Este documento descreve os diferentes tipos de orações subordinadas, incluindo suas funções sintáticas e exemplos. As orações subordinadas podem ser adverbiais, substantivas ou adjetivas. Dentro dessas categorias, existem vários tipos como causais, concessivas, condicionais e temporais. O documento fornece detalhes sobre cada tipo, como a conjunção usada e se o verbo aparece em forma finita ou não finita.
1. Ficha Informativa - Orações subordinadas
Ano Letivo 2011/2012
Orações contidas numa frase complexa, que desempenham uma função sintática na frase em que se encontra,
estando dependente de uma oração ou elemento subordinante.
Nota: As orações subordinadas finitas ou não finitas denominam-se desta forma conforme apresentam o verbo numa forma finita ou não
finita (infinitivo, gerúndio, particípio passado), respetivamente.
Desempenham a função sintática de modificador da frase ou de modificador do grupo verbal.
Causal
Finita
Orações subordinadas adverbiais
Não finita
Concessiva
Finita
Não finita
Condicional
Finita
Não finita
Consecutiva
Finita
Não finita
Final
Finita
Não finita
Temporal
Finita
Não finita
Comparativa
Orações subordinadas
substantivas
Desempenham a função sintática de sujeito ou complemento de um verbo, nome ou adjetivo.
É sujeito ou complemento de um verbo, nome ou adjetivo, podendo ser introduzida
Completiva
pelas conjunções subordinativas completivas que, se e para.
Finita
Ex.: A Sofia disse que nada sabia sobre rios.
Não finitas
Infinitivas Exs.:O Luís pediu para sair. Afirmou adorar a banda daquela noite.
Introduzida por quantificadores e pronomes relativos sem antecedente, como
Relativa
quem, o que, onde, quanto.
Finita
Exs.: Quem espera sempre alcança. Leio livros onde os encontro.
Não finitas
Infinitivas Ex.: Esta noite, não tenho onde dormir.
Orações subordinadas
adjetivas
Finita
Exprime a razão, o motivo (a causa) do evento descrito na subordinante.
Ex.: Está tudo como eu queria.
Infinitiva
Ex.. Gostamos deste lugar por ser calmo.
Participial
Ex.: Encontrado este lugar, ficámos a adorá-lo.
Gerundiva Ex.: Suas mãos abriam-se, como pedindo algo.
Transmite uma ideia de contraste relativamente ao que é apresentado na subordinante.
Ex.. Não conseguia sair, embora fosse essa a sua vontade.
Infinitiva
Ex.: Apesar de ser essa a sua vontade, não conseguia sair.
Participial
Ex.: Apesar de determinada, não conseguia sair.
Gerundiva Mesmo sendo essa a sua vontade, não conseguia sair.
Exprime a condição em que se verifica o facto expresso na subordinante.
Ex.: Se dormisses mais tempo, estarias melhor.
Infinitiva
Ex.: A pensar assim, deve ter alguns problemas.
Participial
Ex.: Dito isso, ninguém acreditará em ti.
Gerundiva Ex.: Afirmando isso, ninguém acreditará em ti.
Exprime a consequência de um facto apresentado na subordinante.
Ex.: O dia estava tão frio que não saí de casa.
Infinitiva
Ex.: Estava frio a ponto de a água do rio gelar.
Exprime a intenção (finalidade) da realização da situação descrita na subordinante.
Ex.: Escrevi a carta para que tudo ficasse esclarecido.
Infinitiva
Ex.: Escrevi a carta para tudo ficar esclarecido.
Estabelece a referência temporal em relação à qual a subordinante é interpretada.
Ex.: Quando leres o livro, empresta-mo.
Infinitiva
Ex.: Até leres o livro não devias distrair-te.
Participial
Ex.: Uma vez lido o livro, já poderei ouvir música.
Gerundiva Lendo esse artigo, começo a fazer o trabalho.
Exprime o grau em relação a um elemento da oração subordinante. O verbo da oração
comparativa pode não estar expresso.
Ex. Gosto mais da montanha que do mar.
Desempenham uma função sintática própria de um adjetivo.
Introduzida por um pronome relativo, tem a função de restringir a informação
dada sobre o antecedente, ou seja, de identificar a parte do domínio denotado
Relativa restritiva
pelo antecedente.
Ex.: Os versos que ele escreveu são belíssimos.
Introduzida por um pronome relativo, contribui com informação adicional sobre o
antecedente.
Relativa explicativa
Ex.: A literatura, que é imortal, encanta os leitores.
Professora Olga Morouço