Artigo elaborado por mim para trabalho universitário, sobre como é a escola além dos quadros e gizes, tendo um aluno participativo e não como mero expectador e depósito de conhecimento.
3. 1 INTRODUÇÃO
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A Escola é um lugar que se aprende e ensina, a brincar, respeitar,
conviver, experimentar, sonhar, vivenciar, ler, somar, interpretar, escrever, criar,
pesquisar, o que é a amizade, os valores, conhecimentos, responsabilidades,
compromissos e etc. É um local onde se inicia a vida social de um ser humano,
podendo ter o primeiro contato com outros indivíduos, realidades e as mais diversas
relações interpessoais.
O Professor é o exemplo para os seus alunos, um bom
relacionamento entre eles, tem a capacidade de mudar toda a vida no ambiente
escolar. A relação do professor com seus alunos é de fundamental importância para
a Educação, pois a partir da forma de agir do mestre é que o aprendiz se sentirá
mais receptivo à matéria.
Um relacionamento entre os alunos é muito importante, é onde
grandes laços de amizade germinam e crescem de acordo com os mesmos. Sem se
esquecer do relacionamento com os demais funcionários da escola, uma escola bem
cuidada, um merenda saborosa e funcionários receptivos, carinhosos e cuidadosos
deixam qualquer criança à vontade em uma escola.
Uma outra relação muito importante na escola é a relação entre a
equipe pedagógica e os professores, essa relação é a base para o crescimento de
uma instituição, buscando juntos meios de encontrar déficits escolares e métodos
para sanar esses problemas, visando um crescimento global dos indivíduos no
ambiente escolar.
A Escola vai muito além da estrutura, ela começa onde se tem
pessoas dispostas a trocar experiências em prol da harmonia na comunidade
escolar.
4. 2 ESCOLA: MAIS QUE SALA E GIZ
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Toda criança tem o direito garantido por lei de frequentar a escola,
ambiente esse de formação cultural, pessoal, e de desenvolvimento interdisciplinar
para alicerçar uma vida cidadã futura.
A Escola é local de renovação, não se deve ficar presos a
pedagogias ultrapassadas que não despertam o interesse das crianças, a busca por
novidades deve ser incansável, visando o bem estar de todos os que convivem
nesse ambiente, um bom relacionamento na comunidade escolar é tida como
espelho para o convívio nas demais comunidades da sociedade, os valores
aprendidos tornam mais fácil e compreensível o relacionamento com as diferenças
existentes na mesma. Os conteúdos contribuem para a formação profissional. E
assim forma seres humanos completos em busca de conhecimento e realizações
visando um bem estar próprio e social.
A reciprocidade, simpatia e respeito entre professor e aluno
proporcionam um trabalho construtivo, em que o educando é tratado como pessoa e
não como número, ou seja, mais um. Pois todos teem suas peculiaridades que
fazem de cada individuo um ser especial, com capacidades e dificuldades diferentes
dos demais.
Ensinar exige que se tracem métodos de acordo com a realidade do
publico que frequentam as aulas: o processo, a matéria, o aluno e o professor,
sendo esse último o fator decisivo na aprendizagem, devem-se levar em conta a
influência que exerce sobre a classe para ministrar as aulas, a partir da sua postura
como transmissor de conhecimento.
O professor tem que estar sempre aberto às novas experiências, aos sentimentos e
aos problemas de seus alunos. É claro que a responsabilidade da aprendizagem
está ligada ao aluno, mas essa deve ser facilitada pelo professor levando o aluno à
auto realização.
O professor ajuda a criar esse campo a partir do seu jeito de lidar
com os alunos, a forma de cobrar o conteúdo e principalmente como reconhece o
desenvolvimento deles, comunicando-os. Especialmente nos primeiros anos
escolares, sabemos o quanto é importante para cada criança perceber, sentir, no
olhar do professor que ela é bem-vinda, que aprender é bom. São nos primeiros
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anos em que a criança cria uma imagem positiva ou negativa da escola. Neste
sentido, para nós pensar em educação é pensar num processo de aprendizagem
que envolve professor-aluno como parceiros de uma caminhada que leva em conta
a formação pessoal e profissional.
Professores, amantes de sua profissão, comprometidos com a
produção do conhecimento em sala de aula, que desenvolvem com seus alunos um
vínculo muito estreito de amizade e respeito mútuo pelo saber, são fundamentais.
Professores que não medem esforços para levar os seus alunos à ação, à reflexão
crítica, à curiosidade, ao questionamento e à descoberta são essenciais.
Professores, ou melhor, educadores que, ao respeitar no aluno o desenvolvimento
que este adquiriu através de suas experiências de vida (conhecimentos já
assimilados), idade e desenvolvimento mental, são imprescindíveis. Para Libânio:
“O professor não apenas transmite uma informação ou faz perguntas, mas
também ouve os alunos. Deve dar-lhes atenção e cuidar para que
aprendam a expressar-se, a expor opiniões dar respostas. O trabalho
docente nunca é unidirecional. As respostas e as opiniões dos alunos lhes
estão reagindo à atuação do professor, às dificuldades que encontram na
assimilação dos conhecimentos. Servem também para diagnosticar as
causas que dão origem a essas dificuldades.” (1994, p. 250)
A Relação aluno X aluno, desenvolve-se por afinidades e gostos
pessoais, cumplicidade e inter ajuda, cabe ao educador promover esta ligação entre
as crianças, para que estas se sintam bem umas com as outras. Durante o recreio
nota-se que as crianças se abraçam, riem, falam, ajudando-se umas as outras. Não
verificando conflitos entre crianças, dão-se, quase sempre, muito bem.
