O documento apresenta as seguintes informações:
1) Os objetivos do curso são conhecer os principais dados socioeconômicos no banco de dados IPEADATA, extrair informações e interpretar os dados coletados.
2) A aula 1 introduz conceitos de pesquisa nas ciências sociais, variáveis e indicadores de desenvolvimento econômico e apresenta o banco de dados IPEADATA.
Minicurso Levantamento e Interpretação dados socioeconômicos do Ipeadata
1. OBJETIVOS:
Conhecer os principais eixos de informações do IPEDATA;
Identificar os principais dados socioeconômicos no banco de dados;
Extrair informações do IPEADATA e sua sistematização;
Trabalhar a tabulação dos dados;
Identificar o melhor formato para a exposição dos dados coletados; e
Aprender a interpretar os dados extraídos.
Como referenciar este material?
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados
Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula.
Profª Ma. Rebeca Marota da Silva
rebeca.economia@gmail.com
http://economiaeoutrascoisas.blogspot.com.br/
2. AULA 1- Introdução à Pesquisa
Socioeconômica
1. Pesquisa nas Ciências Sociais
2. Dinâmica socioeconômica e dados quantitativos
3. Apresentação do Banco de Dados
4. Exercício
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 2
3. 1. Pesquisa nas Ciências Sociais
I. Metodologia
Ciência: conhecimento
Método: do grego métodos – meta = além de, após de + ódos =
caminho
Metodologia: deriva do grego (caminho para chegar a um
objetivo) + logos (conhecimento).
O método científico é o caminho da ciência para se chegar a
um objetivo. A metodologia são as regras estabelecidas para o
método científico, por exemplo: a necessidade de observar, a
necessidade de formular hipóteses, elaboração de instrumentos
etc.
3SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula.
4. Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA - Aula 1 - Rebeca Marota 4
Coerência epistemológica, metodológica e técnica
II. Epistemologia: Base teórica de pesquisa
Característica Positivismo Estruturalismo Materialismo Dialético
Visão de Mundo Ordem do Universo
Leis Naturais
Ordem Estrutural Tudo é matéria em
movimento
União dos contrários
Visão do Homem O individuo
Importância
sujeito
Individualidade
Não existe,
Existe estrutura
Homem Ser histórico e
social
Visão da Sociedade Sistema social funcional Estrutura social Classes antagônicas
Visão da Realidade Empirista a-histórica Subjetiva a-histórica Objetiva histórica
Objetivo da pesquisa Testar teorias Procurar estrutura
Fenômenos
Procurar compreender
essência dos fenômenos
Objeto de Estudo Elementos Relações entre elementos Elementos e relações entre
eles
Método Cientifico Método Indutivo
Dedutivo
Método Estruturalista Método dialético
Quadro 1 - Características das principais correntes epistemológicas das ciências sociais
Fonte: Richardson, 2012, p. 54.
5. Figura 1 - Elementos do método:
5
Meta
• Objetivo de estudo
Modelo
• Formato de trabalho
Dados
• Observações realizadas para representar a natureza do
fenômeno
Avaliação
• Processo de decisão sobre a validade do modelo
Revisão
• Mudanças necessárias ao modelo
Fonte: Elaborado com base em Richardson, 2012.
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula.
6. 1. Pesquisa nas Ciências Sociais
6
Método Técnica de Coleta Técnica de Análise
Quantitativo • Entrevista Estruturada;
• Questionário (perguntas
fechadas, abertas, misto);
• Testes;
• Índices;
• Indicadores;
• e relatórios escritos.
Métodos estatísticos
(frequência, correlação,
associação)
Qualitativo • Entrevista em profundidade;
• Uso de diários de campo;
• Observação participante;
• Entrevistas em grupo; e
• História de vida.
Análise de conteúdo
Quadro 2 - Síntese dos Métodos Quantitativos e Qualitativos
Fonte: Elaborado com base em Richardson, 2012.
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula.
7. 7
Complementaridade Planejamento da
Pesquisa
Coleta de Dados Análise da Informação
Do quantitativo ao
qualitativo
Utilização de um
questionário prévio no
momento da observação
ou entrevista pode
contribuir para delimitar
o problema estudado e a
informação coletada,
permitindo identificar
casos representativos
ou não representativos
em nível grupal ou
individual.
O questionário prévio
pode ajudar a evitar
perguntas rotineiras e a
identificar
características
objetivas, como, por
exemplo, geopolíticas
de urna comunidade,
que podem influir no
contexto da pesquisa
as técnicas estatísticas
podem contribuir para
verificar informações e
reinterpretar
observações
qualitativas, permitindo
conclusões
menos objetivas.
Do qualitativo ao
quantitativo
A discussão com o
grupo que participará da
investigação, o uso de
entrevistas e a
observação podem
melhorar a formulação
do problema, o
levantamento de
hipóteses e a
determinação da
amostra.
Entrevistas,
observações e
discussões em grupo
podem
enriquecer as
informações obtidas,
particularmente pela
profundidade e pelo
detalhamento das
técnicas qualitativas.
As técnicas qualitativas
permitem verificar os
resultados
dos questionários e
ampliar as relações
descobertas.
Quadro 3 - Complementaridade entre métodos quantitativos e qualitativos
Fonte: Elaborado com base em Richardson, 2012.
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula.
8. Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA - Aula 1 - Rebeca Marota 8
Pesquisa Objetivos Exemplos
Histórica Reconstruir o passado, em termos relativamente
precisos e objetivos, para explicar fatos atuais.
