1. Linguagens, códigos e suas
tecnologias - Português
Ensino Médio - 3ª Série
A literatura Pré-modernista
2. O PRÉ-MODERNISMO
NÃO PODE SER
CONSIDERADO UMA
ESCOLA LITERÁRIA,
MAS SIM UM PERÍODO
LITERÁRIO DE
TRANSIÇÃO
DO SIMBOLISMO/
PARNASIANISMO
PARA O
MODERNISMO.
Battle strike, june 1934 / Public Domain
3. necessidade de transformação
nas artes (na temática e na linguagem literária);
ruptura com os moldes simbolistas e parnasianos.
PRINCIPAISPRINCIPAIS
OBJETIVOS:OBJETIVOS:
5. VISÃO GERAL DO
CONTEXTO:
Estado de insatisfação do homem em
relação à civilização (caminho traçado
pelo homem, pela humanidade);
Ruptura com o passado para levá-lo
de volta às origens primitivas;
Estado de insegurança em relação
aos acontecimentos dos últimos anos
do século XIX: expansão e/ou
industrialização dos países europeus;
Primeira Guerra Mundial;
Início do século XX = transformações na
maneira de pensar do homem moderno
(ideia de nacionalismo / nazismo, fascismo
e comunismo => intensas agitações
6. CONTEXTO
HISTÓRICO
O momento histórico
brasileiro interferiu na
produção literária,
marcando a transição dos
valores éticos do século XIX
para uma nova realidade
que se desenhava,
essencialmente pautada por
uma série de conflitos
Pontos de conflito no Brasil
pré-modernista.
7. Continuação sobre o contexto da época
o
fanatismo
religioso do
Padre Cícero
e de
Antônio Conselheiro
e o cangaço,
no Nordeste (3)
.
Língua Portuguesa - 3ª Série
A literatura Pré-modernista
Imagem:retratosdocangaço,1936-37/Domíniopúblico
Imagem:PadreCícero.1934/AutorDesconhecido/Domíniopúblico
Imagem:AlegoriadeCanudos/AndréKoehne/GNUFreeDocumentationlicense
16. Uma Radiografia Crítica do Brasil:
No geral, o Pré-Modernismo é uma literatura de
Crítica Social;
Mostra o Brasil real, com seus Conflitos Político-
Sociais;
Desmistifica o romantismo e seu Nacionalismo
Ufanista.
Portanto, um Nacionalismo
Crítico-Amargo.
17. CARACTERÍSTICAS DO
PRÉ-MODERNISMO:
RUPTURA COM O PASSADO – Os autores adotaram inovações
que feriam o academicismo;
REGIONALISMO – A realidade rural brasileira é exposta sem
os traços idealizadores do Romantismo. A miséria do
homem do campo é apresentada de forma chocante;
LITERATURA-DENÚNCIA – Os livros são em tom de denúncia da
realidade brasileira. O Brasil oficial é substituído por um
Brasil não oficial (sertão nordestino, caboclos interioranos,
realidade dos subúrbios);
CONTEMPORANEIDADE – A literatura retrata fatos políticos,
situação econômica e social contemporâneos, diminuindo a
distância entre realidade e ficção.
18. Para refletir!
“Precisamos descobrir o Brasil!
Escondido atrás das florestas,
Com a água dos rios no meio,
O Brasil está dormindo, coitado!”
Carlos Drummond de Andrade
20. Euclides da Cunha
(1866/1909)
Trabalhou como engenheiro civil no
meio militar.
Escreveu Os Sertões, pois
testemunhou a Guerra de Canudos
como correspondente jornalístico.
Foi assassinado em duelo pelo
amante da esposa.
Positivista, florianista e determinista.
Foi o primeiro escritor brasileiro a
diagnosticar o
subdesenvolvimento do
país, diagnosticando os 2 Brasis
(litoral e sertão).
