom Jesus
de Matosinhos/MG
16. Igreja de São Francisco de Assis
Ouro Preto/MG
Parte interna do Mosteiro
de São Bento /RJ
17. Outro grande escultor
barroco brasileiro foi
Manuel da Costa
Ataíde, Mestre Ataíde -
suas pinturas em tetos
das igrejas seguiam as
características do estilo
Barroco, e aliavam-se
perfeitamente às
esculturas e arquitetura
de Aleijadinho. Obra
Destacada: Pintura do
Teto da Igreja de São
Francisco de Assis.
18. Rococó é o estilo artístico que surgiu na
França como desdobramento do Barroco,
mais leve e usado inicialmente em
decoração de interiores.
Os temas utilizados eram cenas eróticas
ou galantes da vida cortesã e da
mitologia, pastorais, referências ao
teatro italiano da época, motivos
religiosos e farta estilização naturalista
do mundo vegetal em ornatos e
molduras.
Uso abundante de formas curvas e
pela profusão de elementos
decorativos, tais como conchas,
laços e flores;
Possui leveza, elegância, alegria,
ostentação, vaidade e exuberância. A leitora (1770/72) - Fragonard
19. Arquitetura Rococó
Durante o Iluminismo, entre 1700 e 1780, o Rococó foi a principal
corrente da arte e da arquitetura Pós-Barroca. Nos primeiros anos do
século XVIII, o centro artístico da Europa transferiu-se de Roma para
Paris. Surgido na França, o Rococó era a princípio apenas um novo
estilo decorativo.
Cores vivas substituídas por tons pastéis;
A luz difusa inundou os interiores por meio de numerosas
janelas;
Relevo abrupto das superfícies deu lugar a texturas suaves;
A estrutura das construções ganhou leveza e o espaço interno
foi unificado, com maior graça e intimidade;
Douramento e texturas suaves.
Principal artista: Johann Michael Fischer,
20. Escultura Rococó
Na escultura e na pintura da
Europa oriental e central, ao
contrário do que ocorreu na
arquitetura, não é possível
traçar uma clara linha divisória
entre o Barroco e o Rococó.
Mais do que nas peças
esculpidas, é em sua disposição
dentro da arquitetura que se
manifesta o Rococó, com toda
sua exuberância e luxo
ornamentando o interior das
igrejas.
Retábulo (altar) Estilo
Rococó
21. Pintura Rococó
No final do reinado de Luís
XIV, em que se afirmou o
predomínio político e
cultural da França sobre o
resto da Europa,
apareceram as primeiras
pinturas Rococós sob
influência da técnica de
Rubens.
Principais pintores:
Antoine Watteau,
François Boucher, Jean-
Honoré Fragonard
Personagens da comédia italiana
Antoine Watteau
22. Nas duas últimas décadas do século XVIII e nas três primeiras do
século XIX, uma nova tendência estética predominou nas criações
dos artistas europeus. Trata-se do Neoclassicismo (neo = novo),
que expressou os valores próprios de uma nova e fortalecida
burguesia, que assumiu a direção da Sociedade européia após a
Revolução Francesa e principalmente com o Império de Napoleão.
Características gerais:
Retorno aos modelos antigos greco-romanos;
Academicismo nos temas e nas técnicas, isto é, sujeição aos
modelos e às regras ensinadas nas escolas ou academias de
belas-artes;
Arte entendida como imitação da natureza.
23. Arquitetura neoclássica
A arquitetura neoclássica seguiu o modelo dos templos
greco-romanos ou o das edificações do Renascimento
italiano.
Museu Nacional – Quinta da Boa Vista/RJ
Arco do Triunfo – Paris/França
24. Pintura neoclássica
Foi inspirada principalmente na
escultura clássica grega e na
pintura renascentista italiana
Características:
Formalismo na composição;
Exatidão nos contornos;
Harmonia do colorido.