Estudo das influências da colonização portuguesa na cultura camponesa do
Nordeste.
Efeitos da Lei n2 5 .692/7 1 na estrutura atual do Ensino Profissionalizante de
2° grau.
Exploratória Conhecer as características de um fenômeno para
procurar, posteriormente, explicações das causas e
consequências de dito fenômeno.
Estudar as reações de um grupo de alanos à aplicação de um novo método de
estudo.
Conhecer as características socioeconômicas da população de um
determinado bairro
do Rio de Janeiro.
Explicativo:
Enquetes
Investigar possíveis relações causa-efeito, observando as
consequências de um fenômeno em amostras
relativamente grandes (mais de 200 casos).
Fatores que contribuem à migração rural-urbana no Estado da Paraíba.
Comparar as
características por sexo dos pacientes de um hospital psiquiátrico. Comparar
semelhanças e diferenças entre diversos grupos (fumantes - não-fumantes;
delinquentes - não-delinquentes).
Explicativo:
Experimentos
Investigar possíveis relações de causa-efeito,
submetendo um ou mais grupos experimentais a um ou
mais tratamentos, e comparando os resultados com um
ou mais grupos de controle que não receberam o
tratamento.
Investigar a eficácia de dois métodos de ensino em crianças de 1ª série.
Investigar os efeitos de uma droga tranquilizante em pessoas hipercinéticas.
Explicativo:
Estudos de
Caso
Analisar detalhadamente o passado, presente e as
intenções sociais de unidade social: um indivíduo, grupo,
instituição ou comunidade
A história da vida de urna criança muito inteligente, mas com problemas de
aprendizagem.
O estado de um grupo de adolescentes detentos por consumo de drogas.
Características socioeconômicas de um conjunto habitacional.
Explicativo:
Quase
experimento
Aproximar as conduções do experimento em situações
reais que não permitem controlar as variáveis
relevantes. O pesquisador deve conhecer as limitações
desse método, em relação à validez interna e externa do
plano de pesquisa.
A grande maioria dos "experimentos de campo" e pesquisas operacionais
realizadas em contextos reais nos quais apenas é possível o controle parcial
das variáveis. Exemplo: um estudo da eficácia de dois métodos de ensino
aplicado em duas turmas diferentes, sem distribuição aleatória de ditas
turmas.
Pesquisa Ação Incentivar transformações sociais de grupo, com
participação direta de seus membros em todas as etapas
da pesquisa. O pesquisador realiza o trabalho de acordo
com os interesses e necessidades do grupo.
Estudo dos problemas do transporte público em uma determinada
comunidade. Análise da situação socioeconômica de uma comunidade de
pescadores, operários camponeses etc. Desenvolvimento de formas de
participação comunitária para enfrentar problemas de saúde pública.
Quadro 4 - Tipos de Pesquisa
Fonte: Richardson, 2012, p. 326
9. 1. Pesquisa nas Ciências Sociais
III. O uso das variáveis
• Nos estudos seja do tipo descritivo ou explicativo, as variáveis
devem estar inseridas nos objetivos e hipóteses de pesquisa.
• Quantitativas: assumem valores numéricos
Exemplo: - variável: rendimento escolar
Indicadores: Média de notas obtidas em exames
• Qualitativas: classificadas em categorias (sexo, estado civil etc)
Exemplo: - variável: rendimento escolar
Indicadores: Nível de compreensão dos textos; participação.
9SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula.
10. 2. Dinâmica socioeconômica e dados quantitativos
Dinâmica Socioeconômica: Estuda os movimentos da sociedade de acordo com as
variáveis de desenvolvimento econômico.
10
Quadro 5 - Principais variáveis e indicadores de desenvolvimento econômico
Variáveis Indicadores
Demografia População residente (Total, Urbana e Rural); Taxa de fecundidade; Razão de
dependência demográfica (jovens e idosos); Saldo migratório;
Previdência e
seguridade social
Cobertura da população idosa; Contribuintes na PEA; Esperança de vida aos 60 anos;
Percentual das transferências na renda;
Pobreza e
desigualdades
Extrema pobreza; Renda domiciliar per capita; Índice de Gini;
Saúde Taxa de mortalidade infantil; Taxa de homicídio masculina;
Trabalho e renda Taxa de desemprego; Rendimento médio do trabalho (R$); Taxa de participação;
Educação Média de anos de estudos; Taxa de analfabetismo; Taxa de frequência à escola ou creche
das crianças de 0 a 5 anos; Taxa de frequência liquida à escola (ens. Fundamental/
Médio); Proporção de jovens que frequentam a universidade ou estão formados (18 a 24
anos);
Saneamento e
habitação
Abastecimento adequado de água; Acesso à energia elétrica; Esgotamento sanitário
adequado; Coleta de lixo; Domicílios adequados;
Cultura Acesso à internet no domicílio; Existência de computador no domicílio; Existência de
telefone fixo no domicílo; Existência de telefone celular no domicílio; Existência de
televisão no domicílio; Existência de rádio no domicílio;
Fonte: Elaborada com base em IPEA, 2012.
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula.
11. 3. Apresentação do Banco de Dados
11SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula.
12. 3. Apresentação do Banco de Dados
12
Principal Vantagem: Reuni dados de diversos órgãos, de forma
padronizada e organizada;
Formas de Busca de Dados:
1. Pelo mecanismo de Busca:
Ao realizar a pesquisa pelo mecanismo de busca, deve-se marcar qual
base de dados deseja-se trabalhar: Macroeconômico, Regional ou
Social. Dependendo da base de dados, pode aparecer diferentes dados
para uma mesma variável.
