SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  3
Télécharger pour lire hors ligne
XII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2012 – UFRPE: Recife, 26 a 30 de novembro.



         ESTIMATIVAS DA VARIABILIDADE TEMPORAL DE CO2 E
            TEMPERATURA DO AR EM ÁREA DE PASTAGEM
    Rodolfo Marcondes Silva Souza1, Eduardo Soares de Souza2, José Romualdo de Sousa Lima2,* e Celso von Randow3



Introdução
   Atualmente, medições de fluxos de massa e energia tem se tornado uma prática cada vez mais frequente em
pesquisas relacionadas com mudanças climáticas, principalmente em áreas de florestas e pastagens. Nos últimos anos, o
método da covariância dos vórtices turbulentos (Eddy Covariance), onde as medidas são calculadas através da
covariância entre a grandeza (por exemplo: fluxo de CO2) e as flutuações turbulentas vertical do vento, tem sido
considerado uma ferramenta padrão para estudar a troca de carbono, vapor d’água e energia entre a atmosfera e a
superfície terrestre (Baldocchi, 2003; Aubinet et al., 2012).
    O entendimento da distribuição temporal dessas variáveis é fundamental para montar cenários, simulações e
previsões de fenômenos que ocorrem na natureza. Entre as várias técnicas estatísticas utilizadas para análise e
interpretação de dados climáticos, a geoestatística permite a análise temporal e espacial das observações, determinando-
se a distância ou período de tempo de dependência entre elas (Ramos et al., 2009). Diante do exposto, o objetivo desse
trabalho foi analisar a variabilidade temporal do fluxo de CO2 e temperatura do ar, e comparar o desempenho da
krigagem para o preenchimento de falhas dos dados.


Material e métodos
A. Área de Estudo
    O trabalho foi realizado na Fazenda Lagoinha do município de Serra Talhada PE (07°56’50,4” S e 38°23’29,0” O),
na microrregião do Vale do Pajeú. O clima é semiárido, com chuvas de verão e precipitação anual média de
aproximadamente 450 mm. A área de estudo possui aproximadamente 18 ha e é composta basicamente por gramíneas
forrageiras com predomínio do capim corrente (Urochloa mosambicensis).
B. Medições do fluxo de CO2 (F-CO2) e temperatura do ar (Tar)
   Os dados foram coletados por uma estação micrometeorológica automática instalada em uma torre no centro da área.
O fluxo de CO2 foi determinado a partir da técnica da covariância dos vórtices turbulentos, utilizando um anemômetro
sônico tridimensional (CSAT3, Campbell Scientific) e um analisador de gás infravermelho de caminho aberto (EC150,
Campbell Scientific), medindo a uma frequência de 10 Hz. A temperatura do ar foi medida pelo sensor modelo
HMP45C (Campbell Scientific). Os dados de foram armazenados em intervalos de meia hora no período de 19 de
janeiro a 28 de setembro de 2012.
C. Gap-Filling (GF)
    Reichstein et al. (2005) propuseram um algoritmo genérico para o preenchimento de falhas em que são considerados
tanto a covariação dos fluxos com variáveis meteorológicas como a auto-correlação temporal dos fluxos.
    Além do fluxo de CO2, essa técnica requer informações de calor latente, calor sensível, precipitação pluviométrica,
velocidade de fricção (u*), temperatura e umidade relativa do ar. Inicialmente foi realizada uma filtragem nos dados para
remoção de valores espúrios considerando o intervalo de -20 a 20 mol m-2 s-1 para o fluxo de CO2. A técnica do GF
avalia também a qualidade do preenchimento das falhas a partir de notas que variam de 1 a 3. As categorias de notas 1,
2 e 3 (C1, C2 e C3) indicam qualidade do preenchimento como boa, média e baixa, respectivamente. A execução do
algoritmo foi realizada via navegador de internet (http://www.bgc-jena.mpg.de/~MDIwork/eddyproc/).
D. Krigagem (KG)
   A partir da técnica da geoestatística (Vieira, 2000) foi realizada a análise da variabilidade temporal. A função
semivariância foi calculada para todas as direções (semivariograma isotrópico) com o objetivo de avaliar a presença de
dependência temporal dos dados.
   O ajuste dos semivariogramas foi realizado utilizando o software Surfer ® v11, onde nos eixos “x”, “y” e “z” foram
inseridos respectivamente os valores do dia, da hora e variável meteorológica (F-CO2 e Tar). O modelo de
semivariograma ajustado foi o esférico e os mapas interpolados por krigagem.