Imagem: Euclides da Cunha / Domínio Público
21. É uma narrativa da
insurreição de um grupo de
fanáticos religiosos e não só
descreve a sociedade mas
também a geografia,
geologia, e zoologia plana
do sertão brasileiro (8).
É dividido em três
partes.
1ª parte: A Terra
2ª parte: O homem
3ª parte: A luta
Imagem:Capade“OsSertões”,1902/Domíniopúblico
22. “Ao passo que a caatinga o
afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o
e estonteia-o; enlaça-o na trama
espinescente e não o atrai;
repulsa-o com folhas urticantes,
com o espinho, com os gravetos
estalados em lanças; e desdobra-
se lhe na frente léguas e léguas,
imutável no aspecto desolado:
árvores sem folhas, de galhos
estorcidos e secos.” Imagem: Caatinga – sertão brasileiro / Maria Hsu /
Creative Commons Attributtion 2.0 generic
Trecho descreve a 1ª parte
de Os Sertões
Trecho descreve a 1ª parte
de Os Sertões
23. “Homem permanente fatigado, o sertanejo 'reflete
a preguiça invencível, a atonia muscular perene,
em tudo: na palavra remorada, no gesto
contrafeito, no andar desaprumado, na cadência
langorosa das modinhas, na tendência constante à
imobilidade e à quietude'. Todavia, basta um
incidente qualquer para que ele se transfigure,
adquirindo, subitamente, a característica de um
'titã dominador. É crédulo, místico, deixando-se
levar por superstições absurdas. Sua religião traz
em si, caracteres das três raças que o formaram: o
branco, o índio e o negro; como ele, sua religião é
mestiça.”
Trecho descreve a 2ª parte da obra os
sertões
24. . Deu-se então o massacre
dos prisioneiros, na sua
maioria mulheres, velhos,
pessoas enfermas,
moribundas e crianças. As
mulheres não perigosas
e as crianças foram
poupadas da 'degola',
que deveria ocorrer após
um viva à República.
Conselheiro não resistiu a
uma grave disenteria, e aos
problemas resultantes de um
ferimento de granada, falece
no dia 22 de setembro. Trecho descreve a 3ª parte da
obra
Imagem:RuínasdeIgrejaemCanudos,1897/Fláviodebarros/DomínioPúblico
25. Obras principais:
• Os Sertões
• Perú versus Bolívia
• Castro Alves e seu tempo
• Entre os seringais
• Contrastes e confrontos
26. Monteiro Lobato
(1882/1948)
Homem de diversas
atividades (escritor,
editor, relojoeiro,
fazendeiro, promotor,
industrial, comerciante,
professor, adido
comercial etc.).
Imagem:Lobatoarte/AndréKoehne/GNUFreeDocumentationLicense
27. Em 1917, publica, no jornal O Estado de São Paulo, o
artigo contra a pintora Anita Malfatti (estopim do
Modernismo). A Propósito da Exposição Malfatti,
expressa uma postura agressiva contra as novas
tendências artísticas do século XX, que resultará
no seu desligamento dos principais participantes
da Semana de Arte Moderna de 1922. Sua crítica
acalorada se dá porque ele não admitia a
submissão da cultura brasileira às ideias
europeias, daí ser chamado de Policarpo Lobato.
29. Urupês (1919)
Ideias de Jeca Tatu
(1918)
Cidades Mortas
(1919)
Negrinha (1920)
Mundo da Lua (1923)
O Macaco que se Fez
Homem (1923)
O Choque das Raças
OBRAS PRINCIPAIS
Literatura Infantil:
Reinações de Narizinho
Viagem ao Céu
O Saci
Caçadas de Pedrinho
Hans Staden
Histórias do Mundo para Crianças
Memórias de Emília
Emília no País da Gramática
Aritmética de Emília
Geografia de Dona Benta
Serões de Dona Benta
O Poço do Visconde
Histórias de Tia Nastácia
O Pica-pau Amarelo
A Reforma da Natureza
O Minotauro
Fábulas
30. Lima Barreto
(1881/ 1922)
Viveu intensamente as contradições do
início do século, torna-se alcoólatra e
passa por profundas crises
depressivas, sendo internado por duas
vezes.