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula.
13. 3. Apresentação do Banco de Dados
13
Formas de Busca de Dados:
2. Pelas áreas temáticas:
O IPEADATA está dividido em três dimensões:
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula.
14. 3. Apresentação do Banco de Dados
14
Formas de Busca de Dados:
2. Pelas áreas temáticas: Dentro de cada dimensão possui Temas de
trabalho que pode ser buscado.
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula.
15. 3. Apresentação do Banco de Dados
15
Formas de Busca de Dados:
3. Pelas Fontes de Dados: O IPEADATA reuni diversas fontes de
dados. As variáveis também podem ser encontradas pelas Fontes
desejadas.
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula.
16. 3. Apresentação do Banco de Dados
16
Formas de Busca de Dados:
4. Dimensões:
Além das divisões por TEMAS e FONTES, as dimensões possuem
formas de busca específicas de sua área. Vejamos:
Ipeadata Macroeconômico:
anual, trimestral, mensal ou diária
séries encontram-se estruturadas
de acordo com esquemas
contábeis ou conceituais, como
nas Contas Nacionais, no Balanço
de Pagamentos, nas publicações
de Finanças Públicas e dos
Agregados Monetários, entre
outros.
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula.
17. 3. Apresentação do Banco de Dados
17
Formas de Busca de Dados:
4. Dimensões:
Ipeadata Macroeconômico:
Apresenta panorama atualizado da conjuntura
econômica brasileira.
"Séries históricas" - ou seja, anteriores à criação
do IBGE em 1939 e da FGV em 1947 - foram
organizadas à parte.
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula.
18. 3. Apresentação do Banco de Dados
18
Formas de Busca de Dados:
4. Dimensões - Ipeadata Regional e Social: Possui as divisões por
Temas, Fontes e Nível geográfico.
Os níveis geográficos disponíveis no
Ipeadata são município, área metropolitana,
micro e mesorregião geográfica, estado,
região administrativa (como Amazônia Legal,
Sudene, Fome Zero, entre outras), bacia e
sub-bacia hidrográfica, grandes regiões.
Devido às mudanças no número e área dos
municípios ao longo do tempo, os dados
municipais são também apresentados de
acordo com as áreas mínimas comparáveis
(AMC), permitindo análises intertemporais
consistentes. O Ipeadata disponibiliza os
dados de AMC nos períodos 1872-2000,
1920-2000, 1940-2000, 1960-2000, 1970-
2000 e 1991-2000, bem como os arquivos
georreferenciados necessários à construção
de mapas para cada uma dessas
agregações.
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula.
19. 4. Exercício
19
Elaborar um Plano de Pesquisa – Orientações:
• Trabalho a ser desenvolvido ao longo do Curso em
Dupla ou Individual.
• Tarefa para Aula 1:
Escolha de no máximo 1 variável socioeconômica: Demografia;
Previdência e Seguridade; Pobreza e Desigualdade; Saúde;
Trabalho e Renda; Educação; Saneamento e Habitação; e
Cultura.
Definir objetivo de pesquisa
Escolha de indicadores: no mínimo 2
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula.
20. AULA 2 - IPEADATA: Identificação e
Organização dos Dados
1. Organização dos Dados
a. Recorte Espacial
b. Recorte Temporal
2. Identificação dos Dados
3. Extração dos Dados
4. Cartografia
5. Tabulação e Gráficos
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 20
21. 1. Organização dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 21
A organização dos Dados no Ipeadata ocorre por:
Nível geográfico: Brasil; estados; municípios; área metropolitana, micro e mesorregião geográfica, região
administrativa (como Amazônia Legal, Sudene, Fome Zero, entre outras), bacia e sub-bacia hidrográfica,
grandes regiões. Devido às mudanças no número e área dos municípios ao longo do tempo, os dados
municipais são também apresentados de acordo com as áreas mínimas comparáveis (AMC), permitindo
análises intertemporais consistentes.
Figura 1 – Indicação do Nível geográfico na lista dos dados
Figura 2 – Escolha do Nível geográfico
dentro do dado selecionado
Figura 3 – Escolha da abrangência geográfica
dentro do dado selecionado
Após a escolha do nível geográfico, o
pesquisador escolhe qual a
abrangência desses dados, ou seja,
como será a distribuição geográfica
dos dados. Por exemplo: Caso escolha
o nível geográfico Município, em
abrangência ao escolher Brasil
(aparecerão todos os municípios do
Brasil); ou Capitais (aparecerão todas
as Capitais); ou Região Nordeste
(aparecerão todos os municípios da
Região Nordeste) etc.
22. 1. Organização dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 22
Frequência: A frequência apresenta de que forma os dados estão
disponibilizados – diário, semanal, anual, quinquenal, decenal etc.
Figura 4 – Indicação Frequência na lista dos dados
23. 1. Organização dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 23
Período: Indicação temporal em que os dados estão disponíveis.
Neste exemplo, o dado selecionado
apresenta Frequência Decenal de
1970 até 2000. Desta forma a série
temporal que poderá ser selecionada
será de 10 em 10 anos, ou seja, o
pesquisador poderá escolher apenas
os anos 1970;1980; 1991; 2000.