O mundo social da criança revela-se repleto de oportunidades onde
a aprendizagem social é feita através de relações sociais dos outros e emoções
próprias. Isto acontece devido à existência de um leque diversificado de novas
situações, pessoas e ambientes que a criança passa a dispor. Com o
desenvolvimento cognitivo, as crianças passam a ter uma nova visão do mundo
social que as rodeia. Nesta altura, existem mudanças significativas na consciência
da criança, bem como a na imagem que estas têm de si mesmas.
Um bom convívio na escola deve ser entre os demais funcionários e
os alunos, um respeito mutuo, e reconhecimento da importância de todos para que a
instituição dê frutos e progrida. Ao chegar na escola ao ver uma escola organizada e
bonita o aluno de deslumbra pela primeira aparência, se sente bem naquele
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ambiente, e se identifica nesse novo lugar de convivência. Ao conhecer e se
relacionar com os funcionários os alunos veem neles amigos e aliados do seu bem
estar físico e mental, um bom dia sorridente das zeladoras, um cheirinho bom que
vem da cozinha faz da escola um ambiente familiar. Respeitar o trabalho dos
funcionários da escola que zelam pela limpeza, e organização e dever do aluno, ver
os alunos como peça principal da escola e função dos funcionários e não manter a
visão de crianças bagunceiras que sujam tudo. O Dialogo é sempre o melhor
caminho para se chegar a um consenso.
A equipe pedagógica de uma escola tem dentre algumas funções, a
de acompanhar o planejamento dos professores, direcionar suas pesquisas,
contribuir com sua formação continuada para que os docentes possam inovar suas
atividades e tomar consciência de suas posturas enquanto profissionais. O
professor enfrenta diversos obstáculos, cobranças, extremidades com notas, faltas,
explicações que os alunos solicitam e ele não sabe ao certo a resposta, dificuldades
em contextualizar os conteúdos a realidade dos alunos para que a aprendizagem
não seja estanque, dentre outras questões. Cabe a Equipe Pedagógica dar um
auxilio aos professores, no desenvolvimento de métodos que o ajudem a enfrentar
os obstáculos encontrados.
Segundo Lenhard (1977) um grupo social é constituído por relações
entre seus integrantes, daí a importância em avaliar a intensidade e direção das
forças grupais atuantes. Ao desempenhar um papel social dentro de uma instituição
é essencial que o sujeito estabeleça uma sequencia de situações, cuja
complexidade deve ter tornado-se clara.
A Escola deve quebrar o vidro do individualismo, e buscar a
interação entre todos os setores dessa instituição, buscar seus direitos e garantir o
direito de ensinar a todos, cumprir seu papel de modificadores de vidas, alicerce de
sonhos e a compreensão e reconhecimento do novo e do diferente.
7. 3 CONCLUSÃO
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A escola precisa se transformar em uma grande central de ideias,
onde todos se apropriem do conhecimento, para que possa construir a sua
emancipação política- econômica para poder modificar a sociedade.
A escola é um local repleto de fantasias, onde educandos,
educadores, gestores, pais, e outros segmentos sociais acreditam em sua
importância na construção, reconstrução e acondicionamento de uma sociedade
idealizada.
A exigência da partilha de decisões na gestão escolar é um dos
pressupostos para a gestão democrática Além disso, a sua concretização servirá
como alicerce para o estabelecimento de “novas relações” no cotidiano escolar,
pautadas na descentralização e na democratização de decisões, o que possibilita
desmontar relações de mando e submissão, fazendo surgir o sujeito coletivo, que
decide, age e pode atuar na transformação social.
Para se ter a democratização nas relações de trabalho na escola, é
necessária a viabilização de alguns elementos: a eliminação do autoritarismo
centralizado; a diminuição da divisão de trabalho, que reforça as diferenças e
distanciamento em relação, principalmente à comunidade; a eliminação do binômio
dirigente/dirigido; a participação efetiva dos diferentes segmentos sociais na tomada
de decisões, conscientizando a todos de que são atores da história que se faz no
dia-a-dia. Provavelmente ter-se-á uma prática onde todos os atores da unidade
escolar estarão aptos a tomarem decisões no local de trabalho, onde todos terão
responsabilidades para com a organização e o funcionamento da escola.
Uma boa relação na comunidade escolar reflete nas relações futuras
na sociedade, as situações vivenciadas servem como base para melhor se inserir na
vida social fora desse ambiente.
8. REFERÊNCIAS
ROCHA, Ruth. Quando a escola é de vidro. Vidro. Disponível em:
<http://ccbela.wordpress.com/2012/09/25/quando-a-escola-e-de-vidro-ruthrocha/>.
Acesso em: 14 abr. 2014.
LENHARD, Rudolf. Fundamentos da supervisão escolar. 3. ed. São Paulo: Pioneira,
1977.
LIBÂNEO, J. C.. Didática. São Paul o: Cortez, 1994
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. Lei nº 8.069, de 13 de julho de
1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm>. Acesso
em: 21 fev. 2014. (Art. 1 a 18).
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