Mostra um perfeito retrato do subúrbio
carioca, criticando a miséria das
favelas e dos cortiços. Posiciona-se
contra o nacionalismo ufanista, a
educação recebida pelas mulheres,
voltada para o casamento e a
República com seu exagerado
militarismo.
Imagem:RetratodeLimaBarreto,autoredatadesconhecidos
/DomínioPúblico
31. Seus personagens são humildes
funcionários públicos, alcoólatras
e miseráveis. Sua linguagem é jornalística
e até panfletária (11).
Triste Fim de Policarpo
Quaresma é a obra que lhe garante
notoriedade.
32. O Brasil da Marginalização Urbana
O negro O funcionário público Os alcoólatras
Subúrbio
33. Romance:
Recordações do Escrivão Isaías
Caminha (tematiza preconceito
racial e crítica ao jornalismo
carioca - 1909)
Triste Fim de Policarpo
Quaresma (inicialmente
publicado em folhetins - 1915)
Vida e Morte de M. J. Gonzaga e
Sá (1919)
Clara dos Anjos (1948)
Conto:
História e Sonhos (1956)
Sátira Política e Literária:
Os Bruzundangas (1923)
OBRAS
PRINCIPAIS:
Humorismo:
Aventuras do Dr.
Bogoloff (1912)
Artigos e Crônicas:
Feiras e Mafuás (1956)
Bagatelas (1956)
Crônicas sobre Folclore
Urbano:
Matginália (1956)
Vida Urbana (1956)
Memórias:
Diário Íntimo (1956)
Cemitério dos Vivos
(1956)
34. Graça Aranha (1866/
1931)
Foi juiz no Maranhão e no Espírito
Santo. Participou do movimento
modernista, como doutrinador.
Não é considerado modernista porque
sua única obra "modernista", A
viagem maravilhosa, é feita em um
estilo extremamente artificial. Morreu
logo antes de publicar sua
autobiografia, O meu próprio
romance, de 1931.
Imagem:GraçaAranha,1904/FratelliD'Alessandri/DomínioPúblico
35. Obras principais:
Canaã (1902/ romance)
Estética da Vida (1921/ ensaio)
Espírito Moderno (1925/ ensaio)
A Viagem Maravilhosa (1927/ romance)
36. Augusto dos Anjos
(1884/ 1914)
Formou-se em direito, mas
foi sempre professor de
Literatura.
Publicou apenas um único
livro de poesias, Eu. Sua
obra é cientificista,
profundamente pessimista.
Trabalhou, assim como
parnasianos e simbolistas,
com sonetos e verso
decassílabo.
Imagem: Retrato de Augusto dos Anjos / Domínio Público
37. Sua visão de mundo e a interrogação do
mistério da existência e do estar-no-mundo
marcam esta nova vertente poética.
Constância da morte, desintegração e os
vermes.
38. "A passagem dos séculos me assombra. /
Para onde irá correndo minha sombra /
Nesse cavalo de eletricidade?! /
Quem sou? Para onde vou?
Qual minha origem? /
E parece-me um sonho a realidade."
39. Sua visão da morte como o fim, o linguajar e os
temas usados por muitos são considerados
como sendo de mau gosto, mas caracterizam
sua poesia como única na literatura brasileira.
"Já o verme — este operário das ruínas
— / Que o sangue podre das
carnificinas / Come e à vida em geral
declara guerra."
40. Versos Íntimos
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão — esta pantera —
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
Analisar o texto, em
seguida, discutir as
principais
características e
temáticas e, por
último, propor
pesquisa de outros
poemas do autor