Figura 5 – Indicação Frequência na lista dos dados
Figura 6 – Escolha da série temporal dentro do dado selecionado
24. 1. Organização dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 24
Unidade: As unidades de medida são padronizadas e consistentes, sendo as séries em
valores nominais e, sempre que possível, expressas em uma mesma moeda - reais (R$)
para séries correntes, mil-réis para séries históricas e dólares ou libras esterlinas para séries
em moedas estrangeiras - e em valores reais ou deflacionados expressos a preços do
período mais recente ou atual, exceto quando há indicação explícita. Para valores em termos
reais, utiliza-se geralmente o deflator implícito do PIB em todas as agregações geográficas.
Figura 7 – Indicação da Unidade na lista dos dados
Figura 8 – Escolha da série temporal dentro do dado selecionado
Neste exemplo, o dado selecionado
apresenta Unidade em Reais a preços
do ano 2000. Este dado é importante
para caso o pesquisador queira
deflacionar esses valores para um
período mais recente, ou
simplesmente, queira deixar com os
valores oferecidos pela série.
25. 2. Identificação dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 25
• Neste minicurso, o objetivo é trabalhar com dados
socioeconômicos. Portanto, se utilizará as principais variáveis
socioeconômicas indicadas pelo Quadro 5.
• Os indicadores socioeconômicos serão construídos através dos
dados levantados no Ipeadata.
• O pesquisador, ao buscar os dados, deve ficar atento a
metodologia que a fonte utilizou para apresentar aquela
informação. A metodologia da fonte poderá influenciar na
análise final do pesquisador.
• As fórmulas e metodologias foram extraídas de Anexo 2, Ipea,
2012
26. 2. Identificação dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 26
Quadro 5 - Principais variáveis e indicadores de desenvolvimento econômico
Variáveis Indicadores
Demografia População residente (Total, Urbana e Rural); Taxa de fecundidade; Razão de
dependência demográfica (jovens e idosos); Saldo migratório;
Previdência e
seguridade social
Cobertura da população idosa; Contribuintes na PEA; Esperança de vida aos 60 anos;
Percentual das transferências na renda;
Pobreza e
desigualdades
Extrema pobreza; Renda domiciliar per capita; Índice de Gini;
Saúde Taxa de mortalidade infantil; Taxa de homicídio masculina;
Trabalho e renda Taxa de desemprego; Rendimento médio do trabalho (R$); Taxa de participação;
Educação Média de anos de estudos; Taxa de analfabetismo; Taxa de frequência à escola ou creche
das crianças de 0 a 5 anos; Taxa de frequência liquida à escola (ens. Fundamental/
Médio); Proporção de jovens que frequentam a universidade ou estão formados (18 a 24
anos);
Saneamento e
habitação
Abastecimento adequado de água; Acesso à energia elétrica; Esgotamento sanitário
adequado; Coleta de lixo; Domicílios adequados;
Cultura Acesso à internet no domicílio; Existência de computador no domicílio; Existência de
telefone fixo no domicílo; Existência de telefone celular no domicílio; Existência de
televisão no domicílio; Existência de rádio no domicílio;
Fonte: Elaborada com base em IPEA, 2012.
27. 2. Identificação dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 27
População residente – Censos e Contagem da População
Dado pronto fornecido no Ipeadata.
Taxa de fecundidade - Número médio de filhos nascidos vivos, tidos por mulher ao fim do seu período
reprodutivo, em determinado espaço geográfico. A taxa é estimada para um ano no calendário determinado,
a partir de informações retrospectivas obtidas em censos e inquéritos demográficos.
Método de cálculo:
A taxa de fecundidade total é obtida pelo somatório das taxas específicas de fecundidade para cada idade
das mulheres residentes de 15 a 49 anos.
As taxas específicas de fecundidade expressam o número de filhos nascidos vivos tidos por mulher, por
ano das faixas etárias de 15-19, 20-24, 25-29, 30-34, 35-39, 40-44 e 45-49 anos. Essas taxas são
estimadas por meio de metodologias demográficas sofisticadas, geralmente aplicadas a dados censitários e
a pesquisas domiciliares.
Razão de Dependência Demográfica
Jovens (0-15 anos): Razão entre o total de pessoas com 0 a 15 anos de idade e o total de pessoas
com 16 anos ou mais de idade.
Método de cálculo:
çã
çã
x 100
DEMOGRAFIA
28. 2. Identificação dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 28
Razão de Dependência Demográfica
Idosos (60 anos ou mais): Razão entre o total de pessoas com 60 anos ou mais de idade e o total
de pessoas com 16 anos ou mais de idade.
Método de cálculo:
çã
çã
x 100
Saldo migratório - É o saldo entre imigrantes (número de pessoas que entrou) e emigrantes (número de
pessoas que saiu) de uma determinada unidade geográfica nos últimos cinco anos.
Método de cálculo: Saldo = imigrantes – emigrantes
DEMOGRAFIA
Cobertura da população idosa - Proporção (em porcentagem) de idosos com 60 anos ou mais de idade
que recebem aposentadoria e/ou pensão de instituto de previdência federal (Instituto Nacional do Seguro
Social - INSS), estadual ou municipal ou do governo federal na semana de referência. Para se obter esse
dado de cobertura, elimina-se a dupla contagem naqueles casos em que a mesma pessoa recebe
aposentadoria e pensão.
Método de cálculo:
çã / ã
çã
x 100
PREVIDÊNCIA E SEGURIDADE
29. 2. Identificação dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 29
Proporção de contribuintes na população economicamente ativa - Percentual de pessoas
economicamente ativas que contribuem para a previdência. São consideradas as pessoas de 16 anos ou
mais que fazem contribuição para instituto de previdência em qualquer trabalho na semana de referência,
empregados com carteira de trabalho assinada, militares, funcionários públicos estatutários, trabalhadores
domésticos com carteira de trabalho assinada, além de pessoas que possuíam trabalho secundário da
semana de referência, como militar do Exército, da Marinha de Guerra ou da Aeronáutica, funcionários
públicos estatutários ou que tinham carteira de trabalho assinada nesse trabalho secundário.
