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Figuras de linguagem
As figuras de linguagem consistem na
mudança do sentido real das palavras para o
sentido figurado.
Comparação
Consiste na comparação de dois elementos por
meio de suas características comuns. Normalmente,
a comparação é estabelecida por uma conjunção
comparativa (como, tal qual, assim como, etc.).
 
Ex¹.: “ Você é burra como uma porta.”
A associação de idéias limita-se apenas no sentido de
inteligência: ou seja, você e a porta não são
inteligentes.
Ex².: “ Tal qual o sol que deseja a chegada do dia,
eu desejo a sua presença.”
 
Ex³.: “ Já não se fazem homens como
antigamente” .
Metáfora
Consiste no emprego de uma palavra fora do seu sentido
próprio, tendo como base uma comparação sub entendida, já
que a conjunção comparativa não aparece claramente.
 
Ex¹.: “ Você é luz,
É raio, estrela e luar
Manhã de sol
Meu iaiá, meu ioiô...”
(Wando )
Ex².: “ Minha vida é um palco iluminado.”
(vida de artista, cheio de brilho, admirado por todos...)
 
Ex³.: “ A noite é uma criança.”
(está só no começo)
  
Catacrese
É a utilização de um termo fora do seu sentido próprio por
não haver uma palavra apropriada para expressar o que se
pretende. É na verdade uma metáfora de uso corrente.
 
Ex¹.: Havia comentários interessantes na orelha do livro.
Ex².: Os pés da mesa não suportam o peso da caixa.
Ex³.: concluídas as negociações, a comitiva
embarcou no avião.
 
 
Metonímia
Consiste na substituição de um termo por outro
com o qual se mantém uma estreita relação de
significado (parte pelo todo, matéria pelo produto,
autor pela obra...)
 
a)      parte pelo todo
 
As velas aproximam-se. (barcos)
 
Os bro nze s badalam no alto da igreja. (sinos)
 
b)      autor pela obra
 
Já li Machado de Assis e Drumonnd. (as obras
desses autores)
P
erífrase
É o emprego de uma expressão que identifica
coisa ou pessoa, salientando suas qualidades de um
fato notável pelo qual ela é conhecida.
Ex¹.: O país do futebol acredita em seus
filhos. (Brasil)
 
Ex².: A rainha dos baixinhos, completa vinte
anos de carreira. (Xuxa)
Sinestesia
Consiste na mistura de sensações que produzem forte
sugestão.
Ex¹.: O frio cortante, balançava os trigais dourados e
macios que se estendiam.
(tato + visão + tato)
 
Ex².: Seu perfume iluminava o dia.
(olfato + visão)
 
Ex³.: Os carinhos de Godofredo não mais têm o mesmo
gosto dos primeiros tempos.
(tato + paladar)
Antítese
Consiste no emprego de palavras ou expressões de
sentidos opostos para caracterizar um mesmo elemento, que
acabam por realçar o contraste de significados.
 
Ex¹.: “ Não sou alegre nem triste, sou poeta.”
 
Ex².: “ Morte e vida Severina.”
 
Ex³.: Uns buscam o bem; outros buscam o mal.
Eufemismo
Consiste na suavização da linguagem, evitando-se o
emprego de palavras ou expressões consideradas
desagradáveis por quem anuncia o discurso.
 
Ex¹.: “ Era uma estrela divina” .
Que ao firmamento voou.” (morreu)
Álvares de Azevedo
 
Ex².: “ Caro deputado, o senhor está faltando com a
verdade. · (mentindo). Cometeu apropriação indevida de bens.
· (roubou)”
 
Ex³.: “ Foi desta para outra melhor.” (morreu)
Ironia
Consiste em dizer o contrário do que se pensa,
normalmente com intuição sarcástica.
 
Ex¹.: “ Querida como você está em forma! Aposto que não
pesa nem uns duzentos quilos.”
 
Ex².: “ Moça linda, bem tratada
Três séculos de família
Burra como uma porta,
Um amor!” .
(Mário de A
ndrade )
  Ex³.: “ Coitadinho do assassino! Foi condenado.”
Hipérbole
Caracteriza-se pelo exagero da linguagem, a fim de
intensificar uma idéia.
 
Ex¹.: “ Eu te darei todo amor do mundo” .
Ex².: “ Já falei mil vezes para você confiar em mim.”
 

Ex³.: “ Eu te darei mil beijinhos.”

