2. O QUE É O EXPRESSIONISMO?
O Expressionismo é uma corrente artística que surgiu no início do
século XX, na Alemanha, como uma resposta direta ao Impressionismo,
uma vez que valorizava a subjetividade das expressões e das emoções.
Os artistas procuravam manifestar-se através das emoções,
materializando o sentimento a respeito de algo vivenciado, sem a
preocupação de embelezar a obra. Para eles, a arte liga-se à ação,
muitas vezes violenta, através da qual a imagem é criada, com o
auxílio de cores fortes e formas distorcidas.
Foi Van Gogh que melhor traduziu este movimento nas artes
plásticas, ficando mundialmente conhecido através dos seus quadros e
por ter mutilado a orelha. As suas pinturas foram as precursoras
deste movimento. O seu uso peculiar de cores foi uma fonte de
inspiração a vários pintores expressionistas alemães e austríacos, e a
artistas do século XX, como Jackson Pollock.
O declínio desta estética, mais fundamentada na pintura, ocorre a
partir de 1933 com a ascensão de Hitler na Alemanha. Desde então,
a arte passa a seguir a tendência da “arte pura” em paralelo com a
ideologia da busca da “raça pura” instituída por Hitler ao povo
Alemão.
“A Noite Estrelada” Vincent Van Gogh, 1889
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3. CARACTERÍSTICAS
Cores vibrantes e resplandecentes.
Pesquisas sobre questões da subjetividade humana.
Técnica “violenta”, mostrando o processo de
interação do pintor com a tela.
Preferência em retratar aquilo que é sombrio,
esquecido, patético e trágico.
Distanciamento da figuração.
Imitação das artes primitivas.
“Outono na Baviera” Kandinsky, 1908
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5. BIOGRAFIA
Edvard Munch nasceu em Löten, na Noruega, a 12 de dezembro de
1863, frequentou a Escola de Artes e Ofícios de Oslo, adquirindo
influências de Courbet e Manet.
A sua mãe faleceu quando ele tinha 5 anos, a irmã mais velha aos 15
anos, a irmã mais nova era vitima de uma doença mental e uma
outra irmã morreu meses depois de casar, o próprio Munch, estava
sistematicamente doente. Tudo isto o afetou drasticamente,
atribuindo-lhe uma visão bastante singular do que é a vida.
Henrik Ibsen e Bjornson marcaram o seu percurso inicial. Nessa
altura, a arte era considerada uma arma destinada a lutar contra a
sociedade. Os temas sociais estão assim presentes em “O Dia Seguinte”
e “Puberdade”.
Com ”A Rapariga Doente” (1885) inicia uma temática que surgiria
como uma linha de força em todo o seu trabalho artístico. Fez
inúmeras variações deste último trabalho e os seus sentimentos sobre
a doença e a morte, que tinham marcado a sua infância, assumem um
significado mais vasto, transformados em significados mais vastos que
deixavam transparecer a fragilidade e a fugacidade da vida.
“Puberdade”, 1894
“O dia Seguinte”, 1895
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6. BIOGRAFIA continuação
O seu estilo altera-se bastante, quando descobre em Paris a obra de Van
Gogh e Gauguin. Em 1892, recebe um convite para uma exposição em
Berlim, que se converte num momento crucial da sua carreira e da
história da arte alemã.
Aos 30 anos Edvard Munch pinta “O Grito”, que se transformou na sua
obra máxima, retratando a angústia e o desespero inspirado nas suas
deceções, tanto no amor como na amizade. Inicia um projeto que intitula
“O Friso da Vida”, uma série de pinturas adjacentes e livres, que retratam
de uma forma geral a vida e da situação do homem moderno.
De 1892 a 1908 volta regularmente à Noruega e absorve o pensamento
simbólico de Strindberg, tentando depois exprimir os seus sentimentos e
as suas experiências sobre o amor. Em 1896, em Paris, interessa-se pela
gravura, fazendo inovações nesta técnica. Os trabalhos deste período
revelam uma segurança notável. Em 1914 inicia a execução do projeto
para a decoração da Universidade de Oslo, usando uma linguagem simples,
com motivos da tradição popular.
“O Grito”, 1893
“Dança da Vida”, 1900
As últimas obras pretendem ser um resumo das preocupações da
sua existência: Entre o Relógio e a Cama, “Autorretrato”. Toda a obra está
impregnada pelas suas obsessões: a morte, a solidão, a melancolia, o terror
das forças da natureza.
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