Método de cálculo:
ê
x 100
Esperança de vida aos 60 anos - Número médio de anos adicionais de vida que se espera para um
sobrevivente de 60 anos, mantido o padrão de mortalidade existente, em determinado espaço geográfico,
no ano considerado.
Método de cálculo: a partir de tábuas de vida elaboradas para cada área geográfica, com base no
método atuarial, toma-se o número de indivíduos de uma geração inicial de nascimentos que
completou 60 anos de idade ( ). Determina-se, a seguir, o tempo cumulativo vivido por essa mesma
geração, desde os 60 anos até a idade limite ( ). A esperança de vida ao nascer é o quociente da
divisão de por .
PREVIDÊNCIA E SEGURIDADE
30. 2. Identificação dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 30
Percentual das transferências na renda- Percentual do rendimento de todas as fontes provenientes de
programas de transferência de renda. Fazem parte dos programas de transferência de renda: rendimento
de aposentadoria de instituto de previdência ou do governo federal, rendimento de pensão de instituto de
previdência ou do governo federal, rendimento de abono de permanência – e juros de caderneta de
poupança e de outras aplicações financeiras, dividendos, programas sociais e outros rendimentos -, que
recebia, normalmente, no mês de referência
Método de cálculo:
ê
x 100
PREVIDÊNCIA E SEGURIDADE
Extrema pobreza - A pobreza é vista como uma condição de insuficiência de renda. Para o cálculo desse
indicador, utilizou-se a renda domiciliar per capita como referência para a aferição de pobreza na população
brasileira. Definiu-se como extremamente pobre a população com renda domiciliar per capita (RDPC)
abaixo de R$ 67,07 em 2009, calculando-se assim o percentual de pessoas que vivem nesta situação. Os
valores foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) e estão apresentados a
preços de 2009.
Método de cálculo:
çã
çã
x 100
POBREZA E DESIGUALDADE
31. 2. Identificação dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 31
Extrema pobreza - A pobreza é vista como uma condição de insuficiência de renda. Para o cálculo desse
indicador, utilizou-se a renda domiciliar per capita como referência para a aferição de pobreza na população
brasileira. Definiu-se como extremamente pobre a população com renda domiciliar per capita (RDPC)
abaixo de R$ 67,07 em 2009, calculando-se assim o percentual de pessoas que vivem nesta situação. Os
valores foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) e estão apresentados a
preços de 2009.
Método de cálculo:
çã
çã
x 100
Renda domiciliar per capita - É a soma dos rendimentos de todas as fontes de todos os moradores do
domicílio dividida pelo número de moradores do domicílio. Os pensionistas -locatários de cômodos ou
vagas em domicílios -, empregados domésticos e parentes de empregados domésticos são excluídos do
cálculo. Para o cálculo da renda média de acordo com categorias selecionadas, é feita média das rendas
domiciliares per capita das pessoas residentes nas categorias selecionadas.
Método de cálculo:
çã
x 100
em que a renda domiciliar per capita é:
í
ú í
x 100
POBREZA E DESIGUALDADE
32. 2. Identificação dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 32
Índice de Gini - É comumente utilizado para calcular a desigualdade na distribuição de rendimento, mas
pode ser usado para qualquer distribuição. Ele consiste em um número entre 0 e 1, em que O corresponde
à completa igualdade de rendimento (em que todos têm o mesmo rendimento) e 1 corresponde à completa
desigualdade (em que uma pessoa tem todo o rendimento, e as demais nada têm). O Índice de Gini é o
coeficiente expresso em pontos percentuais (é igual ao coeficiente multiplicado por 100).
Calcula-se o Coeficiente de Gini como uma razão das áreas no diagrama da curva de Lorenz. Se a área
entre a linha de perfeita igualdade e a curva de Lorenz é a, e a área abaixo da curva de Lorenz é b, então o
Coeficiente de Gini é a/(a+b). Esta razão se expressa como porcentagem ou como equivalente numérico
dessa porcentagem, que é sempre um número entre 0 e 1.
POBREZA E DESIGUALDADE
33. 2. Identificação dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 33
Índice de Gini -
O Coeficiente de Gini pode ser calculado com a fórmula de Brown, que é mais prática:
= 1 − ∑ ( − ) ( − )
Em que:
G = Coeficiente de Gini
X = proporção da variável “população”
Y = proporção acumulada da variável “renda”
Se existe perfeita igualdade, então todos têm a mesma renda e pode-se escolher quaisquer dois
indivíduos para colocar na fórmula que dará o mesmo resultado. Escolhendo-se o primeiro e o último
indivíduo, então ( - = 1) e ( + = 1), e G fica igual a 0. No caso de desigualdade máxima,
apenas um indivíduo detém toda a renda do país, quaisquer indivíduos escolhidos dará ( + = 0),
e G fica igual a 1. Esta soma é, então, sempre um número entre 0 e 1.
POBREZA E DESIGUALDADE
34. 2. Identificação dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 34
Taxa de mortalidade infantil- Número de óbitos de menores de 1 ano de idade, por mil nascidos vivos,
na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.