Ex.: “ Você acha que todas as pessoas do mundo estão
contra você.”
Prosopopéia ou Personificação
Consiste na atribuição de características humanas a seres
inanimados.
 
Ex.: “ A areia é fina e deu no sino
O sino é de prata e deu na mata
A mata é valente e de u no tenente.
Jo rg e Lima
Ex¹.: As ruas desertas estão tristes.
 
Ex².: “ Dona cômoda tem três gavetas. E um ar de senhora
rica” .
 
Ex³.: O mar está violento hoje.
Gradação
É a colocação de idéias na ordem crescente (chamado
clímax), ou na ordem decrescente (chamado anticlímax).
 
Ex¹.: Na manifestação popular começaram a chegar dez,
cem, mil, dez mil pessoas parando o trânsito.
 
Ex².: “ Começou a ficar pobre. Perdeu milhões de dólares
na bolsa de valores; cem mil reais no jockey; a poupança de 30
mil do filho; as jóias da mulher; a primeira casa humilde em
que morava antigamente, perdeu tudo. (anticlímax)” .
Apóstrofe.
É a invocação ou chamamento de alguém ou alguma coisa.
Corresponde estilisticamente ao vocativo.
 
 
Exs.: Ai Nice amada! Se este meu tormento,
Se esses meus sentidíssimos gemidos.
(Cláudio Manuel da Costa).
 
Senhor, escutai meu estrondoso medo.
Paradoxo.
Trata-se de uma antítese com maior intensidade no
contraste de idéias, e que mais reúne (ou associa) do que
opõe as idéias contrastantes:
 
E Amor é fogo que arde sem se ver,
x.:
É ferida que dói e não se sente;
(Luís de Cam
ões).
Anástrofe.
É a inversão da ordem normal dos da oração. Trata-se,
normalmente, de uma inversão simples do jeito e predicada:
E
xs.: Já vinha a manhã clara
 
Predicado
 
 

Sujeito

Comeu uma torta, Paulo.
Predicado

sujeito
Hipérbato.
Trata-se de uma inversão mais complexa que a Anástrofe,
porque a alteração na ordem dos termos da oração é mais
acentuada.
 
E
xs.: Vendo o pastor que com enganos
Lhe fora assim negada a sua pastora,
(Luís de Cam
ões).
 
Ordem direta: o triste pastor vendo a sua pastora lhe fora
negada assim com enganos.
Elipse.
É a omissão de uma ou mais palavras, sem que se
comprometa o sentido da frase.
 
E
xs.: Em frente à minha casa meu namorado aguarda,
impaciente (ele) vai embora.
 
Em frente ao meu leito, em negro quadro
A minha amante dorme.(Ela) È uma estampa
De bela adormecida.
(Álvares de Azevedo).
Pleonasmo.
Consiste na repetição desnecessária de um mesmo termo,
para realçar seu sentido:
E
xs.: Nas tardes da fazenda há muito azul demais.
(Vinícius de Moraes)
 
A mim me enerva o ardor com que ela vibra.
 
P
odemos observar também o pleonasmo vicioso em:
  O elevador subiu para cima, com excesso de pessoas.
Os alunos entraram para dentro da sala rapidamente.
Polissíndeto.
Consiste na repetição de um conectivo (geralmente a
conjunção coordenativa e) entre termos ou orações:
 
E
xs.: E a névoa e flores e o doce mar cheiroso
Do amanhecer na serra,
E o céu azul e o manto nebuloso
Do céu de minha terra.
(Álvares de Azevedo).
Assíndeto.
Consiste na ausência de conectivo entre os termos das
orações:
 
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xs.: Erguem os colos, (e) voltam as cabeças:
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Move-se o tronco, (e) o vento se suspende.
 
Anáfora:
Consiste na repetição de uma ou mais palavras para
dar ênfase a uma idéia. É muito usada em poesia.
 
E
xs.: Nem um minuto se passa
Nem um inseto se esvoaça
Nem uma brisa perpassa
Sem uma lembrança aqui.
Aliteração.
Consiste na condição de um mesmo fonema para realçar
determinado som ou dar ritmo à uma oração ou verso.
 
E
xs.: Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.
 