    1
      Engenheiro Agrônomo e Mestrando em Produção Vegetal na Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada.
      Bolsista FACEPE, Fazenda Saco s/n, Zona Rural, Caixa Postal 063, Serra Talhada, PE. E-mail: rodolfomssouza@gmail.com
    2
      Professor Adjunto da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada, Fazenda Saco s/n, Zona Rural, Caixa
      Postal 063, Serra Talhada, PE. *Unidade Acadêmica de Garanhuns. Avenida Bom Pastor s/n, Boa Vista, Garanhuns, PE, CEP 55296-901.
    3
      Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Centro de Ciência do Sistema Terrestre. Rodovia Presidente Dutra, km 39, Cachoeira
      Paulista, SP, CEP 12630-000.
XII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2012 – UFRPE: Recife, 26 a 30 de novembro.




Resultados e Discussão
   Os parâmetros dos ajustes dos semivariogramas encontram-se na Tabela 1, onde observa-se que as duas variáveis
analisadas apresentaram baixos valores de efeito pepita em relação ao patamar, o que indica uma forte dependência
temporal. Em relação ao alcance, F-CO2 apresentou valor inferior a Tar, sendo semelhantes aos valores encontrados por
Ramos et al. (2009) para a temperatura do ar em Botucatu-SP, que foi de 11,5 e 13,1 horas nos anos de 2001 e 2002
respectivamente. Os coeficientes de determinação (R2) dos ajustes indicam que o modelo de semivariograma esférico foi
apropriado para analisar a variabilidade temporal de tais variáveis meteorológicas.
   No período estudado, deveriam ter sido armazenados 12.150 valores para cada variável meteorológica, porém devido
a falhas no sistema foi necessário preencher cerca 24% dos dados do F-CO2 e 23% dos dados da Tar a partir do GF. A
maior parte do preenchimento dos dados foi classificada como C3, ou seja, de baixa qualidade.
   Comparando os valores observados para F-CO2 e Tar com os dados estimados por KG (Fig. 1A e Fig. 1B),
percebemos que a krigagem apresentou um bom desempenho para análise da variabilidade temporal, uma vez que os
coeficientes de determinação foram superiores a 0,90.
   A correlação entre os valores estimados por KG e GF é apresentada nas Figs. 1C e 1D para o F-CO2 e a Tar
respectivamente. Esses coeficientes foram inferiores àqueles obtidos os valores observados e estimados por KG. Essa
redução em pode está relacionada com o fato de que mais de 60% do preenchimento das falhas a partir de GF, serem
classificados como C3.
   Na Fig. 2 são apresentados os mapas de distribuição temporal para F-CO2 observado com o preenchimento por GF
(Fig. 2A); F-CO2 estimado por KG (Fig. 2B); Tar observada com o preenchimento por GF (Fig. 2C); e Tar estimada por
KG (Fig. 2D). A variabilidade do F-CO2 foi maior entre os dias 60 e 110 (março e meados de abril) onde apresentou
valores negativos entre as 8:00 e 17:00 horas (-13 a -3 mol m-2 s-1). Esse comportamento indica que a pastagem nesse
intervalo retirou carbono da atmosfera (fotossíntese), enquanto que no período noturno os valores predominantes foram
positivos (respiração). Em relação à Tar, pode-se observar que ao longo do dia os maiores valores ocorreram em torno
das 16:00 horas (34 a 36 °C).
   A partir deste estudo, podemos concluir que a krigagem apresentou um bom desempenho para representar a variação
temporal do fluxo de CO2 e da temperatura do ar, podendo ser utilizada em situações quando não há disponibilidade de
um grande número de variáveis meteorológicas.

Agradecimentos
   Agradecimentos a FACEPE pela concessão de bolsa de estudo, ao INPE e a UFPE/DEN pelo apoio dado para o
desenvolvimento do trabalho.

Referências
Aubinet, M.; Vesala, T.; Papale, D. Eddy covariance, a partical guide to measurement and data analysis. New York:
Springer Atmospheric Sciences, 2012. 449p.
Baldocchi, D. Assessing the eddy covariance technique for evaluating carbon dioxide exchange rates of ecosystems:
past, present and future. Global Change Biology 9 (4), 479–492, 2003.
Ramos, C.M.C.; Nardini, R.C.; Zimback, C.R.L.; Seraphin, S. Análise temporal da variação da temperatura utilizando-
se a geoestatística. In: Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, 24, 2009, Natal. Anais XIV Simpósio Brasileiro
de Sensoriamento Remoto. Natal: INPE, 2009. v.único, p.347-353.
Reichstein, M.; Falge, E.; Baldocchi, D.; Papale, D.; Valentini, R.; Aubinet, M.; et al. On the separation of net
ecosystem exchange into assimilation and ecosystem respiration: review and improved algorithm. Global Change
Biology, 11:1-16. 2005.
Vieira, S.R. Geoestatística em estudos de variabilidade espacial do solo. In: Novais, R.F.; Alvarez V.V.H.; Schaefer,
C.E.G.R. (eds.). Tópicos em Ciência do Solo. Viçosa: SBCS, 2000. p.1-54.