Método de cálculo:
Direto:
ú ó
ú ã
x 1000
Indireto: Indireto: estimativa por técnicas demográficas especiais. Os dados provenientes desse método
têm sido adotados para os estados que apresentam cobertura do Sinasc inferior a 90% ou que não atingem
o valor de 80% de um Índice composto, especialmente criado, que combina a cobertura de óbitos infantis
com a regularidade do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).
Taxa de homicídio masculina (15 a 29 anos) - A taxa de homicídio masculina faz parte da taxa de
mortalidade específica por causas externas, que é o número de óbitos por causas externas, no caso,
homicídios, por 100 mil habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano
considerado.
Método de cálculo:
ú ó í
çã
x 1000
SAÚDE
35. 2. Identificação dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 35
Taxa de desemprego - Percentual da população residente economicamente ativa que se encontra sem
trabalho na semana de referência.
Método de cálculo:
çã
x 100
Rendimento médio do trabalho - É a média do rendimento mensal de todos os trabalhos para pessoas
de 16 anos ou mais de idade. Consideraram-se apenas os ocupados com renda maior do que zero.
Método de cálculo:
çã
çã ,
Taxa de participação - É o percentual das pessoas economicamente ativas em relação ao total de
pessoas.
Método de cálculo:
çã
x 100
TRABALHO E RENDA
36. 2. Identificação dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 36
Média de anos de estudos - A média de anos de estudos fornece a média de séries concluídas com
aprovação por uma determinada população. Os anos de estudos, ou grau de instrução, foram obtidos a
partir da série e do grau que a pessoa estava frequentando ou havia frequentado, considerando a última
série concluída com aprovação. Cada série concluída com aprovação está relacionada a um ano de estudo.
Método de cálculo:
çã
çã
Taxa de analfabetismo - Percentual de pessoas analfabetas, ou seja, que não sabem ler e escrever.
Considerou-se como alfabetizada a pessoa de 15 anos ou mais de idade capaz de ler e escrever pelo
menos um bilhete simples no idioma que conhece.
Método de cálculo:
çã ã
çã
x 100
Taxa de frequência à escola ou creche das crianças de 0 a 5 anos - Identifica a parcela da população
na faixa etária de 0 a 5 anos que frequenta escola ou creche.
Método de cálculo:
çã
çã
x 100
EDUCAÇÃO
37. 2. Identificação dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 37
Taxa de frequência líquida à escola – ensino fundamental (6 a 14 anos) - Identifica a parcela da
população na faixa etária de 6 a 14 que está no nível de ensino adequado a essa faixa etária, ou seja,
ensino fundamental.
Método de cálculo:
çã
çã
x 100
Taxa de frequência líquida à escola – ensino médio (15 a 17 anos) - Identifica a parcela da população
na faixa etária de 15 a 17 que está no nível de ensino adequado a essa faixa etária, ou seja, ensino médio.
Método de cálculo:
çã é
çã
x 100
Proporção de Jovens que frequentam a universidade ou estão formados (18 a 24 anos) - Identifica a
parcela da população na faixa etária de 18 a 24 que frequenta a universidade ou já está formada.
Método de cálculo:
çã á ,
á
çã
x 100
EDUCAÇÃO
38. 2. Identificação dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 38
Abastecimento adequado de água - Proporção da população residente em domicílios com
abastecimento adequado de água.
Método de cálculo:
çã í ê á é çã
á , , ç á
çã
x 100
Acesso à energia elétrica - Proporção da população residente em domicílios com acesso à energia
elétrica.
Método de cálculo:
çã í çã é é
çã
x 100
Esgotamento sanitário adequado - Proporção da população residente em domicílios cobertos com
serviços de esgotamento sanitário adequados.
Método de cálculo:
çã í
é á ,
, é
é ã á
çã
x 100
SANEAMENTO E HABITAÇÃO
39. 2. Identificação dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 39
Coleta de lixo - Proporção da população residente em domicílios atendidos por serviços adequados de
coleta de lixo.
Método de cálculo:
çã , , ç í
çã
x 100
Domicílios adequados - Proporção da população residente em domicílios considerados adequados.
Método de cálculo:
çã í á , á
, ê é ó
çã
x 100
SANEAMENTO E HABITAÇÃO
Acesso à internet no domicílio - Percentual de pessoas residentes em domicílios com acesso à internet.
Método de cálculo:
çã í à
çã
x 100
Existência de computador no domicílio - Percentual de pessoas residentes em domicílios com
computador.
Método de cálculo:
çã í
çã
x 100
CULTURA
40. 2. Identificação dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 40
Existência de telefone fixo no domicílio - Percentual de pessoas residentes em domicílios com telefone
fixo.
Método de cálculo:
çã í
çã
x 100
Existência de telefone celular no domicílio - Percentual de pessoas residentes em domicílios em que
pelo menos um morador possui celular.
Método de cálculo:
çã í
çã
x 100
Existência de televisão no domicílio - Percentual de pessoas residentes em domicílios com televisão.
Método de cálculo:
çã í ã
çã
x 100
Existência de rádio no domicílio - Percentual de pessoas residentes em domicílios com rádio.