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A turma da faculdade organizou uma festinha e me
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Figuras de Linguagem

  • 1. Figuras de linguagem As figuras de linguagem consistem na mudança do sentido real das palavras para o sentido figurado. Comparação Consiste na comparação de dois elementos por meio de suas características comuns. Normalmente, a comparação é estabelecida por uma conjunção comparativa (como, tal qual, assim como, etc.).  
  • 2. Ex¹.: “ Você é burra como uma porta.” A associação de idéias limita-se apenas no sentido de inteligência: ou seja, você e a porta não são inteligentes. Ex².: “ Tal qual o sol que deseja a chegada do dia, eu desejo a sua presença.”   Ex³.: “ Já não se fazem homens como antigamente” .
  • 3. Metáfora Consiste no emprego de uma palavra fora do seu sentido próprio, tendo como base uma comparação sub entendida, já que a conjunção comparativa não aparece claramente.   Ex¹.: “ Você é luz, É raio, estrela e luar Manhã de sol Meu iaiá, meu ioiô...” (Wando )
  • 4. Ex².: “ Minha vida é um palco iluminado.” (vida de artista, cheio de brilho, admirado por todos...)   Ex³.: “ A noite é uma criança.” (está só no começo)    Catacrese É a utilização de um termo fora do seu sentido próprio por não haver uma palavra apropriada para expressar o que se pretende. É na verdade uma metáfora de uso corrente.   Ex¹.: Havia comentários interessantes na orelha do livro.
  • 5. Ex².: Os pés da mesa não suportam o peso da caixa. Ex³.: concluídas as negociações, a comitiva embarcou no avião.     Metonímia Consiste na substituição de um termo por outro com o qual se mantém uma estreita relação de significado (parte pelo todo, matéria pelo produto, autor pela obra...)
  • 6.   a)      parte pelo todo   As velas aproximam-se. (barcos)   Os bro nze s badalam no alto da igreja. (sinos)   b)      autor pela obra   Já li Machado de Assis e Drumonnd. (as obras desses autores)
  • 7. P erífrase É o emprego de uma expressão que identifica coisa ou pessoa, salientando suas qualidades de um fato notável pelo qual ela é conhecida. Ex¹.: O país do futebol acredita em seus filhos. (Brasil)   Ex².: A rainha dos baixinhos, completa vinte anos de carreira. (Xuxa)
  • 8. Sinestesia Consiste na mistura de sensações que produzem forte sugestão. Ex¹.: O frio cortante, balançava os trigais dourados e macios que se estendiam. (tato + visão + tato)   Ex².: Seu perfume iluminava o dia. (olfato + visão)   Ex³.: Os carinhos de Godofredo não mais têm o mesmo gosto dos primeiros tempos. (tato + paladar)
  • 9. Antítese Consiste no emprego de palavras ou expressões de sentidos opostos para caracterizar um mesmo elemento, que acabam por realçar o contraste de significados.   Ex¹.: “ Não sou alegre nem triste, sou poeta.”   Ex².: “ Morte e vida Severina.”   Ex³.: Uns buscam o bem; outros buscam o mal.
  • 10. Eufemismo Consiste na suavização da linguagem, evitando-se o emprego de palavras ou expressões consideradas desagradáveis por quem anuncia o discurso.   Ex¹.: “ Era uma estrela divina” . Que ao firmamento voou.” (morreu) Álvares de Azevedo   Ex².: “ Caro deputado, o senhor está faltando com a verdade. · (mentindo). Cometeu apropriação indevida de bens. · (roubou)”   Ex³.: “ Foi desta para outra melhor.” (morreu)
  • 11. Ironia Consiste em dizer o contrário do que se pensa, normalmente com intuição sarcástica.   Ex¹.: “ Querida como você está em forma! Aposto que não pesa nem uns duzentos quilos.”   Ex².: “ Moça linda, bem tratada Três séculos de família Burra como uma porta, Um amor!” . (Mário de A ndrade )   Ex³.: “ Coitadinho do assassino! Foi condenado.”
  • 12. Hipérbole Caracteriza-se pelo exagero da linguagem, a fim de intensificar uma idéia.   Ex¹.: “ Eu te darei todo amor do mundo” . Ex².: “ Já falei mil vezes para você confiar em mim.”   Ex³.: “ Eu te darei mil beijinhos.” Ex.: “ Você acha que todas as pessoas do mundo estão contra você.”