Tabela 1. Parâmetros da Krigagem (KG) e categorias de preenchimento de método Gap-Filling (GF).
                    ------------------------- KG -------------------------                ------------------- GF -------------------
                   C0         C+C0            A          IDT           R2               C1 (%)            C2 (%)             C3 (%)
   F-CO2           0,7         7,3           11,5       9,58          0,98               2,61              32,90              64,49
    Tar            0,1         19,6          13,5       0,51          0,99               0,39              33,72              65,89
C0 – Efeito pepita; C+C0 – Patamar; A – Alcance em horas; IDT – Índice de dependência temporal em %; R2 – Coeficiente de correlação do ajuste
do semivariograma; C1, C2 e C3 – Categorias da qualidade do preenchimento de falhas pelo método Gap-Filling em %.
XII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2012 – UFRPE: Recife, 26 a 30 de novembro.




Figura 1. Correlação entre os dados observados e estimados por krigagem, A-Fluxo de CO2 e B-Temperatura do ar; correlação entre
os dados estimados pelo gap-filling e por krigagem, C-Fluxo de CO2 e D-Temperatura do ar.




Figura 2. Mapas de distribuição temporal: A-Fluxo de CO2 observado e preenchido por GF; B-Fluxo de CO2 estimado pro KG; C-
Temperatura do ar observada e preenchido por GF; D-Temperatura do ar estimada por KG.

Contenu connexe

Tendances

Dialnet equacoes deintensidadeduracaofrequenciadechuvaspara-2906145
Dialnet equacoes deintensidadeduracaofrequenciadechuvaspara-2906145Dialnet equacoes deintensidadeduracaofrequenciadechuvaspara-2906145
Dialnet equacoes deintensidadeduracaofrequenciadechuvaspara-2906145
robertocasabela
 
Projeto Final Graduação - André L. D. dos Santos
Projeto Final Graduação - André L. D. dos SantosProjeto Final Graduação - André L. D. dos Santos
Projeto Final Graduação - André L. D. dos Santos
Andre Luis Diniz dos Santos
 

Tendances (20)

Ciclone farias
Ciclone fariasCiclone farias
Ciclone farias
 
IDF - Índice
IDF - Índice IDF - Índice
IDF - Índice
 
Meteorología agrícola
Meteorología agrícolaMeteorología agrícola
Meteorología agrícola
 
Dialnet equacoes deintensidadeduracaofrequenciadechuvaspara-2906145
Dialnet equacoes deintensidadeduracaofrequenciadechuvaspara-2906145Dialnet equacoes deintensidadeduracaofrequenciadechuvaspara-2906145
Dialnet equacoes deintensidadeduracaofrequenciadechuvaspara-2906145
 
Projeto Final Graduação - André L. D. dos Santos
Projeto Final Graduação - André L. D. dos SantosProjeto Final Graduação - André L. D. dos Santos
Projeto Final Graduação - André L. D. dos Santos
 
Cenários de Mudanças Climáticas: Regionalização (‘downscaling’)
Cenários de Mudanças Climáticas: Regionalização (‘downscaling’)Cenários de Mudanças Climáticas: Regionalização (‘downscaling’)
Cenários de Mudanças Climáticas: Regionalização (‘downscaling’)
 
Distribuiçao espacialdatemperaturadasuperfíciedorecife
Distribuiçao espacialdatemperaturadasuperfíciedorecifeDistribuiçao espacialdatemperaturadasuperfíciedorecife
Distribuiçao espacialdatemperaturadasuperfíciedorecife
 
Apresentação - Vale - Reunião ANA 11-02-20
Apresentação - Vale - Reunião ANA 11-02-20Apresentação - Vale - Reunião ANA 11-02-20
Apresentação - Vale - Reunião ANA 11-02-20
 
MODELAMENTO HIDROGEOLÓGICO REGIONAL EM LEAPFROG/FEFLOW DA REGIÃO DE VAZANTE, MG
MODELAMENTO HIDROGEOLÓGICO REGIONAL EM LEAPFROG/FEFLOW DA REGIÃO DE VAZANTE, MGMODELAMENTO HIDROGEOLÓGICO REGIONAL EM LEAPFROG/FEFLOW DA REGIÃO DE VAZANTE, MG
MODELAMENTO HIDROGEOLÓGICO REGIONAL EM LEAPFROG/FEFLOW DA REGIÃO DE VAZANTE, MG
 
SBGF-2006
SBGF-2006SBGF-2006
SBGF-2006
 
Avaliação da eficiência de irrigação por sulcos para produção da cultura de t...
Avaliação da eficiência de irrigação por sulcos para produção da cultura de t...Avaliação da eficiência de irrigação por sulcos para produção da cultura de t...
Avaliação da eficiência de irrigação por sulcos para produção da cultura de t...
 