Principais pintores: Jacques-Louis
David, Jean-Auguste-Dominique
Ingres
Morte de Marat (1793)
Jacques-Louis David
25. Estudo do nu (1801) – Ingres A fonte (1856) - Ingres
26. A arte romântica se opôs ao racionalismo da época da Revolução
Francesa e de seus ideais, propondo a elevação dos sentimentos
acima do pensamento.
Os artistas românticos procuraram se libertar das convenções
acadêmicas em favor da livre expressão da personalidade do
artista.
Características gerais:
A valorização dos sentimentos e da imaginação;
O nacionalismo;
A valorização da natureza como princípios da criação
artística;
Os sentimentos do presente, tais como: Liberdade,
Igualdade e Fraternidade.
27. Arquitetura e escultura românticas
A escultura e a
arquitetura registram
pouca novidade.
Observa-se, a grosso
modo, a permanência do
estilo anterior, o
neoclássico. Vez por
outra retomou-se o estilo
gótico da época
medieval, gerando o
Neogótico.
Catedral São Pedro de Alcântara
Petrópolis
28. Palácio da Ilha Fiscal
Baía da Guanabara, RJ
Igreja N. Sra. das Graças
Xerém - Duque de Caxias/RJ
29. Pintura romântica
Características:
Aproximação das formas barrocas;
Composição em diagonal sugerindo
instabilidade e dinamismo ao
observador;
Valorização das cores e do claro-
escuro;
Dramaticidade.
Temas da pintura:
Fatos reais da história nacional e
contemporânea da vida dos artistas;
Natureza revelando um dinamismo
equivalente as emoções humanas;
Mitologia Grega.
Principais pintores: Goya, Turner, Eugène
Delacroix
30.
31.
32. Em 1816, desembarca no Brasil a
Missão Artística Francesa, contratada
para fundar e dirigir no Rio de Janeiro
uma Escola de Artes e Ofícios. Em
1826 é fundada a Academia Imperial de
Belas-Artes, futura Academia Nacional
de Belas-Artes, que adota o gosto
neoclássico europeu.
Alguns artistas que trazem a Arte
Neoclássica para o Brasil foram:
Debret, Rugendas e Taunay. Um dos
pintores brasileiros que se destaca é
Rafael Mendes Carvalho, entre outros
Fachada da Academia Imperial de
Belas-Artes (projetada por Montigny)
Foto Marc Ferrez/1891
33. Características da
Arte Acadêmica
Uma das principais características é
seguir os padrões de beleza da Academia
de Belas Artes, ou seja:
Não se deve imitar a realidade, mas
tentar recriar a beleza ideal em suas
obras, por meio da imitação dos
clássicos, principalmente os gregos, na
arquitetura e dos renascentistas, na
pintura.
Casa França-Brasil – Montigny
Negra vendendo caju (1827)
Jean-Baptiste Debret
34. Romantismo brasileiro
Romantismo brasileiro se confunde
com o Neoclassicismo (com a Arte
Acadêmica) no Brasil por ter
influências da Missão Artística
Francesa, mas ao contrário do que
usualmente se supõe, foi uma junção
de estilos muito diferenciados e que
não raro entravam em oposição. Os
críticos também não chegaram a um
acordo na definição do estilo
romântico ou sequer sobre se
podemos dizer que houve um
"movimento" romântico como
geralmente se idealiza o termo.
Caipira picando fumo (1893)
Almeida Júnior
36. A pintura do Romantismo
brasileiro foi a principal
expressão das artes plásticas no
Brasil na segunda metade do
século XIX.
A pintura do Romantismo
brasileiro girou principalmente
em torno do movimento
nacionalista que encontrou
expressão maior na
reconstrução visual de eventos
históricos importantes, no retrato
da natureza e dos tipos
populares, como caipiras e
índios, por exemplo.
Alguns artistas românticos
brasileiros: Pedro Américo, Vitor
Meireles, Almeida Júnior,
Manoel de Araújo Porto-alegre,
Rodolfo Amoedo.
Índios (séc. XIX)
Rugendas
A primeira missa no Brasil (1861)
Victor Meirelles