  • 13. Prosopopéia ou Personificação Consiste na atribuição de características humanas a seres inanimados.   Ex.: “ A areia é fina e deu no sino O sino é de prata e deu na mata A mata é valente e de u no tenente. Jo rg e Lima Ex¹.: As ruas desertas estão tristes.   Ex².: “ Dona cômoda tem três gavetas. E um ar de senhora rica” .   Ex³.: O mar está violento hoje.
  • 14. Gradação É a colocação de idéias na ordem crescente (chamado clímax), ou na ordem decrescente (chamado anticlímax).   Ex¹.: Na manifestação popular começaram a chegar dez, cem, mil, dez mil pessoas parando o trânsito.   Ex².: “ Começou a ficar pobre. Perdeu milhões de dólares na bolsa de valores; cem mil reais no jockey; a poupança de 30 mil do filho; as jóias da mulher; a primeira casa humilde em que morava antigamente, perdeu tudo. (anticlímax)” .
  • 15. Apóstrofe. É a invocação ou chamamento de alguém ou alguma coisa. Corresponde estilisticamente ao vocativo.     Exs.: Ai Nice amada! Se este meu tormento, Se esses meus sentidíssimos gemidos. (Cláudio Manuel da Costa).   Senhor, escutai meu estrondoso medo.
  • 16. Paradoxo. Trata-se de uma antítese com maior intensidade no contraste de idéias, e que mais reúne (ou associa) do que opõe as idéias contrastantes:   E Amor é fogo que arde sem se ver, x.: É ferida que dói e não se sente; (Luís de Cam ões).
  • 17. Anástrofe. É a inversão da ordem normal dos da oração. Trata-se, normalmente, de uma inversão simples do jeito e predicada: E xs.: Já vinha a manhã clara   Predicado     Sujeito Comeu uma torta, Paulo. Predicado sujeito
  • 18. Hipérbato. Trata-se de uma inversão mais complexa que a Anástrofe, porque a alteração na ordem dos termos da oração é mais acentuada.   E xs.: Vendo o pastor que com enganos Lhe fora assim negada a sua pastora, (Luís de Cam ões).   Ordem direta: o triste pastor vendo a sua pastora lhe fora negada assim com enganos.
  • 19. Elipse. É a omissão de uma ou mais palavras, sem que se comprometa o sentido da frase.   E xs.: Em frente à minha casa meu namorado aguarda, impaciente (ele) vai embora.   Em frente ao meu leito, em negro quadro A minha amante dorme.(Ela) È uma estampa De bela adormecida. (Álvares de Azevedo).
  • 20. Pleonasmo. Consiste na repetição desnecessária de um mesmo termo, para realçar seu sentido: E xs.: Nas tardes da fazenda há muito azul demais. (Vinícius de Moraes)   A mim me enerva o ardor com que ela vibra.   P odemos observar também o pleonasmo vicioso em:   O elevador subiu para cima, com excesso de pessoas. Os alunos entraram para dentro da sala rapidamente.
  • 21. Polissíndeto. Consiste na repetição de um conectivo (geralmente a conjunção coordenativa e) entre termos ou orações:   E xs.: E a névoa e flores e o doce mar cheiroso Do amanhecer na serra, E o céu azul e o manto nebuloso Do céu de minha terra. (Álvares de Azevedo).
  • 22. Assíndeto. Consiste na ausência de conectivo entre os termos das orações:   E xs.: Erguem os colos, (e) voltam as cabeças: Param o ledo canto: Move-se o tronco, (e) o vento se suspende.  
  • 23. Anáfora: Consiste na repetição de uma ou mais palavras para dar ênfase a uma idéia. É muito usada em poesia.   E xs.: Nem um minuto se passa Nem um inseto se esvoaça Nem uma brisa perpassa Sem uma lembrança aqui.
  • 24. Aliteração. Consiste na condição de um mesmo fonema para realçar determinado som ou dar ritmo à uma oração ou verso.   E xs.: Vozes veladas, veludosas vozes, Volúpias dos violões, vozes veladas, Vagam nos velhos vórtices velozes Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.   (Cruz e Sousa).
  • 25. Silepse Consiste na concordância feita com um termo que está subentendido, e não com o termo que aparece claro na oração.   Silepse de gênero: Vossa reverendíssima parece apreensivo com os relatos da pesquisa. (sacerdote)
  • 26. Silepse de número:   A turma da faculdade organizou uma festinha e me convidaram para paraninfo.   (Alunos)     Silepse de pessoa   T oda a equipe comemoramos o sucesso das vendas. (nós)