ENEG 2019 - Tema 6
ENEG 2019 - Tema 6ENEG 2019 - Tema 6
ENEG 2019 - Tema 6
 
ESTUDO DE ÁREA CONTAMINADA POR HIDROCARBONETOS POR APLICAÇÃO DO MÉTODO POLARI...
ESTUDO DE ÁREA CONTAMINADA POR HIDROCARBONETOS POR APLICAÇÃO DO MÉTODO POLARI...ESTUDO DE ÁREA CONTAMINADA POR HIDROCARBONETOS POR APLICAÇÃO DO MÉTODO POLARI...
ESTUDO DE ÁREA CONTAMINADA POR HIDROCARBONETOS POR APLICAÇÃO DO MÉTODO POLARI...
 
Aula hidrilogia exercicio
Aula hidrilogia exercicioAula hidrilogia exercicio
Aula hidrilogia exercicio
 
Espessuras do Grupo Serra Geral em Santa Catarina como resultado de um proces...
Espessuras do Grupo Serra Geral em Santa Catarina como resultado de um proces...Espessuras do Grupo Serra Geral em Santa Catarina como resultado de um proces...
Espessuras do Grupo Serra Geral em Santa Catarina como resultado de um proces...
 
Dissertacao_Rev
Dissertacao_RevDissertacao_Rev
Dissertacao_Rev
 
Precipitação
PrecipitaçãoPrecipitação
Precipitação
 
Bacia do Amazonas
Bacia do AmazonasBacia do Amazonas
Bacia do Amazonas
 
Análise de alternativas para a gestão de cheias na sub-bacia do Baixo Limpopo...
Análise de alternativas para a gestão de cheias na sub-bacia do Baixo Limpopo...Análise de alternativas para a gestão de cheias na sub-bacia do Baixo Limpopo...
Análise de alternativas para a gestão de cheias na sub-bacia do Baixo Limpopo...
 
Ensaio de carregamento
Ensaio de carregamentoEnsaio de carregamento
Ensaio de carregamento
 

En vedette

ANÁLISE ESPACIAL-TEMPORAL DE DADOS USANDO TÉCNICAS DE MINERAÇÃO DE DADOS GEO...
ANÁLISE ESPACIAL-TEMPORAL DE DADOS USANDO TÉCNICAS DE MINERAÇÃO DE  DADOS GEO...ANÁLISE ESPACIAL-TEMPORAL DE DADOS USANDO TÉCNICAS DE MINERAÇÃO DE  DADOS GEO...
ANÁLISE ESPACIAL-TEMPORAL DE DADOS USANDO TÉCNICAS DE MINERAÇÃO DE DADOS GEO...
Thiago Reis da Silva
 
Razonamiento Lateral
Razonamiento LateralRazonamiento Lateral
Razonamiento Lateral
Juank Burgos
 
O uso da tecnologia na educação
O uso da tecnologia na educaçãoO uso da tecnologia na educação
O uso da tecnologia na educação
Kelly Carminati
 
SuspensióN dos contratos
SuspensióN dos contratosSuspensióN dos contratos
SuspensióN dos contratos
lauraysaru
 
Derivadas e integrales
Derivadas e integralesDerivadas e integrales
Derivadas e integrales
IUTOMS
 
ENCUENTRO INTERPROVINCIAL EAM - EAP
ENCUENTRO INTERPROVINCIAL EAM - EAPENCUENTRO INTERPROVINCIAL EAM - EAP
ENCUENTRO INTERPROVINCIAL EAM - EAP
Juank Burgos
 
TRK /// Adornos
TRK /// AdornosTRK /// Adornos
TRK /// Adornos
TRK
 
LA FILOSOFIA Y LA VIDA
LA FILOSOFIA Y LA VIDALA FILOSOFIA Y LA VIDA
LA FILOSOFIA Y LA VIDA
Juank Burgos
 
Actualizar las plantillas de blogger
Actualizar las plantillas de bloggerActualizar las plantillas de blogger
Actualizar las plantillas de blogger
Leonardo Meza
 
NR10Electrical.PDF
NR10Electrical.PDFNR10Electrical.PDF
NR10Electrical.PDF
Daniel Stan
 
final resume 22.8.2016
final resume 22.8.2016final resume 22.8.2016
final resume 22.8.2016
SUVARNA SHINDE
 
Power point (100 diapositivas)
Power point (100 diapositivas)Power point (100 diapositivas)
Power point (100 diapositivas)
bebecito emoxito
 

En vedette (20)

ANÁLISE ESPACIAL-TEMPORAL DE DADOS USANDO TÉCNICAS DE MINERAÇÃO DE DADOS GEO...
ANÁLISE ESPACIAL-TEMPORAL DE DADOS USANDO TÉCNICAS DE MINERAÇÃO DE  DADOS GEO...ANÁLISE ESPACIAL-TEMPORAL DE DADOS USANDO TÉCNICAS DE MINERAÇÃO DE  DADOS GEO...
ANÁLISE ESPACIAL-TEMPORAL DE DADOS USANDO TÉCNICAS DE MINERAÇÃO DE DADOS GEO...
 
Razonamiento Lateral
Razonamiento LateralRazonamiento Lateral
Razonamiento Lateral
 
Surfeando las olas del mercado sobre la tabla de tus talentos
Surfeando las olas del mercado sobre la tabla de tus talentosSurfeando las olas del mercado sobre la tabla de tus talentos
Surfeando las olas del mercado sobre la tabla de tus talentos
 
O uso da tecnologia na educação
O uso da tecnologia na educaçãoO uso da tecnologia na educação
O uso da tecnologia na educação
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1
 
A sagração da intimidade
A sagração da intimidadeA sagração da intimidade
A sagração da intimidade
 
SuspensióN dos contratos
SuspensióN dos contratosSuspensióN dos contratos
SuspensióN dos contratos
 
Componentes De Los SGBS
Componentes De Los SGBSComponentes De Los SGBS
Componentes De Los SGBS
 
Derivadas e integrales
Derivadas e integralesDerivadas e integrales
Derivadas e integrales
 
Poder
PoderPoder
Poder
 
ENCUENTRO INTERPROVINCIAL EAM - EAP
ENCUENTRO INTERPROVINCIAL EAM - EAPENCUENTRO INTERPROVINCIAL EAM - EAP
ENCUENTRO INTERPROVINCIAL EAM - EAP
 
TRK /// Adornos
TRK /// AdornosTRK /// Adornos
TRK /// Adornos
 
SESION 4
SESION 4SESION 4
SESION 4
 
Livro imbernon paisagem
Livro imbernon paisagemLivro imbernon paisagem
Livro imbernon paisagem
 
LA FILOSOFIA Y LA VIDA
LA FILOSOFIA Y LA VIDALA FILOSOFIA Y LA VIDA
LA FILOSOFIA Y LA VIDA
 
Actualizar las plantillas de blogger
Actualizar las plantillas de bloggerActualizar las plantillas de blogger
Actualizar las plantillas de blogger
 
NR10Electrical.PDF
NR10Electrical.PDFNR10Electrical.PDF
NR10Electrical.PDF
 
final resume 22.8.2016
final resume 22.8.2016final resume 22.8.2016
final resume 22.8.2016
 
Power point (100 diapositivas)
Power point (100 diapositivas)Power point (100 diapositivas)
Power point (100 diapositivas)
 
Personal que sirve
Personal que sirve Personal que sirve
Personal que sirve
 

Similaire à Resumo 1

Apresentação de Projeto Final de Conclusão de Curso
Apresentação de Projeto Final de Conclusão de CursoApresentação de Projeto Final de Conclusão de Curso
Apresentação de Projeto Final de Conclusão de Curso
Andre Luis Diniz dos Santos
 
Quantificação dos serviços ambientais prestados pela mata atlântica na zona d...
Quantificação dos serviços ambientais prestados pela mata atlântica na zona d...Quantificação dos serviços ambientais prestados pela mata atlântica na zona d...
Quantificação dos serviços ambientais prestados pela mata atlântica na zona d...
Projeto Golfinho Rotador
 

Similaire à Resumo 1 (19)

Apresentação de Projeto Final de Conclusão de Curso
Apresentação de Projeto Final de Conclusão de CursoApresentação de Projeto Final de Conclusão de Curso
Apresentação de Projeto Final de Conclusão de Curso
 
Hidrograma_Unitario_Parte_2-2 (1).pdf
Hidrograma_Unitario_Parte_2-2 (1).pdfHidrograma_Unitario_Parte_2-2 (1).pdf
Hidrograma_Unitario_Parte_2-2 (1).pdf
 
V14n01a10
V14n01a10V14n01a10
V14n01a10
 
Quantificação dos serviços ambientais prestados pela mata atlântica na zona d...
Quantificação dos serviços ambientais prestados pela mata atlântica na zona d...Quantificação dos serviços ambientais prestados pela mata atlântica na zona d...
Quantificação dos serviços ambientais prestados pela mata atlântica na zona d...
 
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 9: Previsão de Enc...
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 9: Previsão de Enc...Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 9: Previsão de Enc...
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 9: Previsão de Enc...
 
USO DE ALTIMETRIA ESPACIAL NA COMPLEMENTAÇÃO DE DADOS_1.pdf
USO DE ALTIMETRIA ESPACIAL NA COMPLEMENTAÇÃO DE DADOS_1.pdfUSO DE ALTIMETRIA ESPACIAL NA COMPLEMENTAÇÃO DE DADOS_1.pdf
USO DE ALTIMETRIA ESPACIAL NA COMPLEMENTAÇÃO DE DADOS_1.pdf
 
FAPESP PROJECT
FAPESP PROJECTFAPESP PROJECT
FAPESP PROJECT
 
Apresentação defesa de mestrado Martins, 2026 - Estudos morfometricos e ambie...
Apresentação defesa de mestrado Martins, 2026 - Estudos morfometricos e ambie...Apresentação defesa de mestrado Martins, 2026 - Estudos morfometricos e ambie...
Apresentação defesa de mestrado Martins, 2026 - Estudos morfometricos e ambie...
 
Estudo de um caso de dispersão de poluentes a partir de uma fonte pontual na...
Estudo de um caso de dispersão de poluentes a partir de uma fonte pontual na...Estudo de um caso de dispersão de poluentes a partir de uma fonte pontual na...
Estudo de um caso de dispersão de poluentes a partir de uma fonte pontual na...
 
Caracteristicas e peculiaridades da paisagem do Sistema Campelo RJ.pdf
Caracteristicas e peculiaridades da paisagem do Sistema Campelo RJ.pdfCaracteristicas e peculiaridades da paisagem do Sistema Campelo RJ.pdf
Caracteristicas e peculiaridades da paisagem do Sistema Campelo RJ.pdf
 
Poster diego campos_ok
Poster diego campos_okPoster diego campos_ok
Poster diego campos_ok
 
Capacidade de produção de água.pdf
Capacidade de produção de água.pdfCapacidade de produção de água.pdf
Capacidade de produção de água.pdf
 
Estimativa da temperatura da superfície terrestre, destinada ao monitoramento...
Estimativa da temperatura da superfície terrestre, destinada ao monitoramento...Estimativa da temperatura da superfície terrestre, destinada ao monitoramento...
Estimativa da temperatura da superfície terrestre, destinada ao monitoramento...
 
Seminários 2 Luciana Lima.pptx
Seminários 2 Luciana Lima.pptxSeminários 2 Luciana Lima.pptx
Seminários 2 Luciana Lima.pptx
 
Defesa
DefesaDefesa
Defesa
 
Apostila estruturas de contencao revisao
Apostila estruturas de contencao revisaoApostila estruturas de contencao revisao
Apostila estruturas de contencao revisao
 
ProjetoUrucuia_W2_EduardoMarques
ProjetoUrucuia_W2_EduardoMarquesProjetoUrucuia_W2_EduardoMarques
ProjetoUrucuia_W2_EduardoMarques
 
Apresentação Monografia.ppt
Apresentação Monografia.pptApresentação Monografia.ppt
Apresentação Monografia.ppt
 
Workshop_Geotecnologias - 2021.pptx
Workshop_Geotecnologias - 2021.pptxWorkshop_Geotecnologias - 2021.pptx
Workshop_Geotecnologias - 2021.pptx
 

Resumo 1

  • 1. XII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2012 – UFRPE: Recife, 26 a 30 de novembro. ESTIMATIVAS DA VARIABILIDADE TEMPORAL DE CO2 E TEMPERATURA DO AR EM ÁREA DE PASTAGEM Rodolfo Marcondes Silva Souza1, Eduardo Soares de Souza2, José Romualdo de Sousa Lima2,* e Celso von Randow3  Introdução Atualmente, medições de fluxos de massa e energia tem se tornado uma prática cada vez mais frequente em pesquisas relacionadas com mudanças climáticas, principalmente em áreas de florestas e pastagens. Nos últimos anos, o método da covariância dos vórtices turbulentos (Eddy Covariance), onde as medidas são calculadas através da covariância entre a grandeza (por exemplo: fluxo de CO2) e as flutuações turbulentas vertical do vento, tem sido considerado uma ferramenta padrão para estudar a troca de carbono, vapor d’água e energia entre a atmosfera e a superfície terrestre (Baldocchi, 2003; Aubinet et al., 2012). O entendimento da distribuição temporal dessas variáveis é fundamental para montar cenários, simulações e previsões de fenômenos que ocorrem na natureza. Entre as várias técnicas estatísticas utilizadas para análise e interpretação de dados climáticos, a geoestatística permite a análise temporal e espacial das observações, determinando- se a distância ou período de tempo de dependência entre elas (Ramos et al., 2009). Diante do exposto, o objetivo desse trabalho foi analisar a variabilidade temporal do fluxo de CO2 e temperatura do ar, e comparar o desempenho da krigagem para o preenchimento de falhas dos dados. Material e métodos A. Área de Estudo O trabalho foi realizado na Fazenda Lagoinha do município de Serra Talhada PE (07°56’50,4” S e 38°23’29,0” O), na microrregião do Vale do Pajeú. O clima é semiárido, com chuvas de verão e precipitação anual média de aproximadamente 450 mm. A área de estudo possui aproximadamente 18 ha e é composta basicamente por gramíneas forrageiras com predomínio do capim corrente (Urochloa mosambicensis). B. Medições do fluxo de CO2 (F-CO2) e temperatura do ar (Tar) Os dados foram coletados por uma estação micrometeorológica automática instalada em uma torre no centro da área. O fluxo de CO2 foi determinado a partir da técnica da covariância dos vórtices turbulentos, utilizando um anemômetro sônico tridimensional (CSAT3, Campbell Scientific) e um analisador de gás infravermelho de caminho aberto (EC150, Campbell Scientific), medindo a uma frequência de 10 Hz. A temperatura do ar foi medida pelo sensor modelo HMP45C (Campbell Scientific). Os dados de foram armazenados em intervalos de meia hora no período de 19 de janeiro a 28 de setembro de 2012. C. Gap-Filling (GF) Reichstein et al. (2005) propuseram um algoritmo genérico para o preenchimento de falhas em que são considerados tanto a covariação dos fluxos com variáveis meteorológicas como a auto-correlação temporal dos fluxos. Além do fluxo de CO2, essa técnica requer informações de calor latente, calor sensível, precipitação pluviométrica, velocidade de fricção (u*), temperatura e umidade relativa do ar. Inicialmente foi realizada uma filtragem nos dados para remoção de valores espúrios considerando o intervalo de -20 a 20 mol m-2 s-1 para o fluxo de CO2. A técnica do GF avalia também a qualidade do preenchimento das falhas a partir de notas que variam de 1 a 3. As categorias de notas 1, 2 e 3 (C1, C2 e C3) indicam qualidade do preenchimento como boa, média e baixa, respectivamente. A execução do algoritmo foi realizada via navegador de internet (http://www.bgc-jena.mpg.de/~MDIwork/eddyproc/). D. Krigagem (KG) A partir da técnica da geoestatística (Vieira, 2000) foi realizada a análise da variabilidade temporal. A função semivariância foi calculada para todas as direções (semivariograma isotrópico) com o objetivo de avaliar a presença de dependência temporal dos dados. O ajuste dos semivariogramas foi realizado utilizando o software Surfer ® v11, onde nos eixos “x”, “y” e “z” foram inseridos respectivamente os valores do dia, da hora e variável meteorológica (F-CO2 e Tar). O modelo de semivariograma ajustado foi o esférico e os mapas interpolados por krigagem. 1 Engenheiro Agrônomo e Mestrando em Produção Vegetal na Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada. Bolsista FACEPE, Fazenda Saco s/n, Zona Rural, Caixa Postal 063, Serra Talhada, PE. E-mail: rodolfomssouza@gmail.com 2 Professor Adjunto da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada, Fazenda Saco s/n, Zona Rural, Caixa Postal 063, Serra Talhada, PE. *Unidade Acadêmica de Garanhuns. Avenida Bom Pastor s/n, Boa Vista, Garanhuns, PE, CEP 55296-901. 3 Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Centro de Ciência do Sistema Terrestre. Rodovia Presidente Dutra, km 39, Cachoeira Paulista, SP, CEP 12630-000.
  • 2. XII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2012 – UFRPE: Recife, 26 a 30 de novembro. Resultados e Discussão Os parâmetros dos ajustes dos semivariogramas encontram-se na Tabela 1, onde observa-se que as duas variáveis analisadas apresentaram baixos valores de efeito pepita em relação ao patamar, o que indica uma forte dependência temporal. Em relação ao alcance, F-CO2 apresentou valor inferior a Tar, sendo semelhantes aos valores encontrados por Ramos et al. (2009) para a temperatura do ar em Botucatu-SP, que foi de 11,5 e 13,1 horas nos anos de 2001 e 2002 respectivamente. Os coeficientes de determinação (R2) dos ajustes indicam que o modelo de semivariograma esférico foi apropriado para analisar a variabilidade temporal de tais variáveis meteorológicas. No período estudado, deveriam ter sido armazenados 12.150 valores para cada variável meteorológica, porém devido a falhas no sistema foi necessário preencher cerca 24% dos dados do F-CO2 e 23% dos dados da Tar a partir do GF. A maior parte do preenchimento dos dados foi classificada como C3, ou seja, de baixa qualidade. Comparando os valores observados para F-CO2 e Tar com os dados estimados por KG (Fig. 1A e Fig. 1B), percebemos que a krigagem apresentou um bom desempenho para análise da variabilidade temporal, uma vez que os coeficientes de determinação foram superiores a 0,90. A correlação entre os valores estimados por KG e GF é apresentada nas Figs. 1C e 1D para o F-CO2 e a Tar respectivamente. Esses coeficientes foram inferiores àqueles obtidos os valores observados e estimados por KG. Essa redução em pode está relacionada com o fato de que mais de 60% do preenchimento das falhas a partir de GF, serem classificados como C3. Na Fig. 2 são apresentados os mapas de distribuição temporal para F-CO2 observado com o preenchimento por GF (Fig. 2A); F-CO2 estimado por KG (Fig. 2B); Tar observada com o preenchimento por GF (Fig. 2C); e Tar estimada por KG (Fig. 2D). A variabilidade do F-CO2 foi maior entre os dias 60 e 110 (março e meados de abril) onde apresentou valores negativos entre as 8:00 e 17:00 horas (-13 a -3 mol m-2 s-1). Esse comportamento indica que a pastagem nesse intervalo retirou carbono da atmosfera (fotossíntese), enquanto que no período noturno os valores predominantes foram positivos (respiração). Em relação à Tar, pode-se observar que ao longo do dia os maiores valores ocorreram em torno das 16:00 horas (34 a 36 °C). A partir deste estudo, podemos concluir que a krigagem apresentou um bom desempenho para representar a variação temporal do fluxo de CO2 e da temperatura do ar, podendo ser utilizada em situações quando não há disponibilidade de um grande número de variáveis meteorológicas. Agradecimentos Agradecimentos a FACEPE pela concessão de bolsa de estudo, ao INPE e a UFPE/DEN pelo apoio dado para o desenvolvimento do trabalho. Referências Aubinet, M.; Vesala, T.; Papale, D. Eddy covariance, a partical guide to measurement and data analysis. New York: Springer Atmospheric Sciences, 2012. 449p. Baldocchi, D. Assessing the eddy covariance technique for evaluating carbon dioxide exchange rates of ecosystems: past, present and future. Global Change Biology 9 (4), 479–492, 2003. Ramos, C.M.C.; Nardini, R.C.; Zimback, C.R.L.; Seraphin, S. Análise temporal da variação da temperatura utilizando- se a geoestatística. In: Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, 24, 2009, Natal. Anais XIV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. Natal: INPE, 2009. v.único, p.347-353. Reichstein, M.; Falge, E.; Baldocchi, D.; Papale, D.; Valentini, R.; Aubinet, M.; et al. On the separation of net ecosystem exchange into assimilation and ecosystem respiration: review and improved algorithm. Global Change Biology, 11:1-16. 2005. Vieira, S.R. Geoestatística em estudos de variabilidade espacial do solo. In: Novais, R.F.; Alvarez V.V.H.; Schaefer, C.E.G.R. (eds.). Tópicos em Ciência do Solo. Viçosa: SBCS, 2000. p.1-54. Tabela 1. Parâmetros da Krigagem (KG) e categorias de preenchimento de método Gap-Filling (GF). ------------------------- KG ------------------------- ------------------- GF ------------------- C0 C+C0 A IDT R2 C1 (%) C2 (%) C3 (%) F-CO2 0,7 7,3 11,5 9,58 0,98 2,61 32,90 64,49 Tar 0,1 19,6 13,5 0,51 0,99 0,39 33,72 65,89 C0 – Efeito pepita; C+C0 – Patamar; A – Alcance em horas; IDT – Índice de dependência temporal em %; R2 – Coeficiente de correlação do ajuste do semivariograma; C1, C2 e C3 – Categorias da qualidade do preenchimento de falhas pelo método Gap-Filling em %.
  • 3. XII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2012 – UFRPE: Recife, 26 a 30 de novembro. Figura 1. Correlação entre os dados observados e estimados por krigagem, A-Fluxo de CO2 e B-Temperatura do ar; correlação entre os dados estimados pelo gap-filling e por krigagem, C-Fluxo de CO2 e D-Temperatura do ar. Figura 2. Mapas de distribuição temporal: A-Fluxo de CO2 observado e preenchido por GF; B-Fluxo de CO2 estimado pro KG; C- Temperatura do ar observada e preenchido por GF; D-Temperatura do ar estimada por KG.