Método de cálculo:
çã í á
çã
x 100
CULTURA
41. 3. Extração dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 41
Após a identificação de quais dados precisam ser extraídos do Ipeadata, vejamos o passo a passo para
baixar os dados:
Extraindo dados sobre População Residente Total:
1. Identificar o dado “População residente total” e clicar no nome sublinhado:
42. 3. Extração dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 42
2. Selecionar Nível Geográfico
3. Escolher a abrangência
4. Selecionar início e fim da série
temporal
43. 3. Extração dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 43
2. Selecionar Nível Geográfico
3. Escolher a abrangência
4. Selecionar início e fim da série
temporal
44. 3. Extração dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 44
Formato de apresentação dos Dados
1. On line: Visualização na plataforma do Ipeadata
2. Planilha Excel;
3. Zip (planilha do Excel zipada); e
4. Arquivo CSV – Esta escolha de exportação deve ser compatível com a configuração de seu Microsoft
Excel – em português (separador decimal por virgula e de milhar por ponto) ou inglês (separador
decimal por ponto e de milhar por vírgula). Para acessar o arquivo gerado pelo sistema (*.CVS),
selecione a opção "Arquivo/Abrir" dentro do Microsoft Excel em vez de clicar no ícone do arquivo no
Windows Explorer.
#Dica1: Antes de exportar a planilha para o excel, abra na versão online para verificar se os dados
selecionados estão dispostos como o esperado.
1 2 3 4 5
45. 3. Extração dos Dados
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 45
Na parte superior da exibição dos dados, o Ipeadata apresenta informações importantes:
1- Dado
2- Fonte
3- Frequência
4- Unidade
5- Comentário: Este item traz informações metodológicas importantes sobre o dado
6- Data de atualização dos dados
7 – Deflator – caso tenha sido usado, será informado
46. 4. Cartograma
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 46
O Ipeadata apresenta a opção de cartograma, onde o pesquisador obtem a informação
quantitativa mantendo um certo grau de precisão geográfica das unidades espaciais
mapeadas.
Selecionar a opção que irá exibir o cartograma
Selecionar o tipo de exibição
Selecionar a Data
47. 4. Cartograma
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 47
Para salvar a imagem, clicar com o botão direito em cima e selecionar salvar imagem.
48. 5. Tabulação e Gráficos
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 48
Após exportar a planilha para o excel, verificar a melhor forma de organização dos dados
para tabulação.
Importante:
A planilha traz os
comentários acerca do dado
baixado. Ficar atento a essas
informações!
No presente exemplo, temos
os anos 1991, 1996, 2000,
2007 e 2010. Os anos 1991,
2000 e 2010 possuem como
fonte os censos. Os anos
1996 e 2007 referem-se a
contagem da população.
Portanto, são metodologias
diferentes e deve ser
informado.
49. 5. Tabulação e Gráficos
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 49
1. Se utilizado no trabalho de pesquisa os dados da forma como estão, sem aplicação
estatística, usar a formatação de quadro;
2. Se o objetivo da pesquisa for verificar a evolução do crescimento populacional dos
estados do nordeste, fazer aplicações estatísticas para melhor análise.
Exemplos:
a) Percentual de participação de cada estado na região nordeste;
Método de Cálculo: Razão entre população do estado e população total
O Gráfico “Pizza” é
o melhor modelo
para a apresentação
da participação das
unidades de um
universo
50. 5. Tabulação e Gráficos
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 50
b) Taxa de crescimento da população:
Conceituação: Percentual de incremento médio anual da população residente em
determinado espaço geográfico, no período considerado. O valor da taxa refere-se à média
anual obtida para um período de anos compreendido entre dois momentos, em geral
correspondentes aos censos demográficos.
Interpretação: Indica o ritmo de crescimento populacional. A taxa é influenciada pela
dinâmica da natalidade, da mortalidade e das migrações.
Usos: Analisar variações geográficas e temporais do crescimento populacional. Realizar
estimativas e projeções populacionais, para períodos curtos. Subsidiar processos de
planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas específicas (dimensionamento da rede
física, previsão de recursos, atualização de metas).
Limitações: Imprecisões da base de dados utilizada para o cálculo do indicador, relacionadas
à coleta de dados demográficos ou à metodologia empregada para elaborar estimativas e
projeções populacionais. A utilização da taxa em projeções populacionais para anos distantes
do último censo demográfico pode não refletir alterações recentes da dinâmica demográfica.
Essa possibilidade tende a ser maior em populações pequenas.
Fonte: IBGE: Censo Demográfico, previsto para ser realizado a cada 10 anos. Os três últimos
censos foram realizados em 1980, 1991 e 2000. Projeção da população do Brasil por sexo e
idade para o período 1980-2050 – Revisão 2004. Estimativas anuais e mensais da população
do Brasil e das Unidades da Federação: 1980-2020.
51. 5. Tabulação e Gráficos
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 51
b) Taxa de crescimento da população:
Método de cálculo: As estimativas de crescimento da população são realizadas pelo
método geométrico. Em termos técnicos, para se obter a taxa de crescimento (r),
subtrai-se 1 da raiz enésima do quociente entre a população final ( ) e a população
no começo do período considerado ( ), multiplicando-se o resultado por 100, sendo
"n" igual ao número de anos no período.
x 100
Calculando no excel: (( / )^(1/n)-1)*100, onde é a população final, população
inicial e n é igual ao número de anos no período
52. 5. Tabulação e Gráficos
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 52
b) Taxa de crescimento
Sugestão de gráfico para a Taxa de Crescimento Médio 1991-2010.
53. 5. Exercício
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 53
1. De acordo com os objetivos, variáveis e indicadores escolhidos, realizar
o que se pede:
a) Baixar os dados do Ipeadata para formular os indicadores;
b) Organizar os dados para formulação dos indicadores;
c) Calcular os indicadores;
54. AULA 3 - IPEADATA: Interpretação dos
Dados
1. Exposição dos Dados
2. Apresentação de pré-projeto
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 54
55. 1. Exposição dos Dados
As principais formas de exposição dos dados são:
a) Tabela: “Tabela é a forma não discursiva de apresentação de informações,
representadas por dados numéricos e codificações, dispostos em uma ordem
determinada, segundo as variáveis analisadas de um fenômeno” (USP, 2015)
Principais elementos:
Número: é precedido da palavra Tabela, ambos grafados em negrito, e
localizados no topo da tabela;
Título: Deve ser apresentado na seguinte ordem: natureza do fato estudado (o
quê), variáveis escolhidas para análise do fato (como), local (onde) e a época
(quando) em que os fatos foram observados;
Cabeçalho: Parte superior da tabela que indica o conteúdo das colunas;
Coluna indicadora: Espaço vertical que especifica o conteúdo das linhas;
Casa: Cruzamento de uma linha com uma coluna, onde são indicados os
dados e informações;
Fonte: A fonte indica a entidade responsável pelo fornecimento dos dados ou
a referência ao documento de onde foram extraídos. Deve ser posicionada no rodapé
da tabela.
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 55
56. 1. Exposição dos Dados
As principais formas de organização dos dados são:
a) Tabela:
Observação - nenhuma casa da tabela deve ficar em branco, apresentando
sempre um número ou sinal, como:
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 56
- (hífen) quando o valor numérico é nulo;
... (reticência) quando não se dispõe do dado. O dado é
desconhecido;
.. (dois pontos) indica que não se aplica dado numérico;
? (interrogação) quando há dúvidas quanto à exatidão do
valor numérico;
§ (parágrafo) confirma a veracidade da informação;
x (letra x) quando o dado for omitido, a fim de evitar
individualização da informação;
0; 0,0; 0,00 (zero) quando o valor numérico é muito pequeno
para ser expresso pela unidade utilizada.
Se os valores são expressos em números
decimais, acrescenta-se o mesmo número
de casas decimais ao valor zero.
Fonte: USP, 2015.
57. 1. Exposição dos Dados
As principais formas de organização dos dados são:
a) Tabela:
Exemplo:
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 57
58. 1. Exposição dos Dados
b) Gráfico: Os gráficos representam dinamicamente os
dados das tabelas, sendo mais eficientes na sinalização
de tendências. Deve-se optar por uma forma ou outra de
representação dos dados, isto é, não utilizar tabela e
gráfico para uma mesma informação. O gráfico bem
construído pode substituir de forma simples, rápida e
atraente, dados de difícil compreensão na forma tabular. A
escolha do tipo de gráfico (barras, lineares, de círculos,
entre outros) está relacionada ao tipo de informação a ser
ilustrada. Sugere-se o uso de:
• Gráficos de linhas - para dados crescentes e decrescentes:
as linhas unindo os pontos enfatizam movimento;
• Gráficos de círculos - usados para dados proporcionais;
• Gráficos de barras - para estudos temporais; dados
comparativos de diferentes variáveis.
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 58
59. 1. Exposição dos Dados
b) Gráfico:
Principais elementos:
Número: é precedido da palavra Figura, ambos
grafados em negrito, e localizados no topo da tabela;
Título: Deve ser apresentado na seguinte ordem:
natureza do fato estudado (o quê), variáveis escolhidas para
análise do fato (como), local (onde) e a época (quando) em
que os fatos foram observados;
Fonte: A fonte indica a entidade responsável pelo
fornecimento dos dados ou a referência ao documento de
onde foram extraídos. Deve ser posicionada no rodapé da
tabela.
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 59
60. 1. Exposição dos Dados
b) Gráfico:
Exemplo:
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 60
61. 1. Exposição dos Dados
c) Cartograma: informação quantitativa mantendo um certo grau
de precisão geográfica das unidades espaciais mapeadas.
Principais elementos:
Número: é precedido da palavra Figura, ambos grafados em
negrito, e localizados no topo da tabela;
Título: Deve ser apresentado na seguinte ordem: natureza do
fato estudado (o quê), variáveis escolhidas para análise do fato
(como), local (onde) e a época (quando) em que os fatos foram
observados;
Fonte: A fonte indica a entidade responsável pelo
fornecimento dos dados ou a referência ao documento de onde
foram extraídos. Deve ser posicionada no rodapé da tabela.
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 61
62. 1. Exposição dos Dados
c) Cartograma:
Exemplo:
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 62
63. 2. Apresentação de pré-projeto
1. Objetivo
2. Justificativa
3. Dados preliminares
a) Tabela
b) Gráfico
c) Cartograma
4. Perspectivas
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 63
64. 3. Exercício
• Entregar em documento word o Pré-projeto.
• No corpo do texto informar:
1. Nome completo, formação e e-mail;
2. Título
3. Texto
4. Referências
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 64
65. Referências
RICHARDSON, Roberto J. (Org). Pesquisa Social:
métodos e técnicas. 3ª Edição. 14ª Reimpressão – São
Paulo: Atlas, 2012.
IPEA. Situação Social nos Estados. Brasília: ipea,
2012.
USP. Guia de Apresentação de Teses, 2015. Disponível
em:
http://www.biblioteca.fsp.usp.br/~biblioteca/guia/i_cap_0
4.htm. Acesso em: 11 de mai. 2017.
Sítio:
http://www.ipeadata.gov.br/Default.aspx
SILVA, Rebeca Marota da. Minicurso: Levantamento e Interpretação de Dados Socioeconômicos do IPEADATA. 09-11 de mai de 2017. Notas de